Disney+ anuncia documentário de Peter Jackson sobre os Beatles
A plataforma Disney+ anunciou a data de estreia de “Beatles: Get Back”, documentário dirigido por Peter Jackson (“O Senhor dos Anéis”) sobre as gravações do último disco dos Beatles. O projeto de seis horas de duração será dividido em três episódios, com lançamentos nos dias 25, 26 e 27 de novembro. Repleta de cenas nunca antes vistas, o documentário resulta da descoberta de mais de 50 horas de material gravado originalmente em janeiro de 1969, enquanto os Beatles trabalhavam nas músicas do álbum “Let It Be”, seu último lançamento antes da separação. As filmagens originais do diretor Michael Lindsay-Hogg ocorreram de 2 de janeiro a 31 de janeiro de 1969 e deveriam virar um especial de televisão sobre a produção do disco. Mas a banda anunciou sua separação logo em seguida e, com a repercussão, o material acabou lançado no cinema, em maio de 1970, focando nas brigas e disputas internas que teriam levado os músicos a acabar com a banda. Entretanto, ao contrário do que foi visto em 1970, o trabalho de Jackson deve mostrar outro lado dessa história, revelando os velhos amigos John, Paul, Ringo e George em clima leve e divertido. Aparentemente, o material anterior visava explorar o fim dos Beatles de forma sensacionalista, quando a realidade foi bem diferente. A produção também incluiu o célebre show no telhado do estúdio da Apple, em Londres, última apresentação da banda, que se seguiu à gravação do disco. Em comunicado sobre o projeto, Jackson afirmou: “Em muitos sentidos, as cenas capturadas originalmente por Michael Lindsay-Hogg se prestavam a múltiplas histórias. Uma história de amizade, mas também de indivíduos. Uma história sobre fragilidades humanas, mas também parcerias divinas. A história detalhada do processo criativo, com o nascimento de canções icônicas sob pressão, tendo como pano de fundo o clima social de 1969”. O diretor ainda disse que este “não é um filme nostálgico, mas sim um trabalho cru, honesto e humano”. “No decorrer destas seis horas, você vai conhecer os Beatles com uma intimidade que não acreditava ser possível”, completou. Celebre Beatles: Get Back, Documentário Original em três partes. Estreia exclusiva em 25, 26 e 27 de novembro. Só no #DisneyPlus. pic.twitter.com/1Q5ULyt2IO — Disney+ Brasil (@DisneyPlusBR) June 17, 2021
Rob Zombie anuncia filme da série clássica “Os Monstros”
O roqueiro diretor Rob Zombie confirmou rumores antigos, de que estaria por trás de uma versão de cinema da série clássica “Os Monstros”. “Os rumores são verdadeiros!”, ele escreveu no Instagram nesta segunda-feira (7/6). “Meu próximo projeto será o filme que venho perseguindo há 20 anos! ‘Os Monstros’! Fiquem ligado para detalhes emocionantes à medida que as coisas progridem!”, completou. O filme tem produção da 1440 Productions, uma divisão menor do Universal Studios, o que significa que provavelmente será lançado na plataforma Peacock em vez dos cinemas. Grande sucesso da época da TV em preto e branco, a atração original de 1964 era estrelada por Fred Gwynne (“Cemitério Maldito”), Al Lewis (“A Noite dos Desesperados”) e Yvonne De Carlo (“Capitão Blood”) e concorria com “A Família Addams” no mesmo filão de família de monstros camaradas. O programa acompanhava o cotidiano de Herman, um monstro similar ao de Frankenstein, em sua vida comum de pai trabalhador, às voltas com a mulher vampira Lily, o sogro vampiro que todos chamavam de Vovô Monstro, o filho lobisomem Eddie e a sobrinha Marilyn, que envergonhava a família pela suposta feiura (na verdade, era uma loira deslumbrante). Além da série, “Os Monstros” originais também tiveram um filme colorido, “Monstros, Não Amolem!” (1966), e um telefilme de reencontro dos personagens, “The Munsters’ Revenge” (1981). Mas mesmo com a aposentadoria dos atores, a franquia da Universal nunca saiu totalmente do ar. O estúdio televisivo emplacou seu primeiro remake em 1987. Intitulada “The Munsters Today”, essa versão durou três temporadas, embora pouca gente lembre dela. Depois disso, o canal ainda lançou dois telefilmes com elencos completamente diferentes nos anos 1990. Nos últimos anos, alguns produtores tentaram reviver a franquia na TV. Bryan Fuller (criador de “Hannibal” e “Star Trek: Discovery”) chegou a gravar um piloto para sua versão, chamada “Mockingbird Lane”, em 2012, mas outra iniciativa do apresentador-comediante Seth Meyers (“Saturday Night Live”) nem chegou tão longe em 2017. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por RobZombieofficial (@robzombieofficial)
