
Casal lésbico de “Três Graças” viraliza e se torna fenômeno global
Romance entre Juquinha e Lorena, apelidado de "Loquinha", viraliza nas redes e mobiliza emissora a lançar conteúdo em outros idiomas
“Loquinha” conquista fãs pelo mundo
A Globo foi surpreendida com o sucesso estrondoso do casal lésbico de sua nova novela das 21h, “Três Graças”. Formado pelas personagens Juquinha (Gabriela Medvedovski) e Lorena (Alanis Guillen), o par romântico — apelidado carinhosamente de “Loquinha” pelos fãs — tornou-se um fenômeno instantâneo nas redes sociais, ultrapassando as fronteiras brasileiras. Impulsionado pela escassez de representatividade sáfica na teledramaturgia, o ship viralizou e se transformou num dos principais atrativos da trama.
Diante da repercussão global, a emissora agiu rápido para capitalizar o interesse e passou a disponibilizar cenas do casal com legendas em inglês, espanhol e italiano, visando engajar o público internacional que acompanha os recortes pelas redes sociais.
Trama promete conflitos com vilão
Na história, Juquinha é uma policial civil em início de carreira, enquanto Lorena, filha do vilão Santiago Ferrete (Murilo Benício), ainda busca definir seu futuro profissional. O relacionamento das duas deverá enfrentar a oposição ferrenha de Santiago, personagem homofóbico que pressiona os filhos para se casarem e lhe darem netos, prometendo ser o grande obstáculo para o romance.
Atrizes e autor celebram o sucesso
A emissora também tem investido na divulgação com as próprias atrizes. Alanis Guillen publicou um vídeo incentivando os fãs a “shipparem sem moderação” e pedirem mais conteúdo à Globo. “Eu tô vendo vocês comentando muito sobre o casal Lorena e Juquinha… Eu tô realmente muito feliz, amando a repercussão”, declarou. Já Gabriela Medvedovski gravou um vídeo em italiano dedicado às novas admiradoras do casal na Europa.
O autor da novela, Aguinaldo Silva, também celebrou o êxito de “Loquinha” em suas redes sociais, revelando que o desejo de escrever uma trama como essa é antigo. “Desde ‘Senhora do Destino’ eu queria contar uma história assim. Finalmente consegui”, comemorou o novelista.
Diferença de “Senhora do Destino”
O desabafo de Aguinaldo Silva tem um peso histórico. Em 2004, na novela “Senhora do Destino”, o autor também criou um casal lésbico emblemático, formado por Jenifer (Bárbara Borges) e Eleonora (Mylla Christie), que enfrentou barreiras impensáveis para os dias de hoje. Diferente da atual “Três Graças”, onde o romance é celebrado pela própria emissora, o casal de duas décadas atrás teve cenas de beijo gravadas, mas vetadas pela direção da emissora, que limitou a intimidade das personagens a carícias sutis e um “selinho” tímido.
Apesar da censura interna, Jenifer e Eleonora conseguiram escapar do destino trágico comum a personagens LGBTQIA+ da época — como a morte na explosão do shopping em “Torre de Babel” — e tiveram um final feliz, terminando a trama juntas e adotando uma criança. No entanto, o conservadorismo seguiu as perseguindo: em reprises posteriores, como a de 2017, diálogos sobre a sexualidade das duas chegaram a ser cortados na edição.
🚨RECADINHO DA NOSSA MÃE ALANIS! DATE LOQUINHA 🗣️🗣️🗣️ #TrêsGraças pic.twitter.com/8kOMYKMmue
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quando toca a trilha sonora de Loquinha eu já sei que vou explodir de amor 💖 #TrêsGraças pic.twitter.com/Un0okkRhdS
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EM INGLÊS E ESPANHOL: Como assim a Lorena não percebeu que a Juquinha tá querendo ela? 😌🤌
DATE LOQUINHA #TrêsGraças pic.twitter.com/fOWJWBxELk
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ciao mie sapatonas voltei 😀 #TrêsGraças https://t.co/NNyB5kiCCq pic.twitter.com/rnbKRKI0Ig
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