Cate Blanchett negocia papel no novo fime de Guillermo del Toro
A atriz Cate Blanchett (“Thor: Ragnarok”) abriu negociação para co-estrelar o novo filme de Guillermo del Toro, vencedor do Oscar por “A Forma da Água”. Intitulado em inglês “Nightmare Alley”, o filme é uma adaptação do livro “Nightmare Alley”, de William Lindsey Graham, publicado em 1946 e que já foi transformado num clássico do cinema noir, batizado no Brasil como “O Beco das Almas Perdidas” (1947). Recentemente, Bradley Cooper (“Nasce uma Estrela”) foi confirmado como protagonista da trama. Outros atores que publicações americanas tem ligado ao projeto são Toni Collette (“Hereditário”), Richard Jenkins (“A Forma da Água”), Ron Perlman (o Hellboy dos filmes de del Toro), Willem Dafoe (“No Portal da Eternidade”), Mark Povinelli (“Água para Elefantes”), Rooney Mara (que contracenou com Blanchett em “Carol”) e Michael Shannon (também de “A Forma da Água”). Del Toro dirigirá a nova adaptação, além de ter co-escrito o roteiro com Kim Morgan (“O Quarto Proibido”). A trama cheia de reviravoltas acompanha um vigarista (Tyrone Power, em 1947) que entra num circo para aprender os truques de uma falsa vidente (Joan Blondell). Como ela se recusa a contar seus segredos, ele decide fragilizá-la, tornando-a viúva. Mas acaba se envolvendo com uma jovem assistente (Coleen Gray) e é expulso do circo. Mesmo assim, segue em frente com o golpe de vidente, até conhecer uma psicóloga pilantra (Helen Walker) que grava as confissões de seus pacientes. E aí percebe que pode tornar seu truque ainda mais convincente e extorquir uma clientela exclusiva com estas informações. O final é extremamente sombrio. As filmagens de “Nightmare Alley” devem começar em 2020 com produção da Fox Searchlight, mas ainda não há data de estreia prevista.
Gal Gadot é confirmada como estrela de minissérie sobre Hedy Lamarr
O canal pago Showtime confirmou, durante o encontro semestral entre executivos da indústria televisiva e a TCA (Associação dos Críticos de TV dos EUA), que Gal Gadot (“Mulher-Maravilha”) vai estrelar uma minissérie sobre a vida da atriz e inventora Hedy Lamarr. O projeto existe há pelo menos um ano, mas o Showtime ainda não tinha se pronunciado oficialmente sobre a produção. Desenvolvida pela roteirista-produtora Sarah Treem, co-criadora da série “The Affair”, a minissérie vai trazer Gadot como a estrela austríaca de Hollywood, que brilhou em clássicos como “Êxtase” (1932), “Argélia” (1938), “Demônio do Congo” (1942), “Flor do Mal” (1946) e “Sansão e Dalila” (1949), e que além de linda e famosa era literalmente genial. A maior realização de Lamarr não foi um papel de cinema, mas uma invenção. Em parceria com o compositor George Antheil (“No Silêncio da Noite”), ela criou um sistema de comunicações revolucionário que, apesar de ter sido esnobada pelas Forças Armadas dos Estados Unidos durante a 2ª Guerra Mundial, serve de base para os atuais sistemas de compartilhamento de dados por WiFi e Bluetooth. Sua contribuição tecnológica foi reconhecida muito tarde em sua vida. Porém, em 2014 ela foi homenageada postumamente com sua inclusão no National Inventors Hall of Fame. Este não é o primeiro projeto de minissérie em desenvolvimento sobre Lamarr. A estrela alemã Diane Kruger, vencedora do prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cannes por “Em Pedaços”, anunciou uma produção similar há quase dois anos. Ela se associou com a produtora Straight Up Films (que fez “Transcendence” e “Em Busca da Justiça”) para fazer sua minissérie, que pretendia produzir e protagonizar, e contava até com o apoio do Google e algumas fundações de incentivo à pesquisa. Mas, desde então, assumiu diversos compromissos no cinema e o projeto não saiu do papel. A produção marca o primeiro papel importante de Gadot numa série americana após a frustração de “The Beautiful Life: TBL”, série cancelada após cinco episódios em 2009.
