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  • Série

    Project Blue Book: Série de ETs com ator de Game of Thrones é renovada

    10 de fevereiro de 2019 /

    O canal pago History renovou “Project Blue Book” para sua 2ª temporada. Atualmente na metade de sua 1ª temporada de 10 episódios, a série vem tendo um desempenho razoável, com 1,8 milhão de telespectadores e 0,33 ponto na demo (a faixa demográfica de adultos entre 18 e 49 anos, mais relevante para os anunciantes). Cada ponto equivale a 1,3 milhão de adultos na medição da consultoria Nielsen. A produção, que dramatiza investigações reais sobre visões de discos voadores nos Estados Unidos, é uma espécie de “Arquivo X real”, baseada em casos documentados pelo astrônomo Josef Allen Hynek, considerado um dos pais da ufologia. Ele trabalhou com a Força Aérea dos Estados Unidos no chamado Projeto Livro Azul entre os anos 1960 e 1970, estudando a aparição de Objetos Voadores Não-Identificados (os famosos Óvnis) pelo país. Foi Hynek quem criou a famosa classificação em “graus” dos contatos imediatos entre humanos e alienígenas. O primeiro grau seria a identificação visual de OVNI; o segundo, uma reação física à suposta presença de alienígenas (carros sem energia, paralisia corporal, etc); e o terceiro grau, que batizou um célebre filme de Steven Spielberg, seria a comunicação direta com seres de outro mundo. Na série, Hynek é vivido por Aiden Gillen (o Mindinho de “Game of Thrones”). O elenco também destaca Neal McDonough (o Damien Darhk de “Legends of Tomorrow”) e Michael Harney (Sam Healy em “Orange Is the New Black”) como generais da Força Aérea, Michael Malarkey (o Enzo de “The Vampire Diaries”) como o oficial encarregado de acompanhar o professor em suas investigações, e Laura Mennell (a Rebecca de “Van Helsing”) como a esposa de Hynek. “Project Blue Book” foi desenvolvida pelo roteirista estreante David O’Leary e tem produção do cineasta Robert Zemeckis (diretor da trilogia “De Volta ao Futuro”). Além disso seus dois primeiros foram dirigidos pelo cineasta Robert Stromberg (de “Malévola”). Vale lembrar que estas mesmas investigações da Força Aérea americana já inspiraram uma série de ficção nos anos 1970, “Projeto U.F.O.”, que durou duas temporadas. A série ainda não tem previsão de estreia no Brasil.

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  • Filme

    Talento de atores faz Green Book ser levado a sério

    9 de fevereiro de 2019 /

    “Green Book – O Guia” é o primeiro filme, vamos dizer assim, sério do diretor Peter Farrelly. Sim, a outra metade dos Irmãos Farrelly (Bobby não dirigiu, mas apoiou o projeto do início ao fim), de “Debi e Lóide” (1994) e “Quem Vai Ficar com Mary?” (1998). Você pode acusar a produção de ser à moda antiga ou de entrar para a lista daqueles tradicionais filmes de Oscar, certinhos, mainstream, by the book, que Hollywood faz de montão, mas que sempre surgem com muita força nas premiações – como “Kramer vs Kramer” (1979), “Conduzindo Miss Daisy” (1989) e “Uma Mente Brilhante” (2001). Mas não pode acusar “Green Book” de má intenção. Peter Farrelly admitiu erros grotescos nos bastidores de outros filmes e o roteirista Nick Vallelonga falou merda no Twitter, mas conseguiram sentar, criar e executar um filme que, queira ou não, será lembrado por muito tempo. É o primeiro drama de Peter, embora tenha seus momentos de humor, claro. Sai a comédia, entra o drama; sai a grosseria para dar lugar à finesse. Mas é a velha história de amizade entre homens num road movie (“Debi e Lóide”, “Kingpin”) em que a jornada evolui seus protagonistas como seres humanos. E isso também estava inserido de alguma forma em “Quem Vai Ficar com Mary?”. Na trama, Tony Lip (Viggo Mortensen) é um leão de chácara bruto, grosso, descendente de italianos, falastrão e racista. Um típico personagem dos irmãos Farrelly, cultivando estereótipos. Com a grana curta, ele aceita trabalhar como motorista (e segurança) de um pianista erudito, ninguém menos que o célebre Dr. Don Shirley (Mahershala Ali), durante dois meses na estrada para cumprir a agenda de turnê do músico pelo sul dos Estados Unidos, o território mais preconceituoso, numa época em que o país estava pegando fogo. Juntos, eles seguem um guia tão absurdo quanto verídico, o tal Green Book, um livro que mostra os hotéis e locais que negros podem frequentar. Em resumo, a viagem não foi nada fácil, mas deve ter sido muito, muito mais dura na vida real. O filme é acusado de amenizar os fatos reais em que supostamente se baseia. Ou seja, Hollywood sendo Hollywood. E essa passada de pano na história para favorecer os clichês de “buddy movie” entrega que se trata de um filme convencional. Sem esquecer que também é um filme sobre racismo escrito e dirigido por brancos, que privilegia a conscientização do branco sobre o sofrimento do negro. Tony e Shirley dizem coisas terríveis um ao outro, mas Farrelly passa um verniz dramático que só contadores de histórias acostumados com comédias sabem dosar. Tudo para, no final, eles se entenderem e se complementarem. Esse enredo basicão rendeu prêmios, como a conquista do Festival de Toronto, do Globo de Ouro de Melhor Comédia e ainda tem cinco indicações ao Oscar. Claro que ajuda muito contar com atores no topo de suas capacidades artísticas. Concorde-se ou não com o cinema dos Farrelly, Viggo Mortensen e Mahershala Ali formam uma inesperada dupla perfeita. Mortensen é o raro caso de ator que não se deixou definir por um papel de sucesso – Aragorn, na trilogia de “O Senhos dos Aneis” – , acumulando escolhas ousadas, de “Senhores do Crime” (2007) a “Capitão Fantástico” (2016). Em “Green Book”, ele some no papel de Tony Lip (ou Vallelonga), com sua postura de mafioso, machão clichê, mas de coração mole. Parece conter emoções, mas sempre coloca tudo para fora. Já Mahershala Ali, que venceu um Oscar por “Moonlight” (2016), deve repetir a dose merecidamente com “Green Book”. Seu Dr. Shirley é o oposto de Tony – e o contraponto para a atuação de Viggo. Introvertido, reprimido, por motivos óbvios e compreensíveis, ele prefere falar através de sua arte. Quando finalmente se solta no piano de um bar, é a purificação de sua alma. E Mahershala entrega. Os dois estão entre os grandes de Hollywood, equivalentes do século 21 aos intérpretes lendários da era de ouro do cinema. E isso faz com que “Green Book” seja levado a sério.

