Kiss prepara filme biográfico para a Netflix
A banda Kiss, que está realizando sua turnê mundial de despedida, prepara um filme biográfico para lançamento em streaming. Segundo o empresário da banda, Doc McGhee, a obra será lançada na Netflix em 2024. O projeto é intitulado “Shout It Out Loud” e deve focar nos anos de formação dos mascarados até meados de 1974, quando o quarteto nova-iorquino assinou contrato para lançar seu primeiro álbum e ainda lutava por seu sucesso. O diretor Joachim Rønning (“Malévola”) está ligado ao projeto junto com os roteiristas Ole Sanders, que dirigiu um clipe de Madonna (“Die Another Day”), e William Blake Herron (“A Identidade Bourne”). O grupo musical deve finalizar a turnê “End Of The Road” em dezembro deste ano, após mais de 230 shows. O grupo mascarado, que já passou pelo Brasil no ano passado, volta em abril com passagens por Manaus (12/4), Brasília (18/4), Belo Horizonte (20/4), São Paulo (no festival “Monsters of Rock”, em 22/4) e Florianópolis (25/4).
Cinebiografia de Madonna teria sido cancelada pela Universal
Tudo leva a crer que a biografia de Madonna para os cinemas foi cancelada. A Universal ainda não se pronunciou oficialmente sobre o assunto, mas o site The Hollywood Reporter confirmou com uma fonte que o projeto foi abandonado. Por isso, Madonna – que também é diretora do projeto – acabou de anunciar uma turnê mundial em celebração aos seus 40 anos de carreira e irá se apresentar em 35 cidades ao redor do mundo. A The Celebration Tour irá estrear no dia 15 de julho em Vancouver e irá passar por lugares como Detroit, Chicago, Nova York, Miami, Los Angeles, Boston, Cleveland, Denver e várias outras cidades americanas. Sem contar as onze cidades europeias nas quais a cantora irá se apresentar a partir de Outubro. Além de dirigir sua própria biografia , Madonna também tomou as rédeas do roteiro do projeto e – ao lado de outros roteiristas premiados – começou a criar o texto da obra. Ela dividiu o trabalho de escrita com Diablo Cody, que é vencedora do Oscar por “Juno”. Além dela, Erin Cressida Wilson – de “A Garota no Trem” – também colaborou com o projeto. A vencedora do Emmy Julia Garner (“Ozark”) foi a atriz escolhida pessoalmente por Madonna para vivê-la nas telas do cinema. A estrela arrematou o papel após intensos testes de voz e canto. Esse ano, a atriz também está comprometida com outros projetos: o thriller “The Royal Hotel” e o projeto da Paramount “Apartment 7A”. O desenvolvimento do projeto sempre foi uma luta entre a cantora e o estúdio. Nenhum dos muitos rascunhos dos roteiros apresentados teve menos de 180 páginas, de acordo com uma fonte do Hollywood Reporter. Isso levou a conversas sobre talvez dividir o filme em dois ou talvez transformá-lo em uma minissérie. “Você tem 40 anos de sucesso e é muito difícil colocar isso em um filme”, disse a fonte.
Filme da banda Bee Gees troca diretor pela terceira vez
A diretora Lorene Scafaria (“As Golpistas”) foi contratada pelo estúdio Paramount para assumir o comando da cinebiografia da banda Bee Gees. Ela vai substituir John Carney (“Apenas uma Vez”), que citou conflito de agenda para abandonar o projeto. Curiosamente, Carney já era o substituto de Kenneth Branagh (vencedor do Oscar 2020 de Melhor Roteiro Original por “Belfast”), que também deixou o projeto alegando conflitos de agenda. Boatos de bastidores afirmam que a produção enfrenta dificuldades com os responsáveis pelo espólio da banda, que estaria tentando controlar todos os aspectos da produção. Mas fontes do Deadline refutam essa informação, sem, entretanto, dar outra explicação para tantas mudanças. A equipe de produção, liderada por Graham King, é a mesma do premiado “Bohemian Rhapsody”, que contou com supervisão constante dos músicos da banda Queen. No novo filme, quem acompanha de perto o projeto é Barry Gibb, último dos três irmãos da banda que permanece vivo – após a morte de Maurice em 2003 e de Robin em 2012. Scafaria, terceira diretora do filme, vai trabalhar com o roteiro mais recente, escrito por John Logan (“007 – Operação Skyfall”). O longo pretende mostrar o começo humilde dos irmãos Barry, Maurice e Robin Gibb na Austrália, durante os anos 1960, acompanhando sua jornada para se tornar um fenômeno pop mundial com o sucesso da trilha sonora do filme “Embalos de Sábado à Noite” (Saturday Night Fever) em 1977.