The Terror: Trailer da 2ª temporada explora assombração japonesa
O canal pago americano AMC divulgou um novo trailer da 2ª temporada de “The Terror”. Originalmente uma minissérie, a atração virou uma série de antologia ao ser renovada, contando uma história de terror diferente por temporada. O segundo arco é ambientado na época da 2ª Guerra Mundial e mostra um espectro misterioso que ameaça uma comunidade nipo-americana do sul da Califórnia. A história também denuncia os campos de concentração criados para deter imigrantes japoneses nos Estados Unidos da época. A trama se passa num desses locais, onde não há como escapar da assombração. O elenco destaca George Takei (o Sr. Sulu da “Star Trek” original), Derek Mio (“Greek”), Miki Ishikawa (“No Ritmo da Paixão”), Naoko Mori (“Evereste”), Yuki Morita (“Godzilla”), James Saito (“Altered Carbon”), Kiki Sukezane (“Perdidos no Espaço”), Eiji Inoue (“The Silk Road”) e outros. Intitulada “The Terror: Infamy”, a nova história de 10 episódios foi desenvolvida por Alexander Woo (roteirista da série “True Blood”) em parceria com Max Borenstein (“Godzilla”) e produzida pelo cineasta Ridley Scott (“Todo o Dinheiro do Mundo”). A estreia está marcada para 12 de agosto nos Estados Unidos.
Diretor de Thor: Ragnarok vira Hitler em teaser de comédia ultrajante
A Fox Searchlight divulgou o primeiro teaser de “Jojo Rabbit”, novo filme do diretor Taika Waititi (“Thor: Ragnarok”). A prévia explora humor ultrajante, ao acompanhar um menino da juventude hitlerista que sofre bullying e é confortado por seu amigo imaginário Adolf Hitler. Passada na Alemanha nazista, a trama vai se complicar quando a criança descobrir que sua mãe está escondendo uma garota judia em sua casa. O elenco destaca o estreante Roman Griffin Davis como o personagem do título, Scarlett Johansson (“Vingadores: Ultimato”) como sua mãe, Thomasin McKenzie (de “O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos”) como a menina judia e o próprio Taika Waititi como Hitler – um Hitler maori! O elenco também inclui Sam Rockwell (vencedor do Oscar 2018 por “Três Anúncios para um Crime”) e Rebel Wilson (“A Escolha Perfeita”), vistos no vídeo. Baseado no romance homônimo de Christine Leunens, o filme foi selecionado para o Festival de Toronto, que acontece entre 4 e 15 de setembro, e estreia comercialmente em 18 de outubro nos Estados Unidos. A previsão de lançamento no Brasil é apenas para 30 de janeiro.
Memórias da Dor recria período terrível da vida de Marguerite Duras
Impressionante como certos diretores com uma carreira já relativamente longa permanecem praticamente desconhecidos até que certo filme chama a atenção de tal forma que coloca em questão a inabilidade das distribuidoras de darem o devido destaque aos artistas. É o caso de Emmanuel Finkiel, que teve seu longa-metragem de estreia, “Viagens” (1999), premiado em Cannes e no César (Melhor Primeiro Filme). Também alcançou prestígio internacional em diversos países, inclusive no circuito arthouse americano. Além dos filmes como diretor e roteirista, Finkiel tem em seu currículo vários trabalhos como assistente de direção de cineastas de primeiro escalão, como Jean-Luc Godard, Krzysztof Kieslowski e Bernard Tavernier. Mas o que aconteceu é que os demais filmes de Finkiel meio que passaram batidos ao longo dos anos, por mais que cinéfilos atentos tenham visto seus trabalhos em mostras. “Não Sou um Canalha (2015), seu filme anterior, ganhou algum destaque e já trazia Mélanie Thierry, que brilha neste novo e magistral “Memórias da Dor” (que é na verdade de 2017), indicado a nada menos que oito troféus César. Eis um filme que merece não só a atenção, mas uma especial reverência. O trabalho de construção da