Filmes online: As melhores estreias pra ver em casa
A programação de estreias online da semana traz vários filmes inéditos nos cinemas. Isto geralmente significa que são obras do circuito alternativo, com perfil de festival internacional. No clima do mês do orgulho LGBTQIAP+, os destaques são dois dramas de época que lidam com o “amor proibido” entre duas mulheres. Vencedor do Leão Queer do último Festival de Veneza, “Um Fascinante Novo Mundo” é ambientado na época dos pioneiros do século 19, que viajavam ao interior dos EUA com sonhos de virar fazendeiros e começar novas comunidades. Dirigido pela norueguesa Mona Fastvold (“O Sonâmbulo”), acompanha Katherine Waterston (“Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindenwald”), mulher de um desses fazendeiros, que se apaixona lentamente, mas fortemente, quando Vanessa Kirby (“Missão: Impossível – Efeito Fallout”) se muda com seu marido para a vizinhança, acabando com sua solidão naquele fim de mundo congelante. Do diretor britânico Francis Lee (“O Reino de Deus”), “Amonite” (em inglês com um “M” a mais) se passa na mesma época e aborda fatos supostamente reais da vida da paleontóloga Mary Anning, vivida por Kate Winslet (“Mare of Easttown”). Na trama, um geólogo aristocrata preocupado com a melancolia de sua jovem esposa pede para a pioneira, mas ainda não reconhecida paleontóloga, ocupá-la com trabalho. A esposa é a geóloga Charlotte Murchison, papel de Saoirse Ronan (“Adoráveis Mulheres”). Relutante, a paupérrima Anning aceita a mulher como assistente, e entre a coleta de fósseis à beira-mar e os passeios na praia, aos poucos as duas deixam de lado as diferenças sociais para aprofundar laços, até despertarem uma paixão. As duas atrizes venceram o prêmio do Círculo das Críticas Femininas dos EUA como melhor casal do ano. A lista segue dramática e até experimental com outras opções premiadas, mas também oferece duas oportunidades para rir à toa. Entre os melhores exemplares recentes do bom humor nacional, “O Auto da Boa Mentira” é uma antologia de José Eduardo Belmonte (“Carcereiros – O Filme”) com grande elenco dedicada à obra do escritor Ariano Suassuna (“O Auto da Compadecida”), enquanto a comédia inédita “Como Hacker Seu Chefe”, de Fabrício Bittar (“Os Exterminadores do Além Contra a Loira do Banheiro”), aproveita o isolamento da pandemia para originar o primeiro filme brasileiro do nascente gênero “screen life”, em que a trama se passa inteira nas telas de computadores. Ambos são divertidos – e o segundo é francamente inovador – , ao contrário da opção mais marketada da semana, “Carnaval”, fora da lista. Ironicamente, até este filme fraquíssimo (que não entrou no Top 10 semanal) tem um lado positivo, ao servir de lição para a turma que acha que, pra fazer sucesso, o cinema brasileiro só precisa reciclar fórmulas americanas. É que a distribuição internacional da Netflix fez a crítica americana se manifestar sobre este “Viagem das Garotas brasileiro” estrelado por “influencers” e o resultado são adjetivos que a imprensa nacional muitas vezes receia publicar – “exagerado”, “superficial”, “sem charme”, etc. Confira abaixo nossa seleção (com os trailers) das 10 melhores opções de filmes disponibilizadas em streaming nesta semana. Um Fascinante Novo Mundo | EUA | Drama (Apple TV, Google Play, Microsoft Store, NOW, SKY Play, Vivo Play, YouTube Filmes) Amonite | Reino Unido | Drama (Apple TV, Looke, Microsoft Store, NOW, Sky Play, Vivo Play) A Loucura Que Nos Une | Dinamarca | Drama (Apple TV, Google Play, Looke, NOW, Vivo Play, YouTube Filmes) Preparativos para Ficarmos Juntos por Tempo Indefinido | Hungria | Drama (NOW) Kala Azar | Grécia | Drama (MUBI) A Bruxa do Amor | EUA | Comédia de Terror (Supo Mungam Plus) Como Hacker Seu Chefe | Brasil | Comédia (Apple TV, Google Play, NOW, SKY Play, Vivo Play, YouTube Filmes) O Auto da Boa Mentira | Brasil | 2021 (NOW) Inna De Yard: The Soul of Jamaica | França | Documentário (Reserva Imovision) Pretty Guardian Sailor Moon Eternal: O Filme | Japão | Animação (Netflix)