Cinebiografia de Whitney Houston ganha novo trailer
A Sony Pictures divulgou um novo trailer de “I Wanna Dance With Somebody”, cinebiografia da cantora Whitney Houston, que é interpretada nas telas por Naomi Ackie (a Jannah de “Star Wars: A Ascensão Skywalker”). Apesar do título aludir a uma música popular da artista, ela passa a maior parte do vídeo cantando outra canção, bem mais conhecida: “I Will Always Love You”, da trilha do filme “O Guarda-Costas” (1992). A prévia prioriza o começo da carreira da estrela e sua relação turbulenta com seu pai, vivido por Clarke Peters (“The Man Who Fell to Earth”). O elenco também destaca Ashton Sanders como o cantor Bobby Brown, marido de Whitney, e Stanley Tucci (“Convenção das Bruxas”) quase irreconhecível no papel do empresário Clive Davis, responsável pelo estouro da artista. Apesar das imagens mostrarem um Whitney alegre em sua escalada para o sucesso, a carreira da estrela teve muitos altos e baixo, que entremearam vários sucessos musicais com um casamento tumultuado e um conhecido envolvimento com drogas. O roteiro é de Anthony McCarten, que dividiu opiniões ao tomar inúmeras liberdades com a vida de Freddie Mercury em “Bohemian Rhapsody”. Já a direção está a cargo de Stella Meghie (“A Fotografia”). “I Wanna Dance with Somebody” estreia em 21 de dezembro nos EUA, mas apenas em 2 de fevereiro no Brasil. Veja o trailer abaixo em duas versões: legendada e dublada em português.
Vida de Snoop Dogg vai virar filme
A Universal Pictures está preparando um filme sobre a vida o rapper Snoop Dogg. O estúdio contratou o roteirista Joe Robert Cole, de “Pantera-Negra: Wakanda para Sempre”, e o diretor Allen Hughes, dos filmes “Perigo para a Sociedade” (1993), “O Livro de Eli” (2010) e o documentário “The Defiant Ones” (2017) sobre Dr. Dre, para iniciar a produção. “Snoop Dogg é uma das figuras mais amadas internacionalmente no hip-hop”, disse Hughes em comunicado sobre o projeto. “Há algo em sua energia que une pessoas de todas as esferas da vida. Snoop Dogg, não apenas o artista, mas o homem e sua marca, transcendeu gerações com sua conexão e apelo ao público. Sua história é tão autêntica e totalmente inspiradora, e ter a oportunidade de contá-la me permite voltar ao tema de ‘Perigo para a Sociedade’, 30 anos depois, podendo dizer mais agora do que podia antes.” O próprio Snoop está fortemente envolvido com o projeto, que incorporará músicas de seu catálogo e lançará sua produtora cinematográfica, Death Row Pictures. “Esperei muito tempo para montar esse projeto porque queria escolher o diretor certo, o roteirista perfeito e a maior empresa de cinema com a qual eu poderia fazer parceria, que pudesse entender o legado que estou tentando retratar na tela e a memória que estou tentando deixar para trás”, disse Snoop no mesmo comunicado. “Foi o casamento perfeito. Era um matrimônio sagrado, não um macarrão sagrado”. Snoop, cujo nome verdadeiro é Calvin Cordozar Broadus Jr., ganhou fama na cena do rap da Costa Oeste dos anos 1990 graças às suas colaborações com Dr. Dre e seus álbuns “Doggystyle” e “The Doggfather”. Ele transformou o sucesso inicial em um império de mídia e negócios, tornando-se um ator, DJ e celebridade, interpretando a si mesmo em inúmeras séries