Clarence Williams III (1939–2021)
O ator Clarence Williams III, que ficou conhecido como o policial infiltrado Lincoln Hayes na série clássica “Mod Squad”, morreu na sexta-feira (4/6) em Los Angeles de câncer de cólon, aos 81 anos. Clarence Williams é identificado com o número III por ter o mesmo nome do pai e do avô, ambos músicos profissionais. O vovô e primeiro Clarence Williams era pianista da lenda do blues Bessie Smith. E sua avó era a cantora de blues Eva Taylor. Ele já tinha feito um filme, “The Cool World” (1963), e sido reconhecido por seu talento como ator de teatro com uma indicação ao Tony (o Oscar do teatro) em 1965, anos antes de ser escalado em “Mod Squad”. Mesmo assim, os produtores não sabiam de seu currículo quando ele foi contratado. A história de como Williams foi parar na série é surpreendente. Corre a lenda – e contam como verdade – que Clarence estava desesperado por trabalho quando conseguiu um bico para fazer uma pequena participação numa série do produtor Aaron Spelling, como motorista de fuga numa cena de assalto. Mas na hora das gravações, ele saiu em disparada e colidiu o carro direto num poste. Preocupado, Spelling correu para ver se o ator estava bem. “Eu pensei que todo mundo estava morto”, contou o produtor para o Archive of American Television. “Todos nós corremos. Eu disse: ‘Clarence, Clarence, o que aconteceu?’ Ele respondeu: ‘Nunca dirigi antes’. Eu perguntei: ‘Por que você não me contou isso?’. Ele disse: ‘Porque eu queria o emprego’. Eu o contratei naquela mesma hora para o ‘Mod Squad’.” Criada por Bud Ruskin, ele próprio um ex-agente infiltrado da Polícia de Los Angeles, “Mod Squad” virou um fenômeno pop. Mesmo com protagonistas supostamente caretas, a série se tornou imensamente popular entre o público jovem por retratar em seus episódios o rock, a moda e as grandes questões da época, como racismo, protestos contra a guerra do Vietnã e a explosão do consumo de drogas. O personagem de Linc era um ativista com cabelo afro, que tinha sido preso durante os célebres protestos raciais no bairro de Watts, em Los Angeles. Ele é reunido com outros dois jovens problemáticos, vividos por Peggy Lipton e Michael Cole, que são recrutados para se infiltrar entre estudantes, hippies, gangues, festivais de música e movimentos sociais para prender traficantes e outros criminosos. Lançada em 1968, antes de Woodstock, a série durou cinco temporadas, até 1973, e transformou Peggy Lipton num dos maiores símbolos sexuais – e da moda – do período. De fato, a atração só foi cancelada porque o elenco decidiu não renovar seus contratos. Mesmo assim, o trio original retornou para um telefilme de reencontro, em 1979. Williams fez algumas participações em séries depois de “Mod Squad”, inclusive como um agente do FBI em “Twin Peaks”, mas seus principais trabalhos a partir dos anos 1980 foram no cinema. Ele marcou época como o pai problemático de Prince em “Purple Rain” (1984) e o pai viciado em drogas de Wesley Snipes em “Inferno Branco” (1993). E ainda se valeu dos conhecimentos musicais de sua família para viver a lenda do jazz Jelly Roll Morton em “A Lenda do Pianista do Mar” (1998), de Giuseppe Tornatore. Além disso, trabalhou regularmente com o diretor John Frankenheimer, numa parceria que incluiu “Nenhum Passo em Falso” (1986), “A Filha do General” (1999), “Jogo Duro” (2000) e dois telefilmes. Apesar de ter uma carreira marcada por papéis dramáticos, Williams também soube aproveitar sua intensidade característica para fazer comédia, interpretando um ex-líder revolucionário na paródia de blaxploitation de Keenen Ivory Wayans, “Vou Te Pegar Otário” (1988), e um traficante de drogas maníaco na hilária comédia “Pra Lá de Bagdá” (1998), estrelada por Dave Chappelle. Seus últimos trabalhos foram parcerias com o cineasta Lee Daniels, com participações no filme “O Mordomo da Casa Branca” (2013) e na série “Empire” (em 2015). Williams foi casado com a atriz Gloria Foster (a Oráculo da franquia cinematográfica “Matrix”), de 1967 a 1984. Relembre abaixo a abertura de “Mod Squad”.