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    Albert Finney (1936 – 2019)

    8 de fevereiro de 2019 /

    O ator britânico Albert Finney, indicado cinco vezes ao Oscar, morreu nesta sexta-feira (8/2), aos 82 anos, após enfrentar “uma breve doença” e “cercado por seus entes queridos”, segundo comunicado de sua família. Lenda do cinema e do teatro britânico, Finney nasceu em 9 de maio de 1936, estudou na tradicional escola de Royal Academy of Dramatic Art, onde iniciou sua carreira interpretando principalmente personagens de William Shakespeare, chamando atenção do diretor Tony Richardson para integrar o filme “Vida de Solteiro”, em 1960. Ele se tornou um dos novos rostos da new wave britânica, ao representar outro jovem da classe trabalhadora em “Tudo Começou num Sábado” (1960), que lhe rendeu o prêmio BAFTA (da Academia Britânica) de Revelação do ano. Mas sua trajetória sofreu uma mudança abrupta quando trocou o realismo social dos dramas em preto e branco pela exuberância de “As Aventuras de Tom Jones” (1963). Dirigido pelo mesmo Tony Richardson que o tinha revelado em “Vida de Solteiro”, Finney levou seu protótipo de jovem independente ao cinema de época, tornando-se um Tom Jones irresistível. Filho bastardo de um aristocrata e incapaz de resistir aos impulsos sexuais, lutou por seus direitos e pelo amor na tela, levando as revoluções sociais e sexuais para o século 18. O resultado encantou o mundo, lotou cinemas e rendeu a primeira indicação do ator ao Oscar. O sucesso de “As Aventuras de Tom Jones” tornou Finney tão popular quanto os Beatles. E ele foi se arriscar em novos gêneros, como o drama de guerra de “Os Vitoriosos” (1963) e até viver um vilão, o psicopata de “A Noite Tudo Encobre” (1964), ao mesmo tempo em que decidiu fazer mais teatro, criando hiatos em sua filmografia. Quando ressurgiu, após três anos, foi como par romântico de Audrey Hepburn em “Um Caminho para Dois” (1967), de Stanley Donen, que abriu uma lista de dramas sobre relacionamentos em crise, como “Charlie Bubbles” (1968), “The Picasso Summer” (1969) e “Alpha Beta” (1974), entrecortadas pelas comédias “O Adorável Avarento” (1970), que lhe rendeu o Globo de Ouro, e “Gumshoe, Detetive Particular’ (1971), primeiro longa do diretor Stephen Frears. Em 1974, ele deu vida a outro papel marcante, o detetive Hercule Poirot na versão cinematográfica original de “Assassinato no Expresso Oriente”, dirigida por Sidney Lumet, e foi novamente indicado ao Oscar. E também aproveitou a exposição da indicação para retornar aos palcos, fazendo apenas mais um filme na década: “Os Duelistas” (1977), estreia do diretor Ridley Scott. “Quando trabalhei naqueles anos no National Theatre”, disse Finney ao The New York Times em 1983, “as pessoas sempre diziam que eu poderia estar em Hollywood ganhando essa ou aquela quantia de dinheiro. Mas você deve manter a capacidade de fazer o que quer. Eu não queria ser vítima da necessidade de viver um estilo de vida que exige salários enormes para ser bancado”. Ele voltou ao cinema como coadjuvante em filmes inesperados, como o terror social “Lobos” (1981), o thriller sic-fi “O Domínio do Olhar” (1981) e o musical infantil “Annie” (1982), antes de tomar seu devido lugar no centro das atenções em “O Fiel Camareiro” (1984). O papel de Sir, um tirânico e decadente ator shakespeareano, que só tem momentos felizes no contato com seu camareiro, responsável por prepará-lo para subir no palco, rendeu a terceira indicação de Finney ao Oscar. Mas, após o novo reconhecimento, ele não sumiu das telas. Foi viver o papa João Paulo II num telefilme e emendou outro papel impactante, o cônsul alcoólico Geoffrey Firmin em “A Sombra do Vulcão”, um dos últimos filmes do diretor John Huston (que também o dirigiu em “Annie”), resultando em sua quarta indicação ao prêmio da Academia. Sua capacidade intuitiva de detectar talentos emergentes atrás das câmeras o levou a continuar trabalhando em filmes de futuros mestres, como os irmãos Coen, no excelente filme de gângster “Ajuste Final” (1990), Mike Figgis no drama “Nunca Te Amei” (1994), e principalmente Steven Soderbergh, que o escalou como o chefe de Julia Roberts em “Erin Brockovich” (2000), rendendo-lhe sua quinta e última nomeação ao Oscar, desta vez como Coadjuvante. Julia Roberts, vencedora do Oscar pelo mesmo filme, dedicou o prêmio ao britânico. E embora nunca tenha conquistado o Oscar, Finney ganhou o Emmy por sua interpretação de Winston Churchill no telefilme “O Homem que Mudou o Mundo”, de 2002, onde atuou ao lado de Vanessa Redgrave. O ator e Soderbergh repetiram a parceria em “Traffic” (2000) e “Doze Homens e Outro Segredo” (2004). Finney também trabalhou em dois filmes de Tim Burton, “Peixe Grande e suas Histórias Maravilhosas” (2003) e “A Noiva Cadáver” (2005), retomou a parceria com Ridley Scott em “Um Bom Ano” (2006) e fez o último longa do velho parceiro e grande mestre Sidney Lumet, “Antes que o Diabo Saiba que Você Está Morto” (2007), entre muitas outras produções. Nos últimos anos, curiosamente, vinha se especializando em thrillers de ação e espionagem, novidades em sua vasta carreira. Mas, como não poderia deixar de ser, filmou justamente os melhores, “O Ultimato Bourne” (2007) e “O Legado Bourne” (2011), ambos dirigidos por Paul Greengrass, e “007 – Operação Skyfall” (2012), de Sam Mendes, com o qual encerrou sua filmografia. Em maio de 2011, o agente de Finney revelou que o ator estava enfrentando um câncer no rim.

