Cuba Gooding Jr. é acusado de estupro
O ator Cuba Gooding Jr. (o O.J. Simpson de “American Crime Story”) foi novamente acusado de abuso sexual. Desta vez, uma mulher o denunciou por estupro, que teria acontecido duas vezes numa mesma noite, em 2013. Ele já aguarda julgamento por outros três casos de agressão sexual. A autora da nova denúncia, que permanece anônima na ação civil movida em Nova York, afirma que o ator de 52 anos a levou a um hotel depois de conhecê-la em um bar de Manhattan. De acordo com o processo, ele disse que lá se encontrariam com amigos. Em seguida, ele a teria levado para o quarto em que estava hospedado, alegando que iria trocar de roupa, mas, segundo o documento, a estuprou duas vezes. “As acusações são falsas e difamatórias”, disse o advogado de Gooding, Mark Jay Heller, à imprensa. “Acreditamos que o caso será arquivado”, acrescentou. No ano passado, Cuba Gooding Jr. foi alvo de três denúncias de agressão sexual, mas ainda não há data para seu julgamento. O ator foi acusado de apalpar uma mulher em um restaurante de Nova York em setembro de 2018, beliscar as nádegas de uma segunda mulher um mês depois em uma boate e tocar os seios de uma terceira mulher em um bar, em junho de 2019. Pelo conjunto da obra, ele pode pegar no máximo um ano de prisão. Mas há outras queixas contra o ator – pelo menos 21 mulheres se pronunciaram contra ele nas redes sociais. Nenhum desse casos, porém, trata de estupro. Isto muda sua situação complemente. Só que a nova denunciante não buscou a justiça criminal. Em vez disso, quer uma compensação financeira por valor não determinado.
Caso com atriz derruba chefões da Warner e da Universal
Charlotte Kirk ostenta no seu currículo uma façanha curiosa, ao se tornar supostamente responsável pela queda de dois dos executivos mais poderosos de Hollywood. Pouco mais de um ano após Kevin Tsujihara ser forçado a se demitir da presidência da Warner Bros. em meio a denúncias de que ele teria usado sua posição para ajudar a atriz a conseguir papéis, após ter feito sexo com ela, foi a vez de Ron Meyer, vice-presidente do conglomerado NBCUniversal, ter o mesmo destino. Embora o nome de Charlotte Kirk não tenha sido oficialmente apresentado, Meyer perdeu seu emprego nesta terça (18/8), após 25 anos na companhia, por um caso extraconjugal que o colocou sob chantagem. Várias publicações americanas apuraram que a mulher misteriosa do affair era a mesma responsável pela queda de Tsujihara. A notícia do afastamento de Meyer foi compartilhada por Jeff Shell, CEO da NBCUniversal, em comunicado aos funcionários. “Estou escrevendo para compartilhar algumas notícias infelizes. No final da semana passada, Ron Meyer informou à NBCUniversal que ele agiu de uma maneira que acreditamos não ser consistente com as políticas ou valores de nossa empresa”, diz o texto do CEO. “Com base na divulgação dessas ações por Ron, concluímos mutuamente que Ron deveria deixar a empresa, com efeito imediato. Agradecemos a Ron por seus 25 anos de serviço e por suas contribuições significativas para a NBCUniversal.” Meyer teria revelado o relacionamento a seus chefes após sofrer chantagem. “É com o coração pesado que anuncio minha saída da NBCUniversal”, disse Meyer em seu texto. “Recentemente, revelei para minha família e para a empresa que fiz um acordo, sob ameaça, com uma mulher de fora da empresa que havia feito falsas acusações contra mim. É uma mulher com quem tive um caso muito breve e consensual há muitos anos atrás. Fiz esta divulgação porque outras partes souberam do acordo e continuamente tentaram me extorquir para pagar-lhes dinheiro ou então implicariam falsamente a NBCUniversal, que não tinha nada a ver com este assunto, e fariam falsas alegações sobre mim. Depois de revelar este assunto à empresa, decidimos mutuamente que eu deveria deixar meu cargo de vice-presidente da NBCUniversal. Passei 25 anos ajudando a crescer e apoiando uma empresa incrível em um trabalho que adoro. É das pessoas desta empresa que terei mais saudades. Lamento o que aconteceu e lamento por todas as pessoas em minha vida que posso ter decepcionado, especialmente e mais importante, a minha família.” No caso de Tsujihara, mensagens de texto mostraram que ele fez lobby para que Kirk fosse contratada para filmes da Warner, um abuso de poder que levou à sua demissão. Mas, com Meyer, a projeção profissional de Kirk na Universal não se mostrou aparente. O escândalo que derrubou Tsujihara e agora Meyer ilustra o outro lado do “teste de sofá”, o costume de troca de favores sexuais para fechar negócios e avançar carreiras em Hollywood. Porque a atriz envolvida sabia exatamente o que ia acontecer e o que poderia conseguir ao ter sexo com os executivos – o oposto das denúncias de sexo forçado contra Weinstein que originaram o movimento #MeToo. Tudo começou quando Charlotte Kirk se envolveu com o produtor James Packer em 2013. Segundo apurou a revista The Hollywood Reporter, a atriz foi instada por Packer, em mensagem de texto, a ir a um encontro no quarto de hotel de Kevin Tsujihara, que já era um dos executivos mais poderosos da Warner e poderia ajudaria sua