Denúncias de abuso sexual contra Bryan Singer foram recusadas por outra revista
As novas acusações de abuso de menor publicadas pela revista The Atlantic contra o diretor Bryan Singer são as mesmas que seriam publicadas na Esquire no ano passado, mas a revista acabou vetando seu conteúdo. Em outubro, Singer usou suas redes sociais para se defender a reportagem, ao saber que amigos estavam sendo procurados para dar declarações que o comprometessem. Desde então, a editora da Esquire, Hearst Media, mandou suspender a reportagem. Mas os jornalistas a levaram para outra revista. “A última vez que postei sobre este assunto, a revista Esquire estava se preparando para publicar um artigo escrito por um jornalista homofóbico que tem uma obsessão bizarra por mim desde 1997”, apontou o cineasta em comunicado sobre a reportagem escrita por Alex French e Maximillian Potter. “Após cuidadosa checagem de fatos e, em consideração à falta de fontes confiáveis, a Esquire escolheu não publicar este pedaço de jornalismo vingativo”, acrescentou. “Isso não impediu que este autor vendesse [o conteúdo] para a revista The Atlantic”, continuou a declaração. “É triste que a Atlantic se rebaixe a este baixo padrão de integridade jornalística. Mais uma vez, sou forçado a reiterar que essa história retoma as afirmações de ações judiciais falsas, executada por um elenco de pessoas de má reputação, dispostas a mentir por dinheiro ou atenção.” ‘E não é surpresa que, com ‘Bohemian Rhapsody’ sendo um sucesso premiado, esta peça homofóbica foi convenientemente planejada para tirar proveito de seu sucesso”, completou Singer. A reportagem traz à tona quatro novas acusações contra o diretor, que teria feito sexo com menores de idade. Apenas um dos acusadores teve seu nome revelado. Victor Valdovinos alegou ter trabalhado como figurante aos 15 anos de idade no filme “O Aprendiz”, dirigido por Singer em 1998. Segundo ele, o cineasta apalpou seus órgãos genitais em um momento das filmagens. Os outros três acusadores permaneceram anônimos, identificados apenas por pseudônimos, e alegam ter participado de relações sexuais com o diretor quando eram menos, entre 15 e 17 anos. Anteriormente, Singer foi alvo de duas ações legais por abuso sexual de menor. A mais recente é de 2017, quando foi acusado de estupro por Cesar Sanchez-Guzman. O jovem conta que tinha 17 anos quando compareceu a uma festa em um iate na qual Singer era um dos convidados. A ação ainda tramita na justiça americana. Mas chama atenção o fato de o advogado de Cesar Sanchez-Guzman ser Jeffrey Herman, o mesmo que representou Michael Egan em 2014, quando este também fez acusações de abuso sexual de menor contra vários figurões de Hollywood, inclusive Singer. Mais tarde, Egan voltou atrás nas denúncias, após inúmeras contradições em seus depoimentos. No caso de Singer, por exemplo, ele acusou o diretor de estuprá-lo numa viagem ao Havaí. Entretanto, Singer estava no Canadá filmando um dos longas dos “X-Men” no período apontado, e diante das evidências o caso foi retirado. A acusação de Guzman coincidiu com a demissão do cineasta na reta final da produção de “Bohemian Rhapsody”, após atrasos, sumiços e conflitos com a equipe, duas semanas antes do fim das filmagens. Mas a versão oficial é outra. “Basicamente, Bryan teve alguns problemas pessoais”, se limitou a dizer o produtor ao comentar os motivos que levaram o cineasta da franquia “X-Men” a sair do filme sobre o Queen. Embora tenha sido substituído por Dexter Fletcher (“Voando Alto”), Singer ficou com o crédito final de direção do longa, que foi premiado no Globo de Ouro e indicado na categoria de Melhor Filme no Oscar 2019.