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  • Filme

    Versão sobrenatural do assassinato de Sharon Tate ganha novo trailer

    5 de fevereiro de 2019 /

    A Saban Films divulgou um novo trailer de “The Haunting of Sharon Tate”, uma versão sobrenatural do assassinato da atriz Sharon Tate pelos seguidores do psicopata Charles Manson em 1969. É a mesma história que inspira o próximo filme de Quentin Tarantino, “Era uma vez em Hollywood”, só que abordada como uma produção trash de terror. A prévia é repleta de gritos, sustos e outros clichês, demonstrando claramente o baixo orçamento e o fato de a produção ter durado apenas duas semanas. Hilary Duff (série “Younger”) vive Sharon Tate, que sofre com pesadelos e visões de sua morte, enquanto ouve mensagens subliminares numa música de Manson. A ideia foi inspirada por uma entrevista real de Sharon Tate, publicada um ano antes de sua morte. Nela, a atriz revelou ter sonhos sobre fantasmas que assombravam sua casa e previu sua própria morte nas mãos de um culto satânico. Roteiro e direção são de Daniel Farrands, que escreveu “Halloween 6: A Última Vingança” (1995) e dirigiu diversos documentários sobre franquias de terror. O elenco também inclui Jonathan Bennett (série “Awkward”), Lydia Hearst (série “South from Hell”) e o estreante Ben Mellish como Charles Mason. “The Haunting of Sharon Tate” estreia em 4 de abril nos Estados Unidos e não tem previsão de lançamento no Brasil.

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  • Filme

    Marighella: Estreia na direção de Wagner Moura ganha pôster internacional

    4 de fevereiro de 2019 /

    A O2 Filmes divulgou o cartaz internacional de “Marighella”, a estreia na direção do ator Wagner Moura (“Narcos”). O pôster foi produzido para acompanhar a première mundial do filme, que vai acontecer no Festival de Berlim. Ele destaca um close de Seu Jorge (“Cidade de Deus”) no papel-título. O longa conta a história do guerrilheiro Carlos Marighella, morto em 1969 pela ditadura militar, e será exibido fora de competição no festival alemão. Além de Seu Jorge, o elenco conta com Adriana Estevez (“Real Beleza”), Bruno Gagliasso (“Todas as Canções de Amor”) e Herson Capri (“Como Nossos Pais”). O Festival de Berlim começa nesta quinta (7/2) na capital da Alemanha.

