Emma Stone, Denzel Washington e Netflix vencem o SAG Awards 2017
O Sindicato dos Atores dos Estados Unidos (SAG, na sigla em inglês) realizou neste domingo (29/1) a edição anual de sua premiação, e apesar de confirmar o favoritismo de “La La Land” no Oscar 2017, com a vitória de Emma Stone como Melhor Atriz, o resultado surpreendeu por algumas escolhas inesperadas. Uma espécie de onda afirmativa, de integração racial, passou como um tsunami sobre o evento, distribuindo quatro de seus cinco troféus de cinema para atores negros. Com isso, Casey Affleck, que vinha ganhando todos os prêmios de interpretação masculina por “Manchester à Beira-Mar”, e Ryan Gosling, o segundo mais premiado na mesma categoria, por “La La Land”, passaram em branco. Quem levou o SAG Award de Melhor Ator foi Denzel Washington por “Um Limite entre Nós” (Fences). Criou-se assim um contraste. Enquanto Emma Stone começou sua “carreira” de Melhor Atriz do ano lá em setembro, ao conquistar a Copa Volpi no Festival de Veneza, e veio acumulando prêmios desde então, Denzel Washington atropelou na curva final e entrou só agora na disputa para valer pelo Oscar. O que é completamente inédito em relação ao comportamento dos eleitores do SAG neste século. Até então, o tédio marcava a premiação, que não passava de uma etapa de confirmação de quem já despontava como favorito rumo ao Oscar. Mas Denzel não levou nem sequer o Globo de Ouro, a estatueta mais fácil de ganhar dentre todas as premiações de Hollywood. Os coadjuvantes, ao contrário, já vinham vencendo tudo. Viola Davis, a colega de Denzel em “Um Limite entre Nós”, é até mais favorita que Emma Stone ao Oscar, e Mahershala Ali tem sido o principal destaque do elenco de “Moonlight”. No SAG, ele demonstrou força ao derrotar seu principal concorrente, Jeff Bridges, por “A Qualquer Custo”. Mais inusitado de todos os prêmios da noite, o troféu de Melhor Elenco de Cinema acabou indo para “Estrelas Além do Tempo”, o filme sobre as engenheiras negras da NASA, estrelado por Taraji P. Henson, Octavia Spencer e Janelle Monáe. Até o SAG, esta produção só tinha vencido prêmios regionais e de entidades dedicadas à valorizar artistas negros. Na pior das hipóteses, a conquista pode servir para desmistificar a importância do SAG Award de Melhor Elenco como termômetro do Oscar. A se conferir. Nos prêmios televisivos, o tsunami foi da Netflix. O desequilíbrio foi tanto, que a plataforma de streaming venceu todos os troféus de séries dramáticas: John Lithgow e Claire Foy, ambos de “The Crown”, foram consagrados como Melhor Ator e Atriz, enquanto “Stranger Things” conquistou o troféu de Melhor Elenco – dando como brinde diversos memes das caretas de Winona Ryder. Para completar, a Netflix também ficou com o prêmio de Melhor Elenco de Série de Comédia, comemorado pelas inúmeras atrizes de “Orange Is the New Black”. Confira abaixo as fotos dos vencedores e a lista completa dos premiados. VENCEDORES DO SAG AWARDS 2017 CINEMA MELHOR ATOR Denzel Washington (“Um Limite Entre Nós”) MELHOR ATRIZ Emma Stone (“La La Land”) MELHOR ATOR COADJUVANTE Mahershala Ali (“Moonlight”) MELHOR ATRIZ COADJUVANTE Viola Davis (“Um Limite Entre Nós”) MELHOR ELENCO “Estrelas Além do Tempo” TELEVISÃO MELHOR ATOR DE SÉRIE DE DRAMA John Lithgow (“The Crown”) MELHOR ATRIZ DE SÉRIE DE DRAMA Claire Foy (“The Crown”) MELHOR ELENCO DE SÉRIE DE DRAMA “Stranger Things” MELHOR ATOR DE SÉRIE DE COMÉDIA William H. Macy (“Shameless”) MELHOR ATRIZ DE SÉRIE DE COMÉDIA Julia Louis-Dreyfus (“Veep”) MELHOR ELENCO DE SÉRIE DE COMÉDIA “Orange Is the New Black” MELHOR ATOR DE TELEFILME OU MINISSÉRIE Bryan Cranston (“Até o Fim”) MELHOR ATRIZ DE TELEFILME OU MINISSÉRIE Sarah Paulson (“The People v O.J. Simpson: American Crime Story”)
Canal TBS transmite o prêmio do Sindicato dos Atores neste domingo
O único prêmio dos sindicatos da indústria do entretenimento dos EUA transmitido ao vivo para o Brasil acontece neste domingo. Também o mais glamourizado, já que reúne os principais artistas de Hollywood, o prêmio do Sindicato dos Atores (SAG, na sigla em inglês) será exibido a partir das 23h pelo canal pago TBS. Ao contrário de suas últimas edições, o SAG Awards deste ano não reflete a lista completa de indicações ao Oscar. Isto porque a atriz francesa Isabelle Huppert não é filiada ao sindicato americano. Além dela, também Ruth Negga, que é etíope e cresceu na Irlanda, passou ao largo das indicações sindicais. As duas indicadas ao Oscar 2017 foram substituídas por Amy Adams (“A Chegada”) e Emily Blunt (“A Garota no Trem”). Entre os homens, a omissão ficou por conta de Michael Shannon (“Animais Noturnos”), indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante. Sua vaga foi ocupada no SAG por Hugh Grant (“Florence: Quem é Essa Mulher?”). Mas a ausência mais sentida diz respeito ao badalado “La La Land”. O musical emplacou suas estrelas, Emma Stone e Ryan Gosling, nas categorias individuais, mas não conseguiu indicação como Melhor Elenco. Para alguns “especialistas”, o prêmio de Melhor Elenco equivaleria ao voto dos atores no Melhor Filme do ano. E ao ficar sem indicação nesta categoria, “La La Land” teria grandes dificuldades de fazer valer seu favoritismo no Oscar. Difícil acreditar nessa lenda, já que, depois de vencer o prêmio do Sindicato dos Produtores na noite de sábado (28/1), “La La Land” já tem uma mão inteira no troféu da Academia. A verdade é que a coincidência com o Oscar é de apenas 50% na categoria de Melhor Elenco. Se aconteceu mais recentemente com “Spotlight” (2015) e “Birdman” (2014), não houve reciprocidade com “Trapaça” (2013), que perdeu para “12 Anos de Escravidão”, nem “Histórias Cruzadas” (2011), batido por “O Artista” (2011) na premiação da Academia. Outros vencedores do SAG de Melhor Elenco que não venceram o Oscar foram “Bastardos Inglórios” (2009), “A Pequena Miss Sunshine” (2006), “Sideways” (2004), “Gosford Park” (2002) e “Traffic” (2000), para ficar neste século. Já em relação às categorias individuais, a sincronia chega a ser entediante. Nesta década, absolutamente todos os atores que venceram o SAG conquistaram também o Oscar e apenas uma atriz ficou sem a estatueta da Academia: Viola Davis, que, premiada pelo Sindicato por “Histórias Cruzadas”, perdeu o Oscar para Meryl Streep por “A Dama de Ferro” (2011). A diferença é apenas um pouco maior entre os coadjuvantes. Confira abaixo a lista completa dos indicados, que ainda