personagem, baseada na escritora Marguerite Duras, faz uma espécie de bioficção de seus livros, ao contar da dor que foi o período em que ela passou esperando o marido voltar de um campo de concentração. “Memórias da Dor” é basicamente sobre isso, embora seja rico o suficiente para ser também sobre culpa, desejo e ser carregado de uma aura de desencantamento com a vida que só encontra paralelos em situações de terrível depressão. Em determinado momento do filme, o amigo e amante vivido por Benjamin Biolay fala para que Marguerite tome banho, que está fedendo. Àquela altura, ela não estava mais conseguindo cuidar de si. Na angústia de esperar, toma a decisão de falar com um perverso colaborador do nazismo na França ocupada. Como a história se passa entre os anos de 1944 e 1945, vemos a variação no comportamento e no grau de segurança dessas pessoas que trabalhavam para os nazistas e que estavam acostumados com tortura física e psicológica – isso, claro, na posição de torturadores. Um dos aspectos que chama a atenção é o modo como o diretor trabalha as sombras e também, com frequência, coloca a protagonista como único elemento não borrado, acentuando ainda mais seu sentimento de solidão e abandono naquele mundo de pesadelo. E como a trilha sonora é usada apenas entre os espaços da cena, como para acentuar o clima de tristeza, os silêncios nas sequências dramáticas enfatizam a grande performance de Mélanie Thierry. Há também destaque para a narração em voice-over da protagonista. Uma narração pausada, que lembra e muito o estilo de “Hiroshima Meu Amor” (1959), de Alain Resnais, não por acaso uma obra roteirizada por Duras. Assim, os traços da obra literária da escritora estão explicitamente presentes, mas servindo não como muleta para a narração cinematográfica, mas para enriquecer ainda mais o trabalho visual. Por isso, ver “Memórias da Dor” é uma dessas experiências raras e recompensadoras, que só cresce na memória afetiva.
David Fincher vai voltar a dirigir um filme cinco anos após Garota Exemplar
O diretor David Fincher vai voltar a dirigir um filme, após passar cinco anos dedicando-se a produções de séries e projetos que não saíram do papel. Batizado de “Mank”, a obra será uma cinebiografia do roteirista Herman J. Mankiewicz e abordará os bastidores das lendárias filmagens de “Cidadão Kane”, lançado em 1941. O filme trará Gary Oldman, vencedor do Oscar por “O Destino de uma Nação” (2017) no papel principal e será centrado no turbulento relacionamento de Mankiewicz com o diretor e co-roteirista de “Cidadão Kane”, o cineasta Orson Welles. Apesar do tema hollywoodiano e o peso Oscarizado do protagonista, a produção será feita para a Netflix. Um dos motivos para a parceria com a plataforma é a opção de Fincher por uma fotografia em preto e branco. Os grandes estúdios, que já não costumam apoiar dramas, fogem quando percebem que se trata de uma produção sem cores, especialmente se o orçamento não for pequeno. Já a Netflix investiu forte em “Roma”, drama em preto e branco – e ainda por cima falado em espanhol – de Alfonso Cuarón, que acabou se provando um sucesso no streaming e ainda ganhou três Oscars. “Mank” é um projeto pessoal diretor. O roteiro foi escrito por seu pai, o jornalista Jack Fincher, que faleceu em 2002. O último filme dirigido por David Fincher foi “Garota Exemplar” em 2014. Desde então, ele se envolveu numa superprodução da Disney baseada em “20.000 Mil Léguas Submarinas”, na continuação de “Guerra Mundial Z” para a Paramount e em duas séries da HBO, todas abortadas. Em compensação, “Mank” fortalece seus laços com a Netflix, onde todas as suas parcerias foram bem-sucedidas, como as séries “House of Cards”, “Mindhunter” e “Love, Death + Robots”.
