Cidade Proibida: Veja os vídeos e as fotos da série da Globo baseada em quadrinhos noir
A Globo estreia nesta terça (26/9) sua nova série de época, “Cidade Proibida”. E para conhecer melhor seu tom noir, repleto de mulheres fatais e homens de chapéu, a rede disponibilizou fotos dos personagens centrais e sete vídeos, que incluem trailers, perfis de personagens e comentários de bastidores. Livremente inspirada na graphic novel “O Corno que Sabia Demais e Outras Aventuras de Zózimo Barbosa”, de Wander Antunes e Gustavo Machado, a série segue a linha das tramas de detetives da literatura e do cinema noir dos anos 1940 e 1950, desde a recriação do período até a trilha de jazz, adaptadas ao clima ensolarado do Rio. A trama gira em torno do detetive Zózimo, um ex-policial vivido por Vladimir Brichta (“Bingo – O Rei das Manhãs”), que investiga basicamente casos de infidelidade conjugal, o que o coloca nos braços de belas mulheres infelizes, mas também o transforma em inimigo de inúmeros maridos. Seus únicos amigos são o delegado Paranhos (Ailton Graça, de “Até que a Sorte nos Separe”), o gigolô Bonitão (José Loreto, de “Mais Forte Que o Mundo”) e a prostituta Marli (Regiane Alves, de “Isolados”). Originalmente concebida como um quadro do “Fantástico”, o roteiro de Mauro Wilson (“Os Caras de Pau em O Misterioso Roubo do Anel”) ficou dez anos em arquivo (os quadrinhos foram publicados pela Pixel em 2007), até ser lembrado pelo diretor de núcleo Guel Arraes, ser retrabalhado, ganhar uma personagem feminina (Marli) e receber sinal verde. Mas apesar da abordagem pouco comum para os padrões da Globo, com cenografia, figurino e tom específicos, a produção seguirá a fórmula convencional das séries da emissora, optando pelo caso da semana em vez da narrativa continuada – o formato é o mesmo adotado pelo canal nos anos 1970 para distinguir atrações semanais dos programas diários de ficção (minisséries e novelas). A direção geral está a cargo de Maurício Farias (“Vai que Dá Certo”), que também é responsável por outra recém-lançada série de época, “Filhos da Pátria”, de tom cômico mais escrachado. “Cidade Proibida” estreia às 22h30 desta terça-feira. Além disso, “O Corno que Sabia Demais e Outras Aventuras de Zózimo Barbosa” ganhará nova edição no início de outubro pela Devir. O relançamento inclui mais duas histórias em quadrinhos inéditas do detetive, acompanhadas ainda de oito contos escritos pelo autor Wander Antunes.
Novo trailer de Suburbicon destaca elogios da crítica ao filme de George Clooney
A Paramount divulgou novos pôsteres e o terceiro trailer do novo filme dirigido por George Clooney, “Suburbicon”. Ainda sem legendas, o vídeo destaca os elogios da crítica à produção. Entretanto, após ser exibido nos festivais de Veneza e Toronto, o longa não se revelou a unanimidade vendida pelo departamento de marketing do estúdio. Por outro lado, as críticas divisivas serviram para ressaltar que a parte mais importante da trama não foi focada até agora pelas campanhas de divulgação: a história real de racismo que inspirou o roteiro. O longa, que tem roteiro de Clooney e seu sócio produtor Grant Heslov (ambos de “Caçadores de Obras-Primas”), em parceria com os irmãos Coen (“Ave César”), acompanha a família de um bairro tranquilo do subúrbio, durante o verão de 1959. Mas sob a aparência de felicidade, há uma trama de humor noir, envolvendo um pai viúvo, vivido por Matt Damon (“Perdido em Marte”), o assassinato de sua mulher, a máfia e um agente de seguros. Ninguém menciona, mas a vizinhança está para ficar realmente arruinada, porque uma família negra acaba de se mudar para lá. O elenco também inclui Oscar Isaac (“Star Wars: O Despertar da Força”), Julianne Moore (“Para Sempre Alice”) e o menino Noah Jupe (série “Houdini and Doyle”). A estreia está marcada para 27 de outubro nos Estados Unidos e apenas dois meses depois no Brasil, em 21 de dezembro.
