Mais mulheres acusam o diretor de Crash de assédio e estupro
O diretor e roteirista Paul Haggis, de “Crash: No limite” (2004), filme vencedor de três Oscars (Melhor Filme, Roteiro e Edição), voltou a ser acusado por conduta sexualmente inadequada nesta sexta-feira (5/1). Haggis já tinha sido alvo, no mês passado, de um processo judicial de uma mulher que o acusa de estupro. Agora, outras três mulheres apresentaram acusações, de acordo com reportagem da agência Associated Press. O advogado do diretor rabateu as acusações, dizendo que “ele não estuprou ninguém”. A assessora de imprensa Haleigh Breest acusou Haggis em dezembro por “um caso chocante e atroz de estupro e agressão sexual” que ocorreu em 2013. “O prejuízo emocional e psicológico com o ataque não pode ser exagerado: foi profundo e duradouro”, diz a ação apresentada na justiça. Em resposta, Haggis alegou que o processo era “extorsão”, uma tentativa de obter dele US$ 9 milhões. Mas agora surgiram três novas acusadores, que se recusaram a ser identificadas com medo de retaliação. Um era uma assessora de imprensa de 28 anos que trabalhou com o diretor em um programa de televisão em 1996. Ela afirma que Haggis a forçou a fazer sexo oral com ele antes de estuprá-la. Na época, não foi à polícia porque ninguém acreditaria nela e o diretor acabaria com sua carreira. “O poder, a raiva, os recursos financeiros, você sente que não dá para enfrentar isso”, disse ela. A segunda mulher alegou ter encontrado Haggis ao oferecer-lhe uma idéia de programa de TV em seu escritório. Ela afirma que Haggis disse que tinha um acordo em seu casamento que lhe permitia dormir com outras mulheres antes de tentar beijá-la. “Eu senti como se minha vida tivesse acabado”, disse a acusadora, que conseguiu escapar, mas foi seguida. A última mulher também afirmou que o diretor a beijou à força em 2015, antes de segui-la até um táxi. Cientologista que depois se voltou contra a seita, Paul Haggis foi alçado à fama com “Crash” e depois assinou roteiros de filmes de sucesso como “Menina de Ouro” (2004), “007 – Cassino Royale” (2006) e “007 – Quantum of solace” (2008). As acusações trazem à tona uma ironia histórica. “Crash” é considerado o mais fraco vencedor do Oscar deste século. O favorito era “O Segredo de Brokeback Montain”. Mas este filme, que rendeu o Oscar de Melhor Direção para Ang Lee, enfrentou grande preconceito da velha guarda de Hollywood. O já falecido ator Tony Curtis deu uma entrevista famosa falando que não tinha visto e não tinha intenção de vê-lo para votar no Oscar. E que outros membros da Academia também pensavam assim. O fato de ser um romance gay incomodou. Assim, o filme do homem agora acusado de ser estuprador acabou vencendo o Oscar, com apoio dos defensores da moral e dos bons costumes.
Quatro atrizes processam ator da minissérie Alias Grace por assédio
Quatro atrizes abriram ações judiciais separadas contra o ator e diretor canadense Albert Schultz, alegando que ele as agrediu e perseguiu sexualmente como diretor artístico da companhia teatral Soulpepper em Toronto. Os atrizes são Kristin Booth (série “Orphan Black”), Diana Bentley (série “Frontier”), Hannah Miller (vista em “Saving Hope”) e Patricia Fagan (série “Murdoch Mysteries”). As quatro afirmam que Schultz as assediou em 30 incidentes separados durante um período de 13 anos, enquanto elas se apresentavam no palco e em ensaios para o Soulpepper. O ator é mais conhecido por estrelar a série canadense “Street Legal”, durante os anos 1990. Um de seus trabalhos mais recentes é a minissérie “Alias Grace”, disponível na Netflix, que lida justamente com abuso e opressão sexual. Ele também é produtor executivo da série de comédia “Kim’s Convenience”, do canal canadense CBC, baseada numa peça da companhia Soulpepper. O conselho de administração da Soulpepper disse em comunicado que o grupo de teatro iniciou uma “investigação imediata” e pediu que Schultz se afastasse do cargo de diretor artístico. A diretora executiva da Soulpepper, Leslie Lester, que é casada com Schultz, também entrou em “licença voluntária” enquanto a investigação for conduzida. “Como organização responsável, a prioridade da Soulpepper é criar um local de trabalho onde todos os seus funcionários se sintam seguros. Por isso, todas as alegações de assédio são muito aflitivas”, afirmou o conselho da empresa em sua declaração. Alexi Wood, advogada das quatro atrizes, emitiu a sua própria declaração na quarta-feira (3/1), na qual acusa Schultz de “abusar do seu poder há anos”. “Os meus clientes pretendem levá-lo e a Soulpepper Theatre Company à justiça como responsáveis”, diz a advogada. “As atrizes afirmam que, enquanto eles estavam sob contrato com Soulpepper, eles foram agredidos sexualmente e assediados pelo seu diretor artístico, o Sr. Schultz, e que Soulpepper não fez nada para protegê-los”. A revista The Hollywood Reporter teve acesso aos processos, em que há descrições dos assédios, como “abraços, beijos e toques indesejados”, além de humilhações e a acusação de que Schultz seria um “predador sexual serial”.