inclui as categorias televisivas de interpretação. Indicados ao SAG Awards 2017 Melhor Elenco Capitão Fantástico Fences Estrelas Além do Tempo Manchester à Beira-Mar Moonlight Melhor Ator Casey Affleck – Manchester à Beira-Mar Andrew Garfield – Até o Último Homem Ryan Gosling – La La Land – Cantando Estações Viggo Mortensen – Capitão Fantástico Denzel Washington – Fences Melhor Atriz Amy Adams – A Chegada Emily Blunt – A Garota no Trem Natalie Portman – Jackie Emma Stone – La La Land – Cantando Estações Meryl Streep – Florence: Quem é Essa Mulher? Melhor Ator Coadjuvante Mahershala Ali – Moonlight Jeff Bridges – A Qualquer Custo Hugh Grant – Florence: Quem é Essa Mulher? Lucas Hedges – Manchester à Beira-Mar Dev Patel – Lion – Uma Jornada Pra Casa Melhor Atriz Coadjuvante Viola Davis – Fences Nicole Kidman – Lion – Uma Jornada Pra Casa Naomie Harris – Moonlight Octavia Spencer – Estrelas Além do Tempo Michelle Williams – Manchester à Beira-Mar Melhor Elenco em Série de Drama The Crown Downton Abbey Game of Thrones Stranger Things Westword Melhor Elenco em Série de Comédia The Big Bang Theory Black-ish Modern Family Orange Is The New Black Veep Melhor Ator em Série de Drama Sterling K. Brown – This Is Us Peter Dinklage – Game of Thrones John Lithgow – The Crown Rami Malek – Mr. Robot Kevin Spacey – House of Cards Melhor Atriz em Série de Drama Millie Bobby Brown – Stranger Things Claire Foy – The Crown Thandie Newton – Westword Winona Wyder – Stranger Things Robin Wright – House of Cards Melhor Ator em Série de Comédia Anthony Anderson – Black-ish Tituss Burgess – Unbreakable Kimmy Schmidt Ty Burrell – Modern Family William H. Macy – Shameless Jeffrey Tambor – Transparent Melhor Atriz em Série de Comédia Uzo Aduba – Orange Is The New Black Jane Fonda – Grace & Frankie Ellie Kemper -Unbreakable Kimmy Schmidt Julia Louis-Dreyfus – Veep Lily Tomlin – Grace & Frankie Melhor Ator em Telefilme ou Minissérie Riz Ahmed – The Night Of Sterling K. Brown – The People v. O.J. Simpson: American Crime Story Bryan Cranston – All The Way John Turturro – The Night Of Courtney B. Vance – The People v. O.J. Simpson: American Crime Story Melhor Atriz em Telefilme ou Minissérie Bryce Dallas – Black Mirror Felicitty Huffman – American Crime Audra McDonald – Lady Day at Emerson’s Bar & Grill Sarah Paulson – The People v. O.J. Simpson: American Crime Story Kerry Washington – Confirmation Melhor Elenco de Dublês em Cinema Capitão América Guerra Civil Doutor Estranho Animais Noturnos Até o Último Homem Jason Bourne Melhor Elenco de Dublês em Televisão Game of Thrones Marvel’s Daredevil Marvel’s Luke Cage The Walking Dead Westworld
Saiba por que Aquarius não tinha chance nenhuma de ser indicado ao Oscar
A escolha do representante do Brasil para disputar uma vaga no Oscar polarizou a comunidade cinematográfica brasileira. Mesmo tendo sido preterido por “Pequeno Segredo”, muitos ainda apostavam em indicações para a atriz Sonia Braga, inclusive críticos do exterior. Resenhistas do jornal The New York Times chegaram até a defender indicação para o diretor Kleber Mendonça Filho! Mas a Academia não incluiu “Aquarius” em nenhuma categoria, durante a divulgação dos indicados ao Oscar 2017 na terça (24/1). Assim, quando o filme surgiu no César, o Oscar francês, um dia depois, as redes sociais explodiram em protestos contra o “governo ilegítimo” e golpista, que, ao barrar o drama de Kleber Mendonça Filho no Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira, arrefeceu suas chances em todas as demais categorias. Como teorias de conspiração não precisam de muita explicação, esta poderia entrar para os anais da História. Não fosse o trabalho básico de jornalismo de Marcelo Bernardes, blogueiro da Folha de S. Paulo, radicado em Nova York. Em seu blog, Baixo Manhattan, ele publicou uma imagem do informativo oficial da Academia, com a lista, em ordem alfabética, de todos os filmes inscritos para concorrer ao Oscar 2017. Veja o detalhe da página que interessa abaixo deste texto. Apenas filmes inscritos podem ser indicados. E até favoritos ao Framboesa de Ouro de Pior Filme, como “Zoolander 2”, “Independence Day: O Ressurgimento” e a comédia “Tirando um Atraso”, foram inscritos na disputa. Entretanto, “Aquarius” não foi. Bastava acessar a lista de inscritos para descobrir o principal motivo da ausência completa de “Aquarius” no Oscar. “Aquarius” jamais poderia ter recebido indicações ao Oscar, porque seus produtores americanos não cumpriram a etapa burocrática de preencher a ficha de inscrição ao prêmio. Quando Kleber Mendonça Filho disse ao site americano Screen Daily que tinha fechado distribuição nos EUA com a Vitagraphic Films e que tentariam indicação de Sônia Braga ao Oscar, a Pipoca Moderna foi o único site brasileiro a chamar atenção para o problema criado pela escolha de parceiro. Na ocasião, escrevemos: “Embora a indicação de Sônia tenha muita torcida, é importante dimensionar a campanha do filme, que não seria muito diferente caso tivesse sido escolhido como representante brasileiro para a categoria de Melhor Filme em Língua Estrangeira. A distribuidora americana Vitagraph é muito pequena, nem canal tem no YouTube, e não contará com grande orçamento para divulgar a estreia do filme nos cinemas, que dirá bancar corrida ao Oscar”. O texto original ainda destacou o histórico brasileiro na competição: “Vale lembrar que Fernanda Montenegro teve apoio do estúdio Sony Pictures Classics quando conseguiu sua indicação ao Oscar por ‘Central do Brasil’ (1998), enquanto as diversas indicações de ‘Cidade de Deus’ (2002) ocorreram com empurrão da Miramax, dos irmãos Weinsten, que sabem como poucos o que fazer para conquistar Oscars.” Marcelo Bernardes tentou contatar a Vitagraph para ter uma posição oficial, mas a distribuidora não respondeu aos pedidos de informação. Ele buscou, então, a repercussão do fato nos EUA. “É algo bastante insólito. Sou muito fã do filme desde que o assisti pela primeira vez em Cannes”, disse Pete Hammond, editor e principal crítico do site Deadline. Já um produtor de Nova York, especializado em lançamentos de filmes estrangeiros e que pediu para não ser identificado, foi ainda mais incisivo: “Trata-se de um desrespeito total por parte do distribuidor do filme, uma decisão bem atroz, se você quer mesmo minha opinião sincera”. Toda a torcida por “Aquarius” não adiantava nada. Veja para crer, na imagem abaixo.