Filme premiado Los Angeles – Cidade Proibida vai virar série
A rede CBS está desenvolvendo um projeto derivado de “Los Angeles – Cidade Proibida” (L.A. Confidential), um dos melhores filmes noir dos últimos anos. Baseado no romance homônimo de James Ellroy, o longa foi indicado a nove Oscars e venceu dois: Melhor Roteiro Adaptado (do cineasta Curtis Hanson) e Atriz Coadjuvante (Kim Basinger). O filme de 1997 e o livro de 1990 giravam em torno das investigações de três detetives da polícia, um certinho, um brutal e um fanfarrão, que, a partir do assassinato de prostitutas, desvendam uma teia de corrupção que vai dos subterrâneos de Hollywood à chefia da polícia. No cinema, os policiais foram vividos por Guy Pearce, Russell Crowe e Kevin Spacey. A adaptação está sendo desenvolvida pelo roteirista Jordan Harper (da série “Gotham”, que também tem influência noir) e vai contar uma trama ligeiramente diferente. O ponto em comum será a ambientação na Los Angeles dos anos 1950. O piloto também acompanhará as investigações de três detetives de homicídios, mas promoverá uma mudança no sexo do repórter de fofocas vivido por Danny DeVito, além da inclusão de uma atriz de Hollywood na história. A produção está a cargo de Arnon Milchan, que produziu o filme original, além de diversos outros longas premiados com o Oscar, como “Birdman”, “O Regresso” e “A Grande Aposta”. É interessante observar que o projeto não será a primeira tentativa de transformar esta história numa série. Logo após o sucesso do filme dirigido por Curtis Hanson, um piloto estrelado por Kiefer Sutherland (hoje na série “Designated Survivor”) e Eric Roberts (atualmente fazendo mais de 12 filmes B por ano) foi produzido, mas acabou não sendo aprovado. E, em 2013, o próprio escritor James Ellroy tentou emplacar uma série que mostraria nova investigação dos policiais sobreviventes, mas na ocasião nenhum canal demonstrou interesse. O piloto precisará ser aprovado pelos executivos da rede CBS para virar série. E se tudo correr bem, ainda assim será uma produção da CBS e não da TV paga ou de um serviço de streaming – ou seja, uma série mais convencional e com chances elevadas de cancelamento precoce.
Matt Damon vive pesadelo suburbano no novo trailer de Suburbicon
A Entertainment One divulgou o pôster britânico e o segundo trailer de “Suburbicon”, que destaca o humor negro do novo filme dirigido por George Clooney. Ainda sem legendas, o vídeo demonstra grande influência dos irmãos Coen (“Ave César”) no tom da produção, que combina violência sangrenta, frieza noir e humor desconcertante de sitcom dos anos 1950, época em que a trama se passa. Os irmãos Ethan e Joel Coen, de fato, assinam a trama, em parceria com Clooney e seu sócio produtor Grant Heslov (ambos de “Caçadores de Obras-Primas”). A história gira em torno da família de um bairro tranquilo do subúrbio, durante o verão de 1959. Mas sob a aparência de felicidade, há uma trama sombria, envolvendo o assassinato brutal da mulher do personagem de Matt Damon (“Perdido em Marte”), que envolve matadores da máfia e agentes de seguro numa trama em que nada parece ser o que aparenta. O elenco também inclui Oscar Isaac (“Star Wars: O Despertar da Força”), Julianne Moore (“Para Sempre Alice”) e o menino Noah Jupe (série “Houdini and Doyle”). Selecionado para o Festival de Toronto, o filme estreia no Brasil em 21 de dezembro.
Jerry Lewis (1926 – 2017)
Morreu Jerry Lewis, “O Rei da Comédia”, como lhe intitulou um filme de Martin Scorsese. Ele faleceu no domingo (20/8) em sua casa em Las Vegas, aos 91 anos, de uma doença cardíaca. Ator, roteirista, produtor e diretor, Lewis foi considerado um gênio ainda nos anos 1960 pela crítica francesa, e, como se sabe, os americanos transformaram esse reconhecimento numa piada sobre o gosto dos franceses, relutando em reconhecer sua importância na história do cinema. Entretanto, Jerry Lewis foi importantíssimo. Não apenas por estrelar inúmeros clássicos da comédia, mas por suas inovações, tanto diante das câmeras, com um humor físico levado a limites nunca antes testados, como também atrás delas. Sua contribuição para a direção de cinema é inestimável. Foi ele quem introduziu o uso do monitor de filmagens no estúdio, no qual podia verificar instantaneamente cenas recém-rodadas. Até então, os diretores só viam o resultado de seus trabalhos durante o processo de montagem, na pós-produção. Mas Lewis improvisava o tempo inteiro e queria verificar se o take tinha funcionado na hora da filmagem. Todos os outros diretores o copiaram. Filho de músicos profissionais, Lewis nasceu Joseph Levitch em 16 de março de 1926, em Newark, Nova Jersey, e fez sua estreia aos cinco anos em um hotel de Nova York, cantando “Brother, Can You Spare a Dime?”