Diretor de Bohemian Rhapsody sofre novas denúncias de abuso sexual de menor
O cineasta Bryan Singer, de “X-Men” e “Bohemian Rhapsody”, enfrenta quatro novas acusações de sexo com menores de idade. Apenas um dos acusadores teve seu nome revelado na reportagem que traz as denúncias, publicada nesta quarta-feira (23/1) pela revista The Atlantic, de Boston. Victor Valdovinos alega ter trabalhado como figurante aos 15 anos de idade no filme “O Aprendiz”, dirigido por Singer em 1998. Segundo ele, o cineasta apalpou seus órgãos genitais em um momento das filmagens. Os outros três acusadores são identificados por pseudônimos: um deles, Andy, disse que também tinha 15 anos quando fez sexo com Singer. Outro, Eric, afirma ter começado um caso com o cineasta aos 17. E Ben relatou ter feito sexo oral em Singer quando tinha “17 ou 18 anos”. “Ele enfiava as mãos nas calças das pessoas e apalpava, sem consentimento”, disse o último acusador sobre sua experiência com o cineasta. “Ele era predatório, no sentido que dava álcool e drogas para as pessoas, e então fazia sexo com elas”. Singer respondeu ao artigo através de seu advogado, Andrew Bettler, negando todas as acusações. A denúncia foi publicada um dia depois do último filme dirigido por Singer, “Bohemian Rhapsody”, ser indicado ao Oscar 2019 de Melhor Filme. O cineasta foi demitido na reta final da produção, graças a atrasos, após sumiços e conflitos com a equipe, duas semanas antes do fim das filmagens. Rumores sugerem que teria havido desentendimentos entre o diretor e Rami Malek, o astro da série “Mr. Robot” que vive o cantor Freddie Mercury no filme. Além disso, Singer precisou lidar com o começo de uma nova leva de acusações de abuso sexual de menor. Mas a versão oficial é outra. “Basicamente, Bryan teve alguns problemas pessoais”, se limitou a dizer o produtor ao comentar os motivos que levaram o cineasta da franquia “X-Men” a sair do filme sobre o Queen. Embora tenha sido substituído por Dexter Fletcher (“Voando Alto”), Singer ficou com o crédito final de direção. O histórico do diretor de acusações de assédio e abuso sexual envolvendo menores de idade data de 2014, quando Michael Egan processou o cineasta, alegando que ele teria o estuprado “diversas vezes” durante uma viagem ao Havaí. A acusação trazia muitas contradições, fatos que foram contestados por provas e acabou sendo retirada. Mais recentemente, em 2017, Cesar Sanchez-Guzman processou o cineasta por tê-lo estuprado em 2003, durante uma festa em um iate. A ação coincide com a época de comportamento errático do diretor em “Bohemian Rhapsody” e ainda tramita na justiça americana.
José Mayer é dispensado da Globo, dois anos após acusação de assédio
A Globo esperou o contrato do ator José Mayer vencer, em dezembro, para dispensá-lo. O acordo não foi renovado após ele ser acusado de assediar sexualmente uma figurinista. Assim, seu afastamento por tempo indefinido se tornou definitivo. Mayer deixou de gravar novelas depois de “A Lei do Amor”, na qual interpretou o vilão Tião. Ele foi suspenso no início de 2017, após a denúncia mobilizar as atrizes do canal, que ensaiaram boicote à qualquer projeto que o incluísse. “Depois de mais de 35 anos de uma trajetória iniciada na novela ‘Guerra dos Sexos’, em 1983, com participação em mais de 40 obras, entre novelas, séries, minisséries e especiais, a Globo e o ator José Mayer informam o fim da parceria, de comum acordo, no final de 2018”, afirmou a emissora em nota, diante de consulta da imprensa. O ator foi denunciado pela assistente de figurino Susllem Tonani, que revelou suas investidas, com toques indevidos em suas partes íntimas, para o Departamento de Recursos Humanos da emissora em 2016, mas, como isso não gerou resultados, decidiu tornar o fato público em março de 2017, no blog Agora É Que São Elas, da Folha de S. Paulo. O caso acabou ganhando grande repercussão e uniu as atrizes da emissora em apoio à figurinista, com direito a hashtag, camiseta e slogan contra o assédio, “Mexeu com uma, mexeu com todas”. Apesar da polêmica, Aguinaldo Silva ainda tentou escalá-lo na novela “O Sétimo Guardião”, mas seu nome foi vetado pela