Criador de Community e Rick and Morty é acusado e assume má conduta com ex-funcionária
O criador das séries “Community” e “Rick and Morty”, Dan Harmon, foi acusado de assédio e pediu desculpas a uma ex-produtora com quem trabalhou. Na terça-feira (2/1), Megan Ganz, que integrou a equipe de “Community”, respondeu a um tuite de resolução de Ano Novo de Harmon, em que o showrunner escreveu: “Este foi realmente o Ano dos C*zões. Eu mesmo incluído”. Ganz respondeu: “Pode ser mais específico: a redenção pede um discurso oficial”. Em outubro, Ganz denunciou que um “ex-agressor” criticara Harvey Weinstein em meio às alegações de má conduta sexual. “Ei, cara. Uma vez eu disse que não me sentia confortável trabalhando em sua casa, só nós dois, e você disse: “Relax, Ganz. Não vou te estuprar”, escreveu ela. “Talvez os homens precisem de sua própria versão do #MeToo, onde eles reconhecem momentos em que cruzaram a fronteira do que é aceitável e identifiquem maneiras de melhorar”. Harmon então iniciou uma longa conversa pública com Ganz, no qual ele se assumiu “profundamente arrependido” por sua má conduta enquanto os dois trabalharam juntos. “Eu não queria adicionar narcisismo a uma injúria, nomeando você sem permissão, mas eu falei no meu podcast sobre as fronteiras que cruzei. Vou falar mais sobre isso na forma com que você considerar mais justa. Desculpe profundamente.” Ele continuou: “Tenho um arrependimento e muitas lembranças nebulosas sobre abusar da minha posição, tratando você como lixo” e disse que “sentiria muito alívio” se Ganz pudesse lhe dizer que “há uma maneira para consertar isso.” Ela respondeu que também queria que suas memórias estivessem nubladas e que houvesse uma maneira de consertar a situação. “Levei anos para acreditar em meus talentos novamente, para confiar em um chefe quando ele me elogiou e não me encolher assustada quando ele pediu meu número. Tive medo de ficar entusiasmada, sabendo que isso poderia virar-se contra mim mais tarde”. Harmon respondeu dizendo que ele manteve um “muro” entre ele e os colegas de trabalho por causa de sua conduta passada com Ganz. No final da conversa, Ganz refletiu sobre como Harmon poderia melhor seu comportamento. “É bom reconhecer a dinâmica do poder, mas também é bom reconhecer que você não é diferente daqueles que você emprega. Você não é um rei em uma colina, nem uma fera em um labirinto. O isolamento nem sempre é o melhor. Empatia. A empatia permite o crescimento”, escreveu ela.
