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    Domingos Oliveira (1936 – 2018)

    23 de março de 2019 /

    O cineasta Domingos Oliveira morreu neste sábado (23/3), aos 82 anos, após sentir falta de ar e ser socorrido por paramédicos em sua casa, no Rio de Janeiro. Ele sofria de mal de Parkinson há muitos anos. Autor de clássicos, como “Todas as Mulheres do Mundo” (1966), e de filmes contemporâneos premiados, como “Barata Ribeiro, 716” (2016), ele também foi diretor de teatro, roteirista, dramaturgo, produtor e ator, e assinou mais de 120 obras ao longo da carreira no cinema, no teatro e na TV. Domingos Oliveira se formou em Engenharia Elétrica, mas nunca trabalhou na área. Sua carreira verdadeira iniciou em 1959, como diretor assistente de Joaquim Pedro de Andrade. Ele trabalhou nos três primeiros curtas do cineasta, além do segmento de Andrade em “Cinco Vezes Favela” (1962). Também foi redator da extinta revista Manchete nesse período, até ser convidado para participar da criação da TV Globo. Domingos foi o segundo produtor contratado pela emissora (após Haroldo Costa), e assumiu o comando do programa “Show da Noite”, apresentado por Glaúcio Gil. Ele produzia e dirigia a atração transmitida ao vivo de segunda a sexta-feira, ao mesmo tempo que desenvolvia roteiros de especiais e dirigia séries. Ele comandou a primeira série da TV brasileira, “22-2000 Cidade Aberta”, exibida em 1965 pela Globo. No ano seguinte, montou sua primeira peça de teatro, “Somos Todos do Jardim de Infância”, que lançou a atriz Leila Diniz, com quem Domingos era casado na época — seis anos depois, a trama foi adaptada para a TV, dentro da antologia “Caso Especial” (1972), da Globo. Seu primeiro filme chegou aos cinemas logo em seguida. “Todas as Mulheres do Mundo” (1966) trazia Paulo José como um mulherengo que se apaixonava por Leila Diniz e entrava em crise por se ver numa relação monogâmica. A obra escrita e dirigida por Oliveira fez enorme sucesso e se tornou um marco do cinema brasileiro, vencendo 12 troféus somente no Festival de Brasília. Vieram muitos outros filmes, séries e peças, num jorro de criatividade sem igual. Entre os destaques, o filme “Edu, Coração de Ouro” (1968) voltou a reunir o casal Paulo José e Leila Diniz, e o drama “A Culpa” (1971) foi premiado no Festival de Barcelona, na Espanha. Ainda dirigiu a icônica série “Ciranda, Cirandinha” (1978), sobre os jovens da época – estrelada pelos cabeludos Fábio Júnior, Lucélia Santos, Denise Bandeira e Jorge Fernando. Mas ao final dos anos 1970 largou as câmeras e passou a se dedicar ao teatro. Fez, entre outras peças, “Dinheiro pra que Dinheiro” (1976), “Ensina-me a Viver” (1981), “Escola de Mulheres” (1984) e “Confissões de Adolescente”(1992), baseada no livro de sua filha, a atriz Maria Mariana. Ele só foi voltar às telas como ator, em participações especiais nas novelas “Helena” (1987), “Bambolê” (1988) e nas minisséries “As Noivas de Copacabana” (1992) e “Contos de Verão” (1993). Até voltar a sentir vontade de filmar e iniciar uma nova fase na carreira com o lançamento de “Amores”, em 1998, abraçando um novo estilo de cinema, de baixo orçamento e muitas crises existenciais. O drama venceu quatro troféus no Festival de Gramado. E inaugurou uma história de amor entre o diretor e o evento gaúcho, que se estendeu por duas décadas. Oliveira lançou mais dez longas desde então, entre eles “Juventude” (2008), Melhor Roteiro e Direção em Gramado, “Primeiro Dia de Um Ano Qualquer” (2012) e “Infância” (2014), que também tiveram seus roteiros premiados no festival, mas principalmente “Barata Ribeiro, 716” (2016), consagrado como Melhor Filme e Direção em Gramado, e como Melhor Roteiro no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. Em “Barata Ribeiro, 716”, também conhecido como “BR 716”, o cineasta se debruçou sobre suas memórias de juventude, materializando uma Copacabana há muito tempo desaparecida. Foi seu último filme, que coincidiu com seus 80 anos de idade. E para comemorar o aniversário, Domingos de Oliveira fez uma festa de três dias, com a trilha sonora de sua vida. “As piores partes da vida são o princípio e o fim. A mocidade e a velhice”, explicou, ao fazer um balanço de sua existência na ocasião. “Na mocidade você dispende muita energia para encontrar o seu lugar no mundo e não tem tempo de aproveitar a vida. Na velhice, o corpo vai embora, e tampouco dá para aproveitar direito. O melhor é o meio. Você já entendeu mais ou menos as coisas, não faz xixi na cama, não tem tantas culpas, e a vida fica uma delícia.” O artista deixa a mulher, Priscilla Rozembaum, com quem esteve casado durante 38 anos, e quatro filhos. Também deixa uma série praticamente pronta para ser exibida no Canal Brasil, “Mulheres de 50”, que volta a reunir o quarteto de protagonistas de suas peças “Confissões das Mulheres de 30” e “Confissões das Mulheres de 40” – Cacá Mourthé, Clarice Niskier, Dedina Bernardelli e Pirscilla Rozenbaum – , ainda sem previsão de estreia.