The Terror: Espectro assombra famílias japonesas em novo trailer da 2ª temporada
O canal pago americano AMC divulgou um novo trailer da 2ª temporada de “The Terror”. Originalmente uma minissérie, a atração virou uma série de antologia ao ser renovada, contando uma história de terror diferente por temporada. O segundo arco é ambientado na época da 2ª Guerra Mundial e mostra um espectro misterioso que ameaça uma comunidade nipo-americana do sul da Califórnia. A história também denuncia os campos de concentração criados para deter imigrantes japoneses nos Estados Unidos da época. A trama se passa num desses locais, onde não há como escapar da assombração. O elenco destaca George Takei (o Sr. Sulu da “Star Trek” original), Derek Mio (“Greek”), Miki Ishikawa (“No Ritmo da Paixão”), Naoko Mori (“Evereste”), Yuki Morita (“Godzilla”), James Saito (“Altered Carbon”), Kiki Sukezane (“Perdidos no Espaço”), Eiji Inoue (“The Silk Road”) e outros. A nova história foi desenvolvida por Alexander Woo (roteirista da série “True Blood”) em parceria com Max Borenstein (“Godzilla”). Novamente com 10 episódios, produção do cineasta Ridley Scott (“Todo o Dinheiro do Mundo”) e o título completo de “The Terror: Infamy”, a 2ª temporada vai estrear em 12 de agosto nos Estados Unidos.
The Terror: Trailer da 2ª temporada traz campo de concentração assombrado
O canal pago americano AMC divulgou fotos e o trailer da 2ª temporada de “The Terror”. Originalmente uma minissérie, a atração virou uma série de antologia ao ser renovada, contando uma história de terror diferente por temporada. O segundo arco é ambientado na época da 2ª Guerra Mundial e mostra um espectro misterioso que ameaça uma comunidade nipo-americana do sul da Califórnia. A história também denuncia os campos de concentração criados para deter imigrantes japoneses nos Estados Unidos da época. A trama se passa num desses locais, onde não há como escapar da assombração. O elenco destaca George Takei (o Sr. Sulu da “Star Trek” original), Derek Mio (“Greek”), Miki Ishikawa (“No Ritmo da Paixão”), Naoko Mori (“Evereste”), Yuki Morita (“Godzilla”), James Saito (“Altered Carbon”), Kiki Sukezane (“Perdidos no Espaço”), Eiji Inoue (“The Silk Road”) e outros. A nova história foi desenvolvida por Alexander Woo (roteirista da série “True Blood”) em parceria com Max Borenstein (“Godzilla”). Novamente com 10 episódios, produção do cineasta Ridley Scott (“Todo o Dinheiro do Mundo”) e o título completo de “The Terror: Infamy”, a 2ª temporada deve estrear em 12 de agosto nos Estados Unidos.
Bradley Cooper negocia estrelar o próximo filme de Guillermo Del Toro
O ator Bradley Cooper (“Nasce uma Estrela”) está em negociações avançadas para estrelar o próximo filme do cineasta mexicano Guillermo Del Toro (“A Forma da Água”). Ele entraria no lugar de Leonardo DiCaprio (“Era uma Vez em Hollywood”), que também iniciou discussões – em abril passado – , mas não assinou contrato. O projeto é adaptação do livro “Nightmare Alley”, de William Lindsey Graham, publicado em 1946 e que já foi transformado num clássico do cinema noir, batizado no Brasil como “O Beco das Almas Perdidas” (1947). A trama é cheia de reviravoltas. Acompanha um vigarista (Tyrone Power, em 1947) que entra num circo para aprender os truques de uma falsa vidente (Joan Blondell). Como ela se recusa a contar seus segredos, ele decide fragilizá-la, tornando-a viúva. Mas acaba se envolvendo com uma jovem assistente (Coleen Gray) e é expulso do circo. Mesmo assim, segue em frente com o golpe de vidente, até conhecer uma psicóloga pilantra (Helen Walker) que grava as confissões de seus pacientes. E aí percebe que pode tornar seu truque ainda mais convincente e extorquir uma clientela exclusiva com estas informações. O final é extremamente sombrio. Além de dirigir e produzir, Del Toro assina o roteiro com Kim Morgan (“O Quarto Proibido”). Com produção do estúdio Fox Searchlight, o mesmo de “A Forma da Água”, que agora é da Disney, “Nightmare Alley” ainda não tem uma data de estreia definida.
