Diretor de Mogli vai filmar remake “com atores” de O Rei Leão
Depois do sucesso de “Mogli, O Menino Lobo”, Jon Favreau vai comandar outro remake de um clássico animado da Disney: “O Rei Leão”. Assim como no filme anterior, a nova adaptação será um longa de “live-action”, ou seja, com “atores reais” — ainda que, neste caso, o conceito seja atípico, já que a trama original de “O Rei Leão” não conta com nenhum ser humano. Em comunicado, a Disney afirmou que o novo projeto é mais uma adição à lista de longas que “reimaginam os seus clássicos para um público contemporâneo”, como “Alice no País das Maravilhas” (2010), “Malévola” (2014) e “Cinderela” (2015), além do próprio “Mogli”, cuja continuação já está sendo produzida. Favreau também dirigiu o primeiro “O Homem de Ferro” (2008), que lançou o estúdio Marvel como um dos mais bem-sucedidos da atualidade, despertando, por coincidência, o interessa da própria Disney – que comprou a Marvel em 2009. Sua versão de “Mogli” é um dos maiores sucesso do ano, com US$ 965 milhões de bilheteria mundial. É provável que seu “O Rei Leão” se utilize da mesma tecnologia de captura de performance e animação computadorizada de “Mogli”, responsável pela criação de animais bastante realistas na produção, ainda que falantes, como é o caso da história do leão Simba. Outra alternativa seria a via teatral, de colocar atores fantasiados como no musical da Broadway baseado na animação. Por sinal, o musical “O Rei Leão” foi um dos maiores sucessos da Broadway dos últimos anos. O filme “live action” ainda não tem previsão de estreia.
Diretor de Annie vai filmar o clássico infantil Peter Rabbit com atores
Outro personagem clássico da literatura infantil, “Peter Rabbit” vai ganhar uma versão para os cinemas. Assim como o projeto de “George, o Curioso”, a produção pretende mesclar atores reais e animação computadorizada. Segundo o site da revista Variety, a adaptação será dirigido por Will Gluck (“Annie”) e estrelada por James Corden (“Caminhos da Floresta”) e Rose Byrne (“Vizinhos”). Corden não aparecerá no longa, trabalhando como dublador do personagem principal, enquanto Rose Byrne não teve o papel divulgado. Personagem de vários livros da escritora inglesa Beatrix Potter, o coelho que usa roupas surgiu em “O Conto de Peter Rabbit”, publicado em 1902, no qual desobedecia sua mãe para aprontar no jardim do Sr. McGregor, comendo vários cenouras até ser visto e perseguido, acabando doente ao perder um sapato e o casaco na perseguição. A trama do filme será justamente focada na rivalidade entre Peter Rabbit e o Sr. McGregor. O roteiro foi escrito por Rob Lieber e está sendo atualmente revisado por Gluck. Será a primeira vez que “Peter Rabbit” ganhará um filme, mas o personagem já teve algumas adaptações para o palco e a televisão. Além de uma série animada britânica dos anos 1990, exibida no Brasil pela TV Cultura, ele pode ser visto atualmente numa série criada por computação gráfica no canal pago Nickelodeon. O filme, por sua vez, tem lançamento marcado para março de 2018.
BoJack Horseman é renovada para sua 4ª temporada
O Netflix anunciou a renovação da série de animação “BoJack Horseman” para sua 4ª temporada. A notícia foi compartilhada por meio da conta oficial do programa no Twitter, com direito a ressaca na comemoração, conforme revela a arte criada para a divulgação (acima). A 3ª temporada acaba de estrear no serviço de streaming, disponibilizada em 22 de julho, e repetiu o sucesso instantâneo das anteriores. Criada por Raphael Bob-Waksberg, a produção gira em torno de um cavalo falante mal-humorado, que luta para se manter como celebridade. BoJack costumava ser o astro de uma sitcom, mas após reclamar muito da vida após sumir da TV, ganhou nos últimos episódios uma nova chance de fazer sucesso com uma volta triunfal a Hollywood. O ator Will Arnett (série “Up All Night”) dá voz ao personagem principal, e o bom elenco de dubladores ainda conta com Amy Sedaris (série “Alpha House”) como uma gata falante, Alison Brie (série “Community”) como uma garota que namora um cachorro (literalmente) e Aaron Paul (série “Breaking Bad”) como o melhor amigo humano do protagonista. Ainda não há previsão para a estreia da 4ª temporada.