Robert Hogan (1933–2021)
O ator Robert Hogan, que apareceu em mais de 100 séries diferentes da TV americana, morreu devido a complicações de pneumonia em sua casa no Maine na quinta-feira passada (27/5). Ele sofria de Alzheimer desde 2013 e tinha 87 anos. Hogan decidiu virar ator após fazer um teste de aptidão para ter certeza se deveria cursar engenharia. Com o resultado, foi estudar na prestigiosa Academia Americana de Artes Dramáticas, de Nova York, e quase imediatamente começou a trabalhar na televisão. Seu vasto currículo televisivo remonta aos anos 1960, com destaque para “Guerra, Sombra e Água Fresca”, “Além da Imaginação”, “Dr. Kildare”, “O Fugitivo”, “General Hospital”, “Jeannie É um Gênio”, “Gunsmoke”, “Terra de Gigantes” e até “Batman”, onde viveu um joalheiro raptado pelo Sr. Frio (George Sanders). Apesar disso, teve poucos papéis fixos. Os mais famosos foram o reverendo Tom Winter em duas temporadas (1968-69) do melodrama “Caldeira do Diabo”, o xerife Paul Tate na única temporada (1974–75) do thriller “O Caçador” e o tenente comandante Hallar na 2ª temporada (1978-79) da comédia naval “O Caso das Anáguas”. Na falta de personagens duradouros, ele apareceu em episódios de atrações que marcaram época por décadas a fio, incluindo “Galeria do Terror”, “Mary Tyler Moore”, “Missão: Impossível”, “San Francisco Urgente”, “Havaí 5-0”, “O Homem de Seis Milhões de Dólares”, “O Incrível Hulk”, “Barnaby Jones”, “The FBI”, “One Day at a Time”, “Carro Comando”, “Duro na Queda”, “Supermáquina”, “Assassinato por Escrito”, “A Escuta” (The Wire) e “Lei & Ordem” (Law & Order), até encerrar a carreira na pouco vista “Maturity”, em 2018. Foi visto tantas vezes na telinha que, mesmo sem ter se consagrado com nenhum personagem em particular, tornou-se bastante conhecido. Chegou até mesmo a ser homenageado por Quentin Tarantino no cinema. Em uma cena de “Era uma vez… em Hollywood” (2019), o personagem de Leonardo DiCaprio cita e elogia Hogan, enquanto assiste ao ator num episódio de “The FBI”.