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    Dick Miller (1928 – 2019)

    31 de janeiro de 2019 /

    O ator Dick Miller, que ficou conhecido por atuar em filmes cultuados dos cineastas Roger Corman e Joe Dante, morreu nesta quarta-feira (30/1) aos 90 anos, em Toluca Lake, na Califórnia. Com longa carreira no cinema, ele foi lançado por Corman, o lendário rei dos filmes B, durante os anos 1950. Reza a lenda que Miller procurou Corman para tentar emplacar um roteiro. Mas o cineasta respondeu que não precisava de roteiros e sim de atores. E assim o roteirista sem dinheiro Richard Miller virou Dick Miller, o ator de salário mínimo. De cara, ele estrelou dois westerns de Corman, “Pistoleiro Solitário” (1955) e “A Lei dos Brutos” (1956), antes de entrar nos clássicos de sci-fi e terror baratos que tornaram o nome do diretor mundialmente conhecido, como “O Conquistador do Mundo” (1956), “O Emissário de Outro Mundo” (1957), “Um Balde de Sangue” (1959), “A Loja dos Horrores” (1960), “Obsessão Macabra” (1962), “Sombras do Terror” (1963) e “O Homem dos Olhos de Raio-X” (1963), entre muitos outros. Ele também apareceu nos filmes de surfistas, motoqueiros e hippies da época, entre eles os cultuadíssimos “Os Anjos Selvagens” (1966) e “Viagem ao Mundo da Alucinação” (The Trip, 1967), ambos estrelados por Peter Fonda e dirigidos por Corman. O sucesso dos filmes baratos do diretor acabaram criando uma comunidade. Corman passou a contratar aspirantes a cineastas para transformar sua produtora numa potência, lançando mais filmes que qualquer outro estúdio de Hollywood, e isso fez com que Miller trabalhasse com Paul Bartel (em “Corrida da Morte – Ano 2000”), Jonathan Demme (em “Loucura da Mamãe”) e principalmente Joe Dante. Miller e Dante ficaram amigos desde que fizeram “Hollywood Boulevard” (1976) para Corman e essa amizade rendeu uma colaboração duradoura e cheia de clássicos, como “Piranha” (1978), “Grito de Horror” (1981), “Gremlins” (1985) e muito mais. Na verdade, todos os filmes de Dante tiveram participação do ator, até o recente “Enterrando Minha Ex” (2014). Querido pela comunidade cinematográfica, Miller também trabalhou com os mestres Martin Scorsese (“New York, New York” e “Depois das Horas”), Steven Spielberg (“1941”), Samuel Fuller (“Cão Branco”), Robert Zemeckis (“Febre de Juventude”, “Carros Usados”) e James Cameron (“O Exterminador do Futuro”). Ao atuar por sete décadas e aparecer em mais de 100 lançamentos, muitos deles reprisados até hoje na TV, tornou-se um dos rostos mais conhecidos de Hollywood. Por outro lado, por sempre interpretar papéis secundários, acabou não tendo uma projeção à altura da sua filmografia. Mas ele era reconhecido, sim, como apontou um documentário de 2014, que chamava atenção para o fato de todos já terem visto “That Guy Dick Miller” (aquele cara Dick Miller) em algum filme na vida. E ele ainda brincou com isso para batizar sua biografia de “You Don’t Know Me, But You Love Me” (você não me conhece, mas me ama). Ainda ativo, Miller tinha recém-finalizado o terror “Hanukkah”, que celebrava uma curiosidade de sua filmografia: era o sétimo filme em que o ator interpretava um personagem chamado Walter Paisley, costume inaugurado por Corman há 60 anos, em “Um Balde de Sangue”. No Twitter, o diretor Joe Dante lamentou a morte do grande parceiro. “Estou devastado em dizer que um dos meus melhores amigos e um dos meus colaboradores mais valiosos morreu”, escreveu. “Eu cresci assistindo Dick Miller em filmes dos anos 1950 e fiquei emocionado em tê-lo no meu primeiro filme”, disse. “Nós nos divertimos muito juntos e todo roteiro que eu escrevia tinha em mente um papel para o Dick – não apenas porque ele era meu amigo, mas porque eu amava vê-lo atuando! Ele deixa mais de 100 atuações, uma biografia e um documentário – nada mal para um cara que não gostava de personagens principais”, completou Dante.

