Cuba Gooding Jr. fecha acordo minutos antes de julgamento por estupro
Minutos antes de iniciar seu julgamento por estupro, o ator Cuba Gooding Jr.(vencedor do Oscar por “Jerry Maguire”) fechou um acordo com a vítima fora dos tribunais. O valor negociado não foi divulgado, mas a mulher que o acusava pedia US$ 6 milhões de indenização por danos. O processo contra Gooding começou a ser movido em agosto de 2020. De acordo com a vítima, que não teve seu nome revelado, ela afirma que foi levada a um hotel depois de conhecer o ator de 52 anos em um bar de Manhattan. De acordo com o processo, ele disse que lá se encontrariam com amigos. Em seguida, ele a teria levado para o quarto em que estava hospedado, alegando que iria trocar de roupa, mas, segundo o documento, a estuprou duas vezes. Já os advogados que representam Gooding alegam que o encontro foi totalmente consensual e que a mulher havia se vangloriado de ter tido relações com uma pessoa famosa. Essa não é a primeira vez que Gooding é acusado de um crime dessa natureza. Em 2019 ele foi alvo de três denúncias de agressão sexual. Na ocasião, ele foi acusado de apalpar uma mulher em um restaurante de Nova York, beliscar as nádegas de uma segunda vítima e, um mês depois, tocar o seio de uma terceira pessoa, ato que o próprio ator assumiu ter realizado. No final do ano passado, ele se declarou culpado no julgamento de assédio sexual na justiça de Nova York, mas só foi condenado a cumprir seis meses de aconselhamento – sobre o vício em álcool e seu comportamento. Além disso, teve a acusação amenizada pela promotoria, que buscou uma alegação de violação não criminal, de modo que ficou sem antecedentes criminais. Mas há outras queixas contra o ator – pelo menos 21 mulheres se pronunciaram contra ele nas redes sociais. Nenhum desse casos, porém, tratava de estupro como no acordo recém-firmado. O último trabalho de Gooding foi no filme “A Vida em Um Ano”, lançado em 2020. Quatro anos antes, o ator chegou a ser indicado ao Emmy por interpretar O.J, Simpson, em “American Crime Story.
Fernanda Paes Leme revela ter sido vítima de abuso sexual infantil
Fernanda Paes Leme revelou no domingo (4/6) ter sido vítima de abuso sexual quando tinha apenas 7 anos de idade. Segundo a atriz, o crime aconteceu com uma pessoa próxima de sua família. A artista abriu seu coração após ser questionada pelo jornal O Globo. Ela preferiu não se aprofundar no assunto, pois ainda sofre com as consequências traumáticas. “Sofri um episódio de abuso sobre o qual nunca falei, com 6 ou 7 anos. Não vou entrar em detalhes, porque não estou pronta. Mas foi forte, pesado, durou muito”, relatou. “Veio de uma pessoa próxima da família. Minha mãe não imagina que tenha acontecido e jamais iria culpá-la, mas isso mostra a importância de se conversar com as crianças. Esse meu jeito, brava e grossa, apareceu depois disso. Ser reativa com os homens vem daí”, acrescentou ela. Fernanda contou ter sofrido com as lembranças por conta das denúncias do movimento “Me Too”, em que as atrizes de Hollywood denunciaram casos de abusos. O protesto intenso aconteceu em meados de 2017. “Tive a sensação de déjà-vu dos momentos da infância: As roupas que eu vestia, o cheiro do lugar, o quarto em que eu estava, a fronha do travesseiro. Foi um episódio que sempre esteve em mim, mas quando perdi minha virgindade, por exemplo, eu apaguei”, desabafou a artista. Atualmente, Fernanda Paes Leme faz terapia e vive um relacionamento saudável com o noivo Victor Sampaio. “Descobri com a maturidade que o sexo não é essa performance toda que queremos entregar na juventude. A gente vai descobrindo novas formas de gozar. Sempre tive vibrador, sei da importância de gozar e o benefício disso na minha vida”, completou.
