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Divulgação/20th Century

Filme|16 de setembro de 2025

Robert Redford, lenda de Hollywood e fundador do Festival de Sundance, morre aos 89 anos

Astro foi ícone do cinema americano, estrela de filmes clássicos, cineasta premiado com o Oscar, produtor de filmes brasileiros e pai do novo cinema independente

Pipoque pelo Texto ocultar
1 Fim de uma era em Hollywood
2 Início na televisão e nos palcos
3 Galã e fora-da-lei
4 O último romântico
5 A politização em meio ao desencanto
6 O Oscar e a popularidade
7 Nova direção
8 Propostas indecentes, íntimas e pessoais
9 O encontro com a nova geração
10 Cinema como veículo de debate
11 O velho, o mar e os super-heróis
12 Pai do novo cinema independente
13 Família e perdas

Fim de uma era em Hollywood

Robert Redford, ator, diretor e produtor que atravessou seis décadas de carreira como uma verdadeira lenda do cinema americano, morreu nesta terça-feira (16/9) aos 89 anos, em sua casa em Utah. A morte foi confirmada por sua publicista de longa data, Cindi Berger.

Considerado um dos maiores astros de sua geração, Redford foi quatro vezes indicado ao Oscar, mas só venceu como diretor por “Gente Como a Gente” (1980). Ele também recebeu um prêmio honorário da Academia pela carreira.

Ao surgir, ele chamou atenção pela beleza e foi rapidamente transformado em galã, mas logo escolheu interpretar personagens complexos e politizados, que questionavam os rumos dos EUA em títulos como “O Candidato” (1972), “Três Dias do Condor” (1975), “Todos os Homens do Presidente” (1976) e “Brubaker” (1980), tornando-se um dos rostos mais emblemáticos da Nova Hollywood, como ficou conhecida a era de contestação no cinema dos anos 1970.

Início na televisão e nos palcos

Antes da fama no cinema, Redford construiu carreira sólida na televisão americana dos anos 1960. Ele apareceu em episódios de séries populares como “Maverick” (em 1960), “Perry Mason” (1960), “Cidade Nua” (1961), “Rota 66” (1961), “Além da Imaginação” (1962), “Alfred Hitchcock Apresenta” (1962) e “Os Intocáveis” (1963). Seu talento chamou atenção pela versatilidade em papéis dramáticos e de suspense.

Em 1962, recebeu uma indicação ao Emmy por sua atuação em um episódio da antologia dramática “Alcoa Premiere”. Paralelamente, destacou-se no teatro com a peça “Descalços no Parque”, de Neil Simon, na Broadway, sob direção de Mike Nichols. Essas experiências no palco e na TV abriram caminho para a transição para Hollywood em 1965, quando atuou em seu primeiro filme, “Situação Crítica Porém Jeitosa” (1965).

Galã e fora-da-lei

Redford se tornou galã em “À Procura do Destino” (1965) e “Esta Mulher é Proibida” (1966), contracenando em ambos com Natalie Wood. Mas foi encantar os EUA com outro par romântico. Ele encontrou Jane Fonda no drama criminal “Caçada Humana” (1966), mas foi na adaptação cinematográfica de “Descalços no Parque” (1967), novamente com o diretor Mike Nichols, que a química do casal explodiu. O romance se tornou um dos títulos lembrados da fase inicial dos dois atores.

Em curioso contraste, seu estouro comercial acabou vindo com um par masculino em “Butch Cassidy” (1969), um western que inaugurou uma longa amizade com Paul Newman, outro galã que lutava contra os estereótipos. No filme, Redford interpretava o fora-da-lei Sundance Kid, personagem que acabou batizando seu festival de cinema, muitos anos depois.

“Butch Cassidy” subverteu o gênero tradicional do faroeste. Em vez de heróis duros e solitários, apresentou dois fora-da-lei carismáticos, irônicos e até vulneráveis, Butch (Paul Newman) e Sundance (Robert Redford). Essa abordagem trouxe humor, dinamismo e uma visão mais moderna de personagens que até então eram retratados sempre como malvadões. Para completar, o diretor George Roy Hill mesclou humor, ritmo ágil e até uma trilha musical pouco convencional — como a canção “Raindrops Keep Fallin’ on My Head”, de BJ Thomas, vencedora do Oscar de 1970 —, algo inédito em um faroeste. Isso deu ao filme um frescor pop que dialogava com o público dos anos 1960.