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  • Música,  Série

    Peter Jackson desenvolve documentário sobre os bastidores do último disco dos Beatles

    30 de janeiro de 2019 /

    O diretor Peter Jackson, das trilogias “O Senhor dos Anéis” e “O Hobbit”, dirigirá um documentário sobre a gravação do último álbum dos Beatles, “Let It Be”. Ele teve acesso a quase 55 horas de filmagens inéditas dos bastidores da produção, segundo anunciou nesta quarta-feira (30/1) a gravadora Universal Music. As filmagens foram realizadas entre 2 e 31 de janeiro de 1969 por Michael Lindsay-Hogg e renderam um documentário famoso, também chamado “Let It Be”, que culmina no lendário show dos Beatles no terraço do escritório do estúdio de gravação da Apple em Savile Row. A apresentação está completando 50 anos nesta semana. O filme original foi lançado junto do disco em 1970, meses depois de o grupo se separar. Mas muito material ficou de fora e as cenas contam uma história rica e muito diferente do que a maioria dos fãs imagina. “É simplesmente um tesouro histórico incrível”, afirmou Jackson, no comunicado oficial do projeto. “Há momentos de drama, mas não há nada das desavenças às quais este projeto sempre foi associado. Olhar John, Paul, George e Ringo trabalhar juntos, criando o que são agora já clássicos, do nada, não é só fascinante, é divertido, inspirador e surpreendentemente íntimo”. “É como ter uma máquina do tempo que nos transportasse a 1969. Pudemos nos sentar em uma cadeira do estúdio e simplesmente ver estes quatro amigos fazendo música juntos”, completou. Ainda sem título, o documentário está em fase de produção e conta com o total cooperação de Paul McCartney, Ringo Starr, Yoko Ono Lennon e Olivia Harrison, segundo a gravadora. Jackson trabalhará com os mesmos parceiros de seu documentário sobre a 1ª Guerra Mundial “They Shall Not Grow Old”, a produtora Clare Olssen e o editor Jabez Olssen, e serão utilizadas as mesmas técnicas surpreendentes de restauração de imagens para dar ao filme uma aparência de produção atual. Não há previsão para o lançamento.

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  • Filme

    Chay Suede interpreta Erasmo Carlos em trailer musical de Minha Fama de Mau

    30 de janeiro de 2019 /

    A Downtown divulgou um novo trailer de “Minha Fama de Mau”, cinebiografia do cantor Erasmo Carlos. A distribuidora resolveu chamar a prévia de “clipe”, porque desfila cenas do filme ao som da música que lhe dá título. Centrado no estouro da Jovem Guarda, com destaque para a parceria de Erasmo com Roberto Carlos e Wanderléa no programa da TV Record que levou o nome do movimento musical nos anos 1960, o filme chama atenção por trazer atores muito diferentes dos personagens reais. O mais parecido é Gabriel Leone (“Onde Nascem os Fortes”), que vive Roberto. Já Erasmo é interpretado por Chay Suede (“Segundo Sol”), que não se parece nada fisicamente com o cantor, enquanto Malu Rodrigues (“O Outro Lado do Paraíso”) interpreta a Ternurinha. São atores de novelas da Globo. A direção é do veterano Lui Farias, que chega ao seu quarto filme como diretor numa carreira de mais de 30 anos. O elenco inclui sua esposa, a cantora Paula Toller, como Candinha, a colunista que virou música do Roberto – “Mexerico da Candinha” – , além de Bianca Comparato (“3%”) como Nara Leão, Bruno de Luca (“Os Parças”) como Carlos Imperial e outros. A estreia está marcada para 14 de fevereiro.

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  • Etc,  Filme

    Dusan Makavejev (1932 – 2019)