BoJack Horseman: Veja o trailer animado da 3ª temporada
O serviço de streaming Netflix divulgou o trailer da 3ª temporada de “BoJack Horseman”, série animada sobre um cavalo falante mal-humorado, que luta para se manter como celebridade. BoJack costumava ser o astro de uma sitcom, mas após sumir da TV e amargar a vida de ex-celebridade, ganhou na última temporada uma nova chance de fazer sucesso com um retorno a Hollywood. A prévia mostra como essa reviravolta afeta a vida do personagem, que ao voltar às telas e capas de revistas desenvolve uma nova obsessão: falar sobre o Oscar. O ator Will Arnett (série “Up All Night”) dá voz ao personagem principal, e o bom elenco de dubladores ainda conta com Amy Sedaris (série “Alpha House”) como uma gata falante, Alison Brie (série “Community”) como uma garota que namora um cachorro (literalmente) e Aaron Paul (série “Breaking Bad”) como o melhor amigo humano do protagonista. A 3ª temporada estreia em 22 de julho.
BoJack Horseman: Teaser anuncia a estreia da 3ª temporada
O serviço de streaming Netflix divulgou o primeiro teaser da 3ª temporada de “BoJack Horseman”, série animada sobre um cavalo falante mal-humorado, que já teve seus dias de celebridade. A prévia tem a função de anunciar a data de estreia dos novos episódios e é acompanhada por diversos elogios da crítica, até o protagonista fazer um comentário cavalar a respeito dos críticos em geral, desdenhando suas opiniões. BoJack costumava ser o astro de uma sitcom, mas após sumir da TV precisa se ajustar à vida de ex-celebridade. Na última temporada, porém, ele tem a chance de dar a volta por cima com um retorno a Hollywood. O ator Will Arnett (série “Up All Night”) dá voz ao personagem principal e o elenco de dubladores ainda conta com Amy Sedaris (série “Alpha House”) como uma gata falante, Alison Brie (série “Community”) como uma garota que namora um cachorro (literalmente) e Aaron Paul (série “Breaking Bad”) como o melhor amigo humano do protagonista. A 3ª temporada estreia em 22 de julho.
Downward Dog: Série de comédia sobre um cachorro deprimido ganha trailer
A rede ABC divulgou o primeiro trailer completo de “Downward Dog”, série de comédia aprovada para a próxima temporada. A atração é uma adaptação da webserie de mesmo nome, criada pela dupla Samm Hodges e Michael Killen (que trabalharam juntos no curta animado “Illusions”), que tem um cachorro como personagem principal. Mas se a ideia parece mesmo coisa de vídeos do YouTube, a premissa também evoca a vindoura animação “Pets – A Vida Secreta dos Bichos”. E uma vez que prévia seja vista, todos o cinismo derrete num poço de lágrimas, risos e fofura. Ao contrário de “Wilbur”, sobre um cachorro falante (na verdade, um ator vestido de cachorro) malvado, o protagonista de “Downward Dog” apenas pensa em voz alta (voz de Hodges), refletindo seu tédio e depressão como um cachorro doméstico e imaginando a vida glamourosa de sua dona (Allison Tolman, da série “Fargo”). O contraponto é oferecido pelo cotidiano real depressivo da mulher, que tem na interação com seu bicho de estimação o ponto alto de seu dia. A trama se complica quando a relação vira um triângulo, com a chegada de um rapaz (Lucas Neff, da série “Raising Hope”), ex-namorado da mulher, que tenta reconquistá-la. A série vai estrear na midseason, entre janeiro e março, nos EUA.
Downward Dog: Série de comédia com atriz de Fargo ganha primeiro comercial
A rede ABC divulgou uma foto e o primeiro comercial de “Downward Dog”, série de comédia que teve sua produção aprovada para a próxima temporada. A atração é uma adaptação da webserie de mesmo nome, criada pela dupla Samm Hodges e Michael Killen (que trabalharam juntos no curta animado “Illusions”), que tem um cachorro como personagem principal. A trama gira em torno de Nan (Allison Tolman, da série “Fargo”) e sua relação com seu cachorro Martin (voz de Hodges), narrada pelo ponto de vista do animal, que tem um comportamento destrutivo e controlador. A atenção que Nan dispensa a Martin sofre concorrência do musicista e bartender Jason (Lucas Neff, da série “Raising Hope”), ex-namorado da mulher, que tenta reconquistá-la.