carreira. Ainda de acordo com o THR, na manhã seguinte ela relatou a Packer que Tsujihara não quis nem conversar, só “f****”. Três dias depois, Tsujihara e Packer fecharam um negócio de US$ 450 milhões, criando uma parceria de produção entre o estúdio de cinema Warner Bros. e a RatPac-Dune Entertainment, empresa de Packer e do cineasta Brett Ratner (que atualmente enfrenta processos por assédio sexual). A relação de Tsujihara com a atriz aconteceu quando ele já era casado com Sandy Tsujihara, com quem tem dois filhos. Sabendo disso, Charlotte Kirk passou a enviar mensagens para Tsujihara exigindo papéis em filmes da Warner. Um dos textos, que foi publicado pela THR dizia: “Você está muito ocupado, eu sei, mas quando estávamos naquele hotel fazendo sexo você disse que iria me ajudar. Quando você simplesmente me ignora, como está fazendo agora, faz com que eu me sinta usada. Você vai me ajudar como disse que faria?”. Kirk foi escalada em pequenos papéis em dois filmes da Warner: “Como Ser Solteira” (2016) e “Oito Mulheres e um Segredo” (2018). E, de acordo com documentos obtidos pela THR, fez testes para vários outros projetos na Warner e na produtora Millenium de Avi Lerner. Os textos publicados mostram que, ao longo do tempo, Kirk ficou cada vez mais agitada porque não estava conseguindo tantos papéis quanto imaginou. Até que Brett Ratner resolveu assumir o controle da situação, mandando seu advogado Marty Singer intermediar um acordo que daria à atriz preferência para participar de testes, além de lhe garantir uma aparição em um filme dirigido por Ratner. Quem revelou isso foi o advogado à revista. O acordo proposto nunca foi assinado, segundo Singer, porque o próprio Ratner viu sua carreira implodir. Diretor de “X-Men: O Confronto Final” (2006) e da trilogia “A Hora do Rush”, ele foi acusado por seis mulheres de assédio sexual. Entre as vítimas estavam as atrizes Olivia Munn e Natasha Henstridge, que detalharam suas experiências ao jornal Los Angeles Times, durante o auge do movimento #MeToo. Com o escândalo, a atriz Gal Gadot teria condicionado sua participação na sequência de “Mulher-Maravilha” ao afastamento de Ratner da produção. Assim, o acordo milionário entre a Ratpac-Dune e a Warner foi cancelado. A acusação de chantagem feita por Meyer sugere que um terceiro está envolvido na extração de dinheiro em troca de silêncio. Como Tsujihara, Meyer era um dos homens mais poderosos de Hollywood quando se envolveu com Kirk. Mas ela não conseguiu papel em nenhuma produção da Universal. Charlotte Kirk terminou recentemente duas filmagens: o terror britânico “The Reckoning”, de Neil Marshall, e a comédia indie “Nicole and O.J.”, que marcam seus primeiros papéis como protagonista. Sobre o primeiro filme, vale observar que Kirk chama o diretor Neil Marshall de seu “amor” no Instagram, em meio a várias fotos que demonstram a proximidade do casal.
Rose McGowan diz ter sofrido abuso do diretor de Nebraska aos 15 anos
A atriz Rose McGowan acusou o diretor Alexander Payne, de filmes como “Sideways” (2004), “Descendentes” (2011), “Nebraska” (2013) e “Pequena Grande Vida” (2017), de abuso sexual. Ela compartilhou sua suposta experiência com Payne em uma coleção de tuítes no domingo e na segunda-feira, contando como passou um tempo com o vencedor de dois Oscars quando tinha 15 anos de idade. “Você me sentou e exibiu um filme pornô leve que dirigiu para a Showtime com um nome diferente”, escreveu ela. “Ainda me lembro do seu apartamento em Silverlake.” McGowan, que foi uma das primeiras mulheres a falar abertamente sobre os abusos de Harvey Weinstein, condenado por agressão sexual, disse que Payne a deixou em uma esquina após passarem um tempo juntos. Em outro tuíte, a atriz disse que não estava mencionando o incidente com a intenção de “destruir”. Em vez disso, ela exigiu um reconhecimento e um pedido de desculpas do diretor. Ela também publicou um longo texto em seu Instagram, ao lado de uma foto de si mesma aos 15 anos, sem nomear Payne, a quem se referiu diretamente no Twitter. “Durante anos, pensei que um homem com quem tive relações sexuais era uma experiência sexual que tive. Agora sei que fui aliciada. Eu fiz o teste para ele aos 15 anos. Depois da minha experiência com ele, parei totalmente de atuar até ser ‘descoberta’ aos 21 anos. Quando isso aconteceu, eu pensei, f***-se, vamos fazer isso. Eu até enviei um tuíte de parabéns por sua vitória no Oscar em 2012, para mostrar o quanto eu estava envolvida no Culto de Hollywood. Só três semanas depois que a história de Weinstein foi divulgada é que reavaliei a situação”, escreveu. “Eu me sinto mal por jogar uma bomba na vida e na carreira de alguém, mas acho que isso é um condicionamento social. Estou mais triste do que com raiva. Triste por mim com 15 anos. Triste pelo eu adulta que ainda pensava que foi uma escolha que fiz. O aliciamento é real. Quero que todos saibam que não é sua culpa se você foi massageada mentalmente para pensar que está tudo bem. Não está. Eu sei disso agora. Eu até chegava a esse diretor em eventos e perguntava a ele, com um sorriso: ‘lembra quando você fez sexo comigo aos 15 anos?’