Globo. Mesmo assim, o teledramaturgo prosseguiu em campanha em prol do ator. No última segunda (14/1), Silva publicou o seguinte Twitter: “Não há crime se não há queixa à polícia nem denúncia na Justiça, por isso… VOLTA, JOSÉ MAYER!” Apesar desta mensagem, a figurinista tentou, sim, levar o caso à Justiça. Ela alegou no ano passado que foi “extremamente inibida por um delegado” logo após sua denúncia. Vendo que o machismo policial trataria de inocentá-lo de qualquer acusação, ela desistiu de processar Mayer criminalmente. Ao longo da carreira, Mayer se destacou na Globo por interpretar personagens “pegadores”, que se envolviam com várias mulheres – geralmente, mais de uma ao mesmo tempo. A emissora seguiu escalando-o em personagens com esse perfil mesmo quando sua idade se tornou mais adequada para papéis de vovô. Para complicar ainda mais, muitas de suas parceiras românticas poderiam viver suas netas. Mayer só foi quebrar a imagem de machão em “Império” (2014), novela de Aguinaldo Silva em que interpretou o homossexual Cláudio Bolgari. Mas mesmo gay ele se envolvia com um parceiro muito mais jovem, vivido por Klebber Toledo.
Kim Ki-duk sofre derrota em tentativa de reverter denúncias de abuso de atrizes sul-coreanas
O cineasta sul-coreano Kim Ki-duk sofreu uma derrota em sua tentativa de transformar acusações de abuso de várias atrizes em processo de calúnia. Um tribunal de Justiça do país negou ao diretor a possibilidade de processar suas acusadoras, bem como a imprensa por relatar o caso. No final de 2017, uma atriz sul-coreana acusou o cineasta de agressão física e sexual, e um popular noticiário televisivo relatou o caso, trazendo à tona outras alegações em março de 2018. Aclamado pela crítica internacional e vencedor do Leão de Ouro, em Veneza, e o Urso de Prata de Melhor Diretor, em Berlim, Kim Ki-duk nega as acusações e tentou processar a atriz e a emissora. Sob as leis que definem difamação na Coréia do Sul, até afirmar a verdade pode ser considerada crime, se isso manchar a reputação social de alguém. Mas os promotores rejeitaram as queixas de Kim, já que as denúncias foram feitas em âmbito processual. A atriz em questão disse que Kim a forçou a fazer cenas de sexo improvisadas e a espancou repetidamente no set do filme “Moebius” (2013), antes de eventualmente substituí-la por outra atriz. Os promotores do processo original desistiram da acusação de abuso sexual, alegando falta de provas, mas enquadraram Kim por agressão física. Ele foi condenado a pagar uma pequena indenização equivalente a US$ 4,6 mil. Desde então, várias outras atrizes se apresentaram, acusando o diretor de estuprá-las ou assediá-las, em reportagens do programa jornalístico “PD Notebook”, do canal MBC, fazendo o movimento #MeToo ganhar força na Coreia do Sul. Kim queria que os promotores investigassem os jornalistas do “PD Notebook” por difamação e a atriz de “Moebius”, cuja identidade é protegida pela Justiça, por difamação e falsa acusação. Perdeu. E sua situação ficou ainda mais difícil. Seu filme mais recente já foi recebido com protestos no Festival de Berlim, em fevereiro passado. E sua participação no festival apenas serviu para tornar as acusações conhecidas fora da Coreia. Ao ser perguntado, na entrevista coletiva do evento, se gostaria de se desculpar por bater na atriz, Kim declinou. “Não, acho lamentável que isso tenha sido transformado em um processo judicial”, disse ele. “Human, Space, Time and Human” deveria ter sido lançado em abril, mas acabou adiado indefinidamente após a repercussão negativa de seu comportamento. A revista The Hollywood Reporter também apurou com fontes na indústria cinematográfica sul-coreana que Kim Ki-duk não tem nenhum outro projeto em desenvolvimento e está incomunicável desde que voltou de Berlim. Um dos mais proeminentes cineastas sul-coreanos de sua geração, Kim Ki-duk teve a maioria de seus filmes lançados no Brasil, entre eles “Primavera, Verão, Outono, Inverno… e Primavera” (2003), “Casa Vazia” (2004) e “O Arco” (2005). De um modo geral, são dramas de poucos diálogos, que preferem investir em cenas de sexo e violência – a maioria contra mulheres.