Juíza rejeita parte da ação de Marilyn Manson contra Evan Rachel Wood por difamação
O cantor Marilyn Manson sofreu uma derrota legal significativa em seu caso de difamação contra a atriz Evan Rachel Wood (“Westworld”). Em 2021, Wood denunciou Manson nas redes sociais por abuso sexual e violência doméstica durante o relacionamento dos dois. O músico tentou reverter a situação acusando a ex-noiva de difamação, mas parte de suas alegações foram rejeitadas pela Corte Superior de Los Angeles. Entre as alegações agora retiradas da ação estão as tentativas de Manson e seus advogados de manchar a reputação de Wood, alegando que ela escreveu uma carta fictícia do FBI e preparou uma espécie de lista de verificação para supostas vítimas de Manson utilizarem. Para isso, a juíza Teresa A. Beaudet enfantizou nesta terça-feira (9/5) o estatuto anti-SLAPP, que fornece aos réus uma maneira de rejeitar rapidamente processos sem mérito movidos contra eles. Embora as acusações restantes do cantor possam continuar, as principais já estão praticamente derrotadas. O advogado de Manson expressou decepção com a decisão da juíza, citando evidências críticas que não foram consideradas, mas a decisão final foi tomada. “A decisão é decepcionante, mas não inesperada. O Tribunal telegrafou este resultado quando se recusou a considerar a declaração juramentada da ex-querelante Ashley Smithline, que detalhou como as mulheres foram sistematicamente pressionadas por Evan Rachel Wood e Illma Gore a fazer falsas alegações sobre Brian Warner [Marilyn Manson]”, disse o advogado Howard King. Após o resultado, Wood comemorou a decisão do tribunal, defendendo que sua liberdade de expressão foi protegida. “Como o Tribunal concluiu corretamente, o Autor falhou em mostrar que suas reivindicações contra ela têm mérito mínimo”, afirmou o advogado da atriz, Michael Kump, ao Deadline. Desde o início do processo de Wood contra Manson, o cantor perdeu contratos com representantes e shows. As primeiras declarações da atriz sobre o abuso que sofreu foram divulgadas em 2016, em entrevista para a Rolling Stone. Na época, o nome de Manson não foi citado. Em 2019, a atriz publicou nas redes sociais um vídeo bastante emotivo sobre o assunto, sem declarar o nome do cantor novamente. Quando ela finalmente citou Manson em 2021, várias outras mulheres, incluindo a atriz Esmé Bianco (“Game of Thrones”), também o denunciaram e entraram com ações judiciais contra ele. Ao longo de sua carreira, o cantor já enfrentou várias acusações, mas até então vinha sendo absolvido ou via os casos desmoronarem. O documentário “Phoenix Rising: Renascendo das Cinzas”, onde Wood conta sua história como sobrevivente de violência doméstica, era destaque na acusação de difamação de Manson contra a atriz. O longa estreou no Festival de Cinema de Sundance em 2022 e na HBO alguns meses depois, apesar dos esforços de Manson para impedir o projeto de ser lançado legalmente. No Brasil, “Renascendo das Cinzas” está disponível no catálogo da HBO Max. Veja o trailer abaixo.
Harvey Weinstein é condenado a mais 16 anos de prisão
O produtor de cinema americano Harvey Weinstein voltou a ser condenado nos EUA por abuso sexual. Ele recebeu uma nova pena de 16 anos por estupro num tribunal de Los Angeles nesta quinta-feira (23/2). A sentença se soma aos 23 anos que Weinstein já está cumprindo em Nova York após uma condenação de 2020. Os jurados do Tribunal Superior de Los Angeles consideraram Weinstein culpado de três acusações: estupro forçado, cópula oral forçada e penetração sexual por objeto estranho. O veredito foi dado em dezembro passado, mas a sentença só foi revelada nesta quinta-feira. Todas as três acusações foram relacionadas a uma mulher, referida como “Jane Doe 1” no tribunal. Ela disse ter sido agredida em um hotel de Beverly Hills em fevereiro de 2013, enquanto estava na cidade para participar do Los Angeles Italia Film Festival. Weinstein, no entanto, escapou de outras quatro acusações. Ele foi absolvido de uma acusação de agressão sexual envolvendo uma massoterapeuta e os jurados não entraram em consenso sobre duas acusações feitas por Jennifer Siebel Newsom, documentarista e esposa do governador Gavin Newsom da Califórnia, e da modelo e roteirista Lauren Young. No julgamento, os promotores tentaram estabelecer um padrão de comportamento abusivo de Weinstein por meio dos depoimentos de quatro testemunhas, cujas alegações levaram às sete acusações criminais, bem como de outras quatro mulheres que tiveram permissão para testemunhar que haviam sido abusadas por ele. A defesa de Weinstein optou por uma tática sensacionalista ao argumentar que as mulheres tiveram um relacionamento consensual com o Sr. Weinstein e conscientemente fizeram sexo com ele em troca de favores profissionais. O advogado Mark Werksman chegou a chamar as vítimas de “vagabundas”, ao buscar justificar os atos do seu cliente como parte da cultura de Hollywood. Segundo Werksman, o que Weinstein cometeu não foi estupro, mas “sexo transacional”, algo que ele afirma ser comum na indústria do cinema dos EUA. “Olhe para o meu cliente”, disse Werksman, durante o julgamento. “Ele não é nenhum Brad Pitt ou George Clooney. Você acha que essas lindas mulheres transaram com ele porque ele é gostoso? Não, foi porque ele é poderoso”. Durante o interrogatório de Siebel Newsom, ele acusou-a de reenquadrar sua experiência com Weinstein como negativa somente após a explosão do movimento #MeToo em 2017. A certa altura, ele disse aos jurados que a Sra. Siebel Newsom era “apenas mais uma idiota que dormiu com Harvey Weinstein para progredir na vida”. Ao longo de dois dias de testemunho, Siebel Newsom disse que foi estuprada por Weinstein em 2005 em seu quarto de hotel em Beverly Hills depois que ela concordou em se encontrar com ele para discutir sua carreira. Ela disse que não se apresentou antes porque tentou ignorar o incidente como “uma forma de deixar de lado minha tristeza, meu medo, meu trauma, para que eu pudesse seguir em frente com minha vida”. “Durante o julgamento, os advogados de Weinstein usaram sexismo, misoginia e táticas de intimidação para atacar, rebaixar e ridicularizar nós, sobreviventes. Este julgamento foi um forte lembrete de que nós, como sociedade, temos trabalho a fazer. Para todos os sobreviventes – vejo vocês, ouço vocês e estou com vocês”, disse Siebel Newsom em um comunicado sobre o veredito. As primeiras denúncias contra Weinstein renderam recentemente um filme, “Ela Disse”, que foi lançado em dezembro nos cinemas brasileiros.
