Diretor vencedor do Oscar é absolvido das acusações de plágio em seu último filme
A Justiça iraniana rejeitou as acusações contra Asghar Farhadi, vencedor do Oscar por "A Separação" e "O Apartamento"
Vencedor do Oscar é indiciado no Irã após denúncia de plágio
O diretor iraniano Asghar Farhadi, vencedor de dois Oscars de Melhor Filme Internacional por “A Separação” (2011) e “O Apartamento” (2016), foi indiciado por um tribunal em Teerã, que encontrou evidências de plágio em seu novo filme, “Um Herói”. A corte iraniana decidiu autorizar o prosseguimento do caso, ao considerar muito forte o argumento de uma ex-aluna do cineasta. Azadeh Masihzadeh, que foi aluna de Farhadi, afirma que o roteiro de seu documentário “Todos Ganham, Todos Perdem”, sobre um homem que encontra uma sacola de ouro e decide devolvê-la ao dono, serviu de base para o novo filme do diretor. Segundo ela, “Todos Ganham, Todos Perdem” foi escrito como trabalho de classe no curso do cineasta. Além disso, o homem que é foco do documentário e que teria inspirado o personagem principal de “Um Herói” também abriu um processo contra o diretor, afirmando que ele o difamou ao abordá-lo num retrato fictício. Só que esta ação foi arquivada pelo tribunal. Agora, o processo passará para um segundo juiz, e as duas partes envolvidas correm risco de punição. Caso Farhadi seja considerado culpado, ele deverá entregar para Masihzadeh toda a renda obtida com a exibição do filme nos cinemas e em plataformas de streaming, além de passar um período na prisão. Já Azadeh Masihzadeh pode ser presa por até dois anos e levar 74 chibatadas caso seja comprovado que ela apresentou uma denúncia falsa. Ainda inédito no circuito comercial brasileiro, “Um Herói” venceu 11 prêmios internacionais, entre eles o Grande Prêmio do Júri do Festival de Cannes do ano passado, e foi o filme selecionado para representar o Irã no Oscar 2022. O filme conta a história de um homem chamado Rahim que, após ser libertado da prisão por dívidas, devolve uma bolsa perdida cheia de moedas de ouro – um ato que parece torná-lo um bom samaritano. No entanto, a história acaba sendo mais complicada. Em um comunicado, a Alexandre Mallet-Guy, da Memento Production, que coproduziu “Um Herói”, acredita que o tribunal acabará decidindo por Farhadi, já que a história que inspirou o filme seria de “domínio público”, e que circulava na imprensa “anos antes do documentário de Masihzadeh ser lançado”. Masihzadeh considera que, por ser uma história local, o cineasta não tenha conseguido fazer uma investigação independente. O diretor, por sua vez, alega que também se inspirou na peça “A Vida de Galileu”, de Bertolt Brecht.
Vencedor do Oscar pode ser preso no Irã após denúncia de plágio
O cineasta iraniano Asghar Farhadi, vencedor de dois Oscars de Melhor Filme Internacional por “A Separação” (2011) e “O Apartamento” (2016), pode ser preso no Irã após ser processado por plágio por uma ex-aluna. Azadeh Masihzadeh, que foi aluna de Farhadi, afirma que o roteiro de seu documentário “Todos Ganham, Todos Perdem” serviu de base para o novo filme do diretor, “Um Herói”. Segundo ela, “Todos Ganham, Todos Perdem” foi escrito como trabalho de classe no curso do cineasta. Além disso, o homem que é foco de “Todos Ganham, Todos Perdem” e que teria inspirado o personagem principal de “Um Herói” também abriu um processo contra o diretor, afirmando que ele o difamou ao abordá-lo num retrato fictício. Todas as partes envolvidas no processo correm risco de punição. Caso Farhadi seja considerado culpado, ele deverá entregar toda a renda obtida com a exibição do filme nos cinemas e em plataformas de streaming, além de passar um período na prisão. Já Azadeh Masihzadeh pode ser presa por até dois anos e levar 74 chibatadas caso seja comprovado que ela apresentou uma denúncia falsa. Ainda inédito no circuito comercial brasileiro, “Um Herói” venceu 11 prêmios internacionais, entre eles o Grande Prêmio do Júri do Festival de Cannes do ano passado.