Aquarius é indicado a Melhor Filme Estrangeiro no César, o Oscar francês
“Aquarius” não foi selecionado pelo Ministério da Cultura para concorrer a uma vaga no Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira, mas acabou indicado no equivalente francês. O filme de Kleber Mendonça Filho vai disputar o César de Melhor Filme Estrangeiro. A lista dos indicados foi divulgada na manhã desta quarta (25/1) pela Academia Francesa de Cinema. E a disputa é dominada por “Elle”, de Paul Verhoeven, e “Frantz”, drama em preto e branco de François Ozon, ainda inédito no Brasil. Ambos foram selecionados em 11 categorias. Logo em seguida, aparece “Mistério na Costa Chanel”, de Bruno Dumont, com nove indicações – e que acaba de ser lançado nos cinemas brasileiros. Além destes, também conquistaram destaque “Victoria”, de Justine Triet, “Mal de Perres”, de Nicole Garcia, “La Danseuse”, de Stéphanie Di Giusto, e, principalmente, “Divines”, primeiro filme da cineasta Houda Benyamina, que venceu a Câmera de Ouro de Melhor Filme de Estreante no Festival de Cannes e foi adquirido pela Netflix para distribuição mundial. O filme pode ser visto na Netflix brasileira e confirma a tendência observada nas indicações do Oscar 2017, rumo ao streaming. Por sinal, Isabelle Huppert vai disputar os dois prêmios de Melhor Atriz, o César na França e o Oscar nos EUA, por “Elle”. A indicação francesa é a 16ª da carreira da estrela, que entretanto só venceu em uma oportunidade: em 1996, por “Mulheres Diabólicas”, de Claude Chabrol. É interessante observar o destaque obtido por filmes exibidos no Festival de Cannes do ano passado. Além do já citado “Divines”, o próprio “Elle” é um exemplo, assim como “Mistério na Costa Chanel”, “Mal de Perres” e “La Danseuse”. E fora justamente “Divines”, foram injustamente ignorados no evento de maio, cujo resultado foi recebido com contestação pela imprensa mundial. Mas é na categoria de Filmes Estrangeiros que o reflexo de Cannes se mostra mais evidente. Seis dos sete indicados foram exibidos no festival francês, inclusive “Aquarius” e o vencedor da Palma de Ouro, “Eu, Daniel Blake”. Assim, esta disputa permite uma espécie de tira-teima, revelando se a Academia francesa concorda que o drama político britânico de Ken Loach é realmente o melhor filme. Vale observar que há uma peculiaridade na disputa desta categoria. Ao contrário do Oscar, a seleção dos filmes estrangeiros do César não tem a palavra “Língua”, o que dá uma grande vantagem a filmes de outros países falados em francês, como o canadense “É Apenas o Fim do Mundo”, de Xavier Dolan, que inclusive é interpretado por astros franceses e concorre a vários outros prêmios da Academia. A cerimônia do César 2017 vai acontecer no dia 24 de fevereiro, dois dias antes do Oscar. E não será mais presidida por Roman Polanksi, que optou por recusar o convite da Academia, após a homenagem virar protesto feminista. Confira abaixo a lista completa dos indicados. Indicados ao César 2017 Melhor Filme “Divines” “Elle” “Frantz” “Agnus Dei” “Mistério na Costa Chanel” “Mal de Pierres” “Victoria” Melhor Direção Houda Benyamina (“Divines”) Xavier Dolan (“É Apenas o Fim do Mundo”) Bruno Dumont (“Mistério na Costa Chanel”) Anne Fontaine (“Agunus Dei”) Nicole Garcia (“Mal de Pierres”) François Ozon (“Frantz”) Paul Verhoeven (“Elle”) Melhor Atriz Judith Chemla (“Une Vie”) Marion Cotillard (“Mal de Pierres”) Virginie Efira (“Victoria”) Marina Fois (“Irrepreensível”) Isabelle Huppert (“Elle”) Sidse Babett Knudsen (“La Fille de Brest”) Soko (“La Danseuse”) Melhor Ator Francois Cluzet (“Médecin de Campagne”) Pierre Deladonchamps (“Le Fils de Jean”) Nicolas Duvauchelle (“Não Sou um Canalha”) Fabrice Luchini (“Mistério na Costa Chanel”) Pierre Niney (“Frantz”) Omar Sy (“Chocolate”) Gaspard Ulliel (“É Apenas o Fim do Mundo”) Melhor Atriz Coadjuvante Nathalie Baye (“É Apenas o Fim do Mundo”) Valeria Bruni Tedeschi (“Mistério na Costa Chanel”) Anne Consigny (“Elle”) Déborah Lukumuena (“Divines”) Mélanie Thierry dans (“La Danseuse”) Melhor Ator Coadjuvante Laurent Lafitte (“Elle”) Vincent Lacoste (“Victoria”) Vincent Cassel (“É Apenas o Fim do Mundo”) Gabriel Arcand (“Le Fils De Jean”) James Thierrée (“Chocolate”) Melhor Revelação Feminina Oulaya Amamra (“Divines”) Paula Beer (“Frantz”) Lily-Rose Depp (“La Danseuse”) Noémie Merlant (“Le Ciel Attendra”) Raph (“Mistério na Costa Chanel”) Melhor Revelação Masculina Damien Bonnard (“Na Vertical”) Corentin Fila (“Quando se Tem 17 anos) Kacey Mottet Klein (“Quando se Tem 17 anos”) Jonas Bloquet (“Elle”) Niels Schneider (“Diamant Noir”) Melhor Roteiro Original Houda Benyamina, Romain Compingt e Malik Rumeau (“Divines”) Raoul Ruiz (“L’Effet Aquatique”) Anne Fontaine, Pascal Bonitzer, Sabrina B. Karine e Alice Vial (“Agnus Dei”) Bruno Dumont (“Mistério na Costa Chanel”) Justine Triet (“Victoria”) Melhor Roteiro Adaptado Céline Sciamma (“Minha Vida de Abobrinha”) David Birke (“Elle”) François Ozon e Philippe Piazzo (“Frantz”) Emmanuelle Bercot e Séverine Bosschem (“La Fille de Brest”) Katell Quillévéré e Gilles Taurand (“Réparer les Vivants”) Nicole Garcia e Jacques Fieschi (“Mal de Pierres”) Melhor Filme Estrangeiro “Graduation” (Romênia) “A Garota Sem Nome” (Bélgica) “É Apenas o Fim do Mundo” (Canadá) “Aquarius” (Brasil) “Manchester à Beira-Mar” (Estados Unidos) “Eu, Daniel Blake” (Reino Unido) “Toni Erdmann” (Alemanha) Melhor Filme de Estreia “Cigarette et Chocolat Chaud” “La Danseuse” “Diamant Noir” “Divines” “Rosalie Blum” Melhor Animação “Minha Vida de Abobrinha” “A Tartaruga Vermelha” “La Jeune Fille Sans Main” Melhor Trilha Sonora Sophie Hunger (“Minha Vida de Abobrinha”) Gabriel Yared (“Chocolate”) Ibrahim Maalouf (“Dans les Forêts de Sibérie”) Anne Dudley (“Elle”) Philippe Rombi (“Frantz”) Melhor Fotografia “Elle” “Frantz” “Agnus Dei” “Mistério na Costa Chanel” “Mal de Pierres” Melhor Edição “Divines” “Elle” “Frantz” “É Apenas o Fim do Mundo” “Mal de Pierres” Melhor Figurino “La Danseuse” “Frantz” “Mistério na Costa Chanel” “Mal de Pierres” “Une Vie” Melhor Cenografia “Chocolate” La Danseuse” “Frantz” “Mistério na Costa Chanel” “Planétarium” Melhor Som “Chocolate” “Elle” “Frantz” “Mal de Pierres” “L’odyssée” Melhor Documentário “Dernières Nouvelles du Cosmos” “Merci Patron” “Fogo no Mar” “Voyage à Travers le Cinéma Français” “Swagger”
Oscar 2017 barra latinos, reduzindo indicações a um único mexicano
A aparente integração racial dos indicados ao Oscar 2017 rendeu um número recorde de candidatos negros ao prêmio máximo do cinema norte-americano, mas, em compensação, barrou a presença dos latinos na premiação. Após três anos de predomínio de filmes de cineastas mexicanos, 2017 não teve um novo “Gravidade” (2014), “Birdman” (2015) ou “O Regresso” (2016). A única produção dirigida por um latino a conquistar um pouco de destaque foi “Jackie”, cinebiografia da ex-Primeira Dama Jacqueline Kennedy, com três indicações (inclusive de Melhor Atriz para Natalie Portman). Nenhuma delas para seu diretor, o chileno Pablo Larraín, ou para os técnicos latinos que trabalharam com ele. Para piorar, a categoria de Melhor Filme em Língua Estrangeira foi dominada por produções europeias (e um longa australiano), fechando uma importante porta. A tendência se repetiu até nas categorias de curta-metragens. O resultado foi o pior desempenho latino-americano no Oscar neste século, com apenas uma indicação. O representante solitário é o mexicano Rodrigo Prieto, que recebeu a única nomeação do filme “O Silêncio”, de Martin Scorsese, e concorre ao Oscar de Melhor Fotografia. Além dele, há o compositor nova-iorquino Lin-Manuel Miranda (de descendência porto-riquenha), na disputa do Oscar de Melhor Canção Original por “How Far I’ll Go”, da trilha de “Moana”, e o californiano Adam Valdez, que concorre ao Oscar de Melhores Efeitos Visuais por “Mogli, o Menino-Lobo”. Enquanto organizações voltadas às lutas históricas por direitos de negros nos EUA comemoram a conquista da diversidade racial na premiação, representantes das comunidades latinas nos EUA já reclamam, justamente, da falta desta decantada diversidade.