Juiz da Califórnia diz que Harvey Weinstein não cometeu crime ao assediar e prejudicar carreira de Ashley Judd
A Justiça de Los Angeles rejeitou a ação de assédio sexual movida pela atriz Ashley Judd contra o ex-produtor de Hollywood Harvey Weinstein. O juiz Philip Gutiérrez decidiu que a atriz pode prosseguir com seu processo por difamação, mas que sua denúncia de assédio sexual não se enquadra na legislação da Califórnia. Ashley acusa o outrora influente produtor — denunciado por abuso sexual por centenas de mulheres — de ter arruinado sua carreira por ela não ter cedido às tentativas de assédio. Segundo a ação, Weinstein convenceu o diretor Peter Jackson a não contratar a atriz para o elenco de “O Senhor dos Anéis”, assegurando que seria “um pesadelo” trabalhar com ela. O diretor Peter Jackson confirmou, em dezembro de 2017, que Weinstein fez comentários na década de 1990 para desprestigiar atrizes que depois o acusaram de assédio ou abuso sexual. Ele estaria disposto a testemunhar, mas não será preciso, porque Weinstein não teria praticado nenhum crime. A rejeição do processo de Ashley Judd significa que arruinar carreiras de atrizes que não se submetem à assédio é absolutamente legal. Guitiérrez esclareceu que o assédio só é caracterizado em uma relação de trabalho já constituída, o que “não foi o caso”. Como as atrizes só assinam contratos por obra, elas estariam todas sujeitas a sofrer retaliações caso não aceitem o assédio para obter um papel, ficando impedidas de arranjar novos contratos por pressão de assediadores contrariados. Tudo dentro da lei, segundo o entendimento do juiz. Apenas atrizes sob contrato poderiam denunciar assédio em casos específicos e relativos à atividade trabalhista.
Assédio sexual e racismo dos responsáveis por Green Book voltam à tona na internet
O filme mais envolto em polêmicas da temporada de premiações, “Green Book – O Guia”, ganhou mais duas complicações, que foram resgatadas do passado pouco lisonjeiro dos responsáveis por sua realização. A internet trouxe à tona uma entrevista publicada em 1998 pela revista Newsweek, em que o diretor Peter Farrelly assumiu ter mostrado seu pênis para a atriz Cameron Diaz durante as filmagens de “Quem Vai Ficar Com Mary?”. Na ocasião, a atriz confirmou a situação. O diretor, que até recentemente era mais conhecido por dirigir comédias idiotas, como “Debi e Lóide” e “O Amor É Cego”, defendeu-se dizendo que agora tenta se afastar do passado politicamente incorreto em que encorajava o público a rir sobre uma mulher obesa ou de esperma usado como gel de cabelo por Cameron Diaz. Farrelly afirmou, em entrevista atual para revista The Cut, que mostrar o pênis para as atrizes não passava de uma pegadinha e que ele fez isso com outras pessoas. “Verdade. Eu era um idiota. Eu fiz isso há décadas e achava que estava sendo engraçado, mas a verdade é que estou constrangido e isso me envergonha atualmente. Eu sinto muitíssimo”, disse. Já o roteirista Nick Vallelonga virou alvo de controvérsia devido a um tuíte xenófobo de 2015, em que apoiava afirmações do presidente Donald Trump sobre uma suposta comemoração de muçulmanos de Nova Jersey após a queda das Torres Gêmeas. “100% correto. Muçulmanos em Nova Jersey comemoraram quando as torres caíram. Eu vi, assim como você, provavelmente na CBS News local”, escreveu Vallelonga. Ele deletou sua conta no Twitter após ser desmentido por inúmeras pessoas. “Green Book: O Guia” tem sido considerado um filme racista por militantes afro-americanos, apesar de sua mensagem aparentemente mostrar o contrário. Ele narra a viagem de um pianista negro pelo sul dos Estados Unidos, que contrata um motorista branco grosseirão para conduzi-lo na turnê. Ao longa da viagem, o branco aprende tolerância e deixa de ser racista. O roteirista é filho do personagem que inspirou o motorista, mas a família do pianista Don Shirley protestou contra diversas supostas mentiras na retratação do artista negro. Além disso, “Green Book” está sendo chamado de novo “Conduzindo Miss Daisy”, um filme sobre redenção de branco, dirigido e escrito por brancos, que coloca negros em seus devidos lugares, como meros coadjuvantes de suas próprias histórias. Vencedor do Globo de Ouro de Melhor Comédia ou Musical, o drama tem previsão de estreia no Brasil em 24 de janeiro.