Peggy Stewart (1923 – 2019)
A atriz Peggy Stewart, que atuou em mais de 30 westerns do antigo estúdio Republic Pictures, nos anos 1940 e 1950, e foi presença constante na TV até recentemente, morreu em 29 de maio aos 95 anos. A notícia foi divulgada somente agora por sua família. Nascida Peggy O’Rourke em 5 de junho de 1923, em Palm Beach, Flórida, Stewart estava de férias com a família na Califórnia quando conheceu o ator Henry O’Neill, que convenceu a Paramount a escalá-la no papel da filha adolescente de Joel McCrea e Frances Dee em “Uma Nação em Marcha” (Wells Fargo, 1937). Ela seguiu carreira em pequenos papéis em filmes como “Idade Perigosa” (1938), com Deanna Durbin, e o clássico “Tudo Isto e o Céu Também” (1940), com Bette Davis, e após 15 figurações assinou contrato com a Republic para virar estrela. O contrato impulsionou sua carreira, mas também teve impacto em sua vida pessoal. Ela se casou em 1940 com Don “Red” Barry, o primeiro intérprete do cowboy dos quadrinhos Red Rider no cinema. E a crise se instalou quando ela virou coadjuvante feminina nos novos filmes do personagem em 1944. O problema era que seu marido, estrela do seriado original do personagem de 1940, foi substituído por “Wild” Bill Elliott como protagonista de uma nova leva de longa-metragens. O casamento acabou na mesma data. Mas Peggy Stewart tornou-se conhecida em uma dezena de filmes do herói ruivo. Além dos muitos filmes de Red Rider, a Republic a escalou em parcerias com alguns de seus cowboys famosos, como Allan Lane, Sunset Carson e até os cantores Gene Autry e Roy Rogers, sem esquecer de sete seriados de aventura do Velho Oeste que ela estrelou para o estúdio. Um detalhe muito interessante é que ela não era uma mocinha típica, ao estilo das donzelas em perigo da época. Suas personagens geralmente mostravam fibra e eram capazes de vencer tiroteios. Várias fotos de publicidade de sua juventude a retrataram de arma em punho. Quando seu contrato se encerrou nos anos 1950, Peggy migrou para a televisão, aparecendo, claro, em séries de faroeste, a começar por participações nos programas de seu ex-colegas da Republic, “The Gene Autry Show”, em 1950, e “The Roy Rogers Show”, em 1952. A lista se tornou enorme, com as séries de “Cisco Kid”, “Wyatt Earp”, “Gunsmoke”, “Daniel Boone”, “Paladino do Oeste”, etc. Até que o Velho Oeste, como gênero, tornou-se realmente velho e antiquado, substituído por novos ciclos. Longe disso significar uma estagnação em sua carreira, apenas mostrou sua versatilidade, tornando-a uma presença ubíqua nas produções televisivas por décadas a fio. A amplitude de sua carreira na telinha inclui um episódio clássico de “Além da Imaginação”, de 1961, inúmeras séries policiais dos anos 1970, e até um dos capítulos mais icônicos de “Seinfeld”, como a tia de uma namorada de George Costanza (Jason Alexander), em 1993. Também apareceu em “Barrados no Baile”, “Weeds”, “Justified” e retratou a avó de Pam Beesly (Jenna Fischer) em dois capítulos de “The Office”. Incansável, Peggy ainda continuou fazendo cinema. Entre seus papéis de “vovó” mais recentes, incluem-se a biografia roqueira “Runaways: Garotas do Rock” (2010) e a comédia “Este É o Meu Garoto” (2012), estrelada por Adam Sandler e Andy Samberg. Seu último trabalho foi uma participação na série “Getting On”, em 2014, quando completou 90 anos.