. E eu riria disso. Essa é uma programação social profunda. Se você está tentando fazer sexo com um menor de idade, está cometendo um crime, mesmo que o menor não saiba disso. Eu estava atraída por ele, então pensei que fosse algo por mim, mas isso não é correto. Eu não era adulta”, acrescentou. McGowan já tinha mencionado o caso em 2018, sem citar nomes, durante uma conversa com Ronan Farrow. Durante a conversa, Farrow observou que a atriz disse a ele que havia sofrido um estupro ainda menor nas mãos de “um homem importante de Hollywood”. Ela não citou nomes na época, mas disse que o diretor a levou para casa, mostrou um filme impróprio e se envolveu sexualmente com ela. Ela disse a Farrow que, como se sentiu atraída por ele, interpretou o incidente como uma “experiência sexual”. Payne ainda não se manifestou desde que a acusação veio à tona. Alexander Payne. You sat me down & played a soft-core porn movie you directed for Showtime under a different name. I still remember your apartment in Silverlake. You are very well-endowed. You left me on a street corner afterwards. I was 15. pic.twitter.com/mVqiN4S9NW — Rose McGowan (@rosemcgowan) August 17, 2020 Ver essa foto no Instagram Last night I dropped a bomb of truth. For years I had thought a man I had sexual relations with was a a sexual experience I had. I now know I was groomed. I auditioned for him at 15. After my experience with him, I quit acting entirely until I was ‘discovered’ at 21. When that happened, I was like, fuck it, let’s do this. I even tweeted a congratulations on his Oscar win in 2012, that’s how deep in the Cult of Hollywood I was. It wasn’t until three weeks after the Weinstein story broke that I re-evaluated the situation. I feel badly about throwing a bomb into someone’s life and career, but I guess that’s social conditioning. I’m more sad than angry. Sad for 15 year-old me. Sad for the adult me that still thought it was a choice I made. Grooming is real. I want you all to know that it’s not your fault if you were mentally massaged into thinking it’s okay. It is not. I know this now. I would even go up to this director at events and ask him, with a smile, “remember when you had sex with me at 15?” And I would laugh it off. That is deep societal programming. If you are out there trying to have sex with an underage minor, you are committing a crime, even if the minor doesn’t know it. I was attracted to him, so I thought it was on me, but that’s not correct. I was not an adult. When it happened, I’d recently been left behind in Hollywood by a family member to fend for myself. The wolves preyed. Please recognize that if this has happened to you, the shame is not yours, it’s theirs. Give it back. Groomers are skilled operators and at 15, I was not aware of the warning signs. I named him on Twitter, but since Instagram is my softer side, I just don’t want his name here. Goddess bless us all, except for those that abuse their power. Here’s to freedom, yours and mine. Uma publicação compartilhada por Rose McGowan (@rosemcgowan) em 17 de Ago, 2020 às 1:56 PDT
Intérprete de Ciborgue diz que produtor de Liga da Justiça ameaçou sua carreira
O ator Ray Fisher voltou a fazer acusações contra a equipe de “Liga da Justiça” nas redes sociais. Desta vez, ele acusou o produtor Geoff Johns de ameaçar acabar com sua carreira caso insistisse em levar adiante as queixas contra o cineasta Joss Whedon durante as refilmagens. O intérprete de Ciborgue denunciou Joss Whedon no início de julho. “O tratamento de Joss Whedon com o elenco e com a equipe de ‘Liga da Justiça’ foi grosseiro, abusivo, nada profissional e completamente inaceitável”, ele escreveu no Twitter, acrescentando que o diretor foi “incentivado, de várias maneiras, por Geoff Johns e Jon Berg”, os produtores do filme. Agora, ele deu mais detalhes, dizendo ter sido chamado para uma reunião no escritório do roteirista e produtor Geoff Johns. No local, ele ouviu ameaças por conta de seu empenho em expor os problemas que alega ter visto na produção de “Liga da Justiça”, como o comportamento abusivo do diretor substituto. Whedon comandou apenas a fase de refilmagens, após o afastamento de Zack Snyder da produção. Fisher escreveu: “Durante as filmagens de ‘Liga da Justiça’ em Los Angeles, Geoff Johns me chamou até o escritório dele para minimizar e censurar minhas tentativas (e as do meu agente) em levar minhas queixas até as pessoas certas na cadeia de comando. Ele fez uma ameça velada à minha carreira. Esse comportamento não pode continuar”. Nenhuma das acusações de Fisher ganhou resposta de Whedon e Johns até o momento. Diante do silêncio, ele chegou a desafiar Whedon a processá-lo se fosse mentira. Já Jon Berg acusou Fisher de estar pelo menos exagerando. O produtor disse que as alegações se devem a seu descontentamento em ter de falar “Booyah” no filme, um bordão do Ciborgue que se tornou famoso nos quadrinhos. Geoff Johns é o único dos três ainda envolvido ativamente com produções da DC Comics. Neste ano, Johns lançou a série “Stargirl”, que ele criou, escreveu e produziu, baseada em seus próprios quadrinhos para a editora. Ele também é roteirista de “Mulher-Maravilha 1984”. Berg, por sua vez, tenta tirar do papel vários projetos, mas seu último crédito como produtor de filmes da DC foi em “Aquaman” (2018). E embora não esteja mais atrelado a filmes da DC, Whedon continua trabalhando para a Warner. A HBO vai lançar sua próxima série, “The Nevers”, em 2021. Ver essa foto no Instagram Accountability>Entertainment Uma publicação compartilhada por Ray Fisher (@ray8fisher) em 12 de Ago, 2020 às 1:58 PDT