Ex-chefão da Disney afastado por assédio vai comandar divisão de animação da Skydance
O diretor e produtor John Lasseter, que fez o primeiro “Toy Story” (1999), transformou o estúdio Pixar em referência e virou o chefão do estúdio de animação da Disney em 2006, vai chefiar a recém-inaugurada divisão de animação da produtora Skydance. Ele estava desempregado após ser afastado da chefia da Disney no ano passado, em meio a acusações de assédio e conduta imprópria no ambiente de trabalho. “John é de um talento criativo e executivo sem par, e cujo impacto na indústria da animação não pode ser subestimado. Ele foi responsável por levar a animação para a era digital, enquanto contava histórias incomparáveis que continuam a inspirar e entreter plateias ao redor do mundo”, disse David Ellison, presidente da Skydance. A notícia surpreendeu o mercado e rendeu manifestações de protesto da organização Time’s Up, criada para apoiar mulheres assediadas no trabalho. Na esteira das revelações feitas pelo movimento #MeToo, funcionários da Disney/Pixar relataram que se sentiam constantemente “desrespeitados e desconfortáveis” com a postura do chefe, descrito como “pegajoso” no ambiente de trabalho. Segundo queixas, ele gosta de abraçar, beijar, falar no ouvido e tocar indevidamente funcionárias do sexo feminino. “John reconheceu e se desculpou por seus erros, e durante o último ano que ficou longe de seu local de trabalho, ele se dedicou a se reformar”, disse Ellison ao se referir às acusações contra Lasseter. John Lasseter começa a trabalhar na Skydance Animation no final de janeiro. Os primeiros projetos animados da produtora são “Split”, escrito por Linda Woolverton (“Alice no País das Maravilhas”) e dirigido por Vicky Jenson (“Shrek”), “Luck”, do diretor Alessandro Carloni (“Kung Fu Panda 3”), e “Powerless”, de Nathan Greno (“Enrolados”), todos em fase de desenvolvimento.
Kevin Spacey se declara inocente de acusação de assédio sexual
O ator Kevin Spacey (da série “House of Cards”) declarou-se inocente nesta segunda-feira (7/1), durante a audiência judicial do processo em que é acusado de ter assediado sexualmente um jovem de 18 anos em 2016. Ator é acusado de ter embebedado o adolescente antes de tocá-lo inapropriadamente. A declaração foi feita por intermédio dos advogados do ator, que, apesar de estar presente, permaneceu em silêncio durante toda a sessão em Nantucket, cidade turística de Massachusetts, nos EUA. Um dos advogados de defesa, Kevin Fowler, pediu que o ator fosse dispensado de participar da audiência, mas não foi atendido. De todo modo, a sessão foi curta. Após dez minutos, Spacey foi liberado pelo juiz sem precisar pagar fiança. Esta, porém, foi apenas a primeira audiência do processo. Spacey não precisará comparecer à próxima sessão, em 4 de março, mas deve estar disponível por telefone. Se for condenado, ele pode receber uma pena de até cinco anos de prisão. A suposta vítima é filho de uma jornalista americana e ex-âncora de televisão, Heather Unruh. Ela falou publicamente sobre o caso em 2017 e o jovem afirmou ainda que tem um vídeo do incidente. Spacey, que foi expulso da vida pública por acusações de má conduta sexual em 2017, foi denunciado por mais de 30 homens desde que o ator Anthony Rapp (da série “Star Trek: Discovery”) o acusou de tentar seduzi-lo em 1986, quando tinha apenas 14 anos de idade. O escândalo foi tão grande que Spacey foi demitido da série “House of Cards”, na qual vivia o protagonista, e teve sua atuação apagada em “Todo o Dinheiro do Mundo”, sendo substituído em refilmagens por outro ator – Christopher Plummer, que acabou indicado ao Oscar. A repercussão atingiu vários outros projetos que o envolviam. A Netflix, por exemplo, assumiu o prejuízo de ter produzido uma biografia de Gore Vidal com o ator, optando por vetar seu lançamento.