. Ele abandonou os estudos no ensino médio para seguir sua paixão pelo palco, fazendo shows em que imitava cantores populares, nos mesmos lugares em que também trabalhava como garçom. Aos 20 anos, em julho de 1946, enquanto atuava no 500 Club em Atlantic City, um dos artistas com quem trabalhava desistiu abruptamente e ele precisou encontrar um novo parceiro para dividir o show. Acabou se juntando a Dean Martin, e as apresentações da dupla se tornaram uma sensação. Os salários, que eram de US$ 250 por semana, dispararam para US$ 5 mil e eles foram parar na Broadway, com espetáculos tão disputados que causavam congestionamento na Times Square, em Nova York. O contraste de personalidades entre o introvertido Lewis e o sedutor Martin chamou atenção do produtor de cinema Hal Wallis, que os contratou para o casting da Paramount. Em seu primeiro filme, “Amiga da Onça” (1949), eles apareceram apenas como coadjuvantes, mas roubaram as cenas. E após a continuação, “Minha Amiga Maluca” (1950), não houve mais como conter o protagonismo da dupla. A partir de “O Palhaço do Batalhão” (1950), Martin e Lewis emendaram uma produção atrás da outra, estrelando nada menos que 14 filmes em seis anos, até o final da parceria em “Ou Vai ou Racha” (1956). O cantor começou a achar ruim o fato de ser menos reconhecido que o parceiro e desfez a dupla. Eles só voltaram a se encontrar 20 anos depois, num evento beneficente, quando Frank Sinatra surpreendeu o anfitrião Lewis trazendo o ex-amigo ao Teleton de 1976. Lewis era mesmo o astro da dupla, pois imediatamente renegociou com a Paramount, recebendo US$ 10 milhões para fazer mais 14 filmes durante um período de sete anos – negócio jamais visto em Hollywood. E esse período marcou o auge de sua criatividade. Sem ter que dividir os holofotes ou incluir uma pausa obrigatória para as músicas de Martin, Lewis deu vazão à sua influência do cinema mudo, tornando sua persona cinematográfica ainda mais maníaca, com contorcionismos e caretas que marcaram época. Seu primeiro filme como protagonista solo foi “O Delinquente Delicado” (1957), e a lista inicial inclui “Bancando a Ama-Seca” (1958), em que ele aceita cuidar de trigêmeos de uma antiga paixão. O sucesso desse filme ampliou seu público infantil. A grande guinada de sua carreira, porém, aconteceu quase por acaso. Em 1960, a Paramount não tinha filme para lançar no Natal e Jerry Lewis propôs rodar uma produção em um mês, desde que também assinasse o roteiro e dirigisse. O estúdio topou e o resultado foi um de seus maiores sucessos, “O Mensageiro Trapalhão”, um filme falado sobre um personagem mudo, grande influência no futuro Mr. Bean. A partir daí, Lewis virou um autor. Além de estrelar, também passou a escrever, dirigir e produzir seus filmes. E sua criatividade fluiu como nunca, rendendo “O Mocinho Encrenqueiro” (1961), com cenas de metalinguagem que o mostravam aprontando num grande estúdio de cinema, e “O Terror das Mulheres” (1961), filmado num único cenário compartimentado para simular, feito sitcom, um prédio de dormitório universitário feminino em que ele trabalhava como zelador. A obra-prima veio em 1963. “O Professor Aloprado” foi disparado o seu filme mais autoral. Atualização da trama gótica de “O Médico e o Monstro”, trazia o comediante como um professor universitário nerd e introvertido, que inventava uma poção para se transformar num cantor sedutor, capaz de encantar as mulheres. Era uma referência escancarada à antiga parceria com Dean Martin. Ao fazer sucesso se revezando em dois papéis, ele decidiu ousar ainda mais e se multiplicar em seus filmes seguintes. Interpretou nada menos que sete personagens, uma família inteira, em “Uma Família Fulera” (1965), e outros cinco em “3 em um Sofá” (1966), no qual contracenou com Janet Leigh (“Psicose”). Lewis ficou tão popular que virou história em quadrinhos e até apareceu na série “Batman” como ele mesmo, numa pequena participação em 1966. Mas os gostos mudaram radicalmente em pouco tempo. A politização cada vez maior da juventude, público alvo das comédias do ator, resultando em queda nas bilheterias de seus filmes seguintes. Houve quem dissesse que a implosão foi culpa dele próprio. Seu ego estaria fora de controle. Para complicar, em 1965 ele se machucou numa