Ator Paul Sorvino ameaça matar Harvey Weinstein pelo que fez com sua filha, Mira Sorvino
O ator Paul Sorvino canalizou seu personagem mafioso de “Os Bons Companheiros” ao revelar o que pretende fazer com Harvey Weinstein, após saber que o produtor colocou sua filha, a atriz Mira Sorvino, numa lista negra, que a impediu de conseguir bons papéis após vencer o Oscar em 1996 por “Poderosa Afrodite”. “É melhor esperar que ele vá para a cadeia”, disse Paul Sorvino a um repórter do site TMZ, que o abordou na tarde de terça-feira (2/1). “Porque se nos encontrarmos, acho que ele ficará estendido no chão”. Instigado a elaborar, diante da investigação criminal em andamento contra Weinstein, ele foi mais claro. “Bom para ele se for preso”, disse o ator. “Porque se não for, eu vou matar esse filho da p*ta. Simples assim”. Veja o vídeo desta conversa abaixo. Mira Sorvino foi uma das primeiras atrizes a vir a público com acusações de assédio contra Harvey Weinstein – na segunda reportagem sobre o tema e a primeira da revista New Yorker. Ao contrário de outras vítimas, ela confrontou o produtor na época dos casos, prestando queixas junto ao RH da produtora Miramax. Nada aconteceu. Ou melhor, desde então, sua carreira entrou em súbita decadência. No mês passado, os diretores Peter Jackson e Terry Zwigoff revelaram que Weinstein desencorajava cineastas a contratar a atriz, alegando que ela era “difícil”.
Netflix oficializa a produção da sequência de Bright
A Netflix encomendou oficialmente a continuação de “Bright”, sua primeira superprodução, que voltará a reunir as estrelas Will Smith e Joel Edgerton, juntamente com o diretor David Ayer. Além de dirigir, Ayer também vai escrever o roteiro – como fez em “Esquadrão Suicida”. Isto significa que a figura mais controversa da produção foi cortada da sequência. O roteirista Max Landis, que recebeu entre US$ 3 e 4 milhões por seu roteiro em 2016, vive uma tempestade de denúncias de assédio sexual, que inundaram o Twitter. “Bright” se passa numa versão sobrenatural de Los Angeles, habitada por elfos e outras criaturas da fantasia, e gira em torno da parceria entre dois policiais, um humano (Will Smith) e um orc (Joel Edgerton). Durante uma patrulha noturna, a dupla entra em contato com uma varinha mágica, a arma mais poderosa do universo. Cercados de inimigos, eles devem trabalhar juntos para proteger uma jovem elfa (Lucy Fry, da série “11.22.63”) e sua relíquia mágica, que em mãos erradas pode destruir o mundo. A filmagem foi a mais cara já produzida pela Netflix, com custos estimados de quase US$ 100 milhões. E o resultado acabou destruído pela crítica – “o pior filme do ano”, de acordo com uma das resenhas – , mas aparentemente teve um público considerável. A Netflix não informa os dados de visualização de suas produções. Por conta disso, a Nielsen desenvolveu um método alternativo para medir a audiência das atrações de streaming. E, segundo a Nielsen, o filme foi assistido mais de 11 milhões de vezes em seus primeiros três dias na plataforma, de 22 à 24 de dezembro. O levantamento revela que o público do longa estrelado por Will Smith só foi menor que a audiência da estreia da 2ª temporada de “Stranger Things”. Em seus três primeiros dias de exibição, o primeiro episódio de “Stranger Things 2” foi assistido mais de 15 milhões de vezes nos Estados Unidos. Para dar um parâmetro de cinema, caso essa visualização representasse venda de ingressos, a arrecadação de “Bright” seria de blockbuster: aproximadamente US$ 130 milhões. Entretanto, este o método da Nielsen só tem eficácia para avaliar a exibição em monitores de TV. Isto porque ele se dá por meio de reconhecimento de áudio televisivo. Um aparelho instalado nas TVs de 44 mil casas dos Estados Unidos, que servem de amostragem da Nielsen, é capaz de identificar o que os pessoas estão assistindo pelo simples registro sonoro. O detalhe é que a Netflix é mais acessada por computadores, tablets e smartphones do que pela televisão.