Vítima de abuso de Kevin Spacey teria gravado vídeo da agressão
A denúncia contra o ator Kevin Spacey por agressão sexual em uma localidade turística perto de Boston em 2016 ganhou novos contornos com a revelação, pela agência AFP, de que a suposta vítima gravou parte do ocorrido. O ator americano de 59 anos, que estrelava a série “House of Cards” e venceu dois Oscar, vai enfrentar um julgamento marcado para 7 de janeiro no tribunal da ilha de Nantucket. A pena máxima prevista, caso seja considerado culpado, é de cinco anos de prisão. Segundo os documentos da denúncia, William Little, que tinha 18 anos no momento da suposta agressão em julho de 2016, contou à polícia que enviou mensagens pelo Snapchat, entre elas um vídeo, a sua namorada quando estava no bar-restaurante Club Car de Nantucket com o ator. Little era funcionário no Club Car e naquela noite ficou no restaurante após seu expediente para ver Kevin Spacey, de quem era fã. Após se apresentar ao ator e afirmar ter 23 anos – no estado de Massachusetts, a idade mínima para o consumo de álcool é 21 anos – começou a beber com ele, primeiro cerveja e depois uísque. De acordo com a denúncia, Spacey então convidou o jovem a ir a sua casa com outros amigos. Mas Little recusou o convite, suspeitando que o ator estava tentando seduzi-lo. Mesmo assim, ficou no bar porque “queria uma foto com Spacey, algo para o Instagram”. Não esperava, porém, que o ator resolvesse passar dos limites, colocando sua mão em local estratégico, por cima da calça dele, segundo o texto. Little tentou afastar de Spacey, ao mesmo tempo em que trocava mensagens com sua namorada sobre a agressão. Como ela não estava acreditando nele, ele enviou um vídeo do ator colocando a mão em sua calça. O jovem então deixou o bar, seguindo o conselho de uma mulher que viu que “ele estava aflito”. Ele voltou ao trabalho no dia seguinte e informou ao dono do bar sobre o incidente, ainda segundo documentos do tribunal. O texto diz que a polícia recuperou o vídeo e o mostrou ao jovem, que confirmou que se tratava dele e de Spacey. Spacey, que foi expulso da vida pública por acusações de má conduta sexual em 2017, ainda não comentou as últimas acusações. Em vez disso, postou um vídeo bizarro nas redes sociais, em que aparece falando sobre as acusações de abuso sexual, mas como o personagem Frank Underwood, que ele interpretava em “House of Cards”. Mais de 30 homens disseram que foram vítimas de avanços sexuais indesejados por Spacey, desde que o ator Anthony Rapp (da série “Star Trek: Discovery”) o acusou de tentar seduzi-lo em 1986, quando tinha apenas 14 anos de idade. O escândalo foi tão grande que Spacey foi demitido da série “House of Cards”, na qual vivia o protagonista, e teve sua atuação apagada em “Todo o Dinheiro do Mundo”, sendo substituído em refilmagens por outro ator – Christopher Plummer, que acabou indicado ao Oscar. A repercussão atingiu vários outros projetos que o envolviam. A Netflix, por exemplo, assumiu o prejuízo de ter produzido uma biografia de Gore Vidal com o ator, optando por vetar seu lançamento.