Audrie & Daisy: Jovem protagonista de documentário da Netflix se suicida
A jovem Daisy Coleman, de 23 anos, que inspirou o documentário “Audrie & Daisy” da Netflix, cometeu suicídio na terça (4/8), segundo informou sua mãe, Melinda Coleman, em uma rede social. Daisy contou sua história em “Audrie & Daisy”, descrevendo os ataques que recebeu após denunciar um estupro aos 14 anos, tendo sido xingada de “mentirosa”, “vadia” e “idiota” até ter a casa de sua família incendiada. Além de Daisy, o documentário da Netflix, lançado em 2016, também contou a história de Audrie Pott, de 15 anos. As duas relataram ter sido estupradas por adolescentes que consideravam seus amigos e sofreram retaliações parecidas da comunidade em que viviam após denunciar o crime. Ambas também tiveram o mesmo fim. Fotos de Audrie sofrendo a violência foram compartilhadas na internet, o que contribuiu para que ela se enforcasse oito dias depois. “Minha filha, Catherine Daisy Coleman, se suicidou ontem à noite”, escreveu Melinda. “Ela era minha melhor amiga e uma filha incrível. Acho que ela queria mostrar que eu poderia viver sem ela. Queria poder ter curado sua dor. Ela nunca se recuperou daquilo que aqueles garotos fizeram com ela, e não é justo. Minha garotinha se foi.” Daisy relatou ter sido estuprada em 2012 por Matthew Barnett, um adolescente que vivia em sua cidade, no Missouri, Estados Unidos. Ela disse ter sido drogada e abandonada do lado de fora de sua casa, usando apenas uma camiseta, sob temperatura abaixo de zero grau. Barnett, que pertencia a uma família influente, declarou-se culpado, mas de uma acusação mais branda, alegando que o sexo com Daisy foi consensual. Ele não foi preso e atualmente cursa uma universidade no Missouri. Em vez de gerar apoio à vítima, a denúncia desencadeou uma retaliação desproporcional contra a família de Daisy, que se tornou alvo de bullying — físico e virtual. Ela tentou se suicidar outras vezes, antes de conseguir. “Sinto que as pessoas têm certas opiniões e percepções sobre mim e sobre casos como o meu porque não têm educação”, disse Daisy à revista People em 2017, aos 19 anos, após o lançamento do documentário. “É exatamente por isso que estou tentando explicar às pessoas o que está acontecendo em nossa sociedade.” Veja abaixo o trailer de “Audrie & Daisy”, que denunciou tudo o que aconteceu.
Atores confirmam denúncias de maus tratos no programa de Ellen DeGeneres
A produção do “Ellen DeGeneres Show” virou alvo de acusações de maus tratos, assédio e de ser um ambiente tóxico para seus empregados numa reportagem do site Buzzfeed com entrevistas de ex-funcionários. A situação chegou a ponto do estúdio Warner iniciar uma investigação interna, encerrada na quinta-feira (30/7) com promessas de mudanças e justificativas da própria DeGeneres. Entretanto, as declarações apenas alimentaram denúncias no Twitter, desta vez de artistas famosos. A manifestação da Warner tinha o objetivo de encerrar a controvérsia. “Embora nem todas as alegações tenham sido corroboradas, estamos desapontados por as principais conclusões da investigação indicarem algumas deficiências relacionadas ao gerenciamento diário do programa”, afirmou o estúdio no comunicado divulgado na quinta. “Identificamos várias mudanças na equipe, juntamente com as medidas apropriadas para resolver os problemas levantados, e estamos dando os primeiros passos para implementá-las. A Warner Bros. e Ellen DeGeneres estão todos comprometidos em garantir um local de trabalho baseado no respeito e na inclusão. Estamos confiantes de que esse curso de ação nos levará ao caminho certo a seguir no programa. ” Por sua vez, Ellen DeGeneres tentou se justificar, afirmando num comunicado que a causa dos problemas seria resultado dela delegar demais aos produtores e estar distante dos bastidores. Ela afirmou “não ser capaz de ficar por dentro de tudo”. “Quem me conhece sabe que é o oposto do que eu acredito e do que eu esperava para o nosso programa”, ela escreveu. Mas algumas pessoas que a conhecem decidiram romper o silêncio após estas declarações, trazendo à tona as primeiras denúncias de convidados do programa, que até então não tinham se manifestado. O comediante Brad Garrett (“Single Parents”), que apareceu seis vezes no “Ellen DeGeneres Show”, tuitou que era de “conhecimento comum” que a equipe era “tratada horrivelmente” pela própria DeGeneres. Ele afirmou: “Conheço mais de uma [pessoa] que foi tratada horrivelmente por ela”, acrescentando que os problemas denunciados vinham “do topo”. A acusação foi reforçada pela atriz Lea Thompson (“Sierra Burgess É uma Loser”), que replicou a denúncia com uma mensagem afirmando que se tratava