A parceria entre Paul Newman e Robert Redford foi central para o impacto do filme. A relação leve e espirituosa entre os dois atores transbordava para a tela, criando uma das duplas mais icônicas de Hollywood, que voltaria a se encontrar em “Golpe de Mestre” (1973).

A década inaugural ainda apresentou seu primeiro drama esportivo. Em “Os Amantes do Perigo” (1969), interpretou um esquiador ambicioso que enfrenta conflitos entre o talento individual e a pressão do espírito de equipe. O longa, marcado por um olhar quase documental sobre as competições e pela frieza emocional do protagonista, ajudou a firmar sua imagem em papéis que refletiam tanto carisma quanto inquietação interior.

O último romântico

O ator continuou explorando o papel de galã romântico em “Nosso Amor de Ontem” (1973), um dos filmes mais marcantes do gênero, em que contracenou com Barbra Streisand. O filme se destacou ao contrapor a intensidade do relacionamento dos protagonistas às diferenças ideológicas que os afastavam, além de consagrar a canção-tema “The Way We Were”, vencedora do Oscar.

No ano seguinte, deu vida a outro herói romântico, Jay Gatsby em “O Grande Gatsby” (1974), adaptação do clássico de F. Scott Fitzgerald. Sua interpretação conferiu ao milionário obcecado por Daisy Buchanan (Mia Farrow) uma aura de melancolia e sofisticação, em uma produção lembrada pelo apuro estético e pelos figurinos que se tornaram referência nos anos 1970.

A politização em meio ao desencanto

Consagrado como bonitão romântico, Redford passou a direcionar sua carreira para papéis mais sombrios e críticos. O período coincidiu com a ascensão da Nova Hollywood, movimento que levou para as telas um olhar desencantado sobre os Estados Unidos em meio à Guerra do Vietnã, às tensões raciais e ao escândalo Watergate. Inserido nesse ambiente, o ator deixou de lado os romances para interpretar personagens atravessados pela incerteza política e pela desconfiança nas instituições, iniciando uma fase que se tornaria decisiva em sua trajetória.

Em 1972, ele iniciou sua colaboração com o diretor Sydney Pollack em “Mais Forte que a Vingança”, no qual interpretou um caçador que abandona a vida em sociedade para viver isolado nas Montanhas Rochosas. O personagem, baseado em uma figura lendária do Velho Oeste, refletia tanto a busca por liberdade quanto o preço da solidão e se inseria diretamente no movimento de revisionismo do western promovido pela Nova Hollywood. Diferente do faroeste clássico, o filme não exaltava o mito da conquista do Oeste nem glorificava o pistoleiro solitário.

O protagonista de Redford, um ex-soldado cansado da civilização, acaba convivendo em diferentes graus de tensão e aproximação com comunidades nativas. Ele se casa com a filha de um chefe, recebe ensinamentos de sobrevivência e, ao mesmo tempo, é forçado a enfrentar embates violentos, sobretudo quando transgride tradições locais. Esse retrato ambíguo reflete bem a lógica da Nova Hollywood: os indígenas não aparecem como vilões genéricos, mas como agentes de uma cultura própria, com valores e códigos de conduta que desafiam o herói branco. A relação é marcada mais por choque cultural do que por maniqueísmo.

Para Redford, que mais tarde se engajaria na defesa dos direitos indígenas e ambientais, o filme também funcionou como porta de entrada para um olhar crítico sobre a história americana.

Essa virada ganhou mais força em “O Candidato” (1972), no qual o ator interpretou Bill McKay, advogado sem experiência política que aceita concorrer ao Senado apenas para expor as contradições da campanha eleitoral. Ao se ver eleito, encerra o filme com a célebre pergunta: “E agora, o que fazemos?”, síntese do vazio institucional que atravessava a década.

Em seguida, Redford estrelou “Três Dias do Condor” (1975), suspense de espionagem em que viveu um analista da CIA envolvido em conspirações internas, reflexo direto da paranoia da Guerra Fria.