    29 de janeiro de 2019 /

    O diretor e roteirista sérvio Dusan Makavejev, responsável por clássicos provocantes como “W.R. – Mistérios do Organismo” (1971) e “Montenegro” (1981), morreu na sexta-feira (25/1) em Belgrado, aos 86 anos. Makavejev foi um dos pioneiros da escola cinematográfica Black Wave que surgiu na antiga Iugoslávia no início dos anos 1960. Seus filmes empregaram provocação subversiva, sensualidade e humor para comentar e denunciar elementos cotidianos da vida sob o governo socialista autoritário de Tito. Muitos de seus trabalhos foram banidos na Iugoslávia e resultaram na sua saída do país para viver e filmar na Europa ocidental e na América do Norte. Seus filmes, conhecidos por cenas de nudez e sexo explícito, muitas vezes centravam-se na liberação sexual de uma personagem feminina. “Você descobre que não há nada tão engraçado, tão louco, tão perigoso, excitante e problemático quanto o sexo”, disse ele certa vez. Seus problemas com os censores comunistas começaram em 1958, com dois curtas-metragens, o erótico “Don’t Believe in Monuments” e “Damned Holiday”. Este último foi admirado pelo cineasta escocês John Grierson, o que pavimentou o caminho para sua exibição na televisão escocesa, dando início à notoriedade internacional de Makavejev. Mas quanto mais se tornava conhecido no exterior, mais ele foi censurado em casa. Sua peça “The New Men of Flower Market” foi tirada de cartaz à força em 1962 e, durante o mesmo ano, outro curta, “Parade”, foi proibido por ser “desrespeitoso”. Era uma mistura louca de música, fotografias e citações, todas satirizando a pompa bombástica da máquina militar soviética. E então começaram os longas. O primeiro foi “O Homem Não É um Pássaro” (1965), que explorava amor e sexo numa cidade mineira, sob a sombra do comunismo, e introduziu um estilo de abordagem de falso documentário que, após se aprimorar em “Um Caso de Amor ou o Drama de uma Empregada da Companhia Telefônica” (1967), se tornaria marca registrada de seu cinema. O auge desse estilo materializou-se em seu terceiro longa, “W.R. – Mistérios do Organismo” (1971), que deu o que falar. O filme começava como uma investigação sobre as controvertidas teorias sexuais do psicanalista radical Wilhelm Reich, antes de implodir em uma narrativa livre sobre a liberação sexual, zombando de tudo, incluindo o culto a Stalin e a visão da 2ª Guerra Mundial entre os soviéticos. “WR” foi considerada a crítica mais intensa da Revolução bolchevique produzida em um país comunista, e acabou premiado pela crítica no Festival de Berlim. Seu reconhecimento internacional culminou em seu exílio. “A melhor maneira de descrever o que aconteceu é que fui gentilmente expulso da Iugoslávia”, ele disse ao jornal Los Angeles Times em 1981. Para seu próximo longa, “Um Filme Doce” (1974), Makavejev buscou financiamento de estúdios franceses, com apoio do cineasta Louis Malle. Mas a violência e a sexualidade animal da obra assustaram até os produtores. O fiapo de trama acompanha uma Miss Canadá virgem que embarcava numa jornada de depravação surreal pela Europa, com cenas de vômito e defecação e onde nem o Holocausto escapava. Em sua crítica, a revista Time afirmou que, apesar do título, aquilo não era um filme, ​​mas “uma doença social”. A controvérsia aumentou seu prestígio e Makavejev arranjou emprego como professor de cinema na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, em 1978. Foi onde encontrou o produtor sueco Bo Jonsson, que lhe sugeriu uma mudança de trajetória, provocando-o a fazer uma comédia leve e de apelo popular, com um título como “Casablanca”. Ele ironizou a sugestão, dizendo que faria algo de nome similar, “Montenegro”, citando a região montanhosa da Iugoslávia que se tornaria independente em 2006. Produzido por Jonsson e filmada na Suécia, “Montenegro” acabou virando o maior sucesso comercial da carreira de Makavejev. Comédia de humor negro, acompanhava uma entediada dona de casa americana (Susan Anspach) em Estocolmo, que tem uma aventura com um grupo de ciganos iugoslavos. As cenas incluem sexo selvagem com um deles, chamado, justamente, de Montenegro, além de uma famosa sequência envolvendo vibradores. O final “engraçado” era a transformação da dona de casa em serial killer. Ele tentou se tornar mais comercial em seu filme seguinte, “Coca-Cola Kid” (1985), bancado por produtores australianos e estrelado por Eric (irmão de Julia, pai de Emma) Roberts no papel de um jovem executivo de marketing da Coca-Cola que tenta entender porque uma comunidade australiana preferia refrigerantes locais à marca multinacional. Com menos sexo que o habitual – envolvendo uma secretária vivida pela italiana Greta Scacchi – , acabou não tendo a mesma repercussão e sucesso. Seu único filme americano também foi contido. “Manifesto por uma Noite de Amor” (1988), adaptação de Émile Zola, era uma farsa sobre a tentativa de assassinar um tirano europeu, numa cidadezinha obcecada por sexo. Com a queda do comunismo nos anos seguintes, ele voltou para o Leste Europeu para filmar seu último longa de ficção, “Gorilla Bathes at Noon” (1993), enquanto seu país se dilacerava em guerras étnicas e territoriais. Ele ainda participou de uma antologia com o provocante título “Danish Girls Show Everything” (garotas dinamarquesas mostram tudo) e assinou sua última obra em 1994, o documentário “A Hole in the Soul”, que era parte autobiografia, parte meditação sobre a luta da identidade nacional iugoslava, ilustrando como a morte violenta da sua pátria deixou-o sentindo-se roubado de sua alma. Em uma entrevista de 2000, Makavejev explicou que tinha virado cineasta para tentar dar sentido ao mundo. “É muito difícil dizer o que faz você se envolver com o cinema. Os filmes sempre nos seguem como um material de referência ou como algum tipo de material onírico para lidar com coisas que não entendemos em nossas vidas. Os filmes nos dão soluções ou fornecem um comentário sussurrante sobre o que está acontecendo ao nosso redor”.

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  • Música

    Michel Legrand (1932 – 2019)