Armie Hammer culpa abuso na infância por comportamento tóxico
O ator Armie Hammer (“Me Chame por Seu Nome”) deu sua primeira entrevista, dois anos após ser acusado de ter conduta sexual tóxica e ser acusado de estupro. Em sua defesa, o ator de 36 anos disse que ter sido abusado sexualmente por um pastor, quando tinha 13 anos, o que o levou a desenvolver esse tipo de comportamento inapropriado. Ele também negou as acusações de violência sexual e disse que pensou em se suicidar devido às denúncias, que arruinaram sua carreira artística. Na entrevista com o Air Mail, Armie disse que, quando tentou contar aos pais sobre o abuso, não encontrou apoio. Os pais acharam que ele estava mentindo, porque “um homem de Deus”, como caracterizavam o agressor, não poderia ter feito algo assim. “O que isso [o abuso] fez foi introduzir a sexualidade em minha vida de uma forma que estava completamente fora do meu controle”, declarou. “Eu estava indefeso nessa situação. Eu não tinha nenhum controle da situação. A sexualidade foi introduzida para mim de uma forma assustadora em que eu não tinha controle. Meus interessantes então se formaram: eu queria ter controle da situação, sexualmente.” Quando as acusações mais polêmicas virem à tona, incluindo tendências canibais, ele entrou numa depressão tão profunda que perdeu o desejo de viver. “Eu entrei no mar e nadei o mais longe que podia, esperando me afogar, ser atingindo por um barco ou devorado por um tubarão”, contou. “Então me lembrei que meus filhos estavam na praia e eu não podia fazer isso com eles. Hammer é pai de três filhos, fruto do casamento com Elizath Chambers, que chegou ao fim em 2020. Apesar de admitir que se comportou de forma tóxica e “abusiva emocionalmente” com as mulheres que o acusaram, ele nega que tenha cometido os crimes dos quais foi acusado. “Eu estava com essas mulheres jovens, de 20 e poucos anos, enquanto eu tinha mais de 30. Eu era um ator de sucesso naquele momento. Elas poderiam ter ficado felizes só por estarem comigo, podem ter dito ‘sim’ para as coisas às quais talvez elas não diriam por vontade própria. Havia um desequilíbrio de poder na situação”, admitiu. Armie garante que se tornou “uma pessoa mais saudável, mais feliz e mais equilibrada”, ao se afastar de Hollywood. “Sou capaz de estar ao lado dos meus filhos de uma forma que nunca estive… Sou muito grato pela minha vida, minha recuperação e tudo mais. Eu não voltaria e desfaria tudo o que aconteceu comigo”, continuou. Com isso, ele se diz pronto para assumir seus erros. “Quero assumir meus erros e a responsabilidade pelo fato de de que fui um idiota, que fui egoísta, que usei as pessoas para me fazer sentir melhor e, quando terminei, segui em frente”. Entretanto, critica a “cultura do cancelamento” e o “linchamento da lacração”, que não permite a “redenção” da pessoa que errou – ele contou que apenas o ator Robert Downey Jr. o apoiou quando “estava no fundo do poço”. “No minuto em que alguém faz algo errado, essa pessoa é dispensada. Não há chance para reabilitação. Quando jogam alguém como eu no fogo para se protegerem, tudo que estão fazendo é tornar o fogo maior. E agora esse fogo está fora de controle e vai queimar todo mundo”, comentou. Os múltiplos relatos de violência sexual contra Hammer surgiram em 2021 e fizeram com que ele fosse dispensado de vários projetos. O ator acabou se mudando para as Ilhas Cayman, onde se internou em uma clínica e foi visto trabalhando como vendedor.
Filha de Dudu Nobre se manifesta após estupro: “Estou melhorando”
Lily Nobre, filha de Dudu Nobre e Adriana Bombom, usou o stories de seu Instagram para se manifestar após a violência sexual da qual foi vítima no início do mês. No último dia 7, a influencer registrou queixa por estupro de vulnerável na 42ª Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro. Lily Nobre teria sido estuprada por um grupo de pessoas enquanto estava em uma festa na Zona Oeste do Rio. Ela havia acabado de comemorar o aniversário de sua mãe e resolveu estender a noite em uma casa na comunidade da Beira Rio, onde o episódio o aconteceu. “Acho que a maioria já sabe o que aconteceu comigo. Foi uma situação horrível. Estou melhor, estou melhorando. Já comecei o meu tratamento psicológico. É muito importante ter uma pessoa acompanhando e ajudando a gente a desabafar cada vez mais. Não quero que a minha vida pare por essa situação. Vou tentar voltar aos pouquinhos”, escreveu a jovem. Ela também comentou porque se afastou das redes sociais. “Eu me afastei esse tempo, porque achei necessário ficar um pouco distante do Instagram e das redes sociais. Não queria cair em armadilhas mentais e fazer besteiras. Queria ficar um pouco com a minha família e com as pessoas que estão me dando todo apoio e suporte possíveis no meu dia a dia.” Mesmo assim, disse que viu as mensagens de apoio, e foi isso que a fez retomar a comunicação nas redes. “Estou passando para agradecer todo mundo que me mandou mensagem de carinho e preocupação. Me senti muito acolhida”, comentou. Ela completou as postagens agradecendo ao público pelo carinho e avisando que “tudo está sendo resolvido”.