Oscar 2017 será o inverso de 2016, com número recorde de artistas negros
A reação firme contra a falta de diversidade racial do Oscar nos dois últimos anos deu resultado. Depois do Oscar mais branco do século, a edição de 2017 da premiação da Academia bateu recorde de indicações a artistas negros. São 18 ao todo, entre atores, cineastas, produtores e técnicos. Só entre os atores há sete: Denzel Washington (que concorre na categoria de Melhor Ator por “Um Limite entre Nós”), Ruth Negga (Melhor Atriz por “Loving”), Mahersala Ali (Melhor Ator Coadjuvante por “Moonlight”), Viola Davis (“Melhor Atriz Coadjuvante” por “Um Limite entre Nós”), Octavia Spencer (Melhor Atriz Coadjuvante por “Estrelas Além do Tempo”), Naomie Harris (Melhor Atriz Coadjuvante por “Moonlight”) e o britânico de ascendência indiana Dav Patel (Melhor Ator Coadjuvante por “Lion”), que obviamente não é branco. Além destes, Barry Jenkins recebeu duas indicações e vai disputar o Oscar de Melhor Direção e Melhor Roteiro Original por “Moonlight” (a segunda indicação é compartilhada com o roteirista Tarell Alvin McCraney). Ele é apenas o segundo cineasta negro indicado simultaneamente nas duas categorias (o primeiro foi John Singleton por “Os Donos da Rua”, em 1992) e o quarto candidato negro ao Oscar de Melhor Direção em todos os tempos. Nunca nenhum venceu. O já falecido August Wilson também foi lembrado entre os roteiristas, na categoria de Melhor Roteiro Adaptado, pela transposição de sua própria peça no filme batizado no Brasil como “Um Limite entre Nós”. A grande concentração, porém, está na categoria de Melhor Documentário, em que quatro dos cinco indicados são filmes dirigidos por negros, sendo dois deles dedicados à questão racial, “A 13ª Emenda”, de Ava Duvernay, e “Eu Não Sou Seu Negro”, de Raoul Peck. Os outros dois diretores negros são Roger Ross Williams (por “Life, Animated”) e Ezra Edelman (por “OJ: Made in America”). Detalhe: até então, apenas três documentários selecionados pela Academia tinham sido dirigidos por negros. Além destes, também concorrem ao Oscar 2017 o músico Pharrel Williams, como produtor de “Estrelas Além do Tempo” (indicado a Melhor Filme), a também produtora Kimberly Steward (Melhor Filme por “Manchester À Beira-Mar”), o cinegrafista Bradford Young (Melhor Direção de Fotografia por “A Chegada”) e a editora Joi McMillon (Melhor Edição por “Moonlight”). Enquanto Young foi o segundo diretor de fotografia negro lembrado pela Academia em toda a sua História, McMillon fez História, como a primeira negra indicada na categoria de montagem – antes dela, apenas um homem negro foi nomeado ao Oscar de Melhor Montagem: Hugh A. Robertson em 1970, por “Perdidos na Noite”. O contraste é brutal com a situação do ano passado, quando até filmes de temática negra, como “Straight Outta Compton” e “Creed”, renderam indicações a representantes brancos de sua produção. A situação polêmica originou uma campanha espontânea nas redes sociais com a hashtag #OscarSoWhite (Oscar Muito Branco, em tradução literal). Como resposta, a presidente da Academia, Cheryl Boone Isaacs, que é negra, promoveu uma mudança radical, aposentando compulsoriamente os integrantes mais velhos e inativos há mais dez anos, visando incluir novos talentos no painel dos eleitores. Ao todo, ela convidou 683 artistas e produtores para se tornarem membros da associação em 2017, a maioria de fora dos Estados Unidos. Por conta disso, 11 brasileiros votarão pela primeira vez no Oscar, incluindo a diretora Anna Muylaert (“Que Horas Ela Volta?”) e o diretor Alê Abreu, cujo filme “O Menino e o Mundo” foi indicado ao Oscar de Melhor Animação em 2016. O último filme com temática racial a levar a estatueta de Melhor Filme foi “12 Anos de Escravidão”, em 2014, que também premiou a mexicana de ascendência queniana Lupita Nyong’o como Melhor Atriz Coadjuvante. Ela foi a última artista não branca a ser premiada em uma categoria de atuação. Este ano, o favorito ao prêmio é uma produção que evoca a Hollywood de outrora, o musical “La La Land”, que recebeu o número recorde de 14 indicações. A cerimônia do Oscar 2017 vai acontecer no dia 26 de fevereiro em Los Angeles, com transmissão ao vivo pela rede Globo e o canal pago TNT.
Site oficial do Oscar erra e inclui Amy Adams e Tom Hanks na disputa do prêmio
Até o site da rede ABC, canal oficial do Oscar nos EUA, achou que Amy Adams (“A Chegada”) e Tom Hanks (“Sully”) mereciam indicações ao Oscar 2017. O site incluiu os nomes dos dois nas listas de indicados a Melhor Atriz e Ator, respectivamente, na manhã desta terça (24/1), assim que as indicações oficiais foram divulgadas. Entretanto, eles não estão entre os concorrentes ao prêmio. Em comunicado, a instituição pediu desculpas pelo erro. “Nesta manhã, em uma tentativa de soltar as notícias com rapidez, postamos brevemente uma informação equivocada a respeito das indicações no site do Oscar”, diz o comunicado, divulgado pela rede ABC. “Rapidamente identificamos e corrigimos os erros. Pedimos desculpas por qualquer confusão.”