filmagem e passou a tomar analgésicos. Acabou se viciando em Percodan. Ele tentou apelar para o que estava em voga. Foi ao espaço (“Um Biruta em Órbita”, de 1966) e até buscou o visual mod de Londres (“Um Golpe das Arábias”, 1968), mas nada colou. Sem conseguir emplacar mais sucessos, em 1972 Lewis escreveu, dirigiu e estrelou o filme mais controverso de sua carreira – e da história do cinema. “The Day the Clown Cried” (“O dia em que o palhaço chorou”, em tradução literal) trazia o ator como um palhaço alemão que, durante a 2ª Guerra Mundial, tem como tarefa divertir as crianças judias a caminho da câmara de gás. Ao ver o resultado, Lewis proibiu seu lançamento. Apenas uma cópia sobreviveu à destruição e, em 2015, foi adquirida pela Biblioteca do Congresso Americano para preservação. A experiência de “The Day the Clown Cried” o deixou em depressão profunda e ele só foi voltar a filmar em 1980, num hiato de uma década em sua carreira. Mas “Um Trapalhão Mandando Brasa” não foi o revival que ele esperava. A frustração com a carreira ajuda a explicar sua incursão dramática, dois anos depois, em “O Rei da Comédia” (1982). No filme de Martin Scorsese, Lewis vive um astro de talk show noturno que é sequestrado por um comediante aspirante, vivido por Robert De Niro. Lewis convenceu Scorsese a modificar o roteiro, incluindo várias referências de sua própria biografia na trama, como reações maldosas de fãs frustrados. Ele também encheu o filme de improvisos, desenvolvendo um humor amargo e autodepreciativo que acabou por influenciar uma nova geração de humoristas – como Garry Shandling, Steve Coogan, Ricky Gervais, Larry David e Jerry Seinfeld. O sucesso e o impacto de “O Rei da Comédia” foram inesperados para Lewis, que finalmente se viu na situação em que sempre se achou merecedor: saudado pela crítica norte-americana. Animado pela repercussão positiva, foi novamente escrever, dirigir e estrelar múltiplos papéis em nova retomada da carreira. Mas as bilheterias de “Cracking Up – As Loucuras de Jerry Lewis” (1983) deixaram claro que o sucesso de “O Rei da Comédia” aconteceu por uma renovação de sua persona. Ao tentar voltar a ser o velho Jerry Lewis, descobriu-se ultrapassado. Não era mais o que o público queria. O ator ainda pareceu como coadjuvante de luxo em alguns filmes e séries, entre eles “Cookie” (1989), “Mr. Saturday Night – A Arte de Fazer Rir” (1992), “Arizona Dream: Um Sonho Americano” (1993) e principalmente “Rir É Viver” (1995), no qual realizou uma de suas melhores interpretações, como um comediante veterano de Las Vegas que acaba roubando a cena do filho que quer seguir seus passos. A saúde do ator deteriorou muito nos anos 1990, o que o levou a se afastar das telas. Por isso, foi uma grande surpresa quando ele realizou um retorno dramático, como protagonista do filme “Max Rose” (2013), uma história sobre o fim da vida. Ele ainda encontrou vontade e força para participar de mais dois filmes, a comédia brasileira “Até que a Sorte nos Separe 2” (2013), na qual retomou seu personagem clássico de “O Mensageiro Trapalhão”, e o thriller “A Sacada” (2016), como o pai de Nicolas Cage, último papel de sua carreira. Mas a importância de Lewis não se restringiu apenas ao cinema. Ele também se notabilizou como apresentador de longa data do Teleton, campanha televisiva beneficente que preconizou eventos similares no mundo inteiro, como o “Criança Esperança” da Globo. Seu programa anual levantou fortunas, ao longo de décadas, para ajudar crianças vítimas de Distrofia Muscular. Ele liderou o Teleton mesmo enfrentou diversos problemas de saúde. Em 1983, passou por uma cirurgia no coração. Em 1992, precisou fazer uma operação após ser diagnosticado com câncer de próstata. Passou por tratamento contra dependência em medicamentos em 2003. E, em 2006, sofreu um ataque cardíaco. Além disso, tratava há anos de fibrose pulmonar, doença crônica nos pulmões. Apesar do corpo tentar desistir, sua mente não dava sinais de cansaço, como lembrou Robert DeNiro. Até o fim da vida, Lewis permaneceu ativo e inigualável. “Mesmo aos 91, ele não perdia o ritmo. Ou a piada”, lembrou o ator no Twitter, ao contar ter visto um show do comediante há poucas semanas. “Jerry Lewis foi um pioneiro da comédia e do cinema. E foi um amigo. Sua falta será sentida.” “Aquele cara não era brinquedo, não! Jerry Lewis era um gênio inegável, uma benção insondável, a comédia absoluta!”, elogiou Jim Carrey, que sempre foi comparado a Lewis em sua carreira. “Eu sou, porque ele era!”
