Nick Carter, dos Backstreet Boys, é acusado de estuprar fã menor e autista

O cantor e compositor Nick Carter está sendo acusado de estuprar uma menor de idade. O caso teria acontecido na cidade de Washington, em 2001, quando a fã dos Backstreet Boys tinha […]

Instagram/Nick Carter

O cantor e compositor Nick Carter está sendo acusado de estuprar uma menor de idade. O caso teria acontecido na cidade de Washington, em 2001, quando a fã dos Backstreet Boys tinha apenas 17 anos.

Numa live pelo Facebook, a vítima Shannon “Shay” Ruth declarou que “os últimos 21 anos foram cheios de dor, confusão, frustração, vergonha e automutilação” devido ao abuso sexual sofrido.

“Embora eu seja autista e viva com paralisia cerebral, acredito que nada me afetou mais ou teve um impacto mais duradouro em minha vida”, disse a mulher.

Segundo a denúncia, Shay compareceu ao show da boyband e entrou na fila de autógrafos, quando Carter a convidou para acompanha-lo até o ônibus da turnê. No local, o cantor teria entregado à jovem autista uma bebida chamada “suco VIP”, que era uma mistura de álcool e suco de cranberry.

Após o consumo, o artista levou Shay até o banheiro do ônibus e ordenou que ela fizesse sexo oral. Posteriormente, Carter teria levado a jovem para uma cama e continuou as agressões sexuais enquanto ela pedia para que ele parasse.

Shay acrescentou que, na ocasião, ainda era virgem e que contraiu o vírus do HPV após o estupro.

Ainda na coletiva de imprensa com os advogados, Shay também acusou Carter de usar termos misóginos e capacitistas, como “p*tinha retardada”.

“Eu senti que não tinha para onde ir, nenhuma maneira de expressar minhas emoções, dor e confusão, exceto me machucando. E eu realmente acreditava que, se contasse a alguém, iria para a cadeia”, declarou sobre o trauma.

Segundo a mulher, o intuito da denúncia é impedi-lo de “atacar mais adolescentes e mulheres”, e responsabilizá-lo por sua dor de anos. “Só porque Nick Carter é uma celebridade não significa que ele está isento de seus crimes. Eu sou uma sobrevivente e sempre serei”, concluiu a declaração.

Através do advogado Michael Holtz, o cantor afirmou que a alegação “não é apenas legalmente sem mérito, mas também totalmente falsa”.

“Infelizmente, por vários anos, a Sra. Ruth foi manipulada para fazer falsas alegações sobre Nick – e essas alegações mudaram repetidamente e materialmente ao longo do tempo. Ninguém deve ser enganado por um golpe de imprensa orquestrado por um advogado oportunista”, declarou.

Embora o artista se defenda da acusação, o advogado Mark J. Boskovich acrescentou outros três casos durante a denúncia de sua cliente.

“Nick Carter tem uma longa história de abuso de mulheres”, disse o advogado, que aponta que a indústria da música “desvia o olhar” dos crimes.

Além disso, essa não é a primeira vez que o compositor está sendo acusado por crimes do gênero. Em 2017, a cantora Melissa Schuman afirmou que Carter a agrediu sexualmente quando era virgem.

“Eu disse a ele que era virgem e não queria fazer sexo. Eu disse a ele que estava me guardando para meu futuro marido. Eu disse isso várias vezes. Ele sussurrou em meu ouvido para me seduzir, que poderia ser meu marido”, escreveu em um blog na época.

Em contrapartida, Carter declarou em resposta que a ex-integrante do grupo feminino Dream nunca lhe disse que as relações sexuais não eram consensuais.

As acusações já geraram repercussão.

A rede americana ABC cancelou a exibição de um especial de Natal com os Backstreet Boys, “A Very Backstreet Holiday”, que tinha sido gravado este mês em Los Angeles.