e fazendo diversos filmes como “Dia de Treinamento” (2001), “Starsky & Hutch: Justiça em Dobro” (2004) e o recente “Dupla Jornada” (2022), da Netflix. Também virou um empresário com vínculos com tecnologia, marcas globais de consumo, indústrias de alimentos e bebidas e, claro, com o mundo da cannabis. “A vida e o legado de Snoop Dogg fazem dele um dos ícones mais emocionantes e influentes da cultura popular”, afirmou Donna Langley, presidente do Universal Filmed Entertainment Group. “Nós nos encontramos com Snoop logo depois que ele adquiriu a [gravadora] Death Row Records e tivemos a oportunidade de ouvir sua história em suas próprias palavras. Estamos honrados por poder criar o documento duradouro deste artista singular.” A Universal já teve sucesso explorando a cultura do rap com cinebiografias musicais, em filmes como “8 Mile: Rua das Ilusões” (2002), com Eminem, e “Straight Outta Compton”, que contou a história do NWA – e que trouxe o ator LaKeith Stanfield (“Judas e o Messias Negro”) como Snoop Dog. Em fase inicial, o filme sobre Snoop Dogg ainda não tem título definido nem previsão de estreia.
Filme com Sophie Charlotte vai contar vida de Gal Costa
A cantora Gal Costa, falecida na manhã desta quarta-feira (9/11), aos 77 anos, vai ter a vida retratada num filme que já está em desenvolvimento. “Meu nome é Gal” tem direção de Dandara Ferreira (que escreveu e dirigiu a série documental “O Nome Dela É Gal”) e Lô Politii (“Alvorada”), e traz a atriz Sophie Charlotte (“Passaporte para a Liberdade”) no papel da artista. A trama retrata apenas uma pequena parte da trajetória da cantora, quando, aos 20 anos, decide se mudar para o Rio de Janeiro, onde encontra seus amigos da Bahia, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gilberto Gil e Dedé Gadelha. Em entrevista ao jornal o Globo, a codiretora Dandara Ferreira disse que “a maior tristeza é a de não ter podido mostrar o filme a ela”. “Ela, Wilma (Petrillo, empresária de Gal) e eu trabalhamos muito nisso, era um sonho. Ela dizia que queria que, depois do documentário, tivesse um filme de ficção, até brincava com o filme da Elis (Regina)”, contou a cineasta. O roteiro é assinado por Lô Politi. E o elenco tem Rodrigo Lelis (Caetano Veloso), Dan Ferreira (Gilberto Gil), Camila Márdila (Dedé Gadelha), George Sauma (Waly Salomão), Luis Lobianco (o empresário Guilherme Araújo) e a própria Dandara Ferreira (Maria Bethânia), entre outros. Com produção é da Paris Entretenimento em coprodução da Globo Filmes e da Dramática Filmes, o longa tem previsão de lançamento para o dia 9 de março de 2023.
Tatá Werneck será Carmen Miranda em minissérie de Bruno Barreto
A comediante Tatá Werneck vai interpretar a cantora e atriz Carmen Miranda em uma minissérie do diretor Bruno Barreto (“O Que é Isso, Companheiro?”). A produção narrará a vida e a carreira da estrela, incluindo seu auge em Hollywood, e será baseada em “Carmen – Uma Biografia”, obra escrita por Ruy Castro. Por coincidência ou não, Tatá já apareceu caracterizada como a cantora na edição de carnaval do programa “The Masked Singer Brasil”, da Globo, no início deste ano. Revelado pela coluna de Patrícia Kogut, no jornal O Globo, o projeto não teve canal/plataforma revelado nem previsão de estreia.