Trailer de comédia do criador de Veep satiriza a morte de Stalin
A Entertainment One divulgou o pôster e o primeiro trailer da comédia “The Death of Stalin”. Dirigido por Armando Iannucci, criador de “Veep”, o filme é uma sátira histórica, que adapta a graphic novel francesa de mesmo nome, sobre os dias caóticos que se seguiram à morte do líder soviético Joseph Stalin em 1953. O elenco reúne um time talentoso e eclético, liderado por Jeffrey Tambor (série “Transparent”), Steve Buscemi (série “Boardwalk Empire”), Rupert Friend (série “Homeland”), Michael Palin (“Ferocidade Máxima”), Jason Isaacs (franquia “Harry Potter”), Paddy Considine (“Macbeth: Ambição e Guerra”), Simon Russell Beale (“A Lenda de Tarzan”) e as atrizes Andrea Riseborough e Olga Kurylenko (ambas de “Oblivion”). O filme terá première mundial no Festival de Toronto e estreia comercialmente em 20 de outubro no Reino Unido. Ainda não há previsão de lançamento no Brasil.
Haruo Nakajima (1929 – 2017)
Morreu Haruo Nakajima, que ficou conhecido por “vestir” a fantasia de Godzilla no filme original e nas continuações das produções sobre o monstro japonês. Ele tinha 88 anos de idade. Nakajima começou a carreira como figurante de filmes do mestre Akira Kurosawa. Chegou, inclusive, a trabalhar nos clássicos “Cão Danado” (1949) e “Os Sete Samurais” (1954), antes de virar o rei dos monstros. O ator protagonizou 12 filmes usando a vestimenta de Godzilla, começando pelo clássico de 1954 dirigido por Ishirô Honda, no qual também pôde ser visto sem a fantasia, numa pequena participação como atendente de posto de gasolina. Após 24 anos destruindo Tóquio para o estúdio Toho, ele se despediu do personagem em “Godzilla vs. Gigan”, de 1972. Mas não foi muito longe. Após pendurar a fantasia, Nakajima seguiu trabalhando em uma pista de boliche localizada no próprio estúdio. A produção do remake americano dos anos 1990 trouxe notoriedade internacional para Nakajima, que passou a ser convidado para participar de convenções e eventos de cultura pop. Nos últimos anos, era constantemente entrevistado para documentários sobre a arte dos Kaiju, os filmes de monstros gigantes japoneses. E, em 2010, ele lançou sua autobiografia, intitulada “Monster Life: Haruo Nakajima, the Original Godzilla Actor”.
Chris Pine vai estrelar série da diretora de Mulher-Maravilha
O ator Chris Pine e a diretora Patty Jenkins vão voltar a trabalhar juntos após o sucesso de “Mulher-Maravilha”. O canal pago americano TNT aprovou a produção de uma série estrelada por Pine, que terá seu piloto dirigido por Jenkins. Intitulada “One Day She’ll Darken”, a série é uma criação de Sam Sheridan, que é casado com Jenkins. Ele é um lutador de Muay Thai, cuja vida foi narrada no documentário “Thai Boxing: A Fighting Chance”, do National Geographic, e também escreveu livros sobre a luta. A trama é inspirada na autobiografia homônima da Fauna Hodel. Ela nasceu em 1951, filha de uma família proeminente da Califórnia, mas foi dada para uma jovem negra que trabalhava como atendente de banheiro em um cassino de Nevada. Fauna cresceu acreditando que era mestiça, encontrando preconceito tanto de negros quanto de brancos. Anos mais tarde, quando procurou sua mãe biológica, descobriu que tinha uma ligação familiar com o principal suspeito nos famosos assassinatos conhecidos como crimes da Dália Negra. Pine vai interpretar Jay Singletary, um ex-marine que virou repórter, e encontra na história de Hodel uma forma de recuperar a carreira, após cair em desgraça. Desvendar os segredos por trás do nascimento da mulher pode ser a oportunidade que ele sempre esperou para ganhar reconhecimento, mas o enigma de Hodel também o levará aonde ele não espera: a um labirinto de maldade que irá desestabilizá-lo. A produção da série já foi aprovada, independente do piloto. Jenkins, Sheridan e Pine serão os produtores, ao lado de Michael Sugar (série “13 Reasons Why”). “‘One Day She’ll Darken’ é um mistério verdadeiramente perturbador com reviravoltas imprevisíveis e sustos de fazer pular da cadeira”, disse Sarah Aubrey, vice-presidente de programação original da TNT, em comunicado. “Patty Jenkins é uma diretora fenomenalmente talentosa que sempre entregou personagens poderosos, da inesquecível assassina em série real de ‘Monster’ à super-heroína guerreira de ‘Mulher-Maravilha’. Sam Sheridan entregou roteiros que irão entreter e assustar com uma história de redenção e uma busca poderosa de identidade. Chris Pine nos surpreendeu com muitas de suas apresentações, e sabendo o quanto seu personagem é multidimensional, temos muita sorte por ter um ator tão talentoso quanto ele para liderar o elenco”, completou. As gravações devem começar no outono norte-americano, entre setembro e novembro, para uma estreia em 2018.