Top 10: Os melhores filmes pra ver em casa no fim de semana
O fim de semana em casa é das crianças, mas os pais também podem aproveitar os bons destaques de animação que chegam nas plataformas de streaming e VOD nesta sexta (30/4). O principal título é a produção da Sony “A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas”, que começa com uma trama típica de comédia live-action, acompanhando uma família distanciada pela tecnologia moderna e a solução radical do pai para aproximar a todos: uma longa viagem de carro pelo país. Entretanto, no meio do caminho a trama desvia pela sci-fi, máquinas ganham vida e a família em crise passa a ser a última esperança contra a destruição da humanidade. Criada pela dupla Michael Rianda e Jeff Rowe, roteiristas do divertido desenho “Gravity Falls”, a animação tem outra dupla já vencedora do Oscar na produção, Phil Lord e Christopher Miller, responsáveis por “Uma Aventura Lego” e “Homem-Aranha no Aranhaverso”. A Pixar também tem novidade: o curta “22 contra a Terra”, baseado nos personagens de “Soul”, vencedor do Oscar 2021 de Melhor Animação. A produção é um prólogo centrado na alma cética 22, que volta a ser dublada por Tina Fey em inglês. A história acontece muito antes de 22 conhecer o protagonista de “Soul”, Joe Gardner, e mostra sua tentativa de criar uma rebelião no Grande Antes. A direção é assinada por Kevin Nolting, editor de “Soul” que venceu o Eddie Award, troféu do Sindicato dos Editores, e o Annie Award, considerado o “Oscar da animação”, por seu trabalho no longa da Pixar. Ele também editou outros dois filmes de Pete Docter, diretor de “Soul” – “Up: Altas Aventuras” (2009) e “Divertida Mente” (2015), ambos igualmente vencedores do Oscar. Completa a lista animada um novo longa da DC, que celebra a era de ouro da editora ao se centrar nos super-heróis originais da Sociedade da Justiça durante a 2ª Guerra Mundial. A relação ainda tem comédia adolescente de humor deliciosamente sombrio, terror com exploração de sonhos, romance LGBTQIA+ de época com Kate Winslet e Saorsie Ronan, cinefilia japonesa, drama musicista indiano e dois thrillers, entre eles o muito marketado “Sem Remorso”, com Michael B. Jordan, que é o título mais fraco da lista – indicado apenas para fãs de pancadarias de brutamontes dos anos 1980. Confira abaixo a seleção com trailers das 10 melhores opções de filmes disponibilizadas em streaming nesta semana. A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas | EUA | 2021 (Netflix) 22 Contra a Terra | EUA | 2021 (Disney+) Sociedade da Justiça: 2ª Guerra Mundial | EUA | 2021 (Apple TV, Google Play, YouTube Filmes) Espontânea | EUA | 2021 (Apple TV, Google Play, Looke, NOW, Oi Play, Vivo Play, YouTube Filmes) Não Feche os Olhos | Canadá | 2020 (Apple TV, Google Play, NOW, Vivo Play, YouTube Filmes) Ammonite | Reino Unido | 2020 (Vivo Play) O Discípulo | Índia | 2020 (Netflix) Labyrinth of Cinema | Japão | 2019 (MUBI) O Informante | Reino Unido | 2019 (Netflix) Sem Remorso | EUA | 2021 (Amazon Prime Video)
Filmes online: Últimos lançamentos inéditos do Oscar chegam ao streaming e VOD
Pela segunda semana consecutiva, a programação de filmes online oferece uma seleção de títulos do Oscar e de filmes de monstros. Na véspera da premiação da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, chegam “Estados Unidos vs. Billie Holiday”, “Quo Vadis, Aida?” e “Pinóquio” (único exibido nos cinemas), que disputam o Oscar 2021 nas respectivas categorias de Melhor Atriz (Andra Day), Melhor Filme Internacional (da Bósnia e Herzegovina) e, no caso da fantasia do italiano Matteo Garrone, Melhor Figurino e Melhor Cabelo e Maquiagem. O longa do diretor Lee Daniels (criador da série “Empire”) se concentra no período em que a lendária artista de blues e jazz, Billie Holiday, foi alvo de uma operação de agentes federais com o objetivo de proibi-la de cantar sua famosa música de 