Equipe da Televisa começa a gravar série sobre Gloria Trevi no Rio
Equipe da Televisa desembarcou no Rio nesta segunda (23/1) para gravar cenas de uma série sobre Gloria Trevi, a rainha do pop mexicano. Chamada “Gloria Trevi: Ellas Soy Yo”, a produção terá locações no Rio, porque foi a cidade em que a cantora foi presa em janeiro de 2000, com seu empresário Sergio Andrade e uma corista, acusada de rapto e corrupção de menores. Eles teriam “seduzido” jovens com a promessa de uma futura carreira artística para, em seguida, “cometer abusos sexuais”. A produção, a cargo de Carla Estrada (“O Privilégio de Amar”) e estrelada por Scarlet Gruber (“Rosario”), está sendo atendida pela Rio Film Commission, braço da RioFilme que cuida das filmagens que ocorrem na cidade. Depois de ser extraditada para o México em dezembro de 2000, Gloria Trevi acabou absolvida em 2004 e, três meses após recuperar a liberdade, ganhou um disco de ouro nos EUA ao vender mais de 100 mil cópias de seu novo álbum em apenas três dias. Só que no início deste mês de janeiro ela voltou a ser acusada pelos crimes de tráfico sexual de menores, num novo processo aberto no tribunal de Los Angeles, protocolado por meio de uma lei que retirou temporariamente o período de prescrição de acusações de abuso e agressão sexual infantis no estado da Califórnia. De acordo com o processo, duas mulheres – identificadas como “Jane Doe 1” e “Jane Doe 2” – alegam que tinham 13 e 15 anos, respectivamente, quando Trevi as abordou em público e as convenceu a ingressar num suposto programa de treinamento musical de Andrade, com a promessa de transformá-las em estrelas. Porém, o que aconteceu foi que elas foram preparadas para se tornarem escravas sexuais do produtor. No momento em que as duas meninas foram recrutadas, Trevi e Andrade já haviam alcançado fama internacional. Ela chegou a ser chamada de “a versão mexicana de Madonna”, com Andrade sendo creditado como o responsável pelo seu sucesso. Porém, a carreira dos dois foi abalada pela primeira onda de acusações de tráfico sexual levantada por vários dos seus ex-protegidos. As alegações explodiram em um escândalo internacional, com Andrade sendo pintado como um violento pedófilo e Trevi como sua cúmplice. Trevi, que está com 54 anos, sempre alegou que era inocente. Após sua libertação em 2004, ela se mudou para os Estados Unidos, casou-se com um advogado e passou a morar no Texas. Hoje, ela tem 5 milhões de seguidores no Instagram e continua fazendo turnês e aparecendo na TV. Seus últimos álbuns, “Una Rosa Blue” (2007) e “Gloria” (2011), foram enormes sucessos. Depois disso, ainda participou da novela “Libre para Amarte” (2013) e da série “A Casa das Flores” (2019), da Netflix. No Latin American Music Awards de 2018, Trevi se defendeu das acusações. “Eu não fui cúmplice. Eu tinha 15 anos, com mentalidade de 12, quando conheci um grande produtor. Ele imediatamente procurou se tornar uma miragem de amor e fingiu ser minha única chance de alcançar meus sonhos”, disse ela sobre Andrade. “Eu tinha 15 anos quando comecei a conviver com manipulação, espancamento, gritos, abusos, castigos. E foram 17 anos de humilhações.” Apesar dessas declarações, do seu retorno à carreira e de ter se mantido afastada de Andrade – depois de supostamente dar à luz a seu filho enquanto estava encarcerada no Brasil –, Trevi agora volta a ser acusada ao lado dele, por conta do que aconteceu no final da década de 1980 e início da década de 1990.
Marcelo Adnet revela abuso sexual na infância: “Eu fui salvo”
O humorista Marcelo Adnet compartilhou, durante o “PodPah de Verão”, que sofreu abuso sexual aos 5 anos de idade. Na conversa, ele acrescentou que foi salvo do estupro pelo avô, que chegou a tempo. O assunto começou com Adnet contando sobre a vida atual e alguns relatos de sua infância, que aconteceu na década de 1980. Na ocasião, ele chegou a citar uma festa de aniversário que participou com 9 anos, onde um “taxista mal-humorado” declarou que ele estaria na idade de “com*r geral”. Em seguida, o comediante relatou o abuso sexual. “Fui estuprado aos 5 anos, mas o cara não chegou a met*r mesmo. Ele ia met*r, [mas] meu avô chegou, [porque] tinha esquecido a carteira em casa. Eu fui salvo”, contou. Adnet afirmou que, embora fosse muito novo, foi uma experiência chocante. “Mas foi uma experiência que me… Caralh*, eu falei assim: ‘Opa, o ser humano é um negócio perigoso’”, analisou a situação. “Talvez por isso [que hoje] eu seja tímido. Claro! Pensei: ‘O ser humano é um filho da put* que vai querer comer meu c*. [Ele] não é um cara legal, um cara maneiro”, disse Adnet, tentando aliviar o caso. Ao mesmo tempo, o humorista declarou que não quer “desacreditar da humanidade”, e que falar disso pode servir para conscientizar. “Não pode falar isso e chorar, porque, aí, eu não tô preparado pra falar isso”, analisou Adnet. “Como faz 35 anos que isso aconteceu, é uma coisa que ficou lá pra trás. E, porr*, você tem que falar para conscientizar os outros. Falar: ‘Olha, essa p*rra existe’. Entendeu?” Marcelo Adnet ainda enfatizou a importância da educação sexual e da criação infantil. “Tem que olhar criança, mesmo. Não pode dar mole, não! Não pode confiar, largar a criança, tem que ficar em cima. Tem que ter educação!”, declarou. Na sequência, um dos apresentadores do podcast afirmou que as pessoas condenam a educação sexual nas escola, pois acreditam que “as crianças vão aprender a transar”. Adnet, então, lembrou que descobriu a AIDS aos 12 anos. “Eu tinha 5 anos quando isso aconteceu. [Mas] aos 12, eu descobri que existia a AIDS, aí eu fiquei assim: ‘Tô com AIDS’. Aí falei assim para a minha mãe e meu pai: ‘Mas e se enfiar rapidinho, não enfiar direito, só começar… Pega AIDS?’. Meus pais falaram que sim e eu pensei: ‘Meu Deus, talvez eu seja aidético’. Aí um dia eu contei pra eles e eles ficaram: ‘Meu Deus’. Ninguém sabe mais onde o cara tá, claro, faz muito tempo.” Por fim, o humorista declarou que espera poder contribuir com a criação positiva da filha. “O que eu vejo do futuro, eu vejo um lugar feliz, tranquilo, onde eu seja amigo da minha filha. É a coisa que eu mais quero, ser amigo dela. O melhor amigo é da idade dela, claro, mas um cara que ela confia. Um pai que ela confia, que me apresenta para o namorado. Quero que minha filha me ensine”, completou.