Kevin Spacey reage a novo processo por abuso sexual com vídeo bizarro
O ator Kevin Spacey (“House of Cards”) vai enfrentar uma ação criminal por supostamente agredir sexualmente o filho adolescente de uma ex-âncora da TV de Boston em um bar na cidade de Nantucket em 2016. Horas após a acusação criminal ser anunciada nesta segunda (24/12), Spacey postou um vídeo bastante estranho em suas contas oficiais nas redes sociais. Intitulado “Let Me Be Frank”, o vídeo traz o ator aparentemente abordando o que está acontecendo em sua vida, mas como se ele fosse Frank Underwood, seu personagem de “House of Cards”. Assista abaixo. Mais de 30 homens disseram que foram vítimas de avanços sexuais indesejados por Spacey, desde que o ator Anthony Rapp (da série “Star Trek: Discovery”) o acusou de tentar seduzi-lo em 1986, quando tinha apenas 14 anos de idade. O escândalo foi tão grande que Spacey foi demitido da série “House of Cards”, na qual vivia o protagonista, e teve sua atuação apagada em “Todo o Dinheiro do Mundo”, sendo substituído em refilmagens por outro ator – Christopher Plummer, que acabou indicado ao Oscar. A repercussão atingiu vários outros projetos que o envolviam. A Netflix, por exemplo, assumiu o prejuízo de ter produzido uma biografia de Gore Vidal com o ator, optando por vetar seu lançamento. Agora, o jornal Boston Globe relata que Spacey deverá enfrentar acusação de agressão e abuso sexual na Corte Distrital de Nantucket em 7 de janeiro. A acusação vem em um ano depois que a alegação foi feita contra o ator. Em novembro de 2017, Heather Unruh, ex-apresentadora da WCVB-TV, realizou uma entrevista coletiva emocional em que acusou publicamente Spacey de atacar seu filho um ano antes, dentro do Club Car Restaurant em Nantucket. Unruh disse que seu filho, que não tinha idade para beber, foi embebedado pelo ator, que “lhe comprou bebida atrás de bebida atrás de bebida”. “Meu filho estava encantado pela atenção, um jovem hétero de 18 anos que não tinha ideia de que aquele famoso ator era um suposto predador sexual ou que ele estava prestes a se tornar sua próxima vítima”, disse ela. “Quando meu filho estava bêbado, Spacey fez sua jogada e o atacou sexualmente”. A jornalista deixou claro que seu filho não deu consentimento e chamou as ações de Spacey de crime. “Spacey enfiou a mão nas calças do meu filho e agarrou seus órgãos genitais”, disse ela. “Os esforços do meu filho para remover a mão de Spacey só foram momentaneamente bem sucedidos. Meu filho entrou em pânico, ele congelou. Ele estava bêbado”. Ainda assim, ela diz que Spacey insistiu para que o jovem se juntasse a ele em uma festa privada para beber mais. Quando ele se levantou para ir ao banheiro, uma estranha preocupada se aproximou e “disse para ele correr e ele correu o mais rápido que podia” para a casa da sua avó, onde chegou “atormentado e com medo”. “Nada poderia ter preparado meu filho para saber como essa agressão sexual o faria se sentir como um homem”, disse ela sobre seu filho, que agora é estudante de segundo ano na faculdade. “Aquilo o prejudicou e não pode ser desfeito. Mesmo que ele tente o seu melhor para lidar com isso, como ele diz, isso está sempre lá e continua a incomodá-lo”. Ela acrescentou: “Ele não consegue esquecer”. Unruh disse que seu filho relatou o incidente à polícia de Nantucket no outono de 2017 e forneceu evidências aos investigadores.