1939, “Strange Fruit”, um protesto contra os linchamentos de negros americanos. Já a obra da cineasta Jasmila Zbanic (“Em Segredo”) denuncia o genocídio cometido por sérvios durante as guerras de independência da antiga Iugoslávia, sob o ponto de vista de uma tradutora da ONU que precisa interpretar informações de seu acesso privilegiado para decidir como salvar sua família de um massacre. Embora não seja o favorito, é o melhor filme estrangeiro do Oscar. Na relação dos monstros, o mais fraquinho é o mais popular, “Monster Hunter”, que volta a juntar Milla Jovovich e seu marido Paul W.S. Anderson numa nova adaptação de videogame após a franquia “Resident Evil”. A produção também marca a estreia internacional de Nanda Costa, cujo destino na trama fica a critério da imaginação, devido a uma monstruosa falha de continuidade. Bem mais divertido, “Uma Sombra na Nuvem” traz Chloe Grace Moretz lutando contra gremlins nos céus, à bordo de um avião bombardeiro da 2ª Guerra Mundial. E bem mais tenso, “Estranho Passageiro – Sputnik” apresenta um “Alien” russo de roer as unhas. Entre os destaques, há ainda “Passageiro Acidental”, sci-fi existencial que tem roteiro e direção do paulista Joe Penna, responsável pelo elogiado thriller de sobrevivência “Arctic” (de 2018, estrelado por Madds Mikkelsen). A nova história também é um thriller de sobrevivência, que troca o isolamento na neve pelo isolamento numa nave espacial. A trama acompanha a primeira missão tripulada à Marte e tem apenas quatro atores: Anna Kendrick (“A Escolha Perfeita”), Daniel Dae Kim (“Havaí Cinco-0”), Toni Collette (“Hereditário”) e Shamier Anderson (“Wynonna Earp”). Um deles é um clandestino encontrado à bordo após a partida da nave rumo a Marte, que acidentalmente causa graves danos aos sistemas de suporte de vida. Enfrentando recursos cada vez mais escassos e um resultado potencialmente fatal, a tripulação é forçada a tomar uma decisão impossível e considerar necessário que um morra para os demais sobreviverem. A lista também contempla um ótimo terror (“À Espreita do Mal”), um documentário musical imperdível (“Sergio Mendes no Tom da Alegria”) e o cult movie (“País da Violência”) que catapultou a carreira de Sam Levinson, o jovem filho do veterano Barry Levinson, que criou a série “Euphoria”. Confira abaixo mais detalhes destes lançamentos digitais, que compõem o Top 10 dos títulos disponíveis em streaming e VOD (locação digital) desta semana. Estados Unidos vs. Billie Holiday | EUA | 2020 (Apple TV, Amazon Prime Video) Quo Vadis, Aida? | Bósnia e Herzegovina | 2020 (Apple TV, Google Play, NOW, YouTube Filmes) Uma Sombra na Nuvem | EUA | 2021 (Telecine) Monster Hunter | EUA | 2020 (Apple TV, Google Play, NOW, Vivo Play, YouTube Filmes) Passageiro Acidental | EUA | 2021 (Netflix) Estranho Passageiro – Sputnik | Rússia | 2020 (Apple TV, Google Play, NOW, Vivo Play, YouTube Filmes) Pinóquio | Itália | 2019 (Apple TV, Google Play, NOW, Vivo Play, YouTube Filmes) À Espreita do Mal | EUA | 2019 (Netflix) País da Violência | EUA | 2018 (Netflix) Sergio Mendes no Tom da Alegria | EUA | 2020 (HBO Go)
Kate Winslet e Saorsie Ronan combinaram entre si cenas de sexo de Ammonite
A atriz Kate Winslet revelou que se entendeu pessoalmente com Saoirse Ronan para filmar, sem ajuda ou orientações do diretor, as cenas de sexo lésbico do filme “Ammonite”, que terá sua première mundial em setembro no Festival de Toronto. Combinar como fariam sexo foi uma forma que as duas encontraram para se manter seguras e trabalhar sem maiores interferências durante as filmagens. Elas interpretam, respectivamente, a paleontóloga Mary Anning e a geóloga Charlotte Murchison no longa do diretor Francis Lee (“O Reino de Deus”), que imagina um envolvimento romântico entre as duas celebradas cientistas britânicas. Celebradas atualmente, claro, porque na época, como todas as mulheres do século 19, à exceção da Rainha Vitória, eram menosprezadas pela comunidade científica masculina. As cenas