B.J. Thomas (1942-2021)
O cantor B.J. Thomas morreu no sábado (29/5) em sua casa em Arlington, Texas, após complicações de câncer de pulmão, aos 78 anos. Vencedor do cinco Grammys, ele também foi celebrado pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA como a voz de “Raindrops Keep Fallin ‘on My Head”, da trilha de “Butch Cassidy”, vencedora do Oscar de Melhor Canção em 1970. Ao longo da carreira, B.J. Thomas cantou country, pop e gospel, e vendeu mais de 70 milhões de álbuns em todo o mundo. Nascido na zona rural de Hugo, Oklahoma, como Billy Joe Thomas, ele se mudou para Houston, Texas com sua família e começou a cantar na igreja quando criança. Em 1966, juntou-se à banda local Triumphs e gravou “I’m So Lonesome I Could Cry” com o produtor Huey P. Meaux. Lançado pela Scepter Records, o single alcançou a 8ª posição nas paradas pop e se tornou sua primeira música com mais de 1 milhão de cópias vendidas. Seu maior sucesso chegou ao rádio de 1968, “Hooked on a Feeling”, também com mais de 1 milhão de vendas, que puxou seu álbum “On My Way” para o topo das paradas. Quando visitou os escritórios da Scepter em Nova York para comemorar as boas vendas, Thomas foi apresentado para a cantora Dionne Warwick, que, por sua vez, o introduziu ao compositor e produtor Burt Bacharach. Isso levou à gravação de “Raindrops Keep Fallin ‘on My Head”, escrita por Bacharach e Hal David e cantado por Thomas no filme estrelado por Paul Newman e Robert Redford em 1969. Outro sucesso fenomenal, “Raindrops” continua a aparecer até hoje em inúmeros filmes, entre eles “Forest Gump” e “Homem-Aranha 2”. Em 1972, ele lançou seu último hit pela Scepter, “Rock and Roll Lullaby”, que teve um desempenho excepcional no Brasil, ao virar tema da primeira versão da novela “Selva de Pedra”, exibida pela TV Globo no mesmo ano. O estouro comercial lhe rendeu um contrato milionário com a Paramount Records, que lançou seus dois álbuns seguintes. Mas a pressão para repetir o sucesso acabou levando-o para as drogas. Passando por forte reabilitação, Thomas acabou se convertendo à religião, mudou suas gravações para o selo especializado Myrrh Records e se transformou num cantor gospel. Em 1976, lançou “Home Where I Belong”, primeiro álbum de pop cristão a vender 1 milhão de cópias. Nos anos 1980, ele ainda voltou às trilhas sonoras como cantor de “As Long As We Got Each Other”, música-tema da série de TV “Tudo em Família” (Growing Pains), que durou sete temporadas, de 1985 a 1992. Relembre suas três músicas mais famosas.
Noite Passada em Soho: Terror com Anya Taylor-Joy ganha trailer legendado
A Universal divulgou o pôster e o trailer legendado de “Noite Passada em Soho”, o novo filme do diretor Edgar Wright (“Em Ritmo de Fuga”). A prévia começa em clima onírico, acompanhando a protagonista numa viagem de sonhos ao tempo de “Downtown”, a música de 1964 de Petula Clark cantada durante o trailer. E conforme ela fica obcecada pelo visual e estilo glamouroso da Londres da época, assumindo a personalidade que vê nos sonhos, também embarca numa jornada de pesadelos, perseguida por horrores do passado. O elenco destaca Thomasin McKenzie (“Jojo Rabbit”), Anya Taylor-Joy (“O Gambito da Rainha”), Matt Smith (“The Crown”) e três astros britânicos que marcaram os anos 1960, Terence Stamp (visto mais recentemente em “Mistério no Mediterrâneo”), Rita Tushingham (“Os Intrusos”) e Diana Rigg (“Game of Thrones”) em seu último papel, filmado antes de seu falecimento no ano passado. A estreia está marcada para 22 de outubro nos EUA e 11 de novembro no Brasil.
Norman Reedus vai transformar “Faster, Pussycat! Kill! Kill!” em série
O ator Norman Reedus, intérprete de Daryl Dixon em “The Walking Dead”, vai produzir uma série baseada no clássico cult “Faster, Pussycat! Kill! Kill!” (1965), do mestre do cinema exploitation (apelativo) Russ Meyer. Na trama original, três go-go dancers (dançarinas de biquíni dos anos 1960) cruzavam o deserto do Sul dos EUA em um rompante de crimes e violência em busca de adrenalina e dinheiro. “Estou nas alturas por poder reimaginar essa história para os dias atuais”, afirmou Reedus, em comunicado. “Sou fã do filme de Russ Meyer desde criança e usava minha camiseta ‘Faster, Pussycat! Kill! Kill!’ na escola”, acrescentou. Realizada pela produtora de Reedus, bigbaldhead, em pareceria com o canal pago AMC, que exibe “The Walking Dead”, a série pretende expandir a representação dos temas progressistas de independência feminina e representatividade que permeavam a premissa violenta do filme (e que mantém o longa relevante até hoje). Considerado um dos mais influentes exemplares da era “exploitation”, de filmes independentes produzidos para sessões de drive-in ou da programação noturna de cinemas decrépitos, que caprichavam em cenas de anatomia feminina, “Faster, Pussycat! Kill! Kill!” inspirou, entre outros, “À Prova de Morte” (2007), de Quentin Tarantino, “Perdita Durango” (1997), de Álex de la Inglesia, o desenho “Heavy Metal” (1988) e até o clipe “You Want This” (1994), de Janet Jackson. Veja abaixo o trailer do filme original.