Suburbicon: Matt Damon surta no trailer da comédia sangrenta de George Clooney
A Paramount divulgou o pôster e o primeiro trailer do novo filme dirigido por George Clooney, “Suburbicon”. Ainda sem legendas, o vídeo revela o tom inusitado da produção, que combina violência noir com humor de desenho animado. O contraste entre os dois elementos é tão grande quanto a abertura, que apresenta os subúrbios da trama como um cenário ensolarado de sitcom dos anos 1950, e o final, em que o local se transforma num pesadelo noturno, em meio a protestos violentos. O longa, que tem roteiro de Clooney e seu sócio produtor Grant Heslov (ambos de “Caçadores de Obras-Primas”), em parceria com os irmãos Coen (“Ave César”), acompanha a família de um bairro tranquilo do subúrbio, durante o verão de 1959. Mas sob a aparência de felicidade, há uma trama sombria, porque o pai, vivido por Matt Damon (“Perdido em Marte”), pegou dinheiro emprestado da máfia. E como não consegue pagar, tem a residência invadida, a mulher assassinada, os filhos ameaçados e passa a sofrer com vandalismo. Só que até um palerma suburbano é capaz de surtar quando levado ao limite, e não demora para ele começar a revidar com a mesma violência. O elenco também inclui Oscar Isaac (“Star Wars: O Despertar da Força”), Julianne Moore (“Para Sempre Alice”) e o menino Noah Jupe (série “Houdini and Doyle”). Selecionado para o Festival de Toronto, o filme estreia no Brasil em 21 de dezembro.
Suburbicon: Novo filme de George Clooney ganha primeiras fotos
O novo filme dirigido por George Clooney, “Suburbicon”, ganhou suas duas primeiras fotos. As imagens mostram Matt Damon (“Perdido em Marte”) e Julianne Moore (franquia “Jogos Vorazes”), que vivem os protagonistas, em trajes da década de 1950. O longa, que tem roteiro dos irmãos Coen (“Ave César”), acompanha a família de um bairro tranquilo do subúrbio, durante o verão de 1959. Mas a aparência de família perfeita esconde uma realidade perturbadora, criada por pessoas imperfeitas que tomam decisões erradas. O elenco também inclui Oscar Isaac (“Star Wars: O Despertar da Força”) e o menino Noah Jupe (série “Houdini and Doyle”). Selecionado para o Festival de Toronto, o filme estreia no Brasil em 21 de dezembro.
Clássico sci-fi Vampiros de Almas vai ganhar seu quarto remake
Contrariando quem diz que três já é demais, a Warner Bros. pretende realizar o quarto remake de “Vampiros de Almas” (Invasion of the Body Snatchers), clássico terror sci-fi de Don Siegel, que eletrizou o mundo pela primeira vez em 1956. Desde o lançamento do original, a trama, baseada no livro de 1954 de Jack Finney, foi refilmada como “Invasores de Corpos” (de Philip Kaufman, 1978), “Os Invasores de Corpos – A Invasão Continua” (de Abel Ferrara, 1993) e “Invasores” (de Oliver Hirschbiegel, 2007). Para quem não viu nenhum dos quatro filmes já lançados, a história gira em torno de moradores de uma cidadezinha que começam a se portar de modo estranho, sem demonstrar emoções, causando a suspeita de que estariam sendo substituídos por réplicas de outro mundo. As cópias nasciam em vagens alienígenas de tamanho gigante, que após controlarem a primeira cidade começavam a ser enviadas pra outros lugares dos Estados Unidos numa invasão em grande escala. O original foi apontado como metáfora para a caça às bruxas promovida pelo senador Joseph McCarthy, que via comunistas em toda a parte e estimulava denúncias de infiltrados em Hollywood nos anos 1950. O primeiro remake também rendeu comparações históricas, desta vez com a lavagem cerebral das seitas religiosas, chegando às telas logo após o suicídio coletivo da Guiana. A nova versão está sendo escrita pelo roteirista David Leslie Johnson (“Invocação do Mal 2”) e terá produção de John Davis (da franquia “Predador”). Não há previsão para a estreia do quinto “Invasion of the Body Snatchers”.