Love Is_ é cancelada após denúncia de plágio e abuso sexual do produtor
O canal pago americano OWN cancelou a série “Love Is_”, que não terá 2ª temporada. A decisão foi consequência de uma denúncia de abuso contra o criador da atração, Salim Akil (criador também da série do herói “Raio Negro”). A atriz Amber Dixon Brenner (do filme “Selvagens”) acusou o produtor de violência doméstica, estupro e por roubar-lhe a ideia de “Love Is_”. Segundo apurou o site The Wrap, a Warner, que produz “Love Is_” e “Black Lightning” (a série do Raio Negro), nunca recebeu nenhuma reclamação sobre o comportamento de Akil no set, por isso ele segue trabalhando enquanto o estúdio investiga os méritos da acusação. Como a denúncia foca problemas fora do ambiente de trabalho, a situação é bem diversa daquela de outros casos que causaram demissões de produtores. Amber Dixon Brenner afirmou que iniciou um caso com Salim Akil há dez anos e que estiveram juntos até ano passado, apesar dele ser casado. Durante este tempo, segundo ela, o produtor a agrediu inúmeras vezes e ainda a forçou a fazer sexo oral nele em múltiplas ocasiões. Apesar dos dez anos de alegado relacionamento, ela busca, ao final da relação, uma compensação pelos abusos sofridos e, supostamente, por ter tido a ideia de “Love Is_”, roubada pelo produtor. Segundo os documentos oficiais, Brenner afirma que escreveu em 2016 um roteiro chamado “Luv & Perversity in the East Village”, baseado no relacionamento abusivo entre eles. E que após mostrá-lo para Salim, ele o copiou na série “Love Is” sem lhe dar nenhum crédito ou compensação. Ela processou também o canal OWN por direitos da ideia roubada, e acrescenta estresse emocional à ação por abuso movida contra o produtor. Salim Akil é casado há 20 anos com Mara Brock Akil. O casal compartilha os créditos pela criação de “Love Is_”, bem como por “Black Lightning” na rede americana CW.
Atriz de Orange Is the New Black acusa Geoffrey Rush de assédio sexual
A estrela australiana Yael Stone, que interpreta Lorna Morello na série “Orange Is the New Black”, acusou o ator Geoffrey Rush (da franquia “Piratas do Caribe” e “O Discurso do Rei”) de abuso sexual em uma entrevista para o canal ABC de seu país. Ela se manifestou após outras acusações sobre o comportamento de Rush, que vieram à tona no ano passado, começaram a perder força, com a vitória do ator num processo de difamação. Stone diz ter enfrentado assédio constante de Rush quando os dois contracenaram em uma produção teatral de “O Diário de um Louco”, em 2010 e 2011, afirmando que ele dançou nu na frente dela, usou um espelho para assisti-la tomar banho e lhe enviou mensagens de texto eróticas. A atriz alegou que o comportamento de Rush a deixou desconfortável e a fez odiar a atuação. Na época, tinha 25 anos e Rush estava com 59. Em sua entrevista, ela justificou não ter revelado o assédio anteriormente porque temia que as leis de difamação da Austrália a colocassem em problemas legais e financeiros. “Sempre que as mulheres falam particularmente sobre questões como essa, suas carreiras geralmente sofrem”, disse Stone. “Eu considerei isso em meus cálculos e, se isso acontecer, acho que valeu a pena”, acrescentou. Em uma declaração dada ao jornal New York Times, Rush negou as alegações dizendo que eles “estão incorretas e, em alguns casos, tiradas completamente fora de contexto”. No ano passado, Rush também negou comportamento inapropriado durante uma montagem australiana da peça “Rei Lear” de Shakespeare. A Companhia de Teatro de Sydney revelou ter recebido denúncias de má conduta do ator, durante a produção. Documentos judiciais afirmam que o ator Rush se comportou como um “pervertido” e se envolveu em “comportamento sexualmente predatório” durante a produção teatral, encenada em 2015. Após esse escândalo vir à tona, Geoffrey Rush renunciou ao cargo de presidente da Academia Australiana de Cinema e Televisão (AACTA). Mas ele venceu um processo por difamação na justiça australiana contra o jornal The Daily Telegraph, que publicou as alegações iniciais. Em março, o tribunal federal da Austrália descartou grande parte das alegações da defesa, alegando que faltavam detalhes.