A guinada se consolidou em “Todos os Homens do Presidente” (1976), quando não apenas encarnou o repórter Bob Woodward na investigação do escândalo Watergate, mas também produziu o filme, comprando os direitos do livro de Woodward e Carl Bernstein e viabilizando a adaptação para o cinema. A obra se tornou um marco do jornalismo investigativo nas telas e fixou a imagem de Redford como intérprete associado ao engajamento político.

Até “O Cavaleiro Elétrico” (1979), seu reencontro com Jane Fonda, foi politizado. Mais de uma década depois de “Descalços no Parque”, ela tinha se tornado uma estrela engajada, marcada pelo ativismo político, e ele já era um dos atores mais populares de Hollywood. No filme, Redford interpretou um ex-campeão de rodeio que decide denunciar o uso comercial de um cavalo de competição. A trama ganhou força pelo caráter ecológico e pelo comentário crítico ao consumismo, reforçando a preocupação do ator com temas sociais.

Ele reforçou essa vertente crítica em “Brubaker” (1980), no papel de um diretor de presídio que enfrenta corrupção e violência no sistema carcerário americano, aprofundando a associação de sua imagem a narrativas de contestação institucional e descrença nas estruturas de poder.

O Oscar e a popularidade

Os anos 1980 marcaram a transformação de Robert Redford também em diretor. Sua estreia atrás das câmeras aconteceu com “Gente como a Gente” (1980), adaptação do romance de Judith Guest sobre suicídio juvenil e o trauma da família. O drama sobre luto e silêncio emocional conquistou quatro Oscars, incluindo Melhor Filme e Melhor Direção, consagrando Redford de imediato como cineasta. A sobriedade do estilo, voltada para os atores e para a tensão dramática, surpreendeu crítica e público, revelando uma faceta menos associada ao galã e mais ao artesão do cinema.

A década também marcou alguns dos maiores sucessos comerciais do ator. Em “Um Homem Fora de Série” (1984), ele viveu o jogador Roy Hobbs, cuja trajetória no beisebol ganhou contornos de fábula sobre heroísmo e redenção. O filme se tornou um clássico do gênero esportivo e reafirmou sua habilidade em encarnar personagens com aura quase mítica.

No ano seguinte, voltou a trabalhar com Sydney Pollack em “Entre Dois Amores” (1985), contracenando com Meryl Streep. No papel do aventureiro Denys Finch Hatton, trouxe delicadeza a uma narrativa épica que explorava tanto o romance entre os protagonistas quanto a imensidão das paisagens africanas. O longa venceu o Oscar de Melhor Filme e se consolidou como um dos grandes títulos românticos da década.

Já em “Perigosamente Juntos” (1986), Redford investiu em um tom mais leve ao interpretar um promotor envolvido em uma trama que mesclava investigação policial e comédia romântica, ao lado de Debra Winger e Daryl Hannah. O projeto, dirigido por Ivan Reitman, mostrou sua capacidade de transitar entre o cinema de prestígio e as produções comerciais que atraíam grandes plateias.

Nova direção

Nos anos seguintes, Redford manteve uma trajetória dupla entre a direção e a atuação em grandes sucessos de bilheteria. Ele voltou para trás das câmeras em “Rebelião em Milagro” (1988), sobre o conflito entre uma pequena comunidade rural do Novo México e grandes interesses corporativos. Com Sonia Braga no elenco, a produção combinava humor, política e realismo mágico para retratar a resistência local contra o avanço de projetos de irrigação.

Em seguida, dirigiu “Quiz Show — A Verdade dos Bastidores” (1994), indicado ao Oscar de Melhor Filme. O longa reconstituiu o escândalo dos programas de perguntas e respostas manipulados pela televisão americana nos anos 1950. A narrativa, centrada no embate moral de um professor universitário transformado em astro televisivo, confirmou sua habilidade para lidar com histórias de grande densidade histórica e crítica social.

Propostas indecentes, íntimas e pessoais

Como ator, estrelou um dos filmes mais comentados da década. Em “Proposta Indecente” (1993), interpretou um milionário que oferece US$ 1 milhão a um casal para passar uma noite com a esposa, vivida por Demi Moore. A premissa provocativa gerou enorme repercussão, dividindo a crítica e inflamando debates sobre moralidade, poder econômico e relações conjugais.

