“Marte Um” vence o Prêmio da ABRACCINE
A Associação Brasileira de Críticos de Cinema do Brasil (ABRACCINE) divulgou os vencedores do Prêmio ABRACCINE. A lista é composta por três filmes, eleitos nas categorias de Melhor Filme Estrangeiro, Melhor Filme Brasileiro e Melhor Curta-Metragem Nacional. O drama mineiro “Marte Um”, de Gabriel Martins, escolha do Brasil para tentar uma vaga no Oscar, foi eleito o Melhor Filme Nacional; o britânico “Aftersun”, dirigido por Charlotte Wells, venceu na categoria de produção internacional; e o carioca “Fantasma Neon”, de Leonardo Martinelli, foi o curta-metragem mais votado. Ao contrário de anos anteriores, a associação também divulgou o seu Top 10 com os filmes mais votados pelos seus membros nas três categorias, que também inclui o filme vencedor. Confira abaixo as listas completas. Melhor Filme Brasileiro “Marte Um” (Minas Gerais), de Gabriel Martins Top 10 em ordem alfabética “5 Casas”, de Bruno Gularte Barreto “A Felicidade das Coisas”, de Thais Fujinaga “A Mãe”, de Cristiano Burlan “Carro Rei”, de Renata Pinheiro “Carvão”, de Carolina Markowicz “Eduardo e Mônica”, de René Sampaio “Marte Um”, de Gabriel Martins “Os Primeiros Soldados”, de Rodrigo de Oliveira “Paloma”, de Marcelo Gomes “Seguindo Todos os Protocolos”, de Fábio Leal Melhor Filme Estrangeiro “Aftersun” (Reino Unido/EUA), de Charlotte Wells Top 10 em ordem alfabética “A Pior Pessoa do Mundo”, de Joachim Trier (Noruega) “Aftersun”, de Charlotte Wells (Reino Unido) “Dias”, de Tsai Ming-Liang (Taiwan) “Drive my Car”, de Ryusuke Hamaguchi (Japão) “Licorice Pizza”, de Paul Thomas Anderson (EUA) “Memoria”, de Apichatpong Weerasethakul (Colômbia/Tailândia) “Não! Não Olhe!”, de Jordan Peele (EUA) “O Acontecimento”, de Audrey Diwan (França) “RRR”, de SS Rajamouli (Índia) “Vitalina Varela”, de Pedro Costa (Portugal) Melhor Curta “Fantasma Neon” (Rio de Janeiro), de Leonardo Martinelli Top 10 em ordem alfabética “Ainda Restarão Robôs nas Ruas do Interior Profundo”, de Guilherme Xavier Ribeiro “Big Bang”, de Carlos Segundo “Curupira e a Máquina do Destino”, de Janaína Wagner “Escasso”, de Clara Anastácia e Gabriela Gaia Meirelles “Fantasma Neon”, de Leonardo Martinelli “Garotos Ingleses”, de Marcus Curvelo “Infantaria”, de Laís Santos Araujo “Mutirão: O Filme”, de Lincoln Péricles “Solmatalua”, de Rodrigo Ribeiro-Andrade “Tekoha”, de Carlos Adriano
Ilha das Flores é eleito melhor curta brasileiro de todos os tempos
A Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) realizou uma eleição entre seus membros para apuração de um ranking com os melhores curtas brasileiros de todos os tempos. E o 1º lugar ficou com “Ilha das Flores”, que projetou o cineasta Jorge Furtado para além do Rio Grande do Sul. A produção gaúcha, disponível na plataforma Canal Brasil Play, venceu o Festival de Gramado de 1989. No ano seguinte, ganhou o Urso de Prata da categoria no Festival de Berlim, em 1990. Aclamado pela crítica, tornou-se tema de aula nas escolas e objeto de estudo de teses acadêmicas. O curta mostra em 12 minutos a trajetória de um tomate desde sua plantação até ser rejeitado dentro de uma casa e virar objeto de disputa entre humanos e porcos em um lixão. Outros títulos destacados pela votação incluem “Di” (1977), de Glauber Rocha, Blábláblá” (1968), de Andrea Tonacci, “A Velha a Fiar” (1964), de Humberto Mauro, e “Couro de Gato” (1962), de Joaquim Pedro de Andrade, que completam o Top 5. Furtado tem outo trabalho na lista, “O Dia em que Dorival Encarou a Guarda” (1986), co-dirigido com José Pedro Goulart, na 20ª posição. O resultado servirá de base para um livro realizado em parceria com Canal Brasil e Editora Letramento. Intitulado “Curta Brasileiro – 100 Filmes Essenciais”, a publicação será lançada no segundo semestre de 2019, com ensaios dedicados a cada um dos títulos. Veja abaixo uma versão completa de “Ilha das Flores”, em baixa definição.