300 artistas e executivas de Hollywood se unem em iniciativa contra o assédio sexual
As atrizes Reese Witherspoon, Jennifer Aniston, Natalie Portman, Meryl Streep, Kerry Washington, Emma Stone e Cate Blanchett estão entre as mais de 300 artistas e executivas da indústria do entretenimento que lançaram a Time’s Up, uma iniciativa para enfrentar o assédio sexual generalizado em Hollywood e em outras áreas nos EUA. Entre os membros do Time’s Up também estão a produtora Shonda Rhimes, a presidente da Universal Pictures, Donna Langley, a escritora feminista Gloria Steinem, a advogada e ex-chefe de gabinete de Michelle Obama, Tina Tchen, e uma das presidentes da Nike Foundation, Maria Eitel. Elas decidiram se juntar para tomar uma atitude depois de que uma avalanche de acusações atingiu homens poderosos de Hollywood, da política, dos negócios e da imprensa, na carona do escândalo de sexual do produtor Harvey Weinstein. A Time’s Up inclui um fundo de defesa legal para proporcionar apoio legal subsidiado a mulheres e homens que foram sexualmente assediados, agredidos ou abusados em seu local de trabalho. Isto porque o projeto pretende dar atenção especial a pessoas que não contra com a mesma visibilidade das estrelas ou seus salários, como empregadas domésticas, porteiros, garçonetes, trabalhadores de fábricas e da agricultura. “Com muita frequência, o assédio persiste porque os perpetradores e os empregadores nunca enfrentam nenhuma consequência”, diz o comunicado da organização, publicado em um anúncio de página inteira no jornal The New York Times. Veja abaixo. O anúncio também reforça o pedido que as mulheres se vistam de preto na cerimônia de entrega dos Globos de Ouro, no domingo (7/1), como uma declaração contra a desigualdade de gênero e racial, assim como para aumentar a consciência sobre os esforços do grupo. “Seguimos comprometidas a fazer com que nossos lugares de trabalho sejam responsáveis, impulsionando mudanças rápidas e efetivas para que a indústria do entretenimento seja um lugar seguro e igualitário para todos”, afirma o texto.
Banda de rock mata Harvey Weinstein em clipe estrelado por ator de Galera do Barulho
A banda TENLo divulgou um clipe estrelado pelo ator Dustin Diamond, mais conhecido como o Screetch da série infantil clássica “Galera do Barulho” (Saved by the Bell), que no vídeo de “Kill All The Things” interpreta outro personagem famoso. Ninguém menos que Harvey Weinstein. Na historinha trash, ele é pego no bar de um hotel por uma mulher de vestido negro, que é secretamente uma freira em busca de vingança. Ao entrar no quarto da mulher, “Weinstein” é surpreendido pelo tipo de violência que algumas vítimas de abusos do produtor descreveram em denúncias publicadas pela imprensa. A diferença é que desta vez a vingança “maligrina” jorra sangue. O clipe da banda de Milwaukee foi dirigido por Joshua Mendez, que também filma… casamentos. Veja o resultado abaixo.
Roteirista de Bright é chamado de “psicopata” em avalanche de denúncias de abusos sexuais
O roteirista Max Landis, que ganhou uma fortuna da Netflix por seu roteiro de “Bright”, é o mais recente alvo de denúncias de abuso sexual. Tudo começou ainda em novembro, com um tuíte cifrado de Allie Goertz, editora da revista Mad. Na ocasião, ela escreveu: “Não consigo imaginar quem possa estar mais assustado em um mundo pós-Weinstein do que o filho de um diretor famoso”. Na quinta-feira (21/12), ela retomou o assunto, afirmando: “Várias publicações me entrevistaram sobre aquele tuíte e eu dei declarações on-the-record para todos eles. Eu não sei se elas vão sair, mas, pelo que posso dizer, cada veículo está levando a história muito a sério”. Horas depois, foi a vez de um tuíte raivoso da atriz e roteirista Anna Akana (série “Stitchers”), em resposta a um post promocional da Netflix sobre “Bright”, lançado na sexta-feira (22/12) na plataforma de streaming. “Escrito por um psicopata que abusa e assedia mulheres, certo? Bacana”, ela ironizou. Akana trabalhou com Landis no especial de comédia “Wrestling Isn’t Wrestling”, produzido para o Youtube, e se silenciou após soltar a bomba. Jake