
Instagram/Taylor Swift - Courtesy of TAS Management
Filme de Taylor Swift estreia em 1º lugar e destaca popularidade da cantora nos EUA
Novo projeto da cantora arrecadou US$ 46 milhões no fim de semana e repete o sucesso do documentário da “The Eras Tour” nas bilheterias globais
Taylor Swift domina as bilheterias e as paradas de sucesso
No mesmo fim de semana em que quebrou recordes musicais nos Estados Unidos, Taylor Swift também dominou as bilheterias de cinema, demonstrando sua popularidade no país. Seu novo projeto, “The Official Release Party of a Showgirl”, estreou em 1º lugar com US$ 33 milhões arrecadados no fim de semana, somando mais US$ 13 milhões no mercado internacional para um total global de US$ 46 milhões.
Experiência cinematográfica
O desempenho é expressivo para uma produção anunciada há pouco mais de duas semanas e que chegou aos cinemas com divulgação restrita às redes sociais da própria cantora. O lançamento foi distribuído pela rede AMC Theatres e não se enquadra como filme tradicional ou registro de show, mas sim como uma experiência cinematográfica de 89 minutos que mistura videoclipes, bastidores e um novo clipe do álbum “The Life of a Showgirl”.
A exibição, chamada de “experiência cinematográfica”, foi planejada como um evento de três dias, de 3 a 5 de outubro, e encerra com a estreia mundial do clipe de “The Fate of Ophelia”, dirigido pela própria Swift. O formato curto e o caráter de evento impulsionaram uma corrida aos ingressos.
Impacto cultural
O CEO da AMC, Adam Aron, agradeceu à artista em comunicado: “Em nome da AMC Theatres e de toda a indústria de exibição, estendo nosso mais sincero reconhecimento à icônica Taylor Swift por trazer sua genialidade e magia aos cinemas neste fim de semana. Sua visão de adicionar um elemento cinematográfico ao lançamento de seu álbum foi um triunfo.”
O público respondeu com entusiasmo à exibição: o filme recebeu nota “A+” nas pesquisas do CinemaScore, a mais alta da avaliação, e recebeu 95% de aprovação dos fãs no Rotten Tomatoes. “Nenhum outro artista musical no planeta é capaz de fazer isso”, avaliou o analista David A. Gross, da consultoria Franchise Entertainment Research em declaração à Variety.
Recorde musical
Além do domínio nas bilheterias, o lançamento de “The Life of a Showgirl” bateu um recorde histórico da indústria musical, tornando-se a segunda maior estreia em vendas de um único dia nos Estados Unidos. De acordo com a Billboard, que cita dados da empresa de monitoramento Luminate, o disco vendeu 2,7 milhões de cópias físicas e digitais só na sexta-feira. Trata-se do melhor desempenho de toda a carreira de Taylor, só superado pela recordista Adele, que vendeu 3,378 milhões de cópias de “25” na data de lançamento.
Além disso, “The Life of a Showgirl” estabeleceu um novo recorde para álbuns de vinil, com 1,2 milhão de unidades vendidas na primeira semana. O título anterior também pertencia à cantora, que havia vendido 859 mil cópias em vinil de “The Tortured Poets Department” em 2024.
Leonardo DiCaprio fica em 2ª lugar
Em sua segunda semana, “Uma Batalha Depois da Outra”, estrelado por Leonardo DiCaprio e dirigido por Paul Thomas Anderson, caiu para a vice-liderança com US$ 10,3 milhões e chegou a US$ 101,7 milhões no acumulado global. O desempenho confirma o maior sucesso comercial da carreira do diretor, superando “Sangue Negro” (2007), mas o alto orçamento — superior a US$ 130 milhões — ainda preocupa o estúdio.
O filme é descrito como uma sátira política em tom de comédia sombria. Apesar da boa recepção crítica, a queda de 53% na segunda semana indica dificuldade para alcançar o ponto de equilíbrio estimado em US$ 300 milhões.
The Rock tem pior estreia da carreira
Segunda maior estreia da semana, o drama esportivo “Coração de Lutador – The Smashing Machine”, estrelado por Dwayne “The Rock” Johnson, estreou em 3º lugar com US$ 6 milhões, bem abaixo das projeções de US$ 8 a US$ 15 milhões do mercado. Produzido pela A24 por US$ 50 milhões, o longa marcou a pior abertura da carreira de Johnson.
Dirigido por Benny Safdie em sua primeira produção solo, o filme mostra o ator em um raro papel dramático, como o lutador Mark Kerr, que tenta reerguer a carreira após lutar contra o vício em substâncias químicas. Emily Blunt interpreta sua parceira, Dawn Staples.
Apesar das boas críticas (73% no Rotten Tomatoes), o público reagiu com frieza, atribuindo nota “B-” no CinemaScore. Analistas apontam que a estratégia de estreia ampla — em mais de 3.300 salas — pode ter sido um erro. A A24 ainda aposta em uma recuperação com o “boca a boca”, citando precedentes como “Joias Brutas”, dos irmãos Safdie, e “A Baleia”, de Darren Aronofsky, que começaram discretos e cresceram nas semanas seguintes. A aposta do estúdio é no reconhecimento de The Rock na temporada de premiações, como aconteceu com Brendan Fraser, que venceu o Oscar por “A Baleia”.
O resto do Top 5
O resto do Top 5 incluiu a animação “A Casa Mágica da Gabby – O Filme”, da DreamWorks, com US$ 5,2 milhões, e o terror “Invocação do Mal 4: Os Últimos Rituais”, que manteve fôlego com US$ 4,1 milhões no fim de semana para atingir US$ 458 milhões mundiais, novo recorde da franquia.
Outros destaques do fim de semana
Duas outras novidades tiveram menor desempenho. James Cameron voltou ao circuito com o relançamento em 3D de “Avatar: O Caminho da Água”, exibido em 90% das salas IMAX da América do Norte. O filme arrecadou US$ 3,2 milhões, ficando em 7º lugar nos EUA, e US$ 6,8 milhões internacionais, totalizando US$ 10 milhões no fim de semana. A estratégia serve para promover o terceiro capítulo da saga, “Avatar: Fogo e Cinzas”, que estreia no Natal.
Em lançamento limitado, “Anemone”, da Focus Features, marcou o retorno de Daniel Day-Lewis ao cinema após oito anos, mas registrou bilheteria decepcionante: apenas US$ 700 mil em 856 salas — média de US$ 817 por local. O longa dirigido por Ronan Day-Lewis e escrito em parceria com o pai, foi mal recebido pela crítica (57% no Rotten Tomatoes) e teve baixa adesão do público, abrindo em 16º lugar.
O drama acompanha um ex-soldado britânico recluso (Day-Lewis) que vive isolado há duas décadas até a chegada inesperada do irmão (Sean Bean). A estreia era tratada como um evento, mas acabou ofuscada pelo verdadeiro evento de Taylor Swift e lançamentos de maior apelo popular.