de amor entre as duas têm sido descritas como quentes. Segundo a revista The Hollywood Reporter, que entrevistou as atrizes, as filmagens seriam capazes de fazer “Carol” parecer uma obra pudica. Um desses enlaces, em especial, teria teor quase explícito. “Saoirse e eu coreografamos a cena nós mesmas”, explicou a atriz, sobre a sequência mais sexual. “Acho que Saoirse e eu nos sentimos realmente seguras. Francis estava naturalmente muito nervoso. E eu apenas disse pra ele: ‘Ouça, nos vamos nos resolver’. E assim fizemos. ‘Vamos começar aqui. Faremos isso com os beijos, peitos, você vai lá embaixo, aí você faz isso, aí você sobe aqui’. Quer dizer, marcamos as batidas da cena para que fôssemos ancoradas em algo que apoiasse a narrativa. Eu me senti mais orgulhosa do que jamais senti ao fazer uma cena de amor. E me senti, de longe, a menos constrangida”, acrescentou. Já Ronan diz que as “performances são incrivelmente humanas”. As duas se conheciam apenas superficialmente antes de “Ammonite”. “Obviamente, ela é incrivelmente talentosa, mas também é alguém com quem você sente que pode se identificar, e acho que isso diz muito sobre o tipo de pessoa que ela é”, contou a atriz ao THR. Winslet acrescentou que não se preocupou com a possibilidade de ter seu corpo comparado ao de Ronan. “Tenho quase 45 anos e Saoirse tem quase metade da minha idade. É ter a oportunidade de ser meu verdadeiro eu com 40 e poucos, pós-filhos, sabe? As mulheres não têm realmente coragem de fazer isso”, considerou. Ela, inclusive, deixou se acabar um pouquinho para as filmagens, fazendo o oposto do que normalmente faria, especialmente considerando a necessidade de aparecer nua. “É assim que sou agora, e não é o corpo que eu tinha há 20 anos. E também trabalhei para manter esse tipo de peso para Mary. Há uma coragem nela, há um peso para ela. Mudei um pouco meu exercício. Eu me certifiquei de não perder peso – o que eu faço muito, na verdade, em filmes. Eu odeio falar sobre peso, mas só digo no contexto de ter sido um esforço consciente da minha parte, para realmente ter certeza de que não mudei para ficar nua. Eu fiz o oposto”, completou. Fãs de Kate Winslet devem lembrar que ela começou sua filmografia num drama sobre relacionamento lésbico, “Almas Gêmeas”. Lançado em 1994, quando a atriz tinha 19 anos, o filme foi assinado por um cineasta ainda em começo de carreira, um certo Peter Jackson (ele mesmo, da trilogia “Senhor dos Anéis”), e se tornou cultuadíssimo. O burburinho sobre sua volta à temática LGBTQIA+ vem crescendo desde que “Ammonite” foi selecionado para debutar no Festival de Cannes, que infelizmente foi cancelado devido à pandemia de covid-19. Até o momento, apenas os programadores de festivais viram a produção, tecendo muitos elogios. O trailer foi divulgado na terça (26/8) sem qualquer cena imprópria, mas muitos olhares, toques e suspiros. A trama se passa em 1840 e começa quando um geólogo aristocrata, preocupado com a melancolia de sua jovem esposa, pede para a já famosa, mas não reconhecida paleontóloga, ocupá-la com trabalho. Relutante, a paupérrima Mary Anning aceita Charlotte Murchison como assistente, e entre a coleta de fósseis à beira-mar e os passeios na praia, aos poucos as duas deixam de lado as diferenças sociais para aprofundar laços, até despertarem uma paixão. Embora as duas mulheres realmente tenham passado uma temporada trabalhando juntas, não há registros oficiais desse romance. “Ammonite” é o segundo longa escrito e dirigido por Francis Lee, que estreou em 2017 com outro longa de temática LGBTQIA+, “O Reino de Deus”. Após a première no Festival de Toronto, a expectativa do estúdio Neon é realizar um lançamento em novembro nos cinemas americanos. O filme é a aposta do estúdio ao Oscar 2021. Vale lembrar que o Neon lançou o vencedor de 2020, “Parasita”, nos EUA. Por enquanto, não há previsão para o Brasil. Se não viu o trailer antes ou deseja revê-lo, confira logo abaixo – sem legendas em português.