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  • Filme

    Animais Fantásticos e Onde Habitam domina os cinemas em semana com muitas opções

    17 de novembro de 2016 /

    A programação desta quinta-feira (17/11) registra nada menos que 13 estreias nos cinemas. Mas parece que há só uma, “Animais Fantásticos e Onde Habitam”, que monopoliza as salas dos shopping centers. A Warner já tinha definido que a produção seria um sucesso antes do lançamento, planejando nada menos que cinco filmes na franquia, e para confirmar tratou de colocá-la no maior número possível de cinemas, de modo a garantir uma grande bilheteria. Nos EUA, chega em mais de 4 mil salas. O Brasil mal possui 3 mil salas em todo seu território. Com a estreia, é possível ver porque o estúdio estava tão confiante. “Animais Fantásticos e Onde Habitam” é belíssimo, com efeitos visuais de encher os olhos, e possui uma trama mais sombria que as prévias permitiam ver. Trata-se de entretenimento de qualidade, capaz de agradar até aos críticos mais exigentes – 83% de aprovação no Rotten Tomatoes. Mas o que não faltam são boas alternativas. O circuito limitado até parece uma mostra de cinema nesta semana, com diversas produções do circuito dos festivais, algumas inclusive “adiantadas” na Mostra de São Paulo e no Festival do Rio. O principal destaque é “Elle”, volta do holandês Paul Verhoeven ao suspense sexual, 24 anos após o icônico “Instinto Selvagem” (1992). Exibido no Festival de Cannes, o filme chocou sensibilidades com cenas fortes do estupro de Isabelle Huppert, mas também superou expectativas com sua narrativa complexa. O fato de ser uma porrada não impediu a França de escolhê-lo como seu representante na busca por uma indicação no Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Também exibido em Cannes, “Depois da Tempestade” é o novo melodrama do japonês Hirokazu Koreeda. Assim como o premiado “Pais e Filhos” (2013), o filme lida com problemas de relacionamento entre, bem, pais e filhos. Desta vez, porém, a família já surge separada pelo divórcio e a desilusão. O título alude ao evento capaz de permitir uma espécie de reconciliação, além de evidenciar uma metáfora. Outro lançamento japonês, “Creepy” marca a volta de Kiyoshi Kurosawa aos temas sombrios, especialmente ao clima de seu clássico de terror “A Cura” (1997). Mas, ainda que tenha rendido o prêmio de Melhor Direção no festival canadense Fantasia, a história muito lenta do vizinho estranho, que pode ou não ser um psicopata, tem poucas novidades (veja-se “Paranóia”). Mais intrigante, “As Confissões”, do italiano Roberto Andò, gira em torno da morte misteriosa do representante de uma potência econômica durante um encontro do G8 (os oito países mais ricos do mundo), e o monge que, horas antes, ouviu sua última confissão. Com excelente elenco internacional, liderado por Toni Servillo (“A Grande Beleza”), Daniel Auteuil (“Caché”), Connie Nielsen (“Ninfomaníaca”), Lambert Wilson (“Homens e Deuses”) e Togo Igawa (“47 Ronins”), foi premiado no Festival de Karlovy Vary. A produção internacional mais fraca da semana vem, claro, de Hollywood. O western “Um Estado de Liberdade” foi um dos maiores fracassos do ano