Oscar 2017: La La Land iguala recorde de indicações de Titanic
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas divulgou na manhã desta terça (24/1) a lista dos indicados ao Oscar 2017. E teve recordes. Com 14 indicações em 13 categorias, o musical “La La Land: Cantando Estações”, de Damien Chazelle, atingiu a maior quantidade de nomeações já conquistadas por um filme, chegando à mesma marca de “Titanic” (1997) e “A Malvada” (1950). Além disso, Meryl Streep quebrou seu próprio recorde, alcançando sua 20ª indicação. Ela já venceu três vezes e vai concorrer ao Oscar de Melhor Atriz por “Florence: Quem é Essa Mulher?”. A seleção também registou outro recorde, ao refletir maior diversidade racial que em todos os anos anteriores, com intérpretes negros nas quatro categorias de atuação, inclusão de dois longas dirigidos por negros (“Moonlight” e “Um Limite entre Nós”) na disputa dos Melhores Filmes, a nomeação de quatro documentários de cineastas negros, e sem esquecer das indicações de Melhor Direção e Roteiro para Barry Jenkins (“Moonlight) e August Wilson (postumamente, por “Um Limite entre Nós”). Outra curiosidade foi o perdão tácito de Hollywood a Mel Gibson. Em desgraça desde que explodiu em surtos antissemitas e misóginos que foram parar na mídia, ele voltou à direção e reconquistou seu prestígio com “Até o Último Homem”, indicado a seis Oscars, inclusive Melhor Filme, Direção e Ator (“Andrew Garfield”). Apesar da torcida por “Deadpool”, ainda não foi desta vez que uma produção de super-herói superou o preconceito da Academia para disputar o Oscar de Melhor Filme. Para piorar, os melhores lançamentos do gênero em 2016 foram totalmente ignorados nas categorias técnicas. A única produção do gênero lembrada para prêmios foi “Esquadrão Suicida”, que disputa o Oscar de Maquiagem e Cabelos. A lista é repleta de dramas e, fora dos prêmios técnicos, apenas uma ficção científica foi considerada para a disputa das categorias principais: “A Chegada”, de Denis Villeneuve. Ao todo, o longa recebeu oito indicações. Mas teria faltado a indicação a Melhor Atriz para Amy Adams. A seleção de atrizes, por sinal, incluiu a francesa Isabelle Huppert, mesmo após seu longa, “Elle”, ter sido barrado da lista de Melhores Filmes de Língua Estrangeira. Por sinal, a relação dos estrangeiros foi a mais fraca dos últimos anos, repleta de produções de pouca projeção mundial – inclusive com a primeira indicação da Austrália com um filme (“Tanna”) não falado em inglês. Tanto que o longa estrangeiro de maior prestígio do Oscar 2017 concorre em outra categoria. Trata-se de “Fogo no Mar”, de Gianfranco Rosi, vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim do ano passado, indicado ao Oscar de Melhor Documentário. Para o mercado cinematográfica, a principal novidade foi o destaque obtido por “Manchester à Beira-Mar”. Com seis indicações em categorias de peso, inclusive Melhor Filme e favoritismo na disputa de Melhor Ator (com Casey Affleck), o longa tem produção do Amazon Studios, denotando a chegada do streaming à principal festa do cinema norte-americano. A propósito, “O Apartamento”, do iraniano Asghar Farhadi, só foi exibido por streaming nos EUA, também pela Amazon. E até a Netflix está na disputa do Oscar, com o documentário “A 13ª Emenda”, de Ava DuVernay. A 89ª edição da cerimônia acontecerá em 26 de fevereiro, em Los Angeles, com apresentação do comediante Jimmmy Kimmel e transmissão para o Brasil pela Globo e o canal pago TNT. Confira abaixo a lista completa dos indicados. Indicados ao Oscar 2017 Melhor Filme “A Chegada” “Até o Último Homem” “Estrelas Além do Tempo” “Lion: Uma Jornada para Casa” “Moonlight: Sob a Luz do Luar” “Um Limite entre Nós” “A Qualquer Custo” “La La Land” “Manchester à Beira-Mar” Melhor Direção Dennis Villeneuve (“A Chegada”) Mel Gibson (“Até o Último Homem”) Damien Chazelle (“La La Land”) Kenneth Lonergan (“Manchester à Beira-Mar”) Barry Jenkins (“Moonlight”) Melhor Ator Casey Affleck (“Manchester à Beira-Mar”) Denzel Washington (“Um Limite entre Nós”) Ryan Gosling (“La La Land”) Andrew Garfield (“Até o Último Homem”) Viggo Mortensen (“Capitão Fantástico”) Melhor Atriz Natalie Portman (“Jackie“) Emma Stone (“La La Land”) Meryl Streep (“Florence: Quem é essa mulher?”) Ruth Negga (“Loving”) Isabelle Huppert (“Elle“ ) Melhor Ator Coadjuvante Mahershala Ali (“Moonlight”) Jeff Bridges (“A Qualquer Custo”) Lucas Hedges (“Manchester à Beira-Mar”) Dev Patel (“Lion: Uma Jornada para Casa”) Michael Shannon (“Animais Noturnos”) Melhor Atriz Coadjuvante Viola Davis (“Um Limite entre Nós”) Naomi Harris (“Moonlight”) Nicole Kidman (“Lion”) Octavia Spencer (“Estrelas Além do Tempo”) Michelle Williams (“Manchester à Beira-Mar”) Melhor Roteiro Original Damien Chazelle (“La La Land”) Kenneth Lonergan (“Manchester à Beira-Mar”) Taylor Sheridan (“A Qualquer Custo”) Yorgos Lanthimos e Efthymis Filippou (“O Lagosta”) Mike Mills (“20th Century Woman”) Melhor Roteiro Adaptado Barry Jenkins (“Moonlight”) Luke Davies (“Lion”) August Wilson (“Um Limite entre Nós”) Allison Schroeder e Theodore Melfi (“Estrelas Além do Tempo”) Eric Heisserer (“A Chegada”) Melhor Fotografia Bradford Young (“A Chegada”) Linus Sandgren (“La La Land”) James Laxton (“Moonlight”) Rodrigo Prieto (“O Silêncio”) Greig Fraser (“Lion”) Melhor Animação “Kubo e as Cordas Mágicas” “Moana: Um Mar de Aventuras” “Minha Vida de Abobrinha” “A Tartaruga Vermelha” “Zootopia” Melhor Filme em Língua Estrangeira “Terra de Minas” (Dinamarca) “Um Homem Chamado Ove” (Suécia) “O Apartamento” (Irã) “Tanna” (Austrália) “Toni Erdmann” (Alemanha) Melhor Documentário “Fogo no Mar” “Eu Não Sou Seu Negro” “Life, Animated” “O.J. Made in America” “A 13ª Emenda” Melhor Edição “A Chegada” “Até o Último Homem” “A Qualquer Custo” “La La Land” “Moonlight” Melhor Edição de Som “A Chegada” “Horizonte Profundo: Desastre no Golfo” “Até o Último Homem” “La La Land” “Sully: O Herói do Rio Hudson” Melhor Mixagem de Som “A Chegada” “Até o Último Homem” “La La Land” “Rogue One: Uma história Star Wars” “13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi” Melhor Desenho de Produção “A Chegada” “Animais Fantásticos e Onde Habitam” “Ave, Cesar!” “La La Land” “Passageiros” Melhores Efeitos Visuais “Horizonte Profundo: Desastre no Golfo” “Doutor Estranho” “Mogli” “Kubo e as Cordas Mágicas” “Rogue One: Uma História Star Wars” Melhor Canção Original “Audition (The Fools Who Dream)” (“La La Land”) “Can’t Stop the Feeling” (Trolls”) “City of Stars” (“La La Land”) “The Empty Chair” (Jim: The James Foley Story”) “How far I’ll Go” (“Moana”) Melhor Trilha Sonora Micha Levi (“Jackie”) Justin Hurwitz (“La La Land”) Nicholas Britell (“Moonlight”) Thomas Newman (“Passageiros”) Melhor Cabelo e Maquiagem “Um Homem Chamado Ove” “Star Trek: Sem fronteiras” “Esquadrão Suicida” Melhor Figurino “Aliados” “Animais fantásticos e onde habitam” “Florence: Quem é essa mulher?” “Jackie” “La La Land” Melhor Curta “Ennemis Intérieurs” “La femme et le TGV” “Silent night” “Sing” “Timecode” Melhor Curta de Animação “Blind Vaysha” “Borrowed Time” “Pear Cider and Cigarettes” “Pearl” “Piper” Melhor Curta de Documentário “Extremis” “41 miles” “Joe’s Violin” “Watani: My Homeland” “The White Helmets”