Banda Sublime vai ganhar cinebiografia do diretor de “Jogos Vorazes”
A banda californiana Sublime, que ficou conhecida nos anos 1990 pelo hit “Santeria”, vai ganhar um filme biográfico. E a direção será de ninguém menos que Francis Lawrence, da franquia “Jogos Vorazes”. O roteiro foi escrito por Chris Mundy (“Ozark”), mas o elenco ainda não começou a ser escalado. Além de “Santeria”, o Sublime emplacou os hits “Doin’ Time” e “What I Got”, e se destacou entre as favoritas de skatistas e surfistas por misturar ska, punk, dub e hip-hop. No auge de seu sucesso, porém, o cantor, guitarrista e principal compositor do grupo, Bradley Nowell, morreu de overdose. Sua morte aconteceu sete dias depois de seu casamento e pouco antes do lançamento do terceiro e último álbum do grupo, que também foi o mais bem-sucedido de todos, com 6 milhões de cópias vendidas. Todos os hits citados neste texto são do disco de 1996. Lembre abaixo cinco hits da banda.
Cinebiografia de Whitney Houston ganha primeiro trailer
A Sony Pictures divulgou o pôster nacional e o primeiro trailer de “I Wanna Dance With Somebody”, cinebiografia da cantora Whitney Houston, que é interpretada nas telas por Naomi Ackie (a Jannah de “Star Wars: A Ascensão Skywalker”). A prévia prioriza o começo da carreira da estrela e sua relação com o executivo Clive Davis, que a lançou ao estrelato e aparece de forma quase irreconhecível em interpretação de Stanley Tucci (“Convenção das Bruxas”). Apesar das imagens mostrarem um Whitney alegre em sua escalada para o sucesso, a carreira da estrela teve muitos altos e baixo, que entremearam vários sucessos musicais com um casamento tumultuado e um conhecido envolvimento com drogas. O roteiro é de Anthony McCarten, que dividiu opiniões ao tomar inúmeras liberdades com a vida de Freddie Mercury em “Bohemian Rhapsody”. Já a direção está a cargo de Stella Meghie (“A Fotografia”). “I Wanna Dance with Somebody” estreia em 21 de dezembro nos EUA, mas apenas em 2 de fevereiro no Brasil. Veja o trailer abaixo em duas versões: mais curta e legendada em português e mais longa e sem legendas.
Cinebiografia de Milli Vanilli revela primeiras fotos
O Leonine Studios divulgou as primeiras fotos da cinebiografia de Milli Vanilli. Batizada com o título do maior sucesso da dupla musical, “Girl You Know It’s True” traz Tijan Njie (“Stifado”) e Elan Ben Ali (“Goutte d’or”) nos papéis de Robert Pilatus e Fabrice Morvan, os Milli Vanilli. Além deles, o elenco destaca Matthias Schweighöfer como o produtor musical alemão Frank Farian, mentor do grupo, que pode ser visto numa imagem abaixo. Schweighöfer é o mais conhecido integrante da produção, graças ao papel de Dieter na franquia “Army of the Dead”, da Netflix. Milli Vanilli ganhou vários prêmios, incluindo o Grammy no final dos anos 1980 pelo sucesso de “Girl You Know It’s True”, mas a dupla franco-alemã acabou denunciada como uma farsa musical. Eles eram dançarinos contratados para fingir serem cantores, enquanto Farian pagava músicos profissionais para cantar nas gravações. O filme tem roteiro e direção do alemão Simon Verhoeven (do terror “Pedido de Amizade”), e começou a ser rodado há poucos dias. Ainda não há previsão de estreia. Lembre o grande hit da banda abaixo.
Paulo Miklos vai viver Adoniran Barbosa no cinema
O músico e ator Paulo Miklos (“Jesus Kid”) vai estrelar sua primeira cinebiografia musical em longa-metragem. Ele vai viver Adoniran Barbosa (1910-1982) numa produção que recriará o universo das canções do artista, mostrando os personagens presentes nelas. A produção será uma versão em longa-metragem de “Dá Licença de Contar”, curta premiado no Festival de Gramado de 2015, que já tinha mostrado o ex-Titãs como Adoniran. O diretor também é o mesmo: Pedro Soffer Serrano, que ainda fez o documentário “Adoniran: Meu nome é João Rubinato” (2018). O novo projeto será sua estreia como diretor de longa-metragem de ficção. As filmagens começarão em novembro nas ruas do bairro do Bixiga, em São Paulo, onde vivia o autor do “Trem das Onze”. A produção é da Pink Flamingo Filmes, com coprodução da Claro e da Nation Filmes, e distribuição da Elo Company. Ainda não há previsão de estreia. Veja abaixo o curta “Dá Licença de Contar”.