Associação Brasileira de Críticos confirma Aquarius como seu filme favorito de 2016
A Abraccine, Associação Brasileira de Críticos de Cinema, confirmou nesta segunda-feira (16/1) que considera “Aquarius” o Melhor Filme de 2016. Apesar de ser uma lista com três nomes, o resultado foi anunciado como “Prêmio Abraccine” e, segundo texto divulgado pela associação, foi resultado de discussão e troca de ideias, via internet, de seus associados em todo o Brasil. Vale registrar que a mesma discussão e troca de ideias não aconteceu quando um integrante da classe, o crítico Marcos Petrucelli, foi atacado publicamente pelo diretor de “Aquarius”, Kleber Mendonça Filho, em carta aberta publicada no jornal Folha de S. Paulo e em entrevistas ao longo de 2016. Ao contrário, o silêncio da Abraccine foi bastante ruidoso. “Aquarius” também foi destaque na lista dos Melhores Filmes de 2016 da Pipoca Moderna. Veja os vencedores do “Prêmio Abraccine”: Melhor Filme Brasileiro “Aquarius”, de Kleber Mendonça Filho. Melhor Filme Estrangeiro “Elle”, de Paul Verhoeven. Melhor Curta “Estado Itinerante”, de Ana Carolina Soares.
Christian Petermann (1966 – 2016)
Morreu o crítico de cinema Christian Petermann, conhecido do público pela participação no programa “Todo Seu”, apresentado por Ronnie Von na TV Gazeta. Ele estava internado no Hospital das Clínicas, onde teve uma crise de asma seguida de uma parada cardiorrespiratória e não resistiu, falecendo na madrugada de terça (3/5), aos 49 anos. A informação foi confirmada na página oficial do jornalista no Facebook. “Trabalhamos nos mesmos lugares, embora em épocas alternadas, mas nos encontramos várias vezes naquilo que mais gostávamos de fazer: discutir cinema. Com todo seu humor ácido, ele era um dos mais agradáveis críticos de sua geração, sempre demonstrando sua inteligência e paixão pela sétima arte. Vai deixar saudades e fazer muita falta”, lembrou Marcel Plasse, editor da Pipoca Moderna, em seu Facebook. Christian trabalhava como crítico de cinema há 30 anos. Teve passagens pela revista Set, pelo Guia do jornal Folha de S. Paulo, foi colaborador regular da revista Rolling Stone, do programa “Metrópolis”, da TV Cultura, e membro fundador da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine). Ele completaria 50 anos de idade no dia 16 e deixou pronto um texto sobre “O Bandido da Luz Vermelha”, de Rogério Sganzerla, que será publicado no vindouro livro “Os 100 Melhores Filmes Brasileiros”, produzido pela Abraccine.