Respect: Jennifer Hudson é Aretha Franklin no trailer da cinebiografia
A MGM divulgou novos pôsteres, imagens inéditas e o trailer completo de “Respect – A História de Aretha Franklin”. A prévia abrange vários anos da vida da lendária cantora, da infância na Igreja até sua consagração como Rainha do Soul, cantando clássicos imortais como “Think”, “(You Make Me Feel Like) A Natural Woman” e a faixa-título, além do conturbado relacionamento com seu marido Ted White. A equipe criativa é estreante no cinema. O roteiro foi escrito por Tracey Scott Wilson, da série “The Americans” e da recente telebiografia “Fosse/Verdon”, enquanto a direção está a cargo de Liesl Tommy, que anteriormente comandou episódios de “The Walking Dead”, “Jessica Jones” e “Mrs. Fletcher”. Por outro lado, a produção é comandada por Scott Bernstein, que recentemente fez outra cinebiografia musical de sucesso, “Straight Outta Compton” (2015), e pelo produtor musical Harvey Mason Jr., que trabalhou com Franklin e também no filme “Dreamgirls”, que consagrou Jennifer Hudson, a intérprete de Aretha no cinema, com um Oscar. Além de Hudson, o elenco também destaca Forest Whitaker (“Pantera Negra”), Tate Donovan (“Rocketman”), Leroy McClain (“A Maravilhosa Sra. Meisel”), Marlon Wayans (“Seis Vezes Confusão”), Marc Maron (“GLOW”), Tituss Burgess (“Unbreakable Kimmy Schmidt”), Audra McDonald (“The Good Fight”) e a cantora Mary J. Blige (“Mudbound”). Depois de muitos adiamentos, a estreia está marcada para 9 de setembro no Brasil, quase um mês após o lançamento nos EUA (em 13 de agosto).
Inédito nos cinemas, “Marighella” vaza em sites piratas
Ainda inédito nos cinemas brasileiros, o filme “Marighella”, estreia do ator Wagner Moura na direção, vazou em sites piratas no último fim de semana. Desde sábado (9/5), links para baixar o filme surgiram em sites diversos e até em páginas de Facebook, como a da torcida de futebol Palmeiras Antifascita. O vazamento se originou de cópia do streaming oficial americano. O filme está disponível nos EUA desde 30 de abril. A pirataria abriu uma crise na produção, gerando uma reunião de emergência entre Moura, a produtora O2 Filmes e a distribuidora Paris Filmes no começo da noite de segunda-feira (10/5). O objetivo era decidir o que fazer diante do vazamento. Falando à Folha de S. Paulo, o produtor Fernando Meirelles sugeriu adiantar a estreia e disponibilizar o filme em streaming também no Brasil. Entretanto, a decisão foi manter o cronograma anteriormente acertado. Os responsáveis pela produção se manifestaram em comunicado divulgado após a reunião. “‘Marighella’ estreou nos Estados Unidos no dia 30 de abril. O longa foi disponibilizado em algumas plataformas digitais para usuários do país, o que possibilitou o vazamento do filme para a internet no último final de semana. A estratégia de lançamento nos cinemas brasileiros segue a mesma. ‘Marighella’ será lançado oficialmente no segundo semestre”, resume a nota. O filme tem estreia prevista para 20 de novembro e, a princípio, a data se mantém. Paralelamente, as páginas com os links piratas de “Marighella” foram sendo derrubadas durante toda a tarde de segunda. O caso lembra o vazamento do primeiro “Tropa de Elite”, de 2007. Antes da era do streaming, uma versão não finalizada foi desviada da pós-produção e virou DVD, que acabou comercializada por camelôs de todo o