de “História verdadeira”. Outros dois convidados, que não quiseram revelar a identidade, disseram ao site Page Six que os produtores exigiam que as pessoas bajulassem DeGeneres ao vivo. “Elogie Ellen, diga a ela que grande fã você é”, lembrou uma das fontes. Um dos entrevistados, que esteve na atração há três anos, revelou ter ficado desconfortável ao receber aquelas orientações. Os comentários se alinham a rumores que circulam em torno de DeGeneres há anos – e que a reportagem do Buzzfeed sobre as condições de trabalho do programa evitaram abordar. Se os tuítes de Garrett e Thompson abrirem uma avalanche de denúncias, a própria realização do programa diurno de Ellen DeGeneres, no ar desde 2003 na TV americana, pode ser colocada em risco. Notas sobre um suposto cancelamento e até mesmo provável vontade de DeGeneres de desistir do programa já começaram a aparecer em publicações especializadas em fofoca neste fim de semana… Sorry but it comes from the top @TheEllenShow Know more than one who were treated horribly by her. Common knowledge. DeGeneres Sends Emotional Apology to Staff – Variety https://t.co/D0uxOgyyre — Brad Garrett (@RealBradGarrett) July 31, 2020 True story. It is. — Lea Thompson (@LeaKThompson) July 31, 2020
Promotoria de Paris pede reabertura de acusação de estupro contra Gérard Depardieu
A promotoria de Paris pediu a um juiz que investigue acusações de estupro contra o ator Gérard Depardieu, que foram reapresentadas pela segunda vez na justiça francesa. Segundo a Agência France-Presse, quem denuncia é uma atriz não identificada de cerca de 22 anos, que apresentou uma queixa com a constituição de uma parte civil para relançar este caso, que veio à tona em agosto de 2018, em meio ao movimento #MeToo, mas havia sido abandonado pela justiça há um ano. As denúncias com constituição de uma parte civil permitem abrir quase automaticamente um processo judicial e designar um juiz de investigação. Agora o juiz deverá decidir se abrirá uma investigação, o que costuma acontecer na grande maioria dos casos. A advogada Elodie Tuaillon-Hibon diz em comunicado que sua cliente “quer que a justiça e particularmente as autoridades judiciais (…) possam fazer seu trabalho com serenidade e calma”, e lamenta que a investigação anterior tenha terminado “inexplicavelmente arquivada”. Em junho de 2019 o MP, suspendeu sua investigação preliminar após nove meses, concluindo que “as diversas investigações realizadas” não permitiram “caracterizar as infrações denunciadas”. Segundo a atriz, os eventos ocorreram no palácio que Depardieu tem em Paris, nos dias 7 e 13 de agosto de 2018. O advogado de Gérard Depardieu, Hervé Témime, não quis comentar o caso. Mas quando a denúncia foi arquivada, ele reclamou que a justiça tinha estendido demais esse caso e disse que seu cliente sofreu “dano irreparável com a divulgação dessas acusações”. Na época, Témime também confirmou que Depardieu conhece a mulher, mas negou que os dois estiveram juntos nas datas mencionadas na denúncia. Depardieu, que completou 70 anos em dezembro, seria amigo do pai da jovem acusadora, que ele resolveu apadrinhar, aconselhando-a em seus primeiros passos como atriz. O ator nega qualquer abuso.
Produtores de X-Men confirmam rumores de mau comportamento de Bryan Singer
Uma reportagem da revista The Hollywood Reporter sobre os 20 anos do filme “X-Men” trouxe à tona a roupa suja dos bastidores da saga, revelando uma rotina de tumultos envolvendo o diretor Bryan Singer, responsável por quatro dos sete filmes da franquia. De acordo com o artigo, o comportamento do cineasta já incomodava o elenco no primeiro longa, lançado em 2000, mas a situação piorou muito no segundo, de 2003, a ponto de todo os intérpretes se unirem contra ele. Singer tinha apenas 34 anos quando filmou “X-Men, e os relatos revelam abusos de drogas, brigas com roteiristas e até se envolvido em denúncias de assédio sexual. Um ator que esteve no filme processou a produção, alegando ter sido estuprado por pessoas ligadas ao cineasta. Surgiram até rumores de que Singer estava escalando atores em troca de sexo. Um caso emblemático foi do desconhecido Alex Burton, então com 18 anos e sem qualquer experiência notável, que acabou ganhando o papel de Pyro – apenas para ser substituído no segundo filme por Aaron Stanford. Um executivo da Fox que não quis ser identificado definiu assim a situação: “Seu comportamento era terrível. Nós acomodamos as coisas no primeiro filme, acomodamos no segundo… E seguidamente. E criamos um monstro” A produtora Lauren Shuler Donner deu aval à constatação. “O cinema é um negócio engraçado. Nós homenageamos a criatividade e o talento. Inconscientemente, acho que fechamos os olhos para todo o resto que acontece em volta”. Uma das situações que quase levou à demissão do diretor aconteceu durante uma briga com o produtor Tom DeSanto, que tentou impedir que uma cena de ação fosse filmada em “X-Men 2” sem o coordenador de dublês. Na ocasião, Singer estaria “incapacitado” de fazer seu trabalho direito por estar sob efeito de drogas. Quando a cena foi rodada, Hugh Jackman, um dos principais nomes da franquia, se