Ator de “That ’70s Show” vai enfrentar novo julgamento por estupro
O ator Danny Masterson (“That ’70s Show”) vai enfrentar um segundo julgamento por estupro após o júri do seu julgamento anterior não conseguir chegar a uma conclusão. A informação sobre o novo julgamento foi anunciada pelos promotores do caso na terça-feira (10/1). “Nosso escritório decidiu julgar novamente este caso”, disse o procurador distrital Reinhold Mueller ao tribunal. Masterson é acusado de estuprar à força três mulheres em sua casa em Hollywood Hills, entre 2001 a 2003. Seu primeiro julgamento aconteceu em novembro. Embora não tenham conseguido chegar a um veredicto, os jurados inclinaram-se para a absolvição, com votos de 10-2, 8-4 e 7-5 nas três acusações. O advogado de defesa, Philip Cohen, argumentou que era improvável que qualquer júri votasse unanimemente para condenar o ator. Ele disse que o primeiro júri examinou minuciosamente as evidências e que nenhuma nova evidência provavelmente mudaria o resultado. “Não é que as coisas que Mueller considera importantes ou significativas foram ignoradas”, disse Cohen. “É que as coisas foram discutidas e não consideradas importantes para a tomada de decisões por alguns dos jurados.” Apesar dos apelos da defesa, a juíza Charlaine Olmedo negou o pedido para arquivar o caso e marcou a data de 29 de março para a seleção do júri para o novo julgamento. “Parece que há muitas outras testemunhas que a promotoria poderia escolher convocar ou diferentes argumentos que poderia apresentar”, argumentou Olmedo. “Um resultado diferente em um novo julgamento é pelo menos uma possibilidade.” Duas das mulheres que testemunharam no julgamento – identificadas como Jane Doe 2 e Jane Doe 3 – emitiram uma declaração dizendo que estavam felizes com a realização de outro julgamento. “Estamos satisfeitos que Danny Masterson não tenha permissão para simplesmente escapar da responsabilidade criminal”, disseram elas, que foram acompanhadas na declaração por uma terceira mulher que não testemunhou, assim como pelo marido de Jane Doe 3. “Apesar dos anos de sofrimento de intimidação e assédio, estamos totalmente comprometidos em participar do próximo julgamento criminal na medida solicitada pelos promotores e novamente testemunhar sobre o comportamento depravado do Sr. Masterson”. O julgamento de Masterson chamou atenção para a Igreja da Cientologia, que foi acusada de tentar encobrir as acusações do ator. Os promotores alegaram que o sucesso de Masterson deu a ele um alto status dentro da igreja e que ele se sentia “no direito” de fazer sexo com as mulheres independentemente do consentimento delas. Cada uma das mulheres que depôs no julgamento falou sobre as agressões e as duras consequências que enfrentaram por terem trazido o caso a público. Essas mulheres disseram que temem ser excomungadas da igreja por terem ido à polícia. O escritório da promotoria inicialmente se recusou a abrir um processo contra o ator em 2004, depois que a primeiro acusadora apresentou uma queixa à polícia de Los Angeles. No final de 2016, as três acusadoras se encontraram e o denunciaram coletivamente. Os promotores acabaram apresentando as acusações três anos depois, sob a lei de crimes sexuais da Califórnia, que acarreta uma sentença máxima de 15 anos a prisão perpétua para cada acusação. Todas as três mulheres testemunharam que os ensinamentos da igreja tornavam difícil para elas conceituarem as agressões que sofriam como sendo “estupros”. Duas delas disseram ainda que falaram com as autoridades da igreja e foram desencorajados a irem à polícia. O advogado de Masterson argumentou que a Cientologia era irrelevante para o caso e procurou minimizar qualquer menção da Igreja. Em seu argumento final, ele disse que a palavra “Cientologia” foi mencionada mais de 700 vezes ao longo do julgamento. O advogado concentrou sua defesa nas discrepâncias entre os vários relatos que as mulheres deram aos investigadores e argumentou que as alegações estavam repletas de “invenções”. Na conclusão do primeiro julgamento, Philip Cohen questionou a credibilidade das mulheres, afirmando que este era um fator-chave na contagem dos votos a favor da absolvição. Agora, ele reforça que o testemunho deu origem a “uma série de novas questões” e que novas investigações sobre as mulheres serão feitas por sua equipe.