Evan Rachel Wood é Madonna no trailer da biografia de “Weird” Al Yankovic
A plataforma americana Roku divulgou dois pôsteres e o primeiro trailer de “Weird: The Al Yankovic Story”, que traz Daniel Radcliffe (o Harry Potter) como o comediante “Weird Al” Yankovic. A prévia mostra que o filme é uma paródia de cinebiografias musicais, com vários clichês do gênero apresentados de forma exagerada. O que é perfeito para um artista que fez sucesso parodiando músicas. Quase tudo é invenção, como o relacionamento de Yankovic com Madonna, interpretada de forma tão convincente por Evan Rachel Wood (“Westworld”), que chega a roubar as cenas do vídeo. Conhecido por lançar clipes com versões engraçadinhas de músicas de sucesso, Yankovic virou o artista de comédia com mais discos vendidos de todos os tempos. Cinco vezes vencedor do Grammy, seu lançamento de 2014, “Mandatory Fun”, foi o primeiro álbum de comédia da história a estrear em 1º lugar na parada de discos da Billboard. O filme pseudobiográfico foi escrito pelo próprio Yankovic em parceria com Eric Appel. Os dois já tinha feito um curta em 2010 para o canal “Funny of Die” contando uma versão fictícia da vida do comediante, que na ocasião foi interpretado por Aaron Paul (“Breaking Bad”). Como fez no curta, Eric Appel também assina a direção o filme, que tem produção do Funny or Die. “Weird: The Al Yankovic Story” terá première no Festival de Toronto em setembro, antes na chegar na Roku em 4 de novembro. Ainda não há previsão para o lançamento no Brasil.
“Elvis” é a principal estreia dos cinemas
A produção sobre a vida e carreira de Elvis Presley é o principal lançamento da semana nos cinemas brasileiros. Um dos filmes mais aplaudidos do Festival de Cannes passado, chega com aval da filha e dos netos do cantor, que deram vários depoimentos emocionados sobre a produção. As novidades ainda incluem “Crimes of the Future”, volta do veterano cineasta David Cronenberg ao terror – que fez pessoas abandonarem o cinema em Cannes – , um drama alemão e duas produções nacionais. Confira abaixo maiores informações e os trailers de todos os títulos que entram em cartaz nesta quinta (14/7). | ELVIS | A cinebiografia do Rei do Rock dirigida por Baz Luhrmann (“O Grande Gatsby”) tem tudo que os fãs poderiam desejar, cobrindo todas as fases do cantor com uma recriação primorosa, atenta aos detalhes. Mais que isso, Luhrmann conecta os extremos, encontrando no despertar do interesse do menino Elvis Presley pela performance musical e fervorosa dos cultos de pastores negros a inspiração para seu transe sexual nos primeiros shows e o repertório gospel do final da carreira. Muitas das cenas refletem a histeria despertada por suas apresentações, acompanhada de perto pela reação conservadora que tentou censurá-lo. Para incorporar o furor, Austin Butler (“Era uma Vez em… Hollywood”) se transforma, apresentando o gingado e o sotaque caipira do cantor com perfeição. Mais que isso: como o arco da história é ambicioso, ele precisa evoluir rapidamente na tela, de um jovem roqueiro da metade dos anos 1950 a um homem maduro em sua volta triunfal de 1968 até entrar na fase final da carreira, nos megashows dos anos 1970. Para arrematar, sua performance é tão completa que, em vez de dublar, o ator canta mesmo as músicas que apresenta no filme. “Elvis” ainda destaca o ator Tom Hanks (“Finch”) bastante transformado como o coronel Tom Parker, empresário do Rei do Rock, que é quem narra a história, além de Olivia DeJonge (a Ellie da série “The Society”) no papel de Priscilla, a esposa do cantor, e Maggie Gyllenhaal (a Candy de “The Deuce”) como Gladys, a mãe de Elvis. | CRIMES OF THE FUTURE | A sci-fi bizarra chega sem título traduzido, mas com expectativa exagerada por marcar a volta do diretor David Cronenberg aos horrores biológicos do começo de sua carreira. De fato, lembra tanto essa fase do cineasta, que até os efeitos parecem de época, sem nenhum tratamento computadorizado. Centrado em mutações biológicas e performances de arte corporal, o filme chama mais atenção por sua ideias subversivas – frases como “cirurgia é o novo sexo” – e pela ambientação decadente, num futuro em que tudo parece antigo – sem computadores, nem celulares. Já a trama é tão nonsense quanto a de “Videodrome” (1983), e com pontas soltas sem resolução. Nesse futuro onde a tecnologia parece alienígena, as pessoas estão sofrendo mutações espontâneas, com o surgimento de novos órgãos internos. O protagonista, vivido por Viggo Mortensen (“Green Book”), é um performer conhecido por transformar seu corpo em espetáculo, extraindo, com a ajuda da esposa (Léa Seydoux, de “007 – Sem Tempo para Morrer”), suas próprias mutações diante de uma plateia extasiada. Ele também é um assistente voluntário de uma organização burocrática criada para catalogar o surgimento de novos órgãos – e sua biologia única encanta os dois encarregados desse processo, vividos por Kristen Stewart (“Spencer”) e Don McKellar (“Ensaio contra a Cegueira”). Como se não bastasse, secretamente ainda é um informante da polícia, que caça revolucionários pró-mutação, determinados a usar a notoriedade do artista para lançar luz sobre a próxima fase da evolução humana. | GAROTA INFLAMÁVEL | Primeiro filme de Elisa Mishto, o drama alemão gira em torno de uma garota mimada (Natalia Belitski, da série “Perfume”) que segue duas regras: sempre usar luvas e nunca fazer nada. Não trabalha, não estuda, não tem amigos. Nem se importa. E esse niilismo faz com que também não se importe com os outros, cometendo atos perigosos, que a levam a ser detida e ter acompanhamento médico. Durante seu tratamento, uma enfermeira da sua idade, mãe de uma criança, resolve confrontá-la. Mas, ao mesmo tempo, sofre sua influência, num contato que leva as duas ao limite dos seus respectivos mundos. | O RIO DE JANEIRO DE HO CHI MINH | O neto de um marinheiro sobrevivente da Rebelião Chibata tenta transformar em documentário a história que ouviu de seu avô quando criança. Na década de 1910, o velho era amigo de Ho Chi Minh, trouxe o futuro líder vietnamita para o Rio de Janeiro e o apresentou ao socialismo. Essa amizade mudou a história do século 20. Parece muito maluco pra ser verdade. Mas o unificador do Vietnã teve, sim, uma estadia forçada no Brasil durante alguns meses e se impressionou com a história do negro nordestino José Leandro da Silva, o Pernambuco, líder sindical ativo durante a Greve dos Marítimos. Tanto que a escreveu um texto chamado Solidariedade de Classes, inspirado pela revolta brasileira, em que discorreu sobre o racismo e a fraternidade proletária. A lembrança dessa passagem histórica pouco conhecida marca a estreia da roteirista-produtora Cláudia Mattos (“180 Graus”) na direção. | RUA GUAICURUS | A rua do título fica no centro de Belo Horizonte e é uma das maiores zonas de prostituição do Brasil, desde os anos 1950. Na região, funcionam mais de 25 hotéis, com aproximadamente 3 mil trabalhadoras do sexo. O diretor Joao Borges conseguiu permissão para acompanhar a rotina de um desses endereços, documentando o cotidiano das profissionais em situações que evocam dramas e até comédias da vida real.











