Antonio Skármeta, autor de “O Carteiro e o Poeta”, morre aos 83 anos
O escritor chileno também teve livro transformado em filme por Selton Mello e faleceu após longa batalha contra o Alzheimer
Belíssimo, O Filme da Minha Vida confirma talento do diretor Selton Mello
O escritor chileno Antonio Skármeta já teve um texto adaptado para o cinema que alcançou grande sucesso, “O Carteiro e o Poeta”, dirigido por Michael Radford em 1996. “O Filme da Minha Vida”, de Selton Mello, adaptação de “Um Pai de Cinema”, pode repetir o feito. É um filme que lida com o público de modo terno, afetivo e lírico. Traz para o cinema o clima poético e nostálgico do texto de Skármeta, acrescentando-lhe novos personagens e situações e fazendo novos elos que tornam a trama mais clara e compreensível, sem resvalar no melodrama ou nas soluções fáceis. E sem perder o clima de mistério, deixando um caminho para o espectador percorrer, que vai além das imagens e, portanto, também além do texto original. O que Selton Mello fez foi uma adaptação literária, mas de um modo muito pessoal, colocando-se no protagonista e no seu contexto de época. Ao transportar a trama das serras chilenas para as serras gaúchas, ele manteve o espírito interiorano da história, com seus limites, mas ressaltou o sonho dos personagens, envolvendo-os com referências brasileiras, mantendo e dando cor local à bela homenagem ao cinema que o texto de Skármeta faz. Em “O Palhaço” (2010), Selton Mello, um dos grandes atores da sua geração, encontrou seu caminho também como cineasta. Mostrou-se capaz de lidar com emoções de forma intensa, mas equilibrada. Buscou comunicar-se com um público amplo, usando o humor, homenageando a cultura popular, inclusive televisiva, sem adotar seu modelo simplista e popularesco. Ele mantém esse espírito em “O Filme da Minha Vida”, onde também dirige e atua simultaneamente, além de ser roteirista, ao lado de Marcelo Vindicatto. O filme tem a cara de Selton Mello. Já é reconhecível sua autoria neste terceiro longa. A fotografia, a cargo de Walter Carvalho, que tantas contribuições tem dado ao cinema brasileiro, é lindíssima. Nos seus tons marrons e amarelados, ressalta a luminosidade da serra e, sob névoa ou luz baixa, nos conduz ao clima frio serrano e aos anos 1960, em que se situa a história, na hipotética cidade de Remanso. Na verdade, as filmagens ocorreram em sete cidades diferentes, na região de Garibaldi. O filme é recheado de boa música daquele período histórico, com ênfase em canções francesas, já que o protagonista Tony Terranova (Johnny Massaro) também dá aulas de francês para sua turma de alunos e é filho de um francês, Nicolas, papel do conhecido ator Vincent Cassel, agora vivendo no Rio de Janeiro. Nem por isso deixa de soar estranho ouvir “My Way” em versão francesa. Outra estranheza para os mais novos pode ser ouvir a seminal “Rock Around the Clock”, de Bill Haley, em versão nacional. Estranhezas à parte, é fácil sair cantarolando do cinema. “Coração de Papel”, de Sérgio Reis, é um dos hits em destaque. E de Charles Aznavour, “Hier Encore”. A história remete à busca de um pai que abandonou misteriosamente mulher e filho para voltar a viver na França e esqueceu-se da família. Mas essa versão faz sofrer e não convence. O que estará por trás disso? O jovem personagem Tony, enquanto busca saber do pai, vai construindo uma vida como professor de província, lidando com a demanda sexual dos alunos pré-adolescentes e da sua própria demanda amorosa e sexual, ele próprio recém-saído da adolescência. Os meninos personagens dão margem a cenas fascinantes e divertidas. Já com a mãe Sofia (Ondina Clais) há afeto, mas a tristeza da perda marca a relação. As jovens Luna (Bruna Linzmeyer), que encanta Tony com seu jeito meio maluquinho, e sua irmã, Petra (Bia Arantes) têm papel decisivo no desenrolar da narrativa. Assim como o manipulador Paco, o papel de Selton Mello no filme. É um senhor elenco de atores e atrizes que mergulham intensamente em seus personagens, revelando que Selton é um ótimo diretor de atores. O que, afinal, não surpreende, com a cancha de representar que ele tem. Duas participações especiais merecem destaque. Rolando Boldrin faz um maquinista de trem, personagem criado por Selton para o filme, especialmente para ser vivido por ele. Antonio Skármeta também atua numa ponta e contracena com Selton Mello, reunindo, assim, os autores da bela narrativa, tanto literária quanto cinematográfica.