Filha de Dudu Nobre sofre estupro em festa no Rio
A Polícia Civil do Rio está investigando uma queixa de estupro cometido contra a cantora Lily Nobre, de 20 anos, filha do sambista Dudu Nobre e da modelo Adriana Bombom. Segundo relato à polícia, ela teria sido vítima do golpe conhecido como “Boa Noite, Cinderela”, em que homens drogam mulheres sem que elas saibam, para abusá-las. No registro de ocorrência feito na 42ª DP, a jovem contou que participava de uma festa na comunidade Beira Rio, no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio, durante a madrugada do último domingo (8/1), quando teria sido abusada por pelo menos um homem. No depoimento, vazado pelo jornal Extra, a cantora contou acreditar que alguém tenha colocado alguma substância em sua bebida que a deixou inconsciente. Na ocasião, Lily havia saído das comemorações de aniversário da mãe, no último sábado (7/1), e ido com um amigo e mais duas amigas para uma casa na Beira Rio, onde estavam cerca de 40 pessoas. Até o momento, nove delas já foram ouvidas pelos policiais. Após a denúncia, a jovem fez exame de corpo de delito, acompanhada pelos pais, no Instituto Médico-Legal (IML), no Centro do Rio. O cantor Dudu Nobre se manifestou após o vazamento da informação. “Minha filha Olívia Nobre, de 20 anos, foi convidada para uma festa no Recreio dos Bandeirantes, RJ, na madrugada do último domingo. Na ocasião, ela foi vítima de um abuso, o qual está sendo investigado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. A investigação é sigilosa e peço que respeitem a sua privacidade nesse momento”, disse, por meio de comunicado à imprensa.
Acusação de abuso sexual contra Marilyn Manson é arquivada pela Justiça americana
Um processo de abuso sexual contra Marilyn Manson foi arquivado pela Justiça americana por falta de representação legal. A decisão foi tomada após Ashley Morgan Smithline não cumprir uma determinação judicial no prazo devido. Ela perdeu o advogado no começo de outubro e tinha um prazo até o dia 5 de dezembro para substitui-lo, o que não ocorreu. “O tribunal, portanto, extingue esta ação sem prejuízo, por omissão do autor em processar a ação”, diz o texto da decisão judicial. A modelo e ex-namorada de Manson acusou o cantor de abuso sexual, estupro, violência, ameaça de morte e tortura física e psicológica, acrescentando que ele cortou seu ombro, a parte interna do braço e o estômago com uma faca, deixando cicatrizes. Em entrevista à revista People no ano passado, ela dizia querer que o artista fosse “responsabilizado de uma vez por todas”. Apesar desse arquivamento, Manson ainda enfrenta dois processos de agressão sexual: da atriz Esmé Bianco (de “Game of Thrones”), que acusa Manson de estupro e de tentar matá-la, e de uma vítima anônima, que afirma ter sido estuprada brutalmente na residência do cantor em 2011. Um quarto processo movido em maio de 2021 pela ex-assistente de Manson, Ashley Walters, foi indeferido por ter ultrapassado o limite de prescrição, mas ela entrou com uma apelação na Justiça. Em sua denúncia, Walters alegou que Manson a sujeitou a mais de um ano de “exploração sexual, manipulação e abuso psicológico” depois de atrai-la com a promessa de uma colaboração profissional. Marilyn Manson, cujo nome verdadeiro é Brian Hugh Warner, também entrou com seu próprio processo de difamação na Justiça, acusando sua ex-namorada Evan Rachel Wood (atriz de “Westworld”) de fabricar acusações contra ele e, de acordo com a ação, “recrutar, coordenar e pressionar mulheres ligadas a Warner a fazer falsas acusações de abuso contra ele”. Primeira a denunciar Manson em suas redes sociais, Wood disse que já esperava o processo ao se pronunciar publicamente sobre os abusos e disse que não estava “com medo” de enfrentá-lo no tribunal. “Isso é o que praticamente todo sobrevivente que tenta expor alguém em uma posição de poder sofre, e isso faz parte da retaliação que mantém os sobreviventes quietos. É por isso que as pessoas não querem se apresentar. Isso era esperado”, afirmou durante participação no programa televisivo americano “The View”. “Estou muito confiante de que tenho a verdade do meu lado e que a verdade virá à tona.”