nos EUA. Custou US$ 50 milhões e rendeu apenas US$ 20,8 milhões, apesar de estrelado por Matthew McConaughey (vencedor do Oscar por “Clube de Compra Dallas”). A história do fazendeiro branco bonzinho que luta para libertar escravos negros simplesmente não desceu bem com o público que, em 2016, também teve acesso a “O Nascimento de uma Nação”. Os demais lançamentos, nada menos que sete longa-metragens, são produções nacionais. Mais impressionante ainda é o fato de nenhum deles ser comédia. “BR 716” foi o grande vencedor do Festival de Gramado. Dirigido pelo veterano Domingos de Oliveira em preto e branco, o drama resgata memórias de juventude, na véspera do golpe militar de 1964. O título se refere ao endereço do prédio na rua Barata Ribeiro, em que Oliveira morava no Rio, enquanto sonhava em virar escritor ou cineasta, e de onde se despediu com uma grande festa, no dia em que o Brasil virou uma ditadura. O bom elenco inclui Caio Blat (“Califórnia”) como alter-ego do cineasta, Sophie Charlotte (“Reza a Lenda”), Pedro Cardoso (série “Grande Família”) e Maria Ribeiro (“Tropa de Elite”) “Sob Pressão” lembra mais o piloto de uma série. Por sinal, o diretor Andrucha Waddington tem feito muita TV, entre um e outro “O Penetras”. A trama de episódio de série médica acompanha o fim de um plantão num hospital público, em que chegam ao mesmo tempo e gravemente feridos um bandido, um policial e uma criança, e a equipe precisa decidir quem salvar primeiro, nas condições precárias da unidade hospitalar de periferia. O elenco destaca Julio Andrade (“Gonzaga: De Pai pra Filho”), premiado como Melhor Ator no Festival do Rio. Por coincidência, ele ainda estrela outro lançamento, “Maresia”, pelo qual também foi premiado em 2016, desta vez no Festival Cine Ceará. No longa de Marcos Guttmann (Melhor Diretor no Cine Ceará), Julio vive dois personagens, tanto um expert em pinturas quanto o alvo de sua obsessão, um pintor que morreu afogado há 50 anos. O surgimento de uma pintura desconhecida e um antigo amigo do morto fazem com que o especialista questione tudo o que sabia sobre o artista. Com o menor orçamento da semana (R$ 180 mil), “O Amor de Catarina” tem como chamariz a popularidade da humorista youtuber Kéfera Buchmann (“É Fada”), que estreia em tom dramático, entre muitas lágrimas e caretas infelizes. No filme metalinguístico de Gil Baroni (“Cantoras do Rádio – O Filme”), ela vive a estrela de uma novela, que sofre de amores diante do olhar de Rose (Greice Barros, mais conhecida do teatro), uma mulher que parece não fazer mais nada na vida além de ver TV e que, claro, está sendo traída pelo marido. A programação ainda inclui, em circuito limitadíssimo, três documentários: “Coragem”, sobre um músico brasileiro que sai da favela para o mundo erudito internacional, “Marias”, sobre a adoração à Santa Maria em diferentes culturas latinas, e “O Mestre e o Divino”, sobre um padre e um índio que se tornaram cineastas para registrar o cotidiano de uma aldeia xavante. Este último foi premiado como Melhor Documentário no Festival de Brasília em 2013. Clique nos títulos de cada filme para ver seus trailers.

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