machucou a ponto de sair coberto de sangue. Ainda assim, os executivos da Fox ficaram do lado de Singer, fazendo DeSanto deixar a produção. Em resposta, o elenco inteiro, com exceção de Ian McKellen e Rebecca Romijn, que não tinham gravações naquele dia, cercaram o cineasta em seu trailer, avisando que deixariam o filme caso DeSanto não retornasse. O diretor completou o filme, mas foi dispensado de “X-Men: O Confronto Final” (2006). Só que este filme foi um fracasso completo. A Fox tentou um reboot da franquia em “X-Men: Primeira Classe” (2011), também com desempenho abaixo do esperado. E assim Singer foi resgatado para filmar “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido” (2014). O lançamento eletrizou os fãs, mas o diretor precisou ser afastado da divulgação devido a um processo por abuso de menor. O caso acabou abandonado por inconsistências da acusação – a vítima alegava que Singer teria viajado com ele ao Havaí em data em que estava filmando em Toronto. Com a acusação desacreditada, Singer pôde comandar “X-Men: Apocalipse” (2016). Mas os problemas continuaram, com Olivia Munn, que viveu Psylocke, reclamando publicamente de várias ausências do diretor durante as filmagens. A Fox continuou do lado do diretor, que enfrentou nova acusação de abuso sexual enquanto filmava “Bohemian Rhapsody”. Até perder a paciência quando Singer desapareceu do set durante dias, deixando atores – e os integrantes da banda Queen – sem saber o que fazer. Ele acabou demitido e substituído por Dexter Fletcher (“Rocketman”), que terminou as filmagens. Ninguém mais falou seu nome, especialmente durante os (muitos) agradecimentos da temporada de premiação. Pressionado a se manifestar, Rami Malek, vencedor do Oscar de Melhor Ator pelo filme, afirmou apenas que sua relação com Singer foi bastante “desagradável”. Para completar, a reportagem questionou como alguém tão complicado fez tantos filmes de grande orçamento e contou com apoio irrestrito do estúdio por tanto tempo. “Vocês precisam entender. O cara era brilhante”, explicou Donner. “É por isso que o toleramos por tanto tempo. Se ele não fosse tão f*****, seria visto como um grande diretor”. O também produtor Ralph Winter, que interviu nas filmagens de “X-Men 2”, defende a franquia e separa os filmes de seu diretor. “Acredito que ‘X-Men’ irá sobreviver ao teste do tempo. Eu não acho que o filme esteja manchado de nenhuma forma por conta de qualquer coisa que tenha a ver com Bryan. E com sorte Bryan também irá sobreviver de alguma forma através de sua carreira como cineasta”. Desde a demissão por abandono em “Bohemian Rhapsody”, Bryan Singer não encontrou mais trabalho como diretor.
Ashley Judd ganha aval da Justiça para processar Harvey Weinstein
A Justiça americana deu ganho de causa para a atriz Ashley Judd na apelação de seu processo contra Harvey Weinstein. A atriz foi a primeira a acusar Weinstein na imprensa, colocando a carreira em risco para permitir que outras mulheres se manifestassem. Sua atitude encorajou uma centena de denúncias e deu início ao movimento #MeToo nas redes sociais, mas os advogados do produtor impediram que ela o processasse. A atriz afirma ter sido prejudicada propositalmente em sua carreira por se recusar a ter relações sexuais com Weinstein. Já a defesa do produtor alega que ele não era chefe dela, portanto não teria esse poder. Ela entrou com um recurso na Justiça e a análise, feita por três juízes, foi que, mesmo sem vínculo direto, a posição de produtor e de dono de estúdio estabelecia uma relação de poder de Weinstein sobre a atriz, permitindo que ela fosse prejudicada. “Em virtude da posição profissional e de sua influência, Weinstein se colocava em uma posição única de poder coercivo sobre [Ashley] Judd, que era jovem e no início de sua carreira na época do assédio”, disse a juíza Mary H Murguia. “Mais ainda, dada a forte influência e inevitável presença de Weinstein na indústria do cinema, era muito difícil para Judd romper com ele ‘sem dificuldade tangível’, ainda mais que a vida de atriz dependia de ser convidada para os papéis”, acrescentou. Ashley relatou que, nos anos 1990, quando estava em ascensão em Hollywood, Weinstein a chamou para uma reunião em um quarto de hotel, onde tirou a roupa e tentou fazer massagem nela. A atriz diz que, depois que ela se recusou, Weinstein passou a pressionar diretores a não escalá-la em novos filmes, levando-a a perder importantes oportunidades de trabalho. Embora tenha reclamado disso por muitos anos, só quando os abusos de Weinstein chegaram na imprensa é que diretores se manifestaram sobre a pressão sofrida para não escalar determinadas atrizes. Em entrevista, Peter Jackson revelou que Weinstein o desencorajou a contratar tanto Ashley quanto Mira Sorvino, outra atriz que o produtor tentou abusar, chamando ambas de “um pesadelo para se trabalhar”. Na época, Jackson estava dando início à produção da trilogia “O Senhor dos Anéis”. O processo aberto por Ashley acusa Weinstein de difamação, abuso de poder e assédio sexual. A vitória obtida na quarta (29/7) foi celebrada pelos advogados da atriz, que agora pode prosseguir com a ação.