Weisman, criador e protagonista da vindoura série “Corporate”, também usou a mesma definição para mencionar o roteirista de “Bright”. “Definitivamente, veja esse grande filme da Netflix, escrito por esse maldito psicopata que é uma das piores pessoas vivas”, disparou. O roteirista Mike Drucker (“The Tonight Show Starring Jimmy Fallon”) retrucou: “Jake, eu não tenho 100% de certeza sobre quem você está falando, mas eu só espero que ele não tenha um pai poderoso em Hollywood que encobre toda a merda que ele faz”. A atriz Siobhan Thompson (“Adam Ruins Everything”) completou: “Eu não sei a quem vocês se referem, mas se isso é verdade, eu aposto que tenho várias amigas que foram assaltadas sexualmente por ele”. E a diretora Lexi Alexander (“O Justiceiro: Em Zona de Guerra”) lembrou: “Max Landis ainda pensa que eu o bloqueei porque não gostei do que ele falou sobre um filme. Mas eu o tinha bloqueado há meses por causa de uma mensagem direta que recebi de uma jovem atriz, que foi assediada por ele. Eu lhe dei a minha palavra de que a denúncia permaneceria confidencial, o que foi… desafiador”. Até que a famosa desenvolvedora de games Zoe Quinn se empolgou diante do teclado para confirmar “o histórico de comportamento abusivo” de Landis. “Algumas vezes os homens que cometem assédio sexual são roteiristas talentosos, e seu trabalho tem bagagem. Outras vezes, eles são Max Landis”, ela ironizou. “Muita gente ficou possuída com a notícia que um filme do Pepe Le Gambá estava sendo feito, porque quem precisa de um filme sobre um gambá estuprador, mas pelo menos isso significa que Max Landis poderia parar de escrever ficção para finalmente assinar sua autobiografia”, Quinn atacou. “Isso tem sido um segredo aberto por tanto tempo, eu imagino, porque é difícil falar das coisas realmente perturbadoras que ele fez quando só a menção do nome dele faz a maioria das pessoas virar tanto os olhos que elas desmaiam. Eu tenho segurado tudo isso por anos, enquanto mais e mais das minhas amigas me contavam histórias sobre ele, porque não era o meu lugar, e porque ele e seu pai são figuras poderosas em Hollywood”, continuou. “Na última vez que o encontrei, ele estava dizendo para uma amiga, na noite que ela tinha sido espancada pelo ex, que, como não era a primeira vez, ela deveria fazer algo para descobrir porque estava causando todo esse drama para si mesma, e não ficar falando sobre isso nas mídias sociais”, declarou. “Espero que isso signifique que eu não tenha mais que ficar evitando festas legais para as quais ele também foi convidado, porque a vida é muito curta para ter que lidar com alguém que é como se um tio grosseiro e a cocaína tivessem um bebê e o bebê também é um estuprador”. Por coincidência, a vida de Zoe Quinn vai virar filme, com Scarlett Johansson cotada para interpretá-la. Ela ficou conhecida durante o escândalo batizado de Gamergate, que abalou o mundo dos games com acusações de corrupção e comportamento machista. Max Landis, por sua vez, é filho do diretor John Landis, responsável por clássicos do cinema como “Clube dos Cafajestes” (1978), “Os Irmãos Cara de Pau” (1980) e “Um Lobisomem Americano em Londres” (1981), além de ter feito o mais famoso clipe musical de todos os tempos, “Thriller”, de Michael Jackson. Ao contrário do pai, ele só teve um sucesso na carreira, seu primeiro roteiro filmado: “Poder Sem Limites” (2012). As demais “obras” de sua filmografia deram grande prejuízo nas bilheterias – filmes como “American Ultra” (2015) e “Victor Frankenstein” (2015). Ele também foi criador da cancelada série “Dirk Gently’s Holistic Detective Agency”. E mesmo com essa ficha corrida, a Netflix lhe pagou US$ 3 milhões pelo roteiro de “Bright”, um dos mais caros de todos os tempos, que a crítica norte-americana chamou de “pior filme do ano”. BTW, multiple publications interviewed me about this tweet and I gave on-the-record comments to all of them. I don't know if they'll ever come out but from what I can tell, each place is taking the story very seriously. — Allie Goertz (@AllieGoertz) December 21, 2017 Written by a psychopath who sexually abused and assaults