país. Isto não impediu o filme de se tornar um fenômeno de bilheterias. “Marighella” está pronto há dois anos. Sua première mundial foi no Festival de Berlim de 2019, sob aplausos, e a estreia nacional estava inicialmente programada para novembro do mesmo ano. Entretanto, o longa passou a enfrentar dificuldades para agendar seu lançamento, a ponto de Wagner Moura acusar o governo de sabotar o planejamento com uma censura burocrática. “Bolsonaro já gastou tempo para detonar o filme e a mim. Quando o presidente de um país se declara pessoalmente contra uma obra cultural específica e um setor específico, não dá para não dizer que não é perseguição política”, ele disse, em entrevista ao colunista Leonardo Sakamoto, do UOL, em 2020. O presidente realmente atacou o filme sem tê-lo visto, assim como vários robôs, que tentaram manipular a nota da produção em sites americanos, chamando atenção das empresas, que derrubaram as mensagens de ódio e mudaram até regras para evitar a prática de “review bombing” – terrorismo virtual. Na nota que vale, o filme atingiu 88% de aprovação da crítica norte-americana, na análise do site Rotten Tomatoes. O “problema” dos bolsonaristas com o filme é a narrativa dos últimos anos da vida do guerrilheiro baiano Carlos Marighella, entre 1964 e 1969, quando ele foi executado em uma emboscada da polícia na época da ditadura militar. Transformado em herói na tela, ele é considerado um bandido comum por quem afirma que a ditadura foi “ditabranda”. Protagonizado por Seu Jorge (“Cidade de Deus””), o elenco também conta com Adriana Esteves (“Benzinho”), Humberto Carrão (“Paraíso Perdido”), Bruno Gagliasso (“Todas as Canções de Amor”) e Herson Capri (“Minha Mãe é uma Peça 3”). Veja abaixo o trailer da produção.
Trailer de “A Última Carta de Amor” resume o novo romance da Netflix
A Netflix divulgou o pôster e o trailer de “A Última Carta de Amor”, que basicamente resume o filme inteiro em seus 2h37 minutos de duração. A prévia revela detalhes, reviravoltas e até uma expectativa de final para a história romântica apresentada, eliminando as surpresas que possam existir na história. O filme é baseado no romance de mesmo nome de Jojo Moyes, escritora conhecida do público de cinema como a autora do livro que virou “Como Eu Era Antes de Você” (2016). A história é apresentada pela perspectiva de uma jornalista que encontra uma coleção de antigas cartas secretas, descrevendo um caso de amor proibido na década de 1960. Nas cartas, ela descobre que um colega de profissão se apaixonou pela esposa de um homem que ele deveria entrevistar, gerando um affair que acabou em tragédia. Obcecada com a história, ela tenta descobrir o que aconteceu com o casal, procurando-o nos dias de hoje. O elenco destaca Felicity Jones (“Rogue One”) como a jornalista, Shailene Woodley (“Divergente”) e Callum Turner (“Emma.”) como o par romântico, Joe Alwyn (“A Favorita”) como o marido traído, Nabhaan Rizwan (“Informer”) como o parceiro da jornalista, e Ben Cross (“Star Trek”), falecido em 2020, em seu último papel como a versão mais velha do personagem de Turner. “A Última Carta de Amor” é o segundo longa dirigido pela atriz Augustine Frizzell, que estreou com a comédia indie “Never Goin’ Back”, indicada ao Spirit Awards em 2019, e também dirigiu o piloto da série “Euphoria”. A estreia está marcada para 23 de julho em streaming.