O Filme da Minha Vida: Novo trailer destaca o papel de Selton Mello
A Vitrine Filmes divulgou um novo trailer de “O Filme da Minha Vida”, drama dirigido por Selton Mello, seis anos depois do sucesso de “O Palhaço”. A prévia volta a destacar a fotografia belíssima, que dá à produção de época um aspecto refinado, acentuado ainda mais pela participação do francês Vincent Cassel (“Em Transe”). Além disso, pela primeira vez o papel de Selton é apresentado com maiores detalhes. Passado nos anos 1960, o filme gira em torno de Jacques (Johnny Massaro, de “A Frente Fria que a Chuva Traz”), jovem professor de um povoado, que foi abandonado pelo pai, um forasteiro francês (Cassel), há vários anos, deixando para ele uma motocicleta e um amigo, o papel de Selton Mello. O elenco também destaca Bruna Linzmeyer (“A Frente Fria que a Chuva Traz”), Bia Arantes (“Real – O Plano por Trás da História”), Ondina Clais Castilho (“Meu Amigo Hindu”), Erika Januza (novela “Sol Nascente”), Martha Nowill (“Vermelho Russo”) e o veterano Rolando Boldrin (novela “Os Imigrantes”). A trama adapta o livro “Um Pai de Cinema”, do escritor chileno Antonio Skármeta (“O Carteiro e o Poeta”). E, além de dirigir e coadjuvar, Selton Mello também assina o roteiro em parceria com Marcelo Vindicato, com quem trabalhou em “Feliz Natal” (2008) e “O Palhaço” (2011). A estreia está marcada para 3 de agosto.
O Filme da Minha Vida: Drama de Selton Mello ganha novo trailer belíssimo
A Vitrine Filmes divulgou o pôster e um novo trailer de “O Filme da Minha Vida”, drama dirigido por Selton Mello, seis anos depois do sucesso de “O Palhaço”. A prévia destaca uma fotografia belíssima, que dá à produção de época um aspecto refinado, acentuado ainda mais pela participação do francês Vincent Cassel (“Em Transe”). Passado nos anos 1960, o filme gira em torno de Jacques (Johnny Massaro, de “A Frente Fria que a Chuva Traz”), jovem professor de um povoado, que foi abandonado pelo pai, um forasteiro francês (Cassel), há vários anos. Um dia, ao visitar a cidade vizinha para ir ao cinema, Jacques descobre que a explicação de tudo pode estar muito perto dele. O elenco também destaca Bruna Linzmeyer (“A Frente Fria que a Chuva Traz”), Bia Arantes (“Real – O Plano por Trás da História”), Ondina Clais Castilho (“Meu Amigo Hindu”), Erika Januza (novela “Sol Nascente”), Martha Nowill (“Vermelho Russo”) e o veterano Rolando Boldrin (novela “Os Imigrantes”). A trama adapta o livro “Um Pai de Cinema”, do escritor chileno Antonio Skármeta (“O Carteiro e o Poeta”). E, ao contrário de “O Palhaço”, Selton não fará o papel principal, participando apenas como coadjuvante, além de dirigir e assinar o roteiro em parceria com Marcelo Vindicato, com quem trabalhou em “Feliz Natal” (2008) e “O Palhaço” (2011). A estreia está marcada para 3 de agosto.
O Filme da Minha Vida, novo longa dirigido por Selton Mello, ganha teaser belíssimo
A Vitrine Filmes divulgou o primeiro trailer de “O Filme da Minha Vida”, novo filme dirigido por Selton Mello, seis anos depois do sucesso de “O Palhaço”. A prévia é belíssima, revelando um drama de época refinado com participação do francês Vincent Cassel (“Em Transe”) e Bruna Linzmeyer (“A Frente Fria que a Chuva Traz”) mais linda que nunca. Passado nos anos 1960, o filme gira em torno de Jacques (Johnny Massaro, também de “A Frente Fria que a Chuva Traz”), jovem professor de um povoado, que foi abandonado pelo pai, um forasteiro francês (Cassel), há vários anos. Um dia, ao visitar a cidade vizinha para ir ao cinema, Jacques descobre que a explicação de tudo pode estar muito perto dele. A trama adapta o livro “Um Pai de Cinema”, do escritor chileno Antonio Skármeta (“O Carteiro e o Poeta”). E, ao contrário de “O Palhaço”, Selton não fará o papel principal, participando apenas como coadjuvante, além de dirigir e assinar o roteiro em parceria com Marcelo Vindicato, com quem trabalhou em “Feliz Natal” (2008) e “O Palhaço” (2011). A estreia está marcada para 3 de agosto.