Ammonite: Trailer mostra Kate Winslet e Saoirse Ronan como casal apaixonado
O estúdio indie Neon divulgou o pôster e o trailer de “Ammonite”, drama de época que aborda o relacionamento de duas mulheres, vividas por Kate Winslet (“Titanic”) e Saoirse Ronan (“Adoráveis Mulheres”). A história é inspirada por fatos reais da vida da paleontóloga Mary Anning, interpretada no filme por Winslet. A trama se passa em 1840 e começa quando um geólogo aristocrata preocupado com a melancolia de sua jovem esposa pede para a pioneira, mas não reconhecida paleontóloga, ocupá-la com trabalho. A esposa é a geóloga Charlotte Murchison, papel de Ronan. Relutante, a paupérrima Anning aceita a mulher como assistente, e entre a coleta de fósseis à beira-mar e os passeios na praia, aos poucos as duas deixam de lado as diferenças sociais para aprofundar laços, até despertarem uma paixão. Embora as duas mulheres realmente tenham passado uma temporada trabalhando juntas, não há registros oficiais desse romance. O elenco da produção também inclui Fiona Shaw (“Killing Eve”), Gemma Jones (“O Diário de Bridget Jones”), Claire Rushbrook (“Homem-Aranha: Longe de Casa”) e James McArdle (“Star Wars: O Despertar da Força”). “Ammonite” é o segundo longa escrito e dirigido por Francis Lee, que estreou em 2017 com outro longa de temática LGBTQIA+, “O Reino de Deus”. O filme terá première no Festival de Toronto, em setembro, e há expectativa de um lançamento em novembro nos cinemas dos EUA. Por enquanto, não há previsão para o Brasil.
Festival de Telluride divulga relação de filmes de edição cancelada
Assim como fez o Festival de Cannes, a organização do Festival de Telluride, que aconteceria entre os dias 3 e 7 de setembro no estado do Colorado, nos Estados Unidos, anunciou a seleção dos filmes que seriam exibidos no evento, cancelado em virtude da pandemia de covid-19. Como algumas obras não foram selecionadas para outros festivais, a diretora-executiva do evento de Telluride, Julie Huntsinger, afirmou que divulgar as escolhas se tornou uma necessidade artística. Trata-se de uma reviravolta em relação ao costume dos organizadores, que até então mantinham seus títulos em segredo até a véspera das exibições. Huntsinger e sua equipe chegaram a discutir alternativas para a realização do festival de uma maneira segura, incluindo exibições ao ar livre e com distanciamento social, mas o distrito escolar local solicitou aos organizadores que suas instalações não fossem utilizadas, inviabilizando qualquer alternativa. Apesar de menos conhecido do que os festivais de Cannes, Veneza e Toronto, Telluride tem sido importante para a chamada “temporada do Oscar”, quando os estúdios apresentam seus filmes buscando criar burburinho para a premiação. Os que conseguem aprovação da crítica nestes eventos passam a estrelar campanhas de marketing ferrenhas. A repercussão em Telluride foi vital, por exemplo, para o Oscar de “O Parasita” neste ano, além de ter dado fôlego para as indicações de “Dois Papas”, até então ignorado pela crítica. Embora não seja uma mostra competitiva, com prêmios para os melhores trabalhos, o festival presta homenagens anuais a artistas, por meio do troféu