Zootopia marca evolução da Disney sob influência da Pixar
“Zootopia – Essa Cidade é o Bicho” não é só uma animação bastante ousada. Ela diz respeito ao futuro da Disney Animation. É o ponto de chegada de uma longa evolução iniciada há uma década, desde que a Disney comprou os estúdios Pixar em 2006. É nítida a ambição por trás de sua produção, que vai além da concepção da cidade dos animais falantes, que já existia na Disney desde Patópolis. Ela brinca com os filmes policiais hollywoodianos, clássicos noir e até mesmo com as famosas produções de horror de Val Lewton. O apuro do estúdio na adaptação dos bichos, que são apresentados ao longo da trama, também salta aos olhos. Ao ganharem características antropomórficas, eles não perdem suas dimensões e natureza originais. Assim, quando o filme mostra a coelha policial Judy em meio a um bando de rinocerontes, o público logo percebe o quão pequenina ela é naquele espaço de brutamontes. Há, ainda, uma questão curiosa envolvendo o Prefeito, que é um leão, e a Vice-Prefeita, uma ovelha. A situação é mais que delicada do ponto de vista político, servindo de metáfora de fácil identificação. Assim como é clara a analogia feita entre os serviços públicos e a participação de Flecha, o simpático bicho-preguiça que trabalha numa espécie de DETRAN de Zootopia. Uma pena que esta cena tenha sido antecipada, praticamente de forma integral, pelos trailers e vídeos de divulgação, prejudicando, assim, a sequência mais engraçada do filme. O fato é que a riqueza de detalhes chama, inicialmente, mais atenção que a própria trama central, focada na investigação do desaparecimento de alguns habitantes de Zootopia. Mas isso logo muda, conforme a policial Judy e seu assistente relutante, o raposo malandro Nick, descobrem o destino dos desaparecidos, permitindo vislumbrar o quanto a trama é audaciosa. Só que demora um pouco para que Judy e Nick, antes inimigos, depois amigos, descubram o tal segredo, e isso prejudica o andamento da narrativa. O ritmo fica a reboque do relacionamento da dupla de protagonistas, com o objetivo de privilegiar sua aproximação. Mas é criativa a forma como o roteiro consegue torná-los até mesmo mais do que simples amigos. De fato, “Zootopia”, dos diretores Byron Howard (“Bolt: Supercão”) e Rich Moore (“Detona Ralph”), não é uma obra qualquer dentro da filmografia de animações da Disney. Dentro do contexto histórico do estúdio, ela parece mais uma produção da Pixar do que os desenhos de animais falantes que deram fama ao estúdio do Mickey Mouse. Apesar do fenômeno popular de “Frozen – Uma Aventura Congelante” (2013) provar a consistência da fórmula clássica dos contos de fadas com princesas e canções, não é de hoje que a Disney cobiça o estilo da Pixar, o pequeno estúdio de efeitos digitais que Steve Jobs ajudou a transformar numa revolução cultural, e que foi incorporado ao império do Mickey por US$ 7,4 bilhões. Desde pelo menos “A Família do Futuro” (2007), o velho estúdio dá passos firmes para adotar a computação gráfica de animação tridimensional, em substituição aos desenhos tradicionais de duas dimensões que fizeram sua fama. E a cada nova tentativa tem aperfeiçoado esse projeto, passando por “Bolt: Supercão” (2008), “Detona Ralph” (2012) e o vencedor do Oscar “Operação Big Hero” (2014), que deu o impulso definitivo nessa arrancada. O que estes filmes tem em comum, além da computação gráfica, é o nome de seu produtor executivo. “A Família do Futuro” foi o primeiro lançamento da Disney sob supervisão do novo chefe do departamento de animação do estúdio, John Lasseter, o diretor de “Toy Story” (1995), por sua vez primeiro sucesso da Pixar. Com a incorporação da empresa de Steve Jobs, Lasseter virou o executivo-chefe da Disney Animation. E sua influência tem ajudado a deixar o estúdio clássico cada vez mais parecido com a Pixar. A outra via também tem sido observada, por meio de lançamentos como “Valente” (2012) e “O Bom Dinossauro”, produções com mais cara de Mickey do que “Toy Story”. Claro que os executivos têm todo o direito de tentar mudar e experimentar. E devem mesmo progredir, para que não fiquem presos no tempo. Mas até que ponto essa modernização pode custar a identidade de uma marca tão forte quanto a Disney Animation? O sucesso de “Zootopia” pode representar o fim de uma era, aumentando os argumentos em prol da sinergia entre os dois estúdios. Trata-se do maior indício já visto de uma nova entidade cinematográfica em desenvolvimento, com cabeça computadorizada e garras de rato animado. Se isto é bom ou ruim, só o futuro dirá.