La La Land vence tudo e quebra recorde em consagração no Globo de Ouro
O musical “La La Land” venceu todos os sete troféus a que concorria no Globo de Ouro 2017: Melhor Filme de Comédia ou Musical, Ator (Ryan Gosling), Atriz (Emma Stone), Direção e Roteiro Original (ambos de Damien Chazelle), Canção e Trilha Sonora (ambos de Justin Hurwitz). A soma é recorde na premiação, que geralmente é mais parcimoniosa. Na verdade, desde os anos 1970 um filme não tinha tamanha consagração entre os jornalistas que compõem a Associação da Imprensa Estrangeira de Hollywood. Dois dramas detinham o recorde anterior, de seis vitórias: “Um Estranho no Ninho” (1975) e “Expresso da Meia Noite” (1978). Em tempos mais recentes, a última vez em que um filme recebeu mais de três Globos de Ouro foi em 2009, com “A Rede Social”. Entretanto, isto não aumenta nem diminui o favoritismo de “La La Land” para o Oscar, uma vez que os eleitores são outros. Além disso, o prêmio é completamente idiossincrático, a começar por separar um musical como “La La Land” dos filmes dramáticos. O Melhor Filme de Drama, a propósito, foi “Moonlight”, favorito da categoria, enquanto o prêmio de Ator de Drama ficou com Casey Affleck, por “Manchester À Beira-Mar”, e o de Atriz com Isabelle Huppert, por “Elle”. O suspense francês também venceu como Melhor Filme em Língua Estrangeira, apesar de não figurar entre os finalistas do Oscar. Em seu agradecimento, Huppert se emocionou bastante e frisou que o cinema não tem fronteiras, reforçando o melhor discurso da noite, proferido por Meryl Streep. Homenageada com um prêmio pela carreira, Meryl tratou de lembrar que boa parte de Hollywood era composta por estrangeiros, de Natalie Portman a Ruth Negga, fator relevante diante da eleição de um presidente de plataforma xenófoba. “Hollywood está repleta de forasteiros e estrangeiros, e se você nos chutar todos para fora (do país), você não terá nada para assistir, exceto futebol e MMA, que não são arte”, a diva sentenciou. A mensagem teve especial repercussão no evento organizado por estrangeiros, que, além de premiar um francesa como Melhor Atriz, também se rendeu à supremacia britânica nas categorias televisivas. Com três Globos de Ouro, a minissérie inglesa “The Night Manager” foi a atração mais premiada da TV, confrontando o favoritismo de “The People vs. O.J. Simpson” – que mesmo assim saiu com dois troféus. Outra vitória do Reino Unido se deu na cobiçada categoria de Melhor Série de Drama, onde “The Crown” superou “Game of Thrones” e outras séries mais badaladas. A atriz Claire Foy, intérprete da rainha Elizabeth II em “The Crown”, ainda venceu como Melhor Atriz. Entre as atrações de comédias, “Atlanta” foi a grande vitoriosa, como Melhor Série e Ator, prêmio conquistado por seu criador Donald Glover. As premiações de “Atlanta” e “The Crown” ainda mantiveram a tradição do Globo de Ouro de destacar séries em 1ª temporada. Entretanto, o mais curioso no balanço televisivo é verificar a completa e absoluta derrota das produções da HBO em todas as categorias. Até a série invisível “Goliath”, da Amazon, ausente das discussões de melhores do ano, foi premiada, via reconhecimento ao desempenho de Billy Bob Thornton como Melhor Ator de Drama. Claro, reza a lenda que nada é realmente surpreendente no Globo de Ouro. E, por coincidência, Jeff Bezos, proprietário da Amazon, estava presente na cerimônia em mesa bem situada. Não só isso: teve seu nome e ego agraciados pelo apresentador Jimmy Fallon logo no esquete de abertura. A Amazon ainda é coprodutora de “Manchester à Beira-Mar” que, novamente por coincidência, também levou o prêmio cinematográfico na mesma categoria – Melhor Ator de Drama. Confira abaixo a lista completa dos premiados. Indicados ao Globo de Ouro 2017 CINEMA Melhor Filme – Drama “Moonlight Melhor Filme – Comédia/Musical “La La Land” Melhor Diretor Damien Chazelle, por “La La Land” Melhor Ator em Drama Casey Affleck, por “Manchester à Beira-Mar” Melhor Atriz em Drama Isabelle Huppert, por “Elle” Melhor Ator em Comédia/Musical Ryan Gosling, por “La La Land” Melhor Atriz em Comédia/Musical Emma Stone, por “La La Land” Melhor Ator Coadjuvante Aaron Taylor Johnson, por “Animais Noturnos” Melhor Atriz Coadjuvante Viola Davis, por “Fences” Melhor Roteiro Damien Chazelle, por “La La Land” Melhor Animação “Zootopia” Melhor Filme Estrangeiro “Elle” (França) Melhor Trilha Sonora Justin Hurwitz, por “La La Land” Melhor Canção “City of Stars”, de “La La Land” TELEVISÃO Melhor Série de Drama “The Crown” Melhor Série de Comédia/Musical “Atlanta” Melhor Minissérie ou Telefilme “The People vs. OJ Simpson – American Crime Story” Melhor Atriz em Série de Drama Claire Foy, por “The Crown” Melhor Ator em Série de Drama Billy Bob Thornton, por “Goliath” Melhor Ator em Série de Comédia Donald Glover, por “Atlanta” Melhor Atriz em Série de Comédia Tracy Ellis Ross, por “Black-ish” Melhor Ator em Minissérie ou Telefilme Tom Hiddleston, por “Night Manager” Melhor Atriz em Minissérie ou Telefilme Sarah Paulson, por “People v. OJ Simpson: American crime story” Melhor Atriz Coadjuvante em Série, Minissérie ou Telefilme Olivia Colman, por “The Night Manager” Melhor Ator Coadjuvante em Série, Minissérie ou Telefilme Hugh Laurie, por “The Night Manager”
Globo de Ouro exibe sua divertida irrelevância neste domingo