Cantora e atriz Gloria Trevi volta a ser acusada de tráfico sexual
A cantora e atriz mexicana Gloria Trevi está enfrentando novas acusações de tráfico sexual de menores, duas décadas após ser presa no Brasil. As denúncias constam de um novo processo civil aberto no tribunal de Los Angeles, que trazem tona as alegações de que Trevi teria aliciado garotas menores de idade e as prostituído para o produtor Sergio Andrade. A nova queixa, obtida pela revista Rolling Stone, foi protocolada por meio de uma lei que retirava temporariamente o período de prescrição de acusações de abuso e agressão sexual infantis no estado da Califórnia. Nem Trevi nem Andrade são citados nominalmente no processo, mas ficou claro que os dois são os principais acusados por conta dos detalhes da ação, que inclui informações sobre os shows que Trevi fez na década de 1990 e os álbuns que ela gravou. De acordo com o processo, duas mulheres – identificadas como “Jane Doe 1” e “Jane Doe 2” – alegam que tinham 13 e 15 anos, respectivamente, quando Trevi as abordou em público e as convenceu a ingressar num suposto programa de treinamento musical de Andrade, com a promessa de transformá-las em estrelas. Porém, o que aconteceu foi que elas foram preparadas para se tornarem escravas sexuais do produtor. No momento em que as duas meninas foram recrutadas, Trevi e Andrade já haviam alcançado fama internacional. Ela chegou a ser chamada de “a versão mexicana de Madonna”, com Andrade sendo creditado como o responsável pelo seu sucesso. Porém, a carreira dos dois foi abalada pela primeira onda de acusações de tráfico sexual levantada por vários dos seus ex-protegidos. As alegações explodiram em um escândalo internacional, com Andrade sendo pintado como um violento pedófilo e Trevi como sua cúmplice. Os dois foram presos no Brasil em janeiro de 2000, após uma caçada internacional. Trevi, que está com 54 anos, passou quatro anos em prisão preventiva, mas acabou sendo absolvida quando um juiz disse que não havia provas suficientes para apoiar as acusações de estupro, sequestro e corrupção de menores apresentadas contra ela. Depois de passar quatro anos aguardando julgamento, Andrade foi condenado por estupro, sequestro e corrupção de menores, mas acabou ficando apenas mais um ano preso. A cantora sempre alegou que era inocente. Após sua libertação em 2004, ela se mudou para os Estados Unidos, casou-se com um advogado e passou a morar no Texas. Hoje, ela tem 5 milhões de seguidores no Instagram e continua fazendo turnês e aparecendo na TV. Seus últimos álbuns, “Una Rosa Blue” (2007) e “Gloria” (2011), foram enormes sucessos. Depois disso, ainda participou da novela “Libre para Amarte” (2013) e da série “A Casa das Flores” (2019), da Netflix. No Latin American Music Awards de 2018, Trevi se defendeu das acusações. “Eu não fui cúmplice. Eu tinha 15 anos, com mentalidade de 12, quando conheci um grande produtor. Ele imediatamente procurou se tornar uma miragem de amor e fingiu ser minha única chance de alcançar meus sonhos”, disse ela sobre Andrade. “Eu tinha 15 anos quando comecei a conviver com manipulação, espancamento, gritos, abusos, castigos. E foram 17 anos de humilhações.” Apesar dessas declarações, do seu retorno à carreira e de ter se mantido afastada de Andrade – depois de supostamente dar à luz a seu filho enquanto estava encarcerada no Brasil –, Trevi agora volta a ser acusada ao lado dele, por conta de ações que ocorreram no final da década de 1980 e início da década de 1990. “[Trevi e Andrade] usaram seu papel, seu status e seu poder como uma estrela pop mexicana bem conhecida e bem-sucedida e um produtor famoso para obter acesso, aliciar, manipular e explorar [as vítimas] e coagir o contato sexual com elas ao longo de anos”, alega a ação civil, que busca indenização real e punitiva. O processo também menciona um terceiro réu que trabalhou com Trevi e Andrade como coreógrafo, dançarino e assistente, mas o indivíduo não é identificado. Anteriormente, Andrade admitiu ter feito sexo com Karina Yapor, a principal acusadora por trás de sua condenação criminal anterior, quando ela tinha 13 anos. Porém, durante o julgamento ele negou tê-la estuprado ou tê-la mantido presa contra sua vontade. Yapor alegou que ela foi essencialmente sequestrada aos 12 anos e sofreu uma lavagem cerebral para se tornar um membro do harém de Andrade com Trevi, que na época tinha quase 20 anos e desempenhava um papel fundamental no aliciamento de menores. Aos 15 anos, Yapor deu à luz a um filho de Andrade na Espanha. Ela abandonou a criança lá em 1998, a pedido de Andrade, conforme relatou no seu livro “Revelaciones” (2001). Segundo a nova denúncia, Jane Doe 1 tinha 15 anos no verão de 1991 e morava com a família em Puebla, no México, quando sua mãe a levou a um evento onde esperava conhecer Gloria Trevi. A jovem vítima estava dançando e cantando junto com um grupo de fãs do lado de fora do escritório de Andrade na Cidade do México quando Trevi surgiu e supostamente a abordou. Trevi teria dito a Jane Doe 1 que ela era “uma dançarina muito boa e muito bonita” e a convidou para uma audição. Acreditando que a oferta era sua oportunidade de alcançar o estrelato, Jane Doe 1 mudou-se para a Cidade do México para o que ela e sua mãe pensavam ser um programa de treinamento. O processo diz ainda que o arranjo de vida aparentemente “idílico” deu uma guinada sombria quando Trevi visitou a adolescente em um quarto do Hotel del Bosque no final de 1991 ou início de 1992 e disse que Andrade estava “extremamente chateado” com uma amizade de