Johnny Crawford (1946–2021)
Johnny Crawford, um dos integrantes do Clube do Mickey original e estrela mirim da série clássica “O Homem do Rifle”, morreu na quinta-feira (29/4) aos 75 anos, após contrair covid-19. Ele sofria de Alzheimer há dois anos. John Ernest Crawford nasceu numa família de artistas – seu avô paterno trabalhou com o grande compositor Irving Berlin – e tinha apenas quatro anos quando começou a aparecer na TV como “cantor”. Quando completou nove anos em 1955, entrou no Clube do Mickey, estrelando 16 episódios da 1ª temporada, de onde saiu para uma carreira de participações televisivas em séries como “O Cavaleiro Solitário” (The Lone Ranger), “Caravana” (The Wagon Train), “Paladino do Oeste” (Have Gun, Will Travel), “The Frank Sinatra Show”, “The Danny Thomas Show” e muitas outras. Em 1958, ele conseguiu o papel de Mark McCain, filho do protagonista da série “O Homem do Rifle”, um rancheiro viúvo do Velho Oeste interpretado por Chuck Connors. A participação na série lhe rendeu uma indicação ao Emmy como Melhor Ator Coadjuvante em 1959, com apenas 13 anos de idade. Por sinal, a cerimônia marcou a história da família do menino, porque a mesma edição também teve indicação ao irmão de Johnny, Bobby Crawford, por sua performance num episódio de “Playhouse 90”, e até para seu pai, Robert Crawford, como editor no programa “The Bob Cummings Show”. Aproveitando o sucesso de “O Homem do Rifle”, o jovem Crawford gravou várias músicas e lançou alguns discos. O maior hit, “Cindy’s Birthday”, chegou a atingir o 8º lugar nas paradas de sucesso dos EUA em junho de 1962. A série, porém, chegou ao fim no ano seguinte, após cinco temporadas. Embora não tenha encontrado outro papel de destaque, o ator permaneceu na TV até os anos 1970, aparecendo nas mais diversas atrações, especialmente séries de western como “Couro Cru” (Rawhide), “Lancer”, “Big Valley”, “Glenn Ford é a Lei” (Cade’s County) e, mais tarde, “Os Pioneiros” (Little House on the Prairie). Ele também viveu um adolescente rebelde com destaque no filme “The Restless Ones”, de 1965, e ainda apareceu na comédia sci-fi “A Cidade dos Gigantes” (1965), ao lado de Ron Howard, e no western clássico “El Dorado” (1966) com John Wayne. Mas foi convocado a lutar no Vietnã e encontrou grande dificuldade de retomar a carreira ao voltar da guerra. Mesmo assim, ele ainda estrelou a cultuada comédia “O Macaco Nu” (1973), produzida por Hugh Hefner (o dono da Playboy) e co-estrelada por Victoria Principal (que logo depois faria “Dallas”). Nos anos 1980, ainda teve um papel recorrente na série de aventura “Crossbow: As Aventuras de Guilherme Tell”, mas a esta altura já tinha praticamente abandonado a TV, devotando-se a sua outra especialidade: a música. Ele se tornou cantor de bandas como The Nighthawks e The Johnny Crawford Dance Orchestra, devotada ao swing da era das big bands. E foi como cantor que voltou a aparecer nos cinemas em 1999, fazendo uma participação no thriller sci-fi “13º Andar”. Curiosamente, ele também se tornou um membro da associação profissional de cowboys de rodeio, aproveitando que sua experiência com cavalos vinha desde a infância televisiva.
“Os Flintstones” vai ganhar nova versão centrada em Pedrita adulta
A série clássica animada “Os Flintstones” vai ganhar revival. Encomendada pela Fox, a nova atração ganhou o título de “Bedrock”, nome da cidade em que os personagens moram desde a estreia em 1960. A trama, por sua vez, vai se passar 20 anos depois dos desenhos originais, acompanhando as aventuras pré-históricas da jovem Pedrita. Apesar de ter sido tratada como novidade pela imprensa mundial, a ideia não é nova. Uma série com a mesma premissa já foi exibida nos anos 1970, “Bambam e Pedrita” – durou 20 episódios. A nova versão da Pedrita adulta terá a voz de Elizabeth Banks (“A Escolha Perfeita”) na versão em inglês. Ela estará prestes a começar sua carreira profissional, enquanto seu pai Fred inicia a aposentaria, após trabalhar na pedreira de Bedrock por anos a fio. Mas esta não será a única mudança enfrentada pela família mais famosa da pré-História. Conforme a Idade da Pedra dá lugar à Idade do Bronze, os Flintstones precisarão fazer muitas adaptações ao seu modo de vida. Além de dublar Pedrita, Elizabeth Banks também vai produzir a série, que terá Lindsay Kerns (“Jurassic World: Acampamento Jurássico”) como roteirista principal e produção da Warner e Hannah-Barbera Studios. Criação da célebre dupla de animadores Joseph Barbera e William Hanna, “Os Flintstones” foi originalmente produzida entre 1960 e 1966 como o primeiro desenho animado adulto de todos os tempos. Embora hoje seja lembrado como uma atração infantil, a série original chegou a concorrer ao Emmy em 1961 como um programa normal de humor. Seu sucesso duradouro fez com nunca ficasse muito tempo fora do ar, ganhando reprises e sucessivas versões novas para a alegria das novas gerações. Além disso, a família Flintstone e seus vizinhos favoritos, os Rubles, também foram adaptados várias vezes para os cinemas e o mercado de vídeo, em longas animados e até em dois filmes live-action, em 1994 e 2000. “Bedrock”, porém, será a primeira versão dos personagens a conviver com seus principais sucessores na televisão. Desta vez, eles não serão exibidos no Cartoon Network, mas no canal de “Os Simpsons”. A produção também está sendo anunciada, pela primeira vez desde os anos 1960, como uma animação adulta. Relembre abaixo a abertura do primeiro desenho a mostrar Pedrita adulta.