A cerimônia de entrega do Globo de Ouro 2017, que acontece na noite deste domingo (8/1) em Los Angeles, com apresentação de Jimmy Fallon, é uma das premiações de menor importância no calendário de congratulações de ano novo de Hollywood. Nela, uma associação de 90 jornalistas estrangeiros entrega troféus para seus filmes, séries e astros favoritos, com direito às idiossincrasias típicas de grupinho de amigos. O grande paradoxo é que, mesmo fazendo o possível para virar piada – apresentadores bêbados, “Perdido em Marte” como Melhor Comédia – , o evento só perde em espaço midiático para o Oscar. Em parte, devido justamente ao espetáculo que oferece: prêmios disparados e astros com bebidas à vontade para virar meme no dia seguinte. Para quem leva a sério seus prêmios, como uma espécie de “termômetro” do Oscar, as coincidências são puro cálculo matemático. A verdade é que, ao dividir suas categorias cinematográficas entre Drama e Comédia ou Musical, a Associação da Imprensa Estrangeira de Hollywood simplesmente dobra suas chances de “coincidir” com os vencedores da Academia. Ou seja, enquanto o Oscar premia um Melhor Ator, o Globo de Ouro premia dois – em Drama e Comédia ou Musical. Entretanto, assim também evita os principais tira-teimas da temporada. Afinal, a vitória de “La La Land” como Melhor Comédia ou Musical é aposta garantida, sem que se veja seu desempenho frente a “Moonlight”, o favorito como Melhor Drama. Na edição 2017 do Globo de Ouro, “La La Land” concorre em sete categorias: Melhor Filme de Comédia ou Musical, Ator (Ryan Gosling), Atriz (Emma Stone), Direção e Roteiro Original (ambos de Damien Chazelle), Canção e Trilha Sonora. Enquanto isso, “Moonlight” está indicado a seis troféus: Melhor Filme de Drama, Ator Coadjuvante (Mahershala Ali), Atriz Coadjuvante (Naomie Harris), Direção e Roteiro Original (ambos de Barry Jenkins) e Trilha Sonora. Apenas as três últimas categorias são compartilhadas entre os gêneros, situações em que se poderá ver um confronto entre “Moonlight” e “La La Land”. A lista cinematográfica ainda chama atenção pela inclusão do drama de guerra “Até o Último Homem”, que representa a volta do diretor Mel Gibson às cerimônias de premiação – o filme recebeu dois prêmios do Critics Choice! Entre os demais candidatos a Melhor Filme de Drama estão “Manchester à Beira-Mar”, de Kenneth Lonergan, “A Qualquer Custo”, de David Mackenzie, e “Lion”, de Garth Davis. O prêmio também destaca o melhor da produção televisiva, evidenciando, em suas seleções, uma obsessão em reconhecer novidades. A renovação entre os premiados de TV é impressionante, e geralmente resulta em consagrações precoces de programas que acabam esquecidos na edição seguinte. Quem mais, senão o Globo de Ouro, anteciparia “Brooklyn Nine-Nine” como Melhor Comédia na metade de sua 1ª temporada? Na disputa de Melhor Série de Drama, apenas “Game Of Thrones” é veterano. Todas os seus concorrentes estrearam esse ano: “The Crown”, “Stranger Things”, “This Is Us” e “Westworld”. O lado positivo dessa pressa em apontar tendências – que nem sempre se confirmam – tem sido uma pressão maior sobre o Emmy, obrigando o “Oscar televisivo” a abandonar as teias de aranha que costumavam acompanham seus troféus até recentemente – quando eram dados às mesmas produções, ano após ano. Graças a aspecto colateral, os prêmios de TV do Globo de Ouro, por mais disparatados que pareçam num primeiro momento, acabam tendo maior importância que qualquer teoria sobre o troféu servir de “bafômetro” para o Oscar. A cerimônia da 74ª edição do Globo de Ouro poderá ser acompanhada ao vivo no Brasil pelo canal pago TNT, a partir das 22 horas. Confira abaixo a lista completa dos indicados ao prêmio. Indicados ao Globo de Ouro 2017 CINEMA Melhor Filme – Drama “Manchester à Beira-Mar “Moonlight “Lion – Uma Jornada para Casa” “A Qualquer Custo” “Até o Último Homem” Melhor Filme – Comédia/Musical “La La Land” “20th Century Women” “Sing Street” “Deadpool” “Florence – Quem é Essa Mulher?” Melhor Diretor Barry Jenkins, por “Moonlight” Damien Chazelle, por “La La Land” Kenneth Lonergan, por “Manchester à Beira-Mar” Mel Gibson, por “Até o Último Homem” Tom Ford, por “Animais Noturnos” Melhor Ator em Drama Casey Affleck, por “Manchester à Beira-Mar” Viggo Mortensen, por “Capitão Fantástico” Denzel Washington, por “Fences” Andrew Garfield, por “Até o Último Homem” Joel Edgerton, por “Loving” Melhor Atriz em Drama Amy Adams, por “A Chegada” Isabelle Huppert, por “Elle” Natalie Portman, por “Jackie” Ruth Negga, por “Loving” Jessica Chastain, por “Miss Sloane” Melhor Ator em Comédia/Musical Ryan Gosling, por “La La Land” Hugh Grant, por “Florence – Quem é Essa Mulher?” Colin Farrell, por “The Lobster” Ryan Reynolds, por “Deadpool” Jonah Hill, por “Cães de Guerra” Melhor Atriz em Comédia/Musical Emma Stone, por “La La Land” Meryl Streep, por “Florence – Quem é Essa Mulher?” Lily Collins, por “Rules Don´t Apply” Annette Bening, por “20th Century Women” Haille Steinfield, por “Quase 18” Melhor Ator Coadjuvante Mahershala Ali, por “Moonlight” Jeff Bridges, por “A Qualquer Preço” Dev Patel, por “Lion – Uma Jornada para Casa” Aaron Taylor Johnson, por “Animais Noturnos” Simon Helberg, por “Florence – Quem é Essa Mulher” Melhor Atriz Coadjuvante Viola Davis, por “Fences” Nicole Kidman, por “Lion – Uma Jornada para Casa” Michelle Williams, por “Manchester à Beira-Mar” Naomie Harris, por “Moonlight” Octavia Spencer, por “Estrelas Além do Tempo” Melhor Roteiro Kenneth Lonergan, por“Manchester à Beira-Mar” Damien Chazelle, por “La La Land” Barry Jenkins, por“Moonlight” Tom Ford, por“Animais Noturnos” Taylor Sheridan,, por“A Qualquer Custo” Melhor Animação “Kubo e as Cordas Mágicas” “Zootopia” “My Life as Zucchini” “Moana” “Sing” “Trolls” Melhor Filme Estrangeiro “Toni Erdmann” (Alemanha) “Elle” (França) “Neruda” (Chile) “O Apartamento” (Irã) “Divines” (França) Melhor Trilha Sonora Jóhan Jóhannsson, por “A Chegada” Volker Bertelmann e Dustin O’Halloran, por “Lion” Justin Hurwitz, por “La La Land” Nicholas Britell, por “Moonlight” Benjamin Wallfisch, Pharrell Williams e Hans Zimmer, por “Estrelas Além do Tempo” Melhor Canção “Can’t Stop the Feeling”, de “Trolls” “City of Stars”, de “La La Land” “Faith”, de “Sing” “Gold”, de “Gold” “How Far I’ll Go”, de “Moana” TELEVISÃO Melhor Série de Drama “The Crown” “Game of Thrones” “Stranger Things” “This Is Us” “Westworld” Melhor Série de Comédia/Musical “Atlanta” “Black-ish” “Mozart in the jungle” “Transparent” “Veep” Melhor Minissérie ou Telefilme “American Crime” “The Dresser” “The Night Manager” “The Night Of” “The People vs. OJ Simpson” Melhor Atriz em Série de Drama Caitriona Balfe, por “Outlander” Claire Foy, por “The Crown” Keri Russell, por “The Americans” Winona Ryder, por “Stranger Things” Evan Rachel Wood, por “Westworld” Melhor Ator em Série de Drama Rami Malek, por “Mr. Robot” Bob Odenkirk, por “Better Call Saul” Matthew Reese, por “The Americans” Liev Schreiber, por “Ray Donovan” Billy Bob Thornton, por “Goliath” Melhor Ator em Série de Comédia Anthony Anderson, por “Black-ish” Gael Garcia Bernal, por “Mozart in the Jungle” Donald Glover, por “Atlanta” Nick Nolte, por “Graves” Jeffrey Tambor, por “Transparent” Melhor Atriz em Série de Comédia Rachel Bloom, por “Crazy Ex-Girlfriend” Julia Louis-Dreyfus, por “Veep” Sarah Jessica Parker, por “Divorce” Gina Rodriguez, por “Jane, The Virgin” Tracy Ellis Ross, por “Black-ish” Melhor Ator em Minissérie ou Telefilme Riz Ahmed. por “The Night Of” Bryan Cranston, por “All the Way” John Turturro, por “The Night Of” Tom Hiddleston, por “Night Manager” Courtney B. Vance, por “People v. OJ Simpson” Melhor Atriz em Minissérie ou Telefilme Felicity Huffman, por “American Crime” Riley Keough, por “The Girlfriend Experience” Sarah Paulson, por “People v. OJ Simpson: American crime story” Charlotte Rampling, por “The London Spy” Kerry Washington, por “Confirmation” Melhor Atriz Coadjuvante em Série, Minissérie ou Telefilme Olivia Colman, por “The Night Manager” Lena Headey, por “Game of Thrones” Mandy Moore, por “This Is Us” Chrissy Metz, por “This Is Us” Thandie Newton, por “Westworld” Melhor Ator Coadjuvante em Série, Minissérie ou Telefilme Sterling K. Brown, por “People v. OJ Simpson: American crime story” Hugh Laurie, por “The Night Manager” John Lithgow, por “The Crown” Christian Slater, por “Mr. Robot” John Travolta, por “People v. OJ Simpson: American crime story”