Ray Fisher desafia Joss Whedon a processá-lo após reforçar denúncias de abuso
O ator Ray Fisher, que viveu Ciborgue em “Liga da Justiça”, aumentou o tom contra Joss Whedon. Após denunciar o diretor no Twitter, por comportamento abusivo no set do filme, ele fez novas acusações durante sua participação na convenção online Justice Con, neste sábado (25/7). “Eu não me importo de ficar mal-falado ou perder trabalhos por falar sobre isso, não se conseguir fazer justiça. O que eu quero dizer é que o cara provavelmente está assustado, e deveria estar mesmo, porque vamos chegar ao fundo de tudo o que aconteceu”, ele jurou. Whedon tinha participação confirmada na Comic-Con@Home, que também está acontecendo no fim de semana, mas seu painel foi discretamente cancelado pelos organizadores do evento virtual. Este foi um dos motivos de Fisher sugerir que ele estaria “com medo”. O ator ainda afirmou que está reunindo provas e testemunhas para corroborar sua acusação. “Demorei dois anos e meio para reunir as evidências e construir um caso sólido o bastante para que minhas acusações não fossem simplesmente ignoradas. Eu abordei algumas pessoas e perguntei se elas poderiam contar suas histórias, mesmo que fosse anonimamente, confidencialmente. Estamos no processo de reunir tudo isso, tendo certeza que essas pessoas não sofram retaliação por contarem suas histórias.” O intérprete do Ciborgue comentou que está acostumado a lidar com racismo em Hollywood, e que “não se ofende com qualquer comentário”, mas que o nível de abuso no set de “Liga da Justiça” não foi aceitável. O ator ainda voltou a acusar os produtores Jon Berg e Geoff Johns de acobertarem o que estava acontecendo, dizendo que, na época das filmagens, levou suas denúncias “às pessoas que estavam no comando”, mas que nada foi feito. Ele ainda desafiou o diretor. “Se qualquer coisa que eu disse sobre [Joss Whedon] for mentira, eu o convido, sinceramente, a me processar. Pode vir.” Whedon foi o diretor contratado para realizar refilmagens de “Liga da Justiça”, após a Warner aproveitar uma tragédia pessoal de Zack Snyder para afastar o diretor original. Responsável pelo blockbuster “Os Vingadores”, Whedon refilmou boa parte do longa dos heróis da DC, mas o resultado híbrido, parte Snyder e parte Whedon, foi uma catástrofe, despertando curiosidade sobre a versão de Snyder, que será finalmente conhecida, após campanha dos fãs convencer os novos donos do estúdio a financiar a montagem alternativa – o lançamento vai acontecer em 2021 na HBO Max. Veja abaixo o vídeo com a participação de Ray Fisher. A polêmica vem à tona após os primeiros 26 minutos de conversa.
Astro de MacGyver revela ter denunciado produtor da série após se tornar suicida
O astro de “MacGyver”, Lucas Till, assumiu ter sido uma das pessoas que encaminhou uma queixa à produtora CBS Television Studios, que culminou na demissão do produtor executivo Peter M. Lenkov no início deste mês. Ele fez a confissão em uma entrevista publicada pela revista Vanity Fair, afirmando que o ambiente tóxico criado pelo ex-produtor no set da série o levou ao “ponto de ruptura” e se sentindo “suicida”. Till diz que foi vítima de bullying, abuso verbal e body shaming por Lenkov, que foi demitido após uma investigação sobre queixas de ambiente tóxico em “MacGyver” e “Hawaii Five-0”. Ele também produzia “Magnum P.I.”. “Eu nunca trabalhei tão duro na minha vida e não me importo com o trabalho duro”, disse Till a Maureen Ryan, da Vanity Fair. “Mas o modo como Peter trata as pessoas é inaceitável. Eu me tornei suicida no primeiro ano no programa, por causa da maneira como ele me fez sentir. Mas a maneira como ele tratou as pessoas ao meu redor… esse foi o meu ponto de ruptura.” A revista relata que Till encaminhou uma denúncia ao departamento de recursos humanos da CBS por escrito. “Havia sempre algo na minha aparência que o desagradava, como quando eu precisei usar um avental de hospital… [Lenkov] disse que minhas pernas eram ‘horríveis pra c******’ e nunca mais iríamos mostrá-las. Sinceramente, também achei um pouco de humor nesse comentário, mas você pode imaginar que esse era o tipo de comentário habitual que ele geralmente fazia. Houve uma vez que ele gritou com um [diretor] ‘Oh, meu Deus do céu! Ajeite a camisa dele, ele parece um menino f*****’… Eu lutei para manter o ‘peso de homem’ que ele exigia no programa, enfrentando estresse, falta de tempo para malhar e uma programação imprevisível para uma nutrição adequada.” Um porta-voz de Lenkov disse à Vanity Fair que as acusações de Till são “100% falsas e inverídicas” e que o ex-showrunner “defendeu” Till “desde o início e não fez nada além de apoiar o ator”. A CBS Television Studios demitiu Lenkov de todas as séries que ele criou e produziu em 7 de julho, encerrando seu acordo geral com o estúdio. “Peter Lenkov não é mais o produtor executivo que supervisiona ‘MacGyver’ e ‘Magnum PI’, e o estúdio encerrou seu relacionamento com ele”, disse na ocasião a produtora, em comunicado para a imprensa. “Nosso estúdio está comprometido em garantir ambientes de produção seguros e respeitosos. No ano passado, atribuímos parceiros de recursos humanos a todas as séries, expandimos o treinamento da equipe e aumentamos as opções de relatórios. Continuaremos a avançar nossas práticas com foco contínuo na construção da confiança com todos os que trabalham em nossos sets. Todas as reclamações são levadas a sério, todas as denúncias são investigadas e, quando há evidências claras de que nossas políticas e ética foram violadas, tomamos uma ação decisiva”. O próprio Lenkov emitiu uma declaração sobre sua demissão. “Agora é a hora de ouvir e eu estou ouvindo. É difícil ouvir que o ambiente de trabalho que comandei não era o ambiente de trabalho que meus colegas mereciam e, por isso, lamento profundamente. Aceito a responsabilidade pelo que estou