women, right? Cool — Anna Akana (@AnnaAkana) 22 de dezembro de 2017 Definitely watch that big Netflix movie coming out, written by that fucking psychopath who is one of the worst people alive — Jake Weisman (@weismanjake) December 18, 2017 Jake, I have exactly entirely 100% no idea of whom you’re talking about but I just hope he doesn’t have a powerful father in Hollywood who’s covered up for the fucked up shit he’s done — Mike Drucker (@MikeDrucker) December 19, 2017 I don't know who you mean but if that's true I bet I have SEVERAL friends who have been sexually assaulted by him — Siobhan Thompson (@vornietom) December 19, 2017 Max Landis still thinks I blocked him because I didn’t like what he said about a movie. I had him blocked for months before then because of a DM I received from a young actress who was harassed by him. I gave her my word that I would keep it confidential, which was…challenging. — Lexi Alexander (@Lexialex) December 23, 2017 Folks were mad that a Pepe Le Pew movie was being made because who needs a movie about a rapist skunk but at least it meant max landis could switch from cringe fiction to finally writing his autobiography and writing what he knows — questionable rat currency (@UnburntWitch) 23 de dezembro de 2017 I’ve been holding in this shit for years as more friends have accrued “max landis stories” bc it wasn’t my place and him & his dad are powerful figures so naturally going against that is terrifying for survivors so I’m SO glad people are finding out what a piece of shit he is. — questionable rat currency (@UnburntWitch) 23 de dezembro de 2017 I hope this means I don’t have to avoid more cool parties that I know he’s been invited to too because life is too short to deal with someone who is like if a gross uncle and cocaine had a baby and the baby was also a rapist — questionable rat currency (@UnburntWitch) December 23, 2017
Schwarzenegger e Stallone comemoraram o Natal juntos
O ator Sylvester Stallone compartilhou em seu Instagram uma foto ao lado de Arnold Schwarzenegger. Os dois astros da franquia “Os Mercenários” posaram diante de uma estátua de “Rocky” na residência de Stallone, que recebeu o amigo para o Natal. “Olha só quem apareceu no Natal”, escreveu Stallone. “Arnold Schwarzenegger sempre enche a sala com energia positiva”. Ele também postou um vídeo e uma foto com suas filhas durante as atividades natalinas. Veja abaixo. A felicidade expressada nos registrados demonstra que a família e os amigos estão ao lado do ator, que recentemente foi alvo de duas denúncias de abuso sexual, que teriam acontecido nos anos 1980. Ele nega as acusações e processou uma das acusadoras na justiça. Well look who drop by on Christmas! @schwarzenegger always fills the room with positive energy! Uma publicação compartilhada por Sly Stallone (@officialslystallone) em 25 de Dez, 2017 às 5:19 PST @sistinestallone @sophiastallone @natalieelattrache having a wonderful time Christmas afternoon. Uma publicação compartilhada por Sly Stallone (@officialslystallone) em 25 de Dez, 2017 às 5:01 PST Best Wishes for a great year ahead for everyone ! Uma publicação compartilhada por Sly Stallone (@officialslystallone) em 25 de Dez, 2017 às 6:35 PST
Novo comercial do Globo de Ouro faz referência velada aos escândalos sexuais de Hollywood
A rede americana NBC divulgou um novo comercial do Globo de Ouro 2018, com o anfitrião Seth Meyers revelando que “ele não virá” no evento desse ano. “Isto é bom, porque ninguém o quer por lá”, completa o humorista, na segunda referência velada a escândalos sexuais na divulgação do evento. A expectativa é que o tema dos comentários de abertura do evento abordem os casos de assédio que abalaram Hollywood esse ano. Diversas atrizes já combinarem ir à cerimônia vestindo preto, num protesto contra atores, produtores e diretores que abusaram de seu poder para molestar mulheres na indústria do entretenimento. A cerimônia de entrega do Globo de Ouro vai acontecer no dia 7 de janeiro em Los Angeles, com apresentação de Seth Meyers e transmissão no Brasil pelo canal pago TNT. Leia aqui a lista completa dos indicados à premiação.