Deadpool, Esquadrão Suicida e Star Trek são pré-selecionados para o Oscar de Melhor Maquiagem
Durante uma entrevista de divulgação de “Deadpool”, o ator Ryan Reynolds brincou que o filme não era “para concorrer ao Oscar”, mas ótimo entretenimento. Pois após ser indicado ao Globo de Ouro de Melhor Comédia do ano, “Deadpool” pode, sim, concorrer ao Oscar. O filme do super-herói abusado é um dos sete filmes pré-selecionados na categoria de Melhor Maquiagem, divulgada pela Academia de Ciências e Artes Cinematográficas dos EUA. A lista também inclui outro filme de super-heróis (“Esquadrão Suicida”), quatro comédias, sendo uma delas sueca (“Um Homem Chamado Ove”) e uma sci-fi (“Star Trek: Sem Fronteiras”), que é favorita pela variedade de alienígenas apresentados. A lista definitiva de indicados sai no dia 24 de janeiro. Por enquanto, confira os pré-candidatos: “A Vingança Está na Moda” “Ave, César” “Deadpool” “Esquadrão Suicida” “Florence – Quem é Essa Mulher?” “Star Trek – Além da Fronteira” “Um Homem Chamado Ove”
Sindicato dos Atores anuncia indicados a Melhores do Ano com algumas surpresas
O Sindicado dos Atores dos EUA (Screen Actors Guild) divulgou a lista de indicados a seu prêmio anual, o SAG Awards. Trata-se do troféu com a maior coincidência de premiação com o Oscar. Neste século, cerca 90% dos vencedores individuais do SAG também receberam o Oscar de Melhor Ator, Atriz e Coadjuvantes. E o motivo é simples: a maior parte dos votantes da Academia são atores, que também votam no prêmio do Sindicato. Por isso, o anúncio dos indicados ao prêmio já serve de aperitivo para o Oscar 2017. E Isabelle Huppert, que vinha vencendo tudo por sua performance com “Elle”, ficou de fora. Em seu lugar, apareceu Emily Blunt, de “A Garota no Trem”, de quem ninguém vinha falando. Isto porque a atriz francesa não é filiada ao sindicato americano. Entretanto, ela não foi a única ausência sentida. O badalado “La La Land – Cantando Estações” emplacou seus atores nas categorias individuais, mas não conseguiu indicação como Melhor Elenco. Para alguns “especialistas”, o prêmio de Melhor Elenco equivaleria ao voto dos atores no Melhor Filme do ano. E ao ficar sem indicação nesta categoria, “La La Land” teria grandes dificuldades de fazer valer seu favoritismo no Oscar. A verdade, porém, é que a coincidência com o Oscar cai para quase 50% na categoria de Melhor Elenco. Se aconteceu mais recentemente com “Spotlight” (2015) e “Birdman” (2014), não houve reciprocidade com “Trapaça” (2013), que perdeu para “12 Anos de Escravidão”, nem “Histórias Cruzadas” (2011), batido por “O Artista” (2011) na premiação da Academia. Outros vencedores do SAG de Melhor Elenco que não venceram o Oscar foram “Bastardos Inglórios” (2009), “A Pequena Miss Sunshine” (2006), “Sideways” (2004), “Gosford Park” (2002) e “Traffic” (2000), para ficar neste século. Já em relação às categorias individuais, a sincronia chega a ser entediante. Para dar noção da forte confluência entre as duas premiações, nesta década absolutamente todos os atores que venceram o SAG conquistaram também o Oscar e apenas uma atriz ficou sem a estatueta da Academia: Viola Davis, premiada pelo Sindicato por “Histórias Cruzadas”, perdeu o Oscar para Meryl Streep por “A Dama de Ferro” (2011). A diferença é maior entre os coadjuvantes, mesmo assim o dobro de um é dois. A cerimônia de entrega do SAG Awards acontece no dia 29 de janeiro em Los Angeles, com transmissão para o Brasil pelo canal pago TBS. Melhor Elenco Capitão Fantástico Fences Estrelas Além do Tempo Manchester à Beira-Mar Moonlight Melhor Ator Casey Affleck – Manchester à Beira-Mar Andrew Garfield – Até o Último Homem Ryan Gosling – La La Land – Cantando Estações Viggo Mortensen – Capitão Fantástico Denzel Washington – Fences Melhor Atriz Amy Adams – A Chegada Emily Blunt – A Garota no Trem Natalie Portman – Jackie Emma Stone – La La Land – Cantando Estações Meryl Streep – Florence Quem é Essa Mulher? Melhor Ator Coadjuvante Mahershala Ali – Moonlight Jeff Bridges – A Qualquer Custo Hugh Grant – Florence Quem é Essa Mulher? Lucas Hedges – Manchester à Beira-Mar Dev Patel – Lion – Uma Jornada Pra Casa Melhor Atriz Coadjuvante Viola Davis – Fences Nicole Kidman – Lion – Uma Jornada Pra Casa Naomie Harris – Moonlight Octavia Spencer – Estrelas Além do Tempo Michelle Williams – Manchester à Beira-Mar Melhor Elenco em Série de Drama The Crown Downton Abbey Game of Thrones Stranger Things Westword Melhor Elenco em Série de Comédia The Big Bang Theory Black-ish Modern Family Orange Is The New Black Veep Melhor Ator em Série de Drama Sterling K. Brown – This Is Us Peter Dinklage – Game of Thrones John Lithgow – The Crown Rami Malek – Mr. Robot Kevin Spacey – House of Cards Melhor Atriz em Série de Drama Millie Bobby Brown – Stranger Things Claire Foy – The Crown Thandie Newton – Westword Winona Wyder – Stranger Things Robin Wright – House of Cards Melhor Ator em Série de Comédia Anthony Anderson – Black-ish Tituss Burgess – Unbreakable Kimmy Schmidt Ty Burrell – Modern Family William H. Macy – Shameless Jeffrey Tambor – Transparent Melhor Atriz em Série de Comédia Uzo Aduba – Orange Is The New Black Jane Fonda – Grace & Frankie Ellie Kemper -Unbreakable Kimmy Schmidt Julia Louis-Dreyfus – Veep Lily Tomlin – Grace & Frankie Melhor Ator em Telefilme ou Minissérie Riz Ahmed – The Night Of Sterling K. Brown – The People v. O.J. Simpson: American Crime Story Bryan Cranston – All The Way John Turturro – The Night Of Courtney B. Vance – The People v. O.J. Simpson: American Crime Story Melhor Atriz em Telefilme ou Minissérie Bryce Dallas – Black Mirror Felicitty Huffman – American Crime Audra McDonald – Lady Day at Emerson’s Bar & Grill Sarah Paulson – The People v. O.J. Simpson: American Crime Story Kerry Washington – Confirmation Melhor Elenco de Dublês em Cinema Capitão América Guerra Civil Doutor Estranho Animais Noturnos Até o Último Homem Jason Bourne Melhor Elenco de Dublês em Televisão Game of Thrones Marvel’s Daredevil Marvel’s Luke Cage The Walking Dead Westworld