Elsa Martinelli (1935 – 2017)
A atriz italiana Elsa Martinelli, sex symbol dos anos 1950 e 1960, morreu no sábado (8/7) em sua casa em Roma, aos 82 anos de idade. Ela começou sua carreira como modelo em Roma, o que a levou a fazer pequenos papéis em filmes italianos. Mas já adolescente ambicionava o sucesso internacional. Aos completar 18 anos em 1953, foi para Nova York sem saber inglês e com U$ 20 no bolso, atrás de uma carreira de modelo e atriz nos Estados Unidos. Acabou fazendo um ensaio na revista Life que chamou atenção do ator Kirk Douglas, que a contratou para viver a filha sedutora de um cacique sioux no western “A um Passo da Morte” (1955). A cena em que ela se banha no rio quase ofuscou todo o resto do filme. Mas foi a projeção alcançada ao contracenar com um dos maiores astros de Hollywood que a fez voltar com outro status para a Itália. Logo em seu filme seguinte, “Arroz Maldito” (1956), foi escalada como protagonista. E em seguida foi filmar com um grande mestre do cinema italiano, Mario Monicelli, no papel-título da comédia “Donatella” (1956). Estampando pôsteres que a transformavam em pin-up, atraiu atenção de diretores de toda a Europa, consagrando-se como uma estrela continental. Virou musa de mestres, como o francês radicado na Inglaterra Guy Hamilton, em “A Clandestina” (1957), o italiano Mauro Bolognini em “A Longa Noite de Loucuras” (1959), filme escrito por ninguém menos que Pier Paolo Pasolini, Dino Risi em “Um Amor em Roma” (1960), e o francês Roger Vadim em “Rosas de Sangue” (1960), que foi ousadíssimo, como primeira adaptação do clássico de vampira lésbica “Carmilla” (1872). Após uma dúzia de produções de grande repercussão, Martinelli voltou a receber convites para trabalhar em Hollywood. Ela estrelou “Hatari!” (1960), um dos filmes de safari mais bem-sucedidos de todos os tempos, que reunia o time clássico do ator John Wayne e o diretor Howard Hawks na África. E seguiu com “O Pombo que Conquistou Roma” (1962), como par de Charleton Heston, “O Processo” (1962), dirigido por Orson Welles, “Gente Muito Importante” (1963), com Elizabeth Taylor e Richard Burton, e “Maldita Aventura” (1963), com Robert Mitchum. Sem dar sinais de desacelerar, entrou numa fase de filmes cults, entre eles a influente sci-fi mod “A Décima Vítima” (1965), com Marcello Mastroianni, a comédia psicodélica britânica “Candy” (1968), com Ringo Starr, e a famosa comédia “europeia” de Hollywood “Enquanto Viverem as Ilusões” (1969), repleta de astros da época. Sua carreira também acompanhou as diversas tendências do cinema comercial italiano, passando por spaghetti westerns (foi a “A Pistoleira de Virginia”), aventuras de época (“Marco Polo, O Magnífico”), muitas comédias sexuais (“Costa Azul, a Praia dos Amantes”), sátiras de espionagem (“Tunis Top Secret”), grandes assaltos (“Todo Homem é Meu Inimigo”) e giallos (“Uma Sobre a Outra”). E foi até garota-propaganda da Vespa, antes de, lentamente, entrar em ocaso nos anos 1970. Seu último filme foi uma comédia americana de 1992, “Era uma Vez… um Crime”, no qual viveu uma agente secreta, fatal como os fãs a eternizaram. Ela marcou o cinema por sua beleza elegante, mas nem por isso deixou de ser notada por sua capacidade de dar vida a personagens complexos em produções ambiciosas. Nunca faltaram atrizes bonitas no cinema, mas poucas foram tão versáteis quanto Martinelli, que estrelou praticamente todos os gêneros de filmes existentes.