    26 de janeiro de 2019 /

    O compositor francês Michel Legrand, vencedor de três estatuetas do Oscar por suas trilhas sonoras, e que trabalhou com mitos da música como Frank Sinatra, Ray Charles, Miles Davis, Edith Piaf e Elis Regina, faleceu neste sábado (26/1) em Paris aos 86 anos. Sua carreira teve quase 70 anos, marcando tanto a história do jazz quanto a do cinema. Músico e arranjador, Legrand começou a compor música para filmes com o surgimento da Nouvelle Vague francesa, trabalhando para Agnès Varda no clássico “Cléo das 5 às 7” (1962), no qual também estrelou, com Jean-Luc Godard em “Uma Mulher É Uma Mulher” (1961), “Viver a Vida” (1962) e “Bando à Parte” (1964), mas sobretudo com Jacques Demy, para quem quem compôs dois musicais cultuadíssimos, “Os Guarda-Chuvas do Amor” (1964) e “Duas Garotas Românticas” (1967). Com o impacto causado pelos longas de Demy, Legrand chamou atenção do colega Henry Mancini, grande compositor de Hollywood, que lhe convidou a trabalhar em seu primeiro filme americano, assinando a trilha sonora de “Crown, o Magnífico” (1968). E a principal canção do longa, “The Windmills of Your Mind”, rendeu a primeira estatueta do Oscar ao compositor em 1969. Seguiram-se uma coleção de trilhas clássicas, 13 indicações ao Oscar e duas vitórias na Academia, pelas melodias inesquecíveis dos filmes “Houve uma vez um Verão” (1972) e “Yentl” (1984). Mas apesar do sucesso em Hollywood, Legrand não abandonou o cinema francês, trabalhando em obras nos dois continentes, e ainda manteve uma carreira paralela e igualmente premiada na música. Suas composições receberam 17 indicações ao Grammy, vencendo cinco troféus da indústria fonográfica. Entre as muitas trilhas famosas de sua carreira, também merecem citação os trabalhos de “Lola, a Flor Proibida” (1961), “Quem é Polly Maggoo?” (1966), “A Piscina” (1969), “Tempo para Amar, Tempo para Esquecer” (1969), “Mosaico de Sonhos” (1970), “A Garota no Automóvel – Com Óculos e um Rifle” (1970), “As 24 Horas de Le Mans” (1971), “Interlúdio de Amor” (1973), “Os Três Mosqueteiros” (1973), “Verdades e Mentiras” (1973), “Retratos da Vida” (1981), “Amigos Muito Íntimos” (1982), “007 – Nunca Mais Outra Vez” (1983), “Prêt-à-Porter” (1994), “Os Miseráveis” (1995) e o filme recém-resgatado de Orson Welles “O Outro Lado do Vento” (2018). Relembre abaixo seis trabalhos famosos de Legrand no cinema. Na cena de “Cléo das 5 às 7”, é ele quem aparece cantando ao piano.

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  • Filme

    Primeiras fotos do novo filme de Tarantino destacam Leonardo DiCaprio, Brad Pitt e Margot Robbie

    25 de janeiro de 2019 /

    A revista americana Vanity Fair divulgou nesta sexta-feira (25/1) as primeiras fotos oficiais de “Era uma Vez em Hollywood”, próximo filme de Quentin Tarantino. As imagens destacam os principais protagonistas, Leonardo DiCaprio e Brad Pitt. Os dois vivem, respectivamente, um ator de faroestes em decadência e seu dublê de longa data, que procuram por uma forma de voltar aos holofotes em 1969. A produção marca o primeiro longa que eles estrelam juntos. Além deles, há bastante destaque nas imagens para Margot Robbie na pele de Sharon Tate, atriz casada com Roman Polanski que teve uma morte sangrenta nas mãos dos seguidores de Charles Manson. Quem também aparece é Al Pacino, que interpretada Marvin Schwarz, o agente do personagem de DiCaprio. “Era Uma Vez em Hollywood” vai marcar a primeira colaboração de Pacino com Tarantino, que se declara fã do ator veterano. Além dos citados, o elenco grandioso inclui James Marsden (“Westworld”), Dakota Fanning (“The Alienist”), Damian Lewis (“Billions”), Timothy Olyphant (série “Santa Clarita Diet”), Luke Perry (série “Riverdale”), Emile Hirsch (“O Grande Herói”), Clifton Collins Jr (série “Westworld”), Nicholas Hammond (ele mesmo, o Homem-Aranha dos anos 1970), Keith Jefferson, Kurt Russell, Michael Marsden, Tim Roth, Bruce Dern (quinteto de “Os Oito Odiados”), a menina Julia Butters (Anna-Kat Otto em “American Housewife”), Lena Dunham (criadora e protagonista da série “Girls”), Austin Butler (“The Shannara Chronicles”), a chilena Lorenza Izzo (“Bata Antes de Entrar”) e Maya Hawke (“Stranger Things”), filha de Uma Thurman e Ethan Hawke. A estreia está marcada para 26 de julho nos Estados Unidos e apenas em 15 de agosto no Brasil

