Cauã Reymond e Tatá Werneck têm sigilo bancário quebrado por CPI
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras aprovou a quebra do sigilo bancário dos atores Cauã Reymond e Tatá Werneck, além do apresentador Marcelo Tas. O trio é investigado por atuação em propagandas da empresa Atlas Quantum, acusada de aplicar golpes que ultrapassam R$ 7 bilhões, afetando cerca de 200 mil investidores. Investigação em andamento A decisão foi tomada em sessão nesta quarta-feira (23/8) no Congresso Nacional e ocorre no âmbito da investigação sobre a Atlas Quantum, empresa suspeita de integrar esquema de pirâmide financeira. Diversos vídeos com Cauã e Tatá, em que os atores falam sobre acreditar na empresa e no investimento em criptomoedas, ainda estão disponíveis na página da Atlas Quantum no Facebook. O requerimento para a quebra do sigilo bancário foi apresentado pelo deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP). Ele solicitou que a CPI decretasse a quebra do sigilo bancário da empresa, do dono da empresa, Rodrigo Marques dos Santos, e dos contratados, nomeadamente Cauã Reymond Marques, Marcelo Tristão Athayde de Souza e Talita Werneck Arguelhes, além de requisitar acesso aos contratos e aos dados do pagador relativos às campanhas realizadas. Defesa e ataque Em declaração à imprensa, os advogados de Tatá Werneck, Ricardo Brajterman e Maíra Fernandes, se manifestaram sobre a convocação: “Causou grande perplexidade essa convocação, porque Tatá atuou somente como garota propaganda da Atlas, há longínquos cinco anos, ocasião em que não havia nada que desabonasse aquela empresa. Ora, se o Banco Central, a CVM, o Ministério Público, a Receita Federal e os demais Órgãos Reguladores permitiam a atividade da Atlas junto ao grande público, como poderia a Tatá, que é somente uma atriz, adivinhar que essa empresa teria alguma atividade ilegal? É óbvio que se Tatá soubesse que a Atlas viria a se envolver em algum escândalo, lesando seus consumidores, ela jamais aceitaria vincular sua imagem àquela empresa, cabendo destacar que Tatá nunca investiu na Atlas; nunca foi sócia da Atlas ou teve qualquer participação nos rendimentos da Atlas. Tatá foi somente uma prestadora de serviços sem qualquer envolvimento com as atividades e rotina da Atlas.” Tatá e Cauã já tinham sido convocados para comparecer à comissão, no último dia 15, mas conseguiram um habeas corpus do ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal, que permitiu que os dois não comparecessem. Essa ausência, garantida pelo poder judiciário, foi usada como justificativa para a quebra do sigilo dos dois. Em discurso, o deputado Áureo Ribeiro (SDD-RJ), presidente da CPI, argumentou que eles foram chamados e não quiseram dar explicações públicas sobre o caso. “Todos devem ser tratados de forma igual, não importa se são celebridades ou artistas”, disse. O ex-deputado estadual Arthur do Val, conhecido como “Mamãefalei”, também gravou um vídeo em 2018 elogiando a empresa Atlas Quantum, mas não houve iniciativa da CPI para que tivesse o sigilo quebrado.
Cauã Reymond e Tatá Werneck podem ser convocados para CPI das Criptomoedas
Os atores Cauã Reymond e Tatá Werneck podem ser convocados para a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras, que investiga possíveis operações fraudulentas na gestão de criptomoedas. A solicitação foi feita pelo deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), que incluiu os nomes dos artistas em requerimentos, alegando suposto envolvimento de ambos em uma empresa de criptomoedas acusada de fraude. As acusações de fraude A empresa em questão é a Atlas Quantum, que atraiu a atenção de investidores prometendo a remuneração de criptoativos por meio do algoritmo intitulado Quantum, com rendimentos que superavam os de produtos tradicionais. Em 2019, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) proibiu a Atlas Quantum de operar, por suspeitas de crime financeiro. Com isso, muitos clientes correram para resgatar seu dinheiro da plataforma, mas tiveram seus pagamentos bloqueados. No Reclame Aqui, há queixas feitas por usuários que alegam não terem recebido seu dinheiro de volta até hoje. O envolvimento dos atores Tatá Werneck, Cauã Reymond e Marcelo Tas participaram das campanhas publicitárias da Atlas Quantum, em vídeos que ainda podem ser acessados pelo canal oficial da marca no Facebook. Reymond e Werneck chegaram a participar do Desafio Investidores, classificado pela empresa como um jogo educacional sobre Bitcoin. Realizada em 2018, a ação de marketing distribuiu prêmios em criptoativos aos vencedores. Os próximos passos da CPI Os requerimentos do deputado Bilynskyj ainda não foram aprovados pela CPI, mas devem ser votados na próxima sessão da comissão. No pedido, Bilynskyj solicita a convocação dos famosos na condição de investigados para prestarem “esclarecimentos acerca das suspeitas de envolvimento em fraudes com investimentos em criptomoedas envolvendo a empresa Atlas Quantum”. Além de Werneck e Reymond, a CPI também pode ouvir o ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho. Em requerimento ainda não votado pelos parlamentares, o deputado Gutemberg Reis (MDB-RJ) solicita que o atleta seja convidado para prestar esclarecimentos sobre suspeitas de envolvimento em fraudes com investimentos em criptomoedas envolvendo a empresa “18K Ronaldinho”.