Roger Smith (1932 – 2017)
Morreu Roger Smith, ator que estrelou a primeira série de detetives particulares da TV americana, “77 Sunset Strip”, antes que uma doença neuromuscular encerrasse sua carreira de forma precoce. Ele faleceu no domingo (4/6), aos 84 anos. Roger LeVerne Smith nasceu em 18 de dezembro de 1932, em South Gate, Califórnia, e se destacou tanto nos esportes quantos nas artes durante a adolescência. Ele participou do time de futebol americano de seu colégio, ao mesmo tempo em que foi presidente do clube de atuação, o que lhe garantiu uma bolsa de estudos universitária. Após se formar na Universidade de Arizona, Smith serviu à Marinha e, enquanto estava no Havaí, teve um encontro casual com James Cagney. O lendário ator enxergou potencial no jovem e o incentivou a ir para Hollywood. E foi o que Smith fez. Ele iniciou sua carreira aos 24 anos, com a participação num episódio do teleteatro “The Ford Television Theatre”, em 1956. E tudo passou a acontecer de forma acelerada. No mesmo ano, envolveu-se romanticamente e se casou com a atriz australiana Victoria Shaw (“O Quimono Escarlate”), além de conseguir um papel recorrente na série clássica “Papai Sabe Tudo”. Em 1957, a Columbia Pictures contratou Smith, levando-o ao cinema com o drama juvenil “Vidas Truncadas”. E em curto período ele acumulou uma impressionante filmografia, com destaque para a comédia clássica “A Mulher do Século” (1958), na qual interpretou a versão adulta do órfão que vai viver com sua tia avançada (Rosalind Russell). Smith também teve a oportunidade de trabalhar com James Cagney duas vezes. Os dois viveram pai e filho na cinebiografia do ator Lon Chaney, “O Homem das Mil Caras” (1957), e contracenaram no musical “O Rei da Zona” (1959). Mas a popularidade só surgiu quando os produtores de “77 Sunset Strip” enxergaram no jovem o ingrediente que faltava para lançar a primeira série de detetives particulares da televisão americana. Criada por Roy Huggins, “77 Sunset Strip” começou como um episódio especial de 77 minutos da série “Conflict”. Smith não fez parte deste piloto, mas entrou na reformulação da produção, quando ela recebeu encomenda de temporada. Na série, Smith viveu Jeff Spencer, que fazia par com Stu Bailey (Efrem Zimbalist Jr.) numa agência de detetives localizada no endereço de Los Angeles que lhe dava título. Apesar da Sunset Strip não ter números de dois dígitos, o exterior da agência era real, localizado ao lado do restaurante Dino’s, do cantor Dean Martin. Por sinal, o manobrista do Dino’s também era personagem da série, Kookie (Edd Byrnes). Para completar o clima moderno e vibrante, a produção ainda contava com um tema de abertura jazzístico, de autoria de Mack David e Jerry Livingston (veja a abertura clássica abaixo). “77 Sunset Strip” virou fenômeno de audiência, durando seis temporadas de 1958 a 1964. O estilo descontraído e as falas cheias de tiradinhas dos personagens, que tinham uma clientela sofisticada, era algo que os telespectadores nunca tinham visto antes. E a produtora Warner aproveitou este sucesso para lançar a carreira musical de Smith, que gravou um álbum chamado “Beach Romance” em 1960. Smith também escreveu sete episódios da série, incluindo um de seus mais famosos, “The Silent Caper”, gravado inteiramente sem diálogos. Ele ainda assinou capítulos e fez participações especiais em duas séries desenvolvidas pela Warner no mesmo universo de “77 Sunset Strip”, intituladas “Hawaiian Eye” e “Surfside 6”. Mas não pôde aproveitar a boa fase por muito tempo. Em 1963, um exame descobriu um coágulo de sangue em seu cérebro, que foi corrigido com uma cirurgia, e dois anos depois Smith foi diagnosticado com miastenia gravis, o que lhe causava extrema fraqueza. Mesmo enfrentando a doença, Smith se divorciou da esposa e iniciou um namoro com a atriz Ann-Margret. Os dois se casaram em maio de 1967 em Las Vegas, cidade onde a sex symbol sueca viveu um de seus papéis mais marcantes, “Amor à Toda Velocidade” (Viva Las Vegas, 1964). O ator ainda conseguiu estrelar “Mister Roberts”, série naval baseada no filme homônimo de 1955, assumindo o papel-título, um oficial da Marinha que foi interpretado por Henry Fonda no cinema. A atração durou apenas uma temporada de 30 episódios, entre 1965 e 1966. Depois disso, ele só fez mais duas aparições no cinema em 1968. Seu último trabalho foi numa comédia italiana estrelada pela esposa Ann-Margret, “Criminal Affair”. Forçado a se aposentar de forma precoce, Smith passou a escrever roteiros. Ele assinou as histórias das comédias “Pela Primeira Vez… Sem Pijamas” (1969), estrelada por Jacqueline Bisset, e “C.C. & Cia” (1970), com Ann-Margret. Quando os filmes não fizeram sucesso, passou a produzir especiais televisivos da esposa, realizados ao longo da década de 1970. “Roger teve uma tremenda confiança em mim, muito mais do que eu”, disse sua esposa em uma entrevista de 1985. “Eu posso ser machucada muito facilmente, mas ele não pode. Ele gradualmente me tirou da minha concha”. Com o passar dos anos, Smith fez cada vez menos aparições públicas devido à sua falta de saúde. As poucas vezes em que voltou a aparecer foi para acompanhar a esposa no Globo de Ouro e no Emmy, sempre sendo recebido de forma carinhosa pelos colegas, como um pioneiro importante da história da TV.