Felix Silla (1937–2021)
O ator Felix Silla, que interpretou o Primo Coisa na série “A Família Addams” e o robô Twiki de “Buck Rogers”, morreu na sexta (16/4) aos 84 anos, após lutar contra um câncer no pâncreas. O falecimento foi anunciado por seu amigo de longa data Gil Gerard, o Buck Rogers da série exibida entre 1979 e 1981. “Vou sentir muita falta dele, especialmente do quanto nos divertíamos em convenções, quando ele me mandava me f…”, escreveu Gerard. Com menos de 1,2 m de altura e pesando 30 quilos, Silla estreou na TV num episódio de 1963 de “Bonanza”. Mas seu primeiro papel de destaque só veio dois anos depois, ainda que ninguém pudesse vê-lo. Ele fez grande sucesso ao aparecer como o Primo Coisa (Cousin Itt), no 20º capítulo de “A Família Addams” em 1965, escondido atrás de uma cabeleira imensa, que levava um tratador a confundi-lo com um animal exótico e tentar colocá-lo numa jaula. Silla repetiu o papel em 17 episódios da série. Em uma entrevista ao jornal Los Angeles Times em 2014, ele contou que a peruca usada para interpretar o personagem era feita inteiramente de cabelo humano: “Era quente e pesada. Como vestir um tijolo”. Na 2ª temporada, a produção trocou a peruca original por outra feita de cabelos sintéticos, porque muita gente fumava durante as gravações. “Todo mundo no set fumava. Eles só jogavam as bitucas no chão e pisavam nelas. Os produtores tinham medo de que eu pisasse em uma ainda acesa e pegasse fogo. Eles me deram cabelo sintético, que retarda as chamas”, explicou. O personagem foi ideia de um produtor e nunca fez parte dos desenhos de Charles Addams em que a série era baseada. Entretanto, desde a aparição de Silla passou a integrar a franquia sempre que ela ganhou uma nova adaptação. Ele também apareceu nas séries “Os Monkees”, “A Garota da U.N.C.L.E.”, “A Feiticeira”, “A Flauta Encantada” e até no piloto original de “Jornada nas Estrelas” (Star Trek), antes de entrar nas produções de Glen A. Larson, que em 1978 o escalou como o cylon Lucifer em 10 episódios de “Battlestar Galactica”, e no ano seguinte o colocou sob a “armadura” do robô Twiki, o parceiro do protagonista de “Buck Rogers”. Silla trabalhou ao lado de Gil Gerard, intérprete do herói espacial, em todos os episódios das duas temporadas de “Buck Rogers”, exibida até 1981. Depois disso, ainda foi um ewok em “Star Wars: O Retorno do Jedi” (1983), uma criatura sobrenatural do terrir “A Casa do Espanto” (1985) e Dink, uma paródia dos jawas de “Star Wars”, na comédia “S.O.S.: Tem um Louco Solto no Espaço” (1987), além de vestir a fantasia de um pinguim em “Batman: O Retorno” (1992). Aposentado nos anos 1990, ele voltou a atuar em “CHARACTERz” (2016), uma comédia que, de certa forma, homenageava sua carreira, ao acompanhar profissionais que ganhavam dinheiro para se fantasiar e divertir crianças num parque de diversões.