Jane Doe 1 com um jovem do grupo. Andrade supostamente tinha regras que proibiam esse tipo de amizade, e Trevi teria dito à adolescente que ela teria que deixar a trupe, a menos que pudesse convencer Andrade a deixá-la ficar. “Eu não quero que você vá, você precisa falar com [Andrade], faça o que for necessário, o que ele pedir de você … porque eu quero que você fique”, Trevi teria dito a ela. Jane Doe 1 foi ao quarto de hotel de Andrade em lágrimas e lá ela foi informada que “se quisesse ficar no grupo, ela teria que ter relações sexuais com ele”, afirma o processo. “[Jane Doe 1] não queria fazer sexo com [Andrade], mas sentia uma pressão extrema porque admirava [Trevi] e [Andrade], que eram adultos, e ela queria ficar no grupo e não sabia o que mais fazer”. Andrade supostamente coagiu Jane Doe 1 a sofrer uma agressão sexual naquela noite e depois a manipulou ou “forçou” uma série de agressões e estupros que continuaram até aproximadamente 2001. “Quando [Trevi] percebeu que [Jane Doe 1] estava em um ‘ponto de ruptura’ com o abuso, [ela] intercedeu para manipular e coagir [Jane Doe 1] a ficar com o grupo, não saindo e não contando a ninguém sobre isso, fazendo com que o abuso sexual continuasse”, afirma o processo. “[Ela] diria [Jane Doe 1] que o mundo exterior era muito pior do que ficar com o grupo.” Trevi supostamente disse a Jane Doe 1 que o grupo era “uma família” e ela pertencia a esse grupo. “O que está esperando por você se você voltar para a cidade de Puebla?” Trevi teria perguntado. “Esta é a sua oportunidade, então não a desperdice. Você vai viajar, fazer música, aprender muito, mas você precisa fazer isso.” O processo também alega que Andrade controlava Jane Doe 1 e outros dançarinos não identificados, sujeitando-os a “chicotadas, espancamentos, privação de comida e exercícios físicos forçados” caso eles ousassem “desagradá-lo”. “[Ele] espancou [Jane Doe 1] e outras jovens dançarinas com fios elétricos até que suas costas estivessem sangrando e machucadas, e uma condição da punição era que elas não podiam gritar ou se mover enquanto ele os espancava”, detalha a ação. “As chicotadas não terminavam até que eles estivessem em silêncio e imóveis enquanto ele infligia os golpes.” Jane Doe 1 afirma que, no final de 1993, ela foi removida do palco e designada para trabalhar como assistente e escrava sexual virtual de Andrade. Ela ficou tão traumatizada e “quebrada” pelo abuso sexual e físico constante que permaneceu com o grupo apesar de se sentir “sem esperança” e “como um zumbi”, afirma a denúncia. Segundo Jane Doe 1, seu “abuso sexual, físico e mental” continuou quando ela viajou com Trevi e Andrade para o sul da Califórnia para sessões de gravação e shows, como a apresentação de Trevi no famoso Roxy Theatre em 31 de agosto de 1992. O processo alega que o abuso continuou até 2000, quando Andrade foi preso. Já Jane Doe 2 tinha 13 anos em junho de 1989, quando Trevi supostamente a viu do lado de fora de uma estação de rádio da Cidade do México. Trevi se aproximou, alegou que estava procurando por outros artistas e elogiou a garota por sua aparência “muito alta e bonita”. Em uma “audição” semanas depois, Trevi supostamente pediu à garota para tirar a roupa, alegando que ela mesma havia se despido para seu próprio teste porque era necessário identificar “quais partes de seu corpo precisavam de trabalho”. A menina se recusou a se despir, mas cantou e dançou e, por fim, recebeu uma “bolsa de estudos” para assistir às aulas com Andrade. Porém, Trevi logo começou a preparar a garota para se tornar a “namorada” de Andrade, dizendo que ela era a candidata perfeita para fazê-lo “acreditar no amor de novo” depois que outra garota da mesma idade o “traiu” e partiu seu coração. Mais tarde naquele verão, quando Jane Doe 2 ainda tinha 13 anos, Andrade começou a agredi-la sexualmente em um escritório e um apartamento na Cidade do México. Ele tinha 33 anos na época e Trevi tinha 21. Andrade supostamente tornou-se cada vez mais abusivo e controlador, prometendo a Jane Doe 2 que a “tornaria uma estrela” como Trevi se ela atendesse às suas exigências. De acordo com a denúncia, ele marcou um calendário do escritório com datas que mostravam os supostos planos de viajar para Los Angeles para gravar seu álbum de estreia, mas “riscaria a data” se ela “se comportasse mal”. Segundo o processo, o produtor também abusou brutalmente de Jane Doe 2, espancando-a com um cinto e socando-a, privando-a de comida e proibindo-a de usar o banheiro. O abuso ainda estaria acontecendo quando ele a trouxe para Los Angeles, entre 1990 e 1992, quando Trevi estava gravando seus álbuns “Tu Ángel de la Guarda” e “Mi Siento Tan Sola”. A certa altura, Jane Doe 2 supostamente ligou para sua mãe e implorou para ser resgatada das “pessoas más” que a mantinham prisioneira em Los Angeles. Nesse momento, Trevi teria passado horas convencendo-a a ficar, afirmando que ela estava “muito perto de terminar seu álbum e realizar seu sonho de se tornar uma cantora”. As agressões continuaram e, em dezembro de 1990, Andrade teria se casado com Jane Doe 2 no México quando ela tinha 15 anos para removê-la da custódia legal de sua mãe. Jane Doe 2 concordou com o casamento “porque estava apavorada com o que [Andrade] faria se ela recusasse”. Ela “escapou” da casa da trupe na Cidade do México em dezembro de 1992. Ambas as demandantes afirmam que sofreram “sofrimento emocional substancial, ansiedade, nervosismo, raiva e medo” e cada uma tem “problemas com suas vidas pessoais, como problemas de confiança e controle”.









