Microsoft finaliza fusão com Activision Blizzard e cria empresa gigante de games
Após enfrentar diversos obstáculos regulatórios, a Microsoft concretizou nesta sexta (13/10) sua aquisição de US$ 69 bilhões da Activision Blizzard, marcando a criação de uma empresa gigante no mundo dos videogames. Expressando gratidão pela “revisão meticulosa e decisão”, a Microsoft sustenta que a combinação das empresas “beneficiará os jogadores e a indústria de jogos mundialmente”, nas palavras do presidente Brad Smith. Aquisição histórica A Microsoft, com seu histórico de aquisições, protagoniza com o negócio com a Activision Blizzard sua maior compra até o momento, sendo também o maior negócio de fusões e aquisições de empresas desde que a AOL adquiriu a Time Warner há mais de duas décadas. A aquisição desencadeou análises antitruste em várias partes do mundo, justamente no momento em que a Activision Blizzard tomava medidas para enfrentar alegações de má conduta sexual e assédio dentro da empresa. Embora a Microsoft já fosse um player de sucesso no mercado de consoles de videogame, a união com a Activision Blizzard, uma das principais criadoras de conteúdo do setor, conhecida por franquias de sucesso como “Call of Duty”, “World of Warcraft” e “Overwatch”, representa um salto significativo para a empresa, que passa a combinar as operações do Xbox com as ofertas diversificadas e a base de jogadores estabelecida da Activision Blizzard. Os obstáculos superados A aquisição encontrou muita resistência internacional e só foi confirmada poucas horas depois de o principal órgão de vigilância da concorrência do Reino Unido dar seu aval. A principal preocupação era que a fusão pudesse resultar em práticas anticompetitivas no mercado de jogos, particularmente no emergente mercado de jogos em nuvem. As autoridades temiam que a união das duas gigantes pudesse limitar a concorrência, uma vez que a Microsoft já tem uma presença significativa com seu console Xbox e o serviço de jogos em nuvem, o Xbox Cloud Gaming. O receio era que a Microsoft pudesse restringir o acesso dos jogadores a certos títulos ou serviços, ou ainda que poderia haver um aumento nos preços dos jogos e serviços relacionados, prejudicando os consumidores. Nos Estados Unidos, a Comissão Federal de Comércio (FTC) chegou a apreciar uma ação judicial para bloquear o negócio, com a alegação de que poderia haver um efeito adverso sobre a concorrência. No entanto, um juiz acabou decidindo a favor da Microsoft e da Activision Blizzard, permitindo que as empresas prosseguissem com a fusão. A aprovação final da aquisição, apesar dos obstáculos, pode ser vista como um sinal de que, embora as autoridades estejam cada vez mais atentas aos possíveis efeitos anticompetitivos de grandes fusões, ainda há espaço para negócios de grande escala no setor de tecnologia e jogos. Entretanto, a FTC anunciou vai apelar da decisão judicial sobre a transação. Um porta-voz da FTC disse: “Continuamos focados no processo de apelação federal, apesar de Microsoft e Activision concluírem seu negócio antes de uma audiência de apelação agendada para dezembro”.
Microsoft estaria considerando comprar a Netflix
Envolvida com a aquisição da desenvolvedora de jogos Activision Blizzard, a Microsoft pode estar pensando em outras alternativas de investimento, caso a compra não seja aprovada pelos órgãos de fiscalização econômica dos EUA e Europa. Uma das opções reais seria simplesmente comprar a Netflix. Os rumores surgiram após a inclusão de anúncios nos planos básicos do streaming. A Microsoft é a parceira comercial da plataforma nessa incursão pela publicidade. Além disso, embora a Netflix seja voltada a filmes e séries, a plataforma também possui seu segmento de jogos, o que poderia impulsionar ainda mais o streaming do Xbox. Segundo a agência de notícias Reuters, a aquisição entrou em pauta por influência da chefe-executiva Satya Nadella, que já fechou parcerias anteriores para a área de games da Microsoft. “[A compra da plataforma] faria sentido estratégico e provavelmente seria mais fácil de vender em Washington e em Bruxelas”, declarou, referindo-se às cedes dos governos dos EUA e da União Europeia. Além do mais, a aquisição da Netflix seria uma forma de expandir ainda mais o mercado de consoles e PC, já que a plataforma do xCloud possui um público bastante segmentado. Outra peça fundamental para a suposta compra seria a participação de Brad Smith, o atual presidente da Microsoft e do Xbox, no conselho da Netflix, o que tem alimentado ainda mais os rumores. Pelas redes sociais, os internautas esboçaram dúvidas sobre as supostas vantagens desse negócio. “A Netflix tem triunfado porque se concentram apenas em seu produto, já a Microsoft quer atingir diversos setores e acaba descuidando da maioria deles”, declarou um usuário do Twitter. “Eu diria que é uma salvação [para a Netflix], porque agora estão indo muito mal. Para 2023, não vão melhorar sua situação com as novas mudanças”, rebateu outra. De acordo com a colunista Jennifer Saba, da Reuters, ainda não há evidências reais de qualquer negociação entre as empresas. Enquanto isso, a Microsoft deve continuar lutando para obter a aprovação de compra da Activision Blizzard, que tem enfrentado dificuldades por preocupação de monopólio, ao juntar uma fabricante de console com uma das maiores marcas de conteúdo de games.
Diretor de Sicario 2 negocia filmar o game Call of Duty
A Activision Blizzard Studios, nova divisão cinematográfica da popular empresa de jogos Activision Blizzard, está desenvolvendo um filme baseado no popular game “Call of Duty” e, segundo o site da revista Variety, já teria um diretor em vista. O diretor italiano Stefano Sollima, de “Suburra” e do vindouro “Sicario 2: Soldado”, estaria em negociações para dirigir a adaptação do videogame. Procurada para confirmar, a Activision Blizzard não quis comentar. A produção já tem roteiro. Foi escrito por Kieran Fitzgerald, dos filmes “Dívida de Honra” (2014) e “Snowden: Herói ou Traidor” (2016). Os detalhes do enredo estão em segredo, mas quando a produtora Stacey Sher (produtora de “Django Livre” e “Os Oito Odiados”) assumiu o comando do Activision Blizzard Studios, mencionou planos para transformar o jogo em um universo cinematográfico que poderia rivalizar com Marvel ou DC. O filme está atualmente sem um distribuidor.
Skylanders Academy: Série animada baseada em videogame ganha primeiro trailer dublado
A Netflix divulgou o trailer dublado da sua nova série animada “Skylanders Academy”. Baseada na franquia de jogos desenvolvida pela Activision Blizzard, a série acompanha as aventuras heroicas de Spyro, Eruptor, Stealth, Elf, Jet-Vac e Pop Fizz, que protegem o vasto universo de Skylands do mal. “Skylanders Academy” é a primeira série animada desenvolvida pela Activision Blizzard Studios. Escrita e dirigida por Eric Rogers (série “Futurama”), a série conta com as vozes originais de Justin Long (“Amor à Distância”) como Spyro, Ashley Tisdale (“High School Musical”) como Stealth Elf, Jonathan Banks (série “Better Call Saul”) como Eruptor e Norm MacDonald (programa “Saturday Night Live”) como Glumshanks. Mas a prévia traz vozes brasileiras. Portanto, o público nacional também não notará que a animação ainda inclui participações de Susan Sarandon (“A Intrometida”), Daniel Wu (série “Into the Badlands”), Parker Posey (“O Homem Irracional”), e o roqueiro James Hetfield, do Metallica, entre outros. A 1ª temporada tem 12 episódios e estreia no dia 28 de outubro.



