Disney encerra parceria com a BBC, mas “Doctor Who” continuará com especial em 2026
Após o fim do acordo internacional, a BBC confirma novo especial escrito por Russell T Davies e garante a continuidade da série britânica
“Orgulho e Preconceito” vai ganhar série derivada
Produção da BBC adaptará livro focado na irmã mais subestimada da família Bennet
Ator de “Agentes da SHIELD” será Rei Arthur em nova série
O estúdio MGM anunciou o lançamento de uma nova série sobre o Rei Athur para sua plataforma de streaming MGM+, que será estrelada por Iain De Caestecker (o Leo Fitz de “Agentes da SHIELD”). Baseado nas obras literárias de Bernard Cornwell e intitulada “The Winter King” (O Rei do Inverno, em tradução livre), a série será mais uma a fazer abordagem “revisionista” das lendas de Arthur. A história se passa no século V, antes da unificação da Grã-Bretanha, retratando um período de facções e tribos em guerra, e acompanhará a transformação do protagonista Arthur Pendragon de um plebeu comum em rei guerreiro. O streaming encomendou 10 episódios da série, que já encerrou suas gravações no País de Gales com produção e direção de Otto Bathurst (“Robin Hood – A Origem”) e Toby Leslie (“Halo”), além de roteiros assinados por Kate Brooke (“A Descoberta das Bruxas”) e Ed Whitmore (“Manhunt”). A realização ficou a cargo da Bad Wolf, empresa britânica responsável pela produção de “Doctor Who”, “His Dark Materials” e “A Descoberta das Bruxas”. O elenco também conta com Eddie Marsan (“Deceit”) no papel do Rei Uther Pendragon, além de Ellie James (“I May Destroy You”), Nathaniel Martello-White (“Excluídos”), Stuart Campbell (“Heróis Desonestos do SAS”), Daniel Ings (“O Dilema de Suzie”), Valene Kane (“Blue Lights”), Jordan Alexandra (“Doutor Estranho no Multiverso da Loucura”) e Simon Merrells (“Knightfall”). “’The Winter King’ é uma reinterpretação cinematográfica e imaginativa da lenda arturiana”, aponta Michael Wright, chefe da MGM+. “Kate Brooke, Ed Whitmore e o magnífico elenco levam os espectadores a uma fascinante e divertida jornada através deste conto atemporal contado por uma nova perspectiva”. A estreia está marcada para 20 de agosto nos EUA, mas a série não tem previsão de lançamento no Brasil.
Sony compra produtora de “His Dark Materials” e “A Descoberta das Bruxas”
Único grande estúdio de Hollywood sem plataforma digital própria, a Sony está se reforçando como produtora de conteúdo para os serviços de streaming dos colegas/rivais do entretenimento. O estúdio confirmou nesta quarta (1/12) a aquisição da produtora britânica de séries Bad Wolf. Fundada em 2015 por Jane Tranter e Julie Gardner, ex-executivas da BBC responsáveis por lançar séries de fantasia famosas, como o revival de “Doctor Who” em 2005, o spin-off “Torchwood” e “Da Vinci’s Demons”, a Bad Wolf lançou vários hits num curto espaço de tempo, entre eles “His Dark Materials”, “Industry”, “The Night Of”, “A Descoberta das Bruxas” (A Discovery of Witches) e “I Hate Suzie”. A lista demonstra que as produções da empresa atendem especificamente dois canais pagos e suas respectivas plataformas: HBO nos EUA e Sky no Reino Unido. Tanto HBO quanto Sky faziam parte de uma sociedade original com a Access Entertainment e a Sony Pictures Television, que financiava os negócios da Bad Wolf, mas agora a Sony comprou as ações dos demais sócios e pretende ampliar a cartela de clientes da empresa. Dentro destes planos, fechou a produção da primeira série da produtora para a Apple TV+, “Lady in the Lake”, que será estrelado por Natalie Portman e Lupita Nyong’o. Embora a Sony tenha se recusado a comentar o valor financeiro do negócio, a revista Variety publicou que a aquisição gira em torno de US$ 80 milhões e também inclui um estúdio de produção em Cardiff, País de Gales. As fundadoras da Bad Wolf vão continuar à frente da empresa, agora recebendo aporte exclusivo da Sony. Em comunicado, Jane Tranter disse que “a Sony Pictures Television compartilha nossa visão para o futuro da empresa, e seu entendimento imediato e crença no trabalho da Bad Wolf os tornam os parceiros perfeitos para o nosso futuro”, possibilitando a produtora a “alcançar patamares ainda maiores nos anos que virão”. Ravi Ahuja, presidente de TV global e desenvolvimento corporativo da Sony Pictures Entertainment, também se manifestou: “O negócio do streaming está evoluindo à medida que o público em todos os lugares do mundo se torna mais sintonizado com o conteúdo produzido fora de suas próprias culturas. Este acordo não ressalta apenas a alta qualidade dos talentos com os quais temos orgulho de trabalhar, mas também o nosso objetivo de criar e entregar os programas mais notáveis do Reino Unido para o mundo”. A decisão de fortalecer sua linha de produção e expandir para o Reino Unido acontece três anos após a Sony vender a Crackle, sua pioneira plataforma de streaming, e abandonar o mercado digital antes dele se tornar o maior foco de investimento atual de Hollywood, com os lançamentos da Disney+, HBO Max, Paramount+, Peacock e até a Starzplay, todas plataformas que surgiram após a Sony cometer seu maior erro de avaliação sobre o futuro do entretenimento.