ouvindo e estou comprometido em realizar o trabalho necessário para melhorar e realmente melhorar”, ele afirmou. Lucas Till não foi o único denunciante. O site The Hollywood Reporter ouviu de suas fontes que Lenkov foi alvo de pelo menos três denúncias. São alegações sobre comportamento manipulador e abusivo durante gravações de “Hawaii Five-0” e “MacGyver”. Segundo essas fontes, Lenkov mantinha um “clube de garotos” com funcionários do sexo masculino que se reuniam regularmente, fumavam charutos e julgavam inadequadamente a aparência de mulheres em “Hawaii Five-0”. Além disso, atendia pedidos especiais de horário de trabalho de atores do sexo masculino, sem oferecer a mesma consideração às atrizes da série. As fontes do THR também alegam que Lenkov costumava humilhar roteiristas – particularmente mulheres e pessoas de cor. Em um incidente, ele supostamente zombou de um fã com deficiência e, depois que uma roteirista se opôs ao seu comportamento, tentou fazer com que fosse demitida. Lenkov foi o mais recente showrunner da CBS Studios a ser demitido, após o estúdio se provar um celeiro de produtores “complicados”. Brad Kern foi demitido de “NCIS: New Orleans” após várias denúncias de assédio e perseguição às mulheres, além de declarações racistas nas gravações. Bob Kushell teve seu contrato rompido após a CBS Studios confirmar que ele usava “linguagem inapropriada” no set da comédia “Fam”. Gretchen Berg e Aaron Harberts saíram de “Star Trek: Discovery”, da plataforma CBS All Access, após alegações de comportamento abusivo. E Vinnie Favale, executivo da própria CBS Studios, foi demitido em 2018, em meio a denúncias de má conduta. A rede CBS, por sua vez, também demitiu o produtor executivo do programa “60 Minutes” (uma das inspirações do “Fantástico”) e ex-chefe de sua divisão de notícias, Jeff Fager, depois que ele enviou uma mensagem de texto ameaçadora a um repórter que estava cobrindo acusações de má conduta sexual contra ele. Também afastou o apresentador Charlie Rose, do programa “CBS This Morning”, ao apurar alegações de assédio sexual. E foi principalmente abalada pela partida, em setembro de 2018, de seu próprio CEO, o poderoso Leslie Moonves, após a revista The New Yorker publicar denúncias de assédio e abuso do executivo.
Ator de Entourage é acusado de agressão sexual por figurinista
O ator Kevin Connoly, conhecido pelo papel de Eric na série “Entourage” (2004–2011), foi acusado de estupro por uma colega de trabalho. Em entrevista ao The Daily Beast, a figurinista Gracie Cox acusou Connoly de tê-la agredida sexualmente nos bastidores do filme “Tudo a Perder” (2007), que Connoly dirigiu. “Eu estava no set a todo momento. Kevin era amigável e meio paquerador, mas eu apenas ria disso e não levava muito a sério. Não estava interessada, mas como ele era diretor do filme, queria manter uma relação cordial. Além disso, não havia nada que me fizesse temer algo naquele momento. Só me deixava um pouco desconfortável porque ele era meu chefe. Então, não retribuir com sorrisos ou comentários não era uma opção”, ela disse na entrevista. Por isso, foi surpreendida pela agressão, que aconteceu em uma festa do filme. “Nos estávamos na festa e Kevin se aproximou de mim e perguntou se eu queria sair com ele para fumar. Eu não fumo, mas não quis ser grosseira. Era o primeiro evento social que eu fiz com ele. Antes a gente só se encontrava no set. Ele me levou para um corredor, que eu achei que fosse uma área vip. Assim que ficamos sozinhos, ele começou a me beijar. Não sabia o que fazer, mas antes mesmo que eu pudesse falar algo, ele me empurrou para um dessas cabines, abaixou as calças, me virou de costas e rapidamente já estava dentro de mim. Eu fiquei em choque.” A figurinista disse que não teve chance de reagir. “Não havia chance de reagir. Aconteceu tudo tão rápido. Eu congelei em choque. Nunca nada como aquilo havia acontecido comigo. Fui pega completamente a guarda abaixada”, completou. Ela ainda enfatizou que o ator não usou camisinha. “Ele pegou um travesseiro do sofá, jogou sobre mim, e me disse: ‘se limpe’. Daí ele me disse que ia embora e que era para eu esperar alguns minutos para sair da sala porque ele não queria que ninguém nos visse juntos.” Testemunhas falaram com a publicação sobre o evento. Amy Wescott, que também trabalhava no filme com a criação de figurino, viu a colega sair do quarto desgrenhada e a viu confrontar Connoly no meio da festa. Outras testemunhas também viram os dois discutindo durante o evento. Procurado pela publicação, o ator negou o estupro por meio de seu advogado, Marty Singer, e disse que a relação foi consensual. “Kevin apoia fortemente vítimas de estupro e acredita que elas devem sempre ser ouvidas. Como uma pessoa que trabalha na indústria há quatro décadas, ele sempre tratou as pessoas com respeito e mantendo uma reputação elogiável. Ele está em choque pelas acusações feitas por Gracie Cox de uma festa que aconteceu em 2005. O incidente com a senhorita Cox foi consensual e ele nega qualquer tipo de agressão sexual. Kevin entende completamente o desprazer de Amy neste ato consensual, que ela deixou transparecer 15 anos após o lançamento deste filme. Kevin assume um pouco de antiprofissionalismo da parte dele, mas nega fortemente que tenha havido qualquer coisa que não fosse um encontro consensual.” Connoly, de 46 anos, estreou no cinema em “Rocky V”, em 1990. Mas só foi se tornar mais conhecido com a série “Entourage”, que ele estrelou na HBO de 2004 a 2011. Ele também repetiu seu papel no filme baseado na série, lançado em 2015, e atuou nas produções românticas “Diário de uma Paixão” (2004) e “Ele Não Está Tão a Fim de Você” (2009). Como diretor, assinou recentemente o fracasso “Gotti: O Chefe da Máfia” (2018), com John Travolta, e episódios da série “The Oath” (2019), na qual também teve um papel.