Críticos elegem Limite o melhor filme brasileiro de todos os tempos
A Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) elegeu “Limite”, de Mário Peixoto, o melhor filme nacional de todos os tempos. A eleição foi realizada para o livro “Os 100 Melhores Filmes Brasileiros”, com lançamento previsto para 2016 pela editora Livramento. Na verdade, são 101 filmes, já que houve um empate na “última” posição. A publicação trará textos sobre cada título, escritos pelos associados da Abraccine. Dirigido por Mário Peixoto em 1931,”Limite” acompanha um homem e duas mulheres confinados em um barco em meio à imensidão do oceano, logo após uma intensa tempestade tê-los isolado do mundo. O filme é mudo e foi a única obra realizada por Peixoto, que além de dirigir, escreveu, compôs a trilha, produziu e atuou no longa-metragem. Em 2º lugar, a lista destaca o grande clássico de Glauber Rocha, “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964), marco do movimento Cinema Novo. Por sinal, Glauber aparece com outro filme nas primeiras posições, “Terra em Transe” (1967), colocado em 5º lugar. A produção mais atual do Top 10 é “Cidade de Deus” (2002). O longa de Fernando Meirelles, indicado a quatro Oscars, ficou em 8º lugar. Mas outros filmes do século 21 acabaram figurando na lista completa, incluindo uma superestimação de “O Som ao Redor” (2012 – 15º lugar) e uma subestimação de “Tropa de Elite 2 – O Inimigo Agora é Outro” (2010 – 35º lugar). Entre os mais recentes, aparecem ainda “O Lobo Atrás da Porta” (2014 – 60º lugar), “Que Horas Ela Volta?” (2015 – 71º lugar), “Tatuagem” (2013 – 73º lugar) e “Estômago” (2010 – 74º lugar). Além de trazer 101 filmes sob o título de “100 Melhores”, a seleção conta com “Ilha das Flores” (1989 – 13º lugar), de Jorge Furtado, que é um curta-metragem. [symple_divider style=”dashed” margin_top=”20″ margin_bottom=”20″] Confira o Top 10 da Abraccine: 1. Limite (1931), de Mario Peixoto 2. Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), de Glauber Rocha 3. Vidas Secas (1963), de Nelson Pereira dos Santos 4. Cabra Marcado para Morrer (1984), de Eduardo Coutinho 5. Terra em Transe (1967), de Glauber Rocha 6. O Bandido da Luz Vermelha (1968), de Rogério Sganzerla 7. São Paulo S/A (1965), de Luís Sérgio Person 8. Cidade de Deus (2002), de Fernando Meirelles 9. O Pagador de Promessas (1962), de Anselmo Duarte 10. Macunaíma (1969), de Joaquim Pedro de Andrade E o resto da lista: 11. Central do Brasil (1998), de Walter Salles 12. Pixote, a Lei do Mais Fraco (1981), de Hector Babenco 13. Ilha das Flores (1989), de Jorge Furtado 14. Eles Não Usam Black-Tie (1981), de Leon Hirszman 15. O Som ao Redor (2012), de Kleber Mendonça Filho 16. Lavoura Arcaica (2001), de Luiz Fernando Carvalho 17. Jogo de Cena (2007), de Eduardo Coutinho 18. Bye Bye, Brasil (1979), de Carlos Diegues 19. Assalto ao Trem Pagador (1962), de Roberto Farias 20. São Bernardo (1974), de Leon Hirszman 21. Iracema, uma Transa Amazônica (1975), de Jorge Bodansky e Orlando Senna 22. Noite Vazia (1964), de Walter Hugo Khouri 23. Os Fuzis (1964), de Ruy Guerra 24. Ganga Bruta (1933), de Humberto Mauro 25. Bang Bang (1971), de Andrea Tonacci 26. A Hora e a Vez de Augusto Matraga (1968), de Roberto Santos 27. Rio, 40 Graus (1955), de Nelson Pereira dos Santos 28. Edifício Master (2002), de Eduardo Coutinho 29. Memórias do Cárcere (1984), de Nelson Pereira dos Santos 30. Tropa de Elite (2007), de José Padilha 31. O Padre e a Moça (1965), de Joaquim Pedro de Andrade 32. Serras da Desordem (2006), de Andrea Tonacci 33. Santiago (2007), de João Moreira Salles 34. O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro (1969), de Glauber Rocha 35. Tropa de Elite 2 – O Inimigo Agora é Outro (2010), de José Padilha 36. O Invasor (2002), de Beto Brant 37. Todas as Mulheres do Mundo (1967), de Domingos Oliveira 38. Matou a Família e Foi ao Cinema (1969), de Julio Bressane 39. Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976), de Bruno Barreto 40. Os Cafajestes (1962), de Ruy Guerra 41. O Homem do Sputnik (1959), de Carlos Manga 42. A Hora da Estrela (1985), de Suzana Amaral 43. Sem Essa Aranha (1970), de Rogério Sganzerla 44. SuperOutro (1989), de Edgard Navarro 45. Filme Demência (1986), de Carlos Reichenbach 46. À Meia-Noite Levarei Sua Alma (1964), de José Mojica Marins 47. Terra Estrangeira (1996), de Walter Salles e Daniela Thomas 48. A Mulher de Todos (1969), de Rogério Sganzerla 49. Rio, Zona Norte (1957), de Nelson Pereira dos Santos 50. Alma Corsária (1993), de Carlos Reichenbach 51. A Margem (1967), de Ozualdo Candeias 52. Toda Nudez Será Castigada (1973), de Arnaldo Jabor 53. Madame Satã (2000), de Karim Ainouz 54. A Falecida (1965), de Leon Hirzman 55. O Despertar da Besta – Ritual dos Sádicos (1969), de José Mojica Marins 56. Tudo Bem (1978), de Arnaldo Jabor (1978) 57. A Idade da Terra (1980), de Glauber Rocha 58. Abril Despedaçado (2001), de Walter Salles 59. O Grande Momento (1958), de Roberto Santos 60. O Lobo Atrás da Porta (2014), de Fernando Coimbra 61. O Beijo da Mulher-Aranha (1985), de Hector Babenco 62. O Homem que Virou Suco (1980), de João Batista de Andrade 63. O Auto da Compadecida (1999), de Guel Arraes 64. O Cangaceiro (1953), de Lima Barreto 65. A Lira do Delírio (1978), de Walter Lima Junior 66. O Caso dos Irmãos Naves (1967), de Luís Sérgio Person 67. Ônibus 174 (2002), de José Padilha 68. O Anjo Nasceu (1969), de Julio Bressane 69. Meu Nome é… Tonho (1969), de Ozualdo Candeias 70. O Céu de Suely (2006), de Karim Ainouz 71. Que Horas Ela Volta? (2015), de Anna Muylaert 72. Bicho de Sete Cabeças (2001), de Laís Bondanzky 73. Tatuagem (2013), de Hilton Lacerda 74. Estômago (2010), de Marcos Jorge 75. Cinema, Aspirinas e Urubus (2005), de Marcelo Gomes 76. Baile Perfumado (1997), de Paulo Caldas e Lírio Ferreira 77. Pra Frente, Brasil (1982), de Roberto Farias 78. Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia (1976), de Hector Babenco 79. O Viajante (1999), de Paulo Cezar Saraceni 80. Anjos do Arrabalde (1987), de Carlos Reichenbach 81. Mar de Rosas (1977), de Ana Carolina 82. O País de São Saruê (1971), de Vladimir Carvalho 83. A Marvada Carne (1985), de André Klotzel 84. Sargento Getúlio (1983), de Hermano Penna 85. Inocência (1983), de Walter Lima Jr. 86. Amarelo Manga (2002), de Cláudio Assis 87. Os Saltimbancos Trapalhões (1981), de J.B. Tanko 88. Di (1977), de Glauber Rocha 89. Os Inconfidentes (1972), de Joaquim Pedro de Andrade 90. Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver (1966), de José Mojica Marins 91. Cabaret Mineiro (1980), de Carlos Alberto Prates Correia 92. Chuvas de Verão (1977), de Carlos Diegues 93. Dois Córregos (1999), de Carlos Reichenbach 94. Aruanda (1960), de Linduarte Noronha 95. Carandiru (2003), de Hector Babenco 96. Blá Blá Blá (1968), de Andrea Tonacci 97. O Signo do Caos (2003), de Rogério Sganzerla 98. O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias (2006), de Cao Hamburger 99. Meteorango Kid, Herói Intergalactico (1969), de Andre Luis Oliveira 100. Guerra Conjugal (1975), de Joaquim Pedro de Andrade 101. Bar Esperança, o Último que Fecha (1983), de Hugo Carvana