Allene Roberts (1928 – 2019)
A atriz Allene Roberts, que se destacou em clássicos do cinema noir, morreu na quinta-feira (9/5) em Huntsville, Alabama, aos 90 anos de idade. Roberts nasceu em 1 de setembro de 1928, em um subúrbio de Birmingham, Alabama. Sua mãe era dona de casa e seu pai era um eletricista que morreu de um ataque cardíaco quando ela era jovem. Sua carreira de atriz começou após uma foto enviada por sua tia derrotar cerca de 85 mil competidores num concurso para eleger “A Criança mais Charmosa da América”. Entre os prêmios, estava um teste de tela na Warner Bros. Ela não foi aprovada. Mesmo assim, ficou na Califórnia, aos 15 anos, matriculando-se numa escola de teatro por dois anos, enquanto trabalhava como recepcionista e sua mãe costurava figurinos na Fox. Numa visita ao local de trabalho da mãe, chamou atenção do produtor Sol Lesser, que levou a jovem e sua mãe para almoçar. Do encontro, saiu seu primeiro papel. E não foi pequeno. Aos 17 anos, ela viveu a filha adotiva de Edward G. Robinson no clássico “A Casa Vermelha” (1947), de Delmer Daves, um suspense noir. Sua personagem era responsável por conduzir a trama, por meio da descoberta de uma casa abandonada, misteriosa e sinistra, relacionada a seu passado. O papel lhe deu fama instantânea e lhe rendeu convites para estrelar outros filmes noir, como “O Signo de Aries” (1948), de John Sturges, e “O Crime não Compensa” (1949), do mestre Nicholas Ray, em que foi selecionada pessoalmente pelo astro Humphrey Bogart, que além de estrelar produziu o longa. Essa fase noir se completa com “Rastro Sangrento” (1950), de Rudolph Maté, em que ela viveu a filha sequestrada de um empresário, e o “Degenerado” (1952). Ela também se destacou no drama “Michael O’Halloran” (1948), de John Rawlins, como uma deficiente apaixonada por um jovem jornaleiro, meteu-se na selva de biquíni com “Bomba e a Pantera Negra” (1949) e virou filha de Randolph Scott no western “Santa Fé” (1951). Mas, ao atingir 24 anos, deixou de ser chamada para bons papéis, iniciando então sua carreira televisiva, que foi igualmente curta. Ela apareceu em diversas séries entre 1952 e 1957, entre elas as clássicas “Dragnet” (em seis episódios) e “As Aventuras de Superman” (três episódios). Sua carreira durou exatamente dez anos. Mas poderia ter outro rumo, caso ela não recusasse vários papéis que considerava imorais – como a solteira grávida de “Not Wanted” (1949), dirigido pela atriz Ida Lupino. Bastante religiosa, a atriz doava 10% de seus ganhos para a igreja batista de sua cidade natal e, ao conhecer o farmacêutico Robert Cochran, abandonou Hollywood para se casar e ter filhos. Ela ficou casada até a morte do marido em 1989. Teve quatro filhos, oito netos e cinco bisnetos.
Criadores de The Marvelous Mrs. Maisel desenvolvem série sobre artistas abstratas do século 20
Os roteiristas-produtores Amy Sherman-Palladino e Daniel Palladino, casal criador de “The Marvelous Mrs. Maisel”, estão trabalhando em uma série dramática sobre as maiores artistas do expressionismo abstrato do século 20. Em desenvolvimento para a Amazon, a produção é baseada no livro “Ninth Street Women”, de Mary Gabriel, que acompanha a jornada de Elaine de Kooning, Grace Hartigan, Joan Mitchell, Helen Frankenthaler e Lee Krasner em busca de espaço no meio artístico norte-americano no período pós-2ª Guerra Mundial. A série também deverá se chamar “Ninth Street Women” e retratará como esse grupo de mulheres extremamente talentosas ousaram invadir um espaço considerado masculino, mudando cultura e sociedade ao desafiar o machismo com a ideia de que mulheres podem ser mais que musas nas galerias de artes. A autora Mary Gabriel será consultora da produção. O livro original foi considerado um dos 10 melhores lançamentos de não-ficção do ano passado pela revista Time e um dos principais livros da lista de 2018 do jornal The New York Times. Ainda em fase inicial, a série ainda não tem previsão de estreia.