Silver Medallion. Os homenageados deste ano seriam os atores Anthony Hopkins e Kate Winslet, que estariam presentes com seus novos filmes, “The Father” e “Ammonite”, respectivamente, além da diretora Chloé Zhao, que lançaria “Nomadland” (foto acima, com Frances McDormand). Confira abaixo a seleção completa de filmes da edição cancelada do Festival de Telluride. “After Love” (Reino Unido), de Aleem Khan “All In: The Fight for Democracy” (EUA), de Liz Garbus e Lisa Cortés “The Alpinist” (EUA), de Peter Mortimer e Nick Rosen “Ammonite” (Reino Unido), de Francis Lee “Andrey Tarkovsky. A Cinema Prayer” (Itália, Rússia e Suécia), de Andrey A. Tarkovsky “Apples” (Grécia, Polônia e Eslovênia), de Christos Nikou “The Automat” (EUA), de Lisa Hurwitz “The Bee Gees: How Can You Mend a Broken Heart” (EUA), de Frank Marshall “Charlatan” (República Tcheca, Irlanda, Polônia e Eslováquia), de Agnieszka Holland “Concrete Cowboy” (EUA), de Ricky Staub “Dear Mr. Brody” (EUA), de Keith Maitland “The Duke” (Reino Unido), de Roger Michell “The Father” (Reino Unido e França), de Florian Zeller “Fireball: Visitors From Darker Worlds” (EUA e Reino Unido), de Werner Herzog e Clive Oppenheimer “Ibrahim” (França), de Samir Guesmi “Mainstream” (EUA), de Gia Coppola “Mandibules” (França), de Quentin Dupieux “MLK/FBI” (EUA), de Sam Pollard “The Most Beautiful Boy in the World” (Suécia), de Kristina Lindström, Kristian Petri “Never Gonna Snow Again” (Alemanha e Polônia), de Ma?gorzata Szumowska e Micha? Englert “Nomadland” (EUA), de Chloé Zhao “Notturno” (Itália, França e Alemanha), de Gianfranco Rosi “Pray Away” (EUA), de Kristine Stolakis “There Is No Evil” (Irã e Alemanha), de Mohammad Rasoulof “To the Moon” (Irlanda), de Tadhg O’Sullivan “Torn” (EUA), de Max Lowe “The Truffle Hunters” (EUA, Itália e Grécia), de Michael Dweck e Gregory Kershaw “Truman & Tennessee: An Intimate Conversation” (EUA), de Lisa Immordino Vreeland “The Way I See It” (EUA), de Dawn Porter
Kate Winslet e Saoirse Ronan viverão romance lésbico em drama britânico de época
As atrizes Kate Winslet (“Roda Gigante”) e Saoirse Ronan (“Lady Bird”) vão viver um romance lésbico no drama britânico de época “Ammonite”. No filme, Winslet viverá a paleontóloga Mary Anning, que descobriu diversos fósseis da era jurássica no interior do Reino Unido, durante o começo do século 19, e lutou por toda sua vida para ter reconhecimento pela comunidade científica, o que só aconteceu postumamente. Como mulher de origens humildes, ela não era considerada cientista. A trama se passa em 1820 e vai mostrar seu envolvimento romântico com uma mulher londrina doente (Ronan), que ela passa a cuidar como enfermeira. A direção e o roteiro é de Francis Lee, que estreou no cinema com outra história sobre romance homossexual, “Reino de Deus”, que venceu o BIFA (British Independent Film Awards) como Melhor Filme Independente Britânico de 2017. As filmagens estão previstas para começar em março, mas ainda não há data de estreia. Vale lembrar que Winslet tornou-se conhecida por viver uma paixão lésbica arrebatadora em “Almas Gêmeas” (1994), primeiro filme de sua carreira, que foi dirigido por Peter Jackson (“O Hobbit”).






