Ryan Murphy, criador de “Dahmer”, troca Netflix por Disney
Ryan Murphy, criador de vários sucessos recentes do streaming, como “Dahmer: Um Canibal Americano” e “Bem-Vindos à Vizinhança”, decidiu deixar a Netflix após o fim do seu contrato de R$ 300 milhões. O acordo teve um período de vigência de cinco anos para Murphy desenvolver diversas produções no streaming. Sem interesse de renovar o compromisso, o megaprodutor preferiu se juntar a uma das principais concorrentes da Netflix: a Disney. De acordo com a imprensa americana, Murphy está discutindo um novo contrato com sua colega de longa data Dana Walden, que atua como co-presidente na Disney Entertainment. O site revelou que o acordo ainda não foi concluído, mas o plano é trazer Murphy de volta à FX Networks, onde ele criou “American Horror Story”, “Pose”, “Scream Queens”, “Feud” e outras produções. A Disney não quis comentar as negociações. O site The Hollywood Reporter cita a existência de conflitos entre Murphy e Ted Sarandos, diretor de conteúdo da Netflix. A tensão teria acontecido quando Murphy foi anunciado como produtor das séries “American Sports Story” e “American Love Story” na plataforma Hulu, da Disney. Apesar do encerramento do contrato na Netflix, ele vai continuar produzindo as próximas temporadas das séries que criou na plataforma, como “Dahmer: Um Canibal Americano”, que vai virar uma antologia focada em serial killers. Contrato milionário demorou a dar resultados A Netflix contratou Murphy em 2018, mesmo ano em que também fechou com Shonda Rhimes. Ambos foram roubados da Disney – Murphy da FX e Rhimes da ABC. Mas enquanto Rhimes demorou a lançar suas séries, vindo a estourar com o sucesso de “Bridgerton” e “Rainha Charlotte”, Murphy lançou rapidamente os primeiros projetos, que foram fracassos já esquecidos, como as minisséries “Hollywood” (2020), “Halston” (2021) e o filme “A Festa de Formatura” (2020). Foi apenas no ano passado, com as séries de suspense “Dahmer: Um Canibal Americano” e “Bem-Vindos à Vizinhança” que Murphy conquistou um público significativo no streaming. Apesar do alto valor, o acordo de Murphy não exigia exclusividade do escritor com a Netflix, uma vez que ele tinha vários projetos com a FX e a Fox. Dessa forma, ele continuou produzindo suas séries “American Horror Story” e “9-1-1”, que passaram a ganhar derivados – “American Horror Stories” e “9-1-1: Lone Star”. Além disso, atrações mais antigas, como “Feud”, foram recentemente reativadas.
FX vai produzir “American Sports Story” e “American Love Story”
O sucesso de “American Horror Story” e “American Crime Story” inspirou o canal pago FX a encomendar mais duas séries similares para os produtores Ryan Murphy, Brad Falchuk, Nina Jacobson e Brad Simpson. Vem aí “American Sports Story” e “American Love Story”. Os títulos são autoexplicativos. As atrações abordarão, respectivamente uma trajetória esportiva e um romance real diferente em cada um de suas temporadas, aproximando-se mais, portanto, da ideia de “história real” de “American Crime Story”. Escrito por Stu Zicherman (“The Americans”), a 1ª temporada de “ASS” será baseada no podcast “Gladiador: Aaron Hernandez e Football Inc”, do jornal Boston Globe. A série limitada vai traçar a ascensão e queda de Aaron Hernandez superastro da liga de futebol americano (NFL), que se envolveu em crimes violentos, foi preso e se suicidou, e durante sua autópsia veio à toa que seu comportamento poderia ser resultado de múltiplas pancadas recebidas na cabeça durante a carreira esportiva. A vida de Herndandez já foi abordada num documentário de “true crime” da Netflix, intitulado “A Mente do Assassino: Aaron Hernandez”. Já a 1ª temporada de “ALS” vai retratar o namoro e o casamento de John F. Kennedy Jr. e Carolyn Bessette. O que começou como uma bela união para o jovem casal, amplamente considerado como a realeza americana, começou a se desgastar sob o estresse da implacável cobertura sensacionalista dos tabloides. As pressões de suas carreiras e rumores de discórdia familiar terminaram numa morte trágica, quando seu avião particular caiu no oceano em uma noite nebulosa de verão na costa de Massachusetts. Sim, as duas histórias são tragédias. “Quando Ryan Murphy veio até nós com esses dois derivados e as histórias para ‘American Sports Story’ e ‘American Love Story’, imediatamente aproveitamos a oportunidade”, disse John Landgraf, presidente da FX, durante participação no evento semestral da TCA (Associação dos Críticos de TV dos EUA). “O que começou com ‘American Horror Story’ gerou alguns dos melhores e mais marcantes programas da nossa geração, mais notavelmente ‘American Crime Story’. Mal podemos esperar para ver o que vem a seguir.” Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por FX Networks (@fxnetworks) Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por FX Networks (@fxnetworks)