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  • Série

    Coisa Mais Linda: Veja as primeiras fotos da série Bossa Nova da Netflix

    25 de janeiro de 2019 /

    A Netflix divulgou as três primeiras fotos de cenas da nova série brasileira “Coisa Mais Linda”, que se passa num clube de Bossa Nova, durante os anos 1960. A data para a divulgação das imagens não é casual: 25 de janeiro é o dia da Bossa Nova, também conhecido como data de aniversário do maestro Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, Tom para os fãs. Maria Casadevall (novela “Os Dias Eram Assim”) interpreta a protagonista da atração, Maria Luiza (Malu), que, após o marido desaparecer, resolve se mudar de São Paulo para o Rio, onde ele ia abrir um restaurante, e decide transformar aquela propriedade numa casa noturna dedicada à Bossa Nova. Nesta transformação impulsionada pela paixão, ela será inspirada por novas amigas liberais e feministas, interpretadas por Pathy Dejesus (série “Rua Augusta”), Fernanda Vasconcellos (série “3%”) e Mel Lisboa (“Os Dez Mandamentos – O Filme”). A trama também destaca Leandro Lima (novela “Belaventura”) como Chico, um talentoso músico carioca que compartilha a paixão de Malu pelos sons e estilo de vida de um Rio de Janeiro efervescente. O elenco da atração também conta com Thaila Ayala (“Pica-Pau: O Filme”) e Ícaro Silva (“Sob Pressão”) em papéis de destaque. Criada por Heather Roth e Giuliano Cedroni (roteirista de “Estação Liberdade” e produtor da série “(fdp)”), a série terá sete episódios escritos por Pati Corso e Leo Moreira. Ainda não há previsão de estreia.

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  • Etc,  Filme

    Jonas Mekas (1922 – 2019)

    23 de janeiro de 2019 /

    Morreu o cineasta Jonas Mekas, ícone da vanguarda nova-iorquina e um dos grandes pioneiros na luta pela preservação de filmes independentes clássicos. Ele faleceu nesta quarta (23/1), aos 96 anos. O diretor Martin Scorsese assinou um longo texto para louvar o colega e amigo, dizendo que “Jonas Mekas fez e significou tanto para tantas pessoas no mundo do cinema que você precisaria de um dia e uma noite apenas para começar a falar dele”. E começou: “Ele era um profeta. Ele era um empresário. Ele foi um provocador no sentido mais verdadeiro e fundamental – ele provocou as pessoas em novas maneiras de pensar sobre o que uma imagem era, o que era um corte, o que era um filme, o que era compromisso. Quem foi mais comprometido do que Jonas com a arte do cinema? Eu me pergunto”. Nascido na Lituânia, Mekas foi um agitador cultural que trabalhou no jornal The Village Voice, fundou a célebre revista Film Culture e se tornou um dos grandes nomes do cinema experimental, firmando parcerias com artistas como Andy Warhol, John Lennon e Yoko Ono, Allen Ginsberg e Salvador Dalí. Seu primeiro longa, “Guns of the Trees” (1961), acompanhava uma mulher suicida enquanto pessoas tentavam dissuadi-la. Em 1964, ele venceu o Grande Prêmio do Júri do Festival de Cannes por “The Brig”, sobre o cotidiano de uma prisão de fuzileiros navais no Japão. Também filmou inúmeros curtas sobre seus amigos Dali, Lennon, Warhol, Ginsberg, José Luis Guerín, etc., num período que se estendeu por cinco décadas, de 1964 a 2013. Entre sua vasta filmografia, destaca-se seu trabalho como diretor de fotografia de “Empire”, o filme em preto e branco de oito horas de duração de Andy Warhol, que não era nada mais que um registro estático do edifício Empire State. Ele ainda registrou o famoso bed-in, como se chamou o protesto pela paz do casal Lennon e Ono, e imagens raras da banda Velvet Underground, de Lou Reed. Apaixonado por cinema, Mekas também realizava exibições especiais e chegou a ser preso em 1964 por conta de uma delas, quando programou uma sessão dupla gay com “Flaming Creatures” (terror sexualmente explícito de 1963), de Jack Smith, e o curta “Canção de Amor” (1950), de Jean Genet. Mas talvez sua maior contribuição ao mundo cinematográfico tenha sido a fundação em 1970 do Anthology Film Archives, descrito como “o centro internacional para a preservação, estudo e exibição de filmes e vídeos, com um foco particular em cinema independente, experimental e de vanguarda”. Prestes a completar 50 anos, o Anthology Film Archives existe até hoje e, por iniciativa própria, restaurou e preservou quase mil filmes, numa média de 25 por ano. “Eu tenho tantas lembranças maravilhosas de Jonas, memórias de momentos em que eu podia sentir o chão mudando sob meus pés”, escreveu Scorsese. “Houve a exibição de ‘Scorpio Rising’ (1963) que ele organizou no centro da cidade, reunindo toda a comunidade underground de Nova York. Houve a vez em que ele e seu irmão Adolfas vieram ao meu hotel, depois que ‘Caminhos Perigosos’ (1973) passou no Festival de Nova York, com pêssegos e champanhe para me receber na família do cinema”, contou o cineasta, que ainda lembrou a última vez que o viu. “Ele discordava apaixonadamente da ideia de que a tecnologia nova e barata desencadearia o caos e marcaria a morte do cinema: ‘Não é a morte do cinema, é o nascimento do cinema! Com todas essas novas ferramentas, imagine a liberdade para os jovens experimentarem – pode haver Mozarts por aí!!’” “Jonas sempre foi alegre, sempre esperançoso. Foi alguém que realmente se dedicou de verdade e sinceramente ao que ele amava. Acho que estamos apenas começando a entender o quanto ele nos deu”, concluiu.

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