Starlink desafia decisão do STF e não bloqueia Twitter no Brasil
Empresa de Elon Musk se recusa a cumprir ordem de Alexandre de Moraes enquanto recursos permanecerem bloqueados, diz presidente da Anatel
Suspensão do X/Twitter no Brasil repercute na imprensa internacional
Jornais como The New York Times e The Guardian destacam embate de Elon Musk e Alexandre de Moraes com viés positivo para o ministro
Twitter já não funciona no Brasil
Principais operadoras de internet do país cortam acesso à rede social de Elon Musk
Anatel confirma bloqueio do Twitter nas próximas horas
O X/Twitter já começou a ser bloqueado no Brasil. Assinantes da Oi Fibra já não conseguem acesso ao aplicativo, e assinantes da Vivo, Tim e Claro serão bloqueados em seguida. A Agência Brasileira de Telecomunicação (Anatel) foi notificada sobre a ordem de suspensão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes nesta sexta-feira (30/8) e já começou notificar os mais de 20 mil provedores de internet para a derrubada da rede social em até 24 horas. Em entrevista à GloboNews, o presidente da Anatel, Carlos Manuel Baigorri, informou que os quatro maiores provedores já foram informados para proceder o bloqueio e devem tirar o X/Twitter do ar antes do prazo estipulado. Twitter se junta a sites piratas Baigorri informou que o Twitter é o maior, mas não o primeiro serviço bloqueado no Brasil. A Anatel já cumpriu mais de mil decisões de bloqueio de IPs, DNS e sites por descumprimento da legislação de telecomunicações, como a transmissão irregular de conteúdo. A maioria dos bloqueios foram de sites piratas na internet. Multas para VPN O ministro Alexandre de Moraes também proibiu que os usuários da rede social de Elon Musk recorram a ferramentas de VPN para continuar acessando a plataforma. O magistrado fixou multa de R$ 50 mil por dia para pessoas e empresas que adotarem estes “subterfúgios tecnológicos”. Bloqueio acaba quando Twitter cumprir a lei O bloqueio vale até que todas as ordens judiciais proferidas pela Corte sejam cumpridas e as multas pagas. Além disso, deve ser indicado um representante legal da plataforma no Brasil.
STF suspende X no Brasil e proíbe uso de VPN para burlar bloqueio
Decisão de Alexandre de Moraes inclui multa diária para quem utilizar subterfúgios tecnológicos para acessar a rede social
Boninho quer falar com Elon Musk sobre o X no Brasil
Indecisão sobre destino do X/Twitter no país faz diretor do BBB e Narcisa Tamborindeguy sugerirem negócios
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Bloqueio revela ideologia de extrema direita por trás da greve dos caminhoneiros
Quentin Delaroche já havia dirigido um ótimo filme sobre o cenário político recente do Brasil, “Camocim” (2017), que funcionou como uma espécie de espelho da sociedade brasileira. Em “Bloqueio” (2018), somos reapresentados a um caso que aconteceu no ano passado e que gerou uma forte repercussão, a paralisação nacional dos caminhoneiros. E tem acontecido tanta coisa de 2018 para cá que quase esquecemos este momento em que o Brasil parou. Assinado por Delaroche e por Victória Álvarez, o filme tem uma estrutura bastante simples: os diretores, ao verem que aquela situação poderia ser interessante o suficiente para gerar um filme, dirigiram-se até um dos locais de concentração dos caminhoneiros. Como o documentário é o gênero cinematográfico que mais depende do acaso para seu sucesso, podemos dizer que um dos problemas de “Bloqueiro” está na ausência de personagens marcantes. Mas nem por isso deixa de ser instigante. O filme mostra que o comportamento de boa parte dos grevistas se aproximou do bolsonarismo, como se aquela ação, de modo não deliberado, tivesse ajudado a chocar o ovo da serpente. O documentário enfatiza, em meio à luta dos caminhoneiros por melhores condições de trabalho, o que há de mais controverso em seu discurso: a defesa de uma intervenção militar. E isso acaba se mostrando ridículo quando eles são forçados a encerrar a greve devido à chegada da polícia do exército. O próprio diretor pergunta a um deles, que é maltratado por um dos militares: mas não é a eles que vocês estão pedindo socorro? Depois de discursos nacionalistas e orações de grupos evangélicos, um sopro de sobriedade surge quando dois professores chegam para discutir com o grupo, tratando justamente da questão da intervenção militar como solução para todos os problemas do Brasil, para o fim da corrupção etc. Ordem e progresso, a bandeira do Brasil, o Hino Nacional, todos esses símbolos que acabaram sendo apropriados pela extrema direita, são abraçados pelos grevistas. O que gera um sentimento misto na cena em que eles cantam o Hino Nacional. Que momento esse em que vivemos, hein?