Sophia Bush e Hilarie Burton comemoram demissão do criador de The Royals
As Sophia Bush e Hilarie Burton comemoraram nas redes sociais a demissão de Mark Schwahn da série “The Royals”, por alegações de assédio sexual. As duas trabalharam com ele em “One Tree Hill” (2003–2012). Burton descreveu o período como um “inferno” e Bush espera que isso sirva de exemplo para o que deve acontecer com “predadores”. A demissão de Schwahn aconteceu depois que o elenco feminino e a equipe de “One Tree Hill” se juntaram em torno da roteirista Audrey Wauchope, que acusou o criador da série de assédio sexual. Numa carta coletiva, Bush, Burton e outras estrelas da antiga atração, exibida no Brasil como “Lances da Vida”, relataram um cenário de abusos cotidianos. “Muitas de nós fomos, em graus diferentes, manipuladas psicológica e emocionalmente. Mais de uma nós ainda está em tratamento de estresse pós-traumático. Muitas de nós fomos colocadas em situações desconfortáveis e tivemos que aprender a lutar, muitas vezes fisicamente, porque ficou claro para nós que os supervisores na sala não eram os protetores que deveriam ser”, elas acusaram. Ao verem a denúncia, as protagonistas de “The Royals”, atual série de Schwahn, tomaram coragem de fazer sua própria carta de denúncia coletiva, reforçando o repúdio ao produtor. “Ficou muito claro, lendo a declaração [da equipe de ‘One Tree Hill’] no início desta semana, de que a traição e a raiva que muitos de nós experimentamos durante nosso tempo em ‘The Royals’ não é exclusivamente nossa”, abre o texto. “Esta declaração é uma coleção de vozes das mulheres envolvidas em ‘The Royals’, que gostariam de finalmente responder ao comportamento de nosso showrunner. Que sentiu a inclinação de abusar de seu poder e influência em um ambiente onde ele tinha o comando sobre mulheres. Isso se manifestava no assédio sexual indesejado e repetido sobre múltiplos integrantes femininos do elenco e equipe”, diz o texto, que agradeceu enfaticamente “a todas as mulheres de ‘One Tree Hill’, cuja ética sólida nos tocou enormemente”. “Para vocês, tiramos nossas coroas”, concluiu o texto, assinado pelas “ladies” de “The Royals”, Hatty Preston, Sophie Colquhoun, Alex Watherson, Lydia Rose Bewley, April Church, Annalise Beusnel, Poppy Corby-Tuech, Florence Chow, Charlie Jones, Isabella Artitzone, Jade Armstrong, Rachel Walsh, Tania Vernava, Bonnie Vannucci, Merritt Patterson, Kate Benton, Jerry-Jane Pears, Jodie Simone, Kate Royds, Leonie Hartard, Lisa Mitton, Marie Deehan, Alice Woodward, Rachel Lennon e Kimberly Macbeth. Bush contou todos os nomes em sua nova manifestação. “43 mulheres se ergueram. Para aquelas que se manifestaram e para aquelas que não puderam, espero que esta notícia seja um bálsamo para suas almas”, avaliou Bush. “Para os outros predadores por aí? Espero que seja uma lição que às vezes, mesmo que seja preciso tempo, a justiça é servida. Você é o próximo”, disse, possivelmente com um novo alvo em mente. Já Burton escreveu uma série de tuítes comparando Schwahn a Harvey Weinstein e agradecendo a todos com quem trabalhou desde que saiu de “One Tree Hill” por lhe mostrar como um ambiente de trabalho deveria ser. Vejam os tuítes abaixo. 43 women came forward. To the ones who did and to the ones who didn’t or couldn’t, I hope this news is a salve to your souls. To the other predators out there? I hope this is a lesson that sometimes, even if it takes time, justice is served. You’re next. https://t.co/Vq5R0obvjK — Sophia Bush (@SophiaBush) 21 de dezembro de 2017 1. The reason we cannot condone "degrees of harassment" is because one day you get your butt or boob grabbed at work. And you laugh it off. You become conditioned. "She's such a good sport" they say. And then? You meet a Schwahn. A Weinstein. https://t.co/axfafD7okg — Hilarie Burton (@HilarieBurton) 22 de dezembro de 2017 2. I had no idea how bad OTH really was until I was taken in by the amazing cast and crew of @WhiteCollarUSA. Thank you to them for showing me how it's SUPPOSED to be. Thank you to the directors who called even though I