Ewan McGregor fará filme sobre primeira escalada do Monte Evereste
O ator Ewan McGregor (“Aves de Rapina”) vai viver o famoso alpinista George Mallory em “Everest”, filme sobre a disputa para ver quem seria o primeiro a atingir o local mais alto do mundo. Mallory foi escolhido pela Sociedade Real Geográfica para fincar a bandeira do Reino Unido no topo do Evereste. Mas precisou enfrentar a concorrência do australiano George Finch. Com material precário, numa época em que sequer se utilizava tanques de oxigênio na escalada, Mallory acabou morrendo durante a escalada em 1924, mas seu destino só foi confirmado décadas depois. Seus ossos foram encontrados apenas em 1999. O filme também traz Sam Heughan (o astro de “Outlander”) no papel de Finch e Mark Strong (“Cruella”) como um dos chefes da Sociedade Real Geográfica. A produção vai começar em janeiro, no Reino Unido e na Itália, com roteiro de Sheldon Turner (“Amor sem Escalas”) e direção de Doug Liman (“Mundo em Caos”). Ainda não há previsão para a estreia.
Evereste é um filme de desastre sem surpresas
“Evereste” é aquele tipo de filme que todo mundo vai assistir sabendo o que vai encontrar. Situações limites, angústia e algum melodrama. Um produto calculado e realizado para despertar estes sentimentos em pessoas que querem passar por isso. O filme tem todos os clichês esperados do subgênero dos filmes de desastre. Estão lá o personagem irresponsável e o ultrarresponsável, os que ficam em casa e sustentam momentos piegas, além das inevitáveis decisões esdrúxulas. Na trama, um alpinista experiente transformou sua paixão em um negócio lucrativo. Jason Clarke (“O Exterminador do Futuro: Gênesis”) interpreta o dono de uma empresa especializada em conduzir escaladas pelo monte Evereste e acaba de juntar equipe e clientes para mais uma expedição. Só que uma tempestade inesperada acontece na metade da travessia, levando todos ao desespero. O elenco também inclui Jake Gyllenhall (“O Abutre”), Josh Brolin (“Os Caça-Fantasmas 3”), Keira Knightley (“O Jogo da Imitação”), Sam Worthington (“Fúria de Titãs”), John Hawkes (“As Sessões”) e Robin Wright (série “House of Cards”), entre outros. Mas isso acaba não fazendo muita diferença, porque, no meio do caos e sob camadas e mais camadas de roupa e neve, pouca gente consegue ser reconhecida. Além disso, a trama não exige grandes atuações. Poderiam ter convidado todo mundo que fez “Pânico na Floresta 13” que daria no mesmo. Mas se os clichês negativos estão presentes, há também bons momentos de tensão em travessias vertiginosas. Tanto que, para os não adeptos daquele modo de vida, é difícil entender porque alguém se sujeitaria a algo tão extremo. Outro destaque positivo do longa-metragem, a construção do Evereste e de seus perigos é impressionante. A fotografia, bastante auxiliada pelas locações, somada ao trabalho de efeitos visuais e de som, confere realismo ao filme.