wouldn't audition. Thank you to @GreysABC and @ForeverABC — Hilarie Burton (@HilarieBurton) 22 de dezembro de 2017 And most recently @LethalWeaponFOX. You have treated me with such respect and kindness. And my ability to speak up now, all these years later, is because I have seen what filmmaking should be. You can be talented AND kind. And thank you to my OTH sisters. — Hilarie Burton (@HilarieBurton) 22 de dezembro de 2017 4. You women are amazing. When I left all those years ago, I could have never anticipated how strong this bond would remain. It's a good day, gals. Your art matters. It's what got me here. Xoxoxo — Hilarie Burton (@HilarieBurton) 22 de dezembro de 2017
Ex-diretora de RH de Harvey Weinstein está em novo escândalo sexual, agora na Vice
A cultura de assédio da Miramax, antigo estúdio dos irmãos Weinstein, acabou respingando num novo escândalo sexual, na empresa de mídia Vice, denunciado por uma reportagem do jornal New York Times no sábado (23/12). A diretora de RH da Vice, Nancy Ashbrooke, foi acusada de conivência com inúmeros casos de assédio, permitindo que o ambiente de trabalho fosse hostil para funcionárias mulheres. Ela era ex-vice-presidente de RH da Miramax, e lidou com denúncias de assédio contra Harvey Weinstein durante os anos 1990 – época em que muitos acordos de confidencialidade foram firmados. Uma das denúncias contra a Vice foi feita por Abby Ellis, ex-jornalista da empresa, que disse ter procurado Ashbrooke após Jason Mojica, diretor da Vice News, tentar beijá-la à força e, após ter sido rejeitado, passar a retaliá-la profissionalmente. A diretora de RH teria respondido que, pelo fato de a jornalista ser uma mulher atraente, ela teria que lidar com esse tipo de comportamento durante toda sua carreira. “Enquanto mulheres, nós somos assediadas em todo o lugar e não nos sentimos confortáveis em denunciar porque isso não é considerado uma ofensa denunciável”, disse Ellis ao New York Times. “Esperam que nós aguentemos isso; seria o preço que se paga para trabalhar”, critica a jornalista. Helen Donahue, outra ex-funcionária da Vice, também tentou denunciar Mojica, afirmando que ele apalpou seus seios e nádegas durante uma festa de fim de ano da empresa em 2015. Ao relatar o episódio para Ashbrooke, ela ouviu que isso não caracterizada assédio sexual, mas apenas uma “cantada”. “Ela disse que eu deveria esquecer essa história e dar risada disso”, disse Donahue ao jornal americano. Outros relatos envolvem mais avanços sexuais não consentidos durante as festas da empresa, que nasceu de uma revista canadense marginal e transformou-se em um conglomerado de quase US$ 6 bilhões, com canais de streaming e programas na TV paga. E todas as vítimas que procuraram a área de recursos humanos para denunciar seus agressores, ouviram em resposta ouviam que o que tinham passado não caracterizada assédio e nada podia ser feito. Entretanto, em pelo menos quatro casos, a empresa fez acordos de confidencialidade com mulheres que denunciaram abusos. Um deles, no valor de US$ 135 mil, envolveu o vice-presidente da Vice, Andrew Creighton, acusado por uma funcionária de tê-la demitido por ela ter recusado ter relações sexuais com ele. Conhecida pelo jornalismo provocador e por retratar temas polêmicos como sexo e drogas, a empresa se provou um “clube do bolinha” bem conservador, como seus próprios proprietários admitiram. Em comunicado ao jornal americano, os cofundadores da empresa, Shane Smith e Suroosh Avi, reconheceram que o problema existe e afirmaram estar tomando as medidas necessárias para coibir o “comportamento inapropriado que permeou toda a empresa”. “Nós falhamos enquanto empresa em criar um ambiente profissional seguro e inclusivo em que todos, especialmente mulheres, pudessem se sentir respeitados e prosperar”. Entre as ações tomadas nos últimos dias, a Vice demitiu três funcionários — entre eles, Mojica e Ashbrooke — , contratou uma nova chefe para a área de recursos humanos e criou um conselho para diversidade e inclusão que inclui entre seus membros a feminista Gloria Steinem.