A atuação de Redford foi decisiva para o impacto do filme. Em vez de compor um vilão explícito, ele deu ao personagem uma aura de sofisticação e frieza calculada, transformando a proposta em algo ainda mais perturbador por soar quase natural em sua boca. A cena em que Gage apresenta a oferta, tratada com aparente casualidade, tornou-se uma das mais icônicas da década.

Dois anos depois, ele protagonizou “Íntimo e Pessoal” (1996), ao lado de Michelle Pfeiffer. No papel de um veterano jornalista que orienta e se envolve com uma jovem repórter, Redford retomou o registro romântico, desta vez ambientado no universo das redações de televisão. Originalmente uma cinebiografia de Jessica Savitch, jornalista da NBC que fez história na televisão americana nos anos 1970 e morreu tragicamente em 1983, aos 36 anos, o roteiro passou por diversas mudanças até assumir um formato mais convencional de romance, impulsionado pelo carisma e beleza da dupla protagonista e pela canção-tema “Because You Loved Me”, de Céline Dion, que se tornou um dos maiores sucessos da década.

O período se encerrou com “O Encantador de Cavalos” (1998), projeto em que Redford uniu atuação e direção. Como Tom Booker, treinador capaz de recuperar cavalos traumatizados e restaurar a harmonia de uma família em crise, o astro construiu um personagem em sintonia com sua persona madura: ligada à natureza, ao silêncio e à busca por reconciliação. O filme reafirmou sua habilidade de transitar entre dramas íntimos e narrativas de maior escala, e de fazer todos se tornarem sucessos comerciais.

O encontro com a nova geração

Na virada do milênio, Redford voltou à direção com “A Lenda de Bagger Vance” (2000), um novo drama esportivo em que comandou Will Smith, Matt Damon e Charlize Theron. E em seguida encaixou o thriller de ação “Jogo de Espiões”, como um veterano da CIA às vésperas da aposentadoria, que precisa resgatar um pupilo preso na China, vivido por Brad Pitt. A escolha do elenco evidenciou um diálogo de gerações: Pitt, então no auge de sua popularidade, era apontado pela imprensa como o herdeiro natural de Redford, tanto pelo padrão de beleza quanto pela capacidade de transitar entre produções comerciais e projetos de maior prestígio. O filme explorou essa relação em tela, apresentando Redford como o mentor experiente e Pitt como o sucessor impulsivo, reforçando simbolicamente a passagem de bastão em Hollywood.

Cinema como veículo de debate

O começo do século também incluiu nova produção de cunho abertamente político: “Leões e Cordeiros” (2007), no qual dirigiu Tom Cruise e interpretou um professor universitário, que confronta estudantes sobre engajamento cívico em meio ao contexto da guerra no Afeganistão. O projeto reafirmou sua disposição em usar o cinema como veículo de debate.

Redford voltou à direção em “Conspiração Americana”, drama de época sobre o julgamento que se seguiu ao assassinato de Abraham Lincoln. Com a narrativa, o cineasta demonstrou sua preocupação em discutir justiça e devido processo legal, aproximando a narrativa histórica de debates contemporâneos sobre direitos civis.

Três anos depois, lançou “Sem Proteção” (2012), no qual também atuou como um ex-militante radical dos anos 1960, foragido do FBI, que precisa lidar com o passado ao ser desmascarado por um jovem repórter. O projeto funcionou como síntese das obsessões políticas de Redford, colocando em cena as contradições entre idealismo, violência e responsabilidade individual.

O velho, o mar e os super-heróis

Em sua última década em atividade, Redford surpreendeu com escolhas inesperadas. Em “Até o Fim” (2013), viveu um homem solitário à deriva no oceano, praticamente sem diálogos, em uma das atuações mais elogiadas de sua carreira. Em “Conspiração e Poder” (2015), encarnou o jornalista Dan Rather em um drama sobre bastidores do telejornalismo americano. Fez seu primeiro e único filme infantil em “Meu Amigo, O Dragão” (2016), da Disney. E ainda interpretou o vilão Alexander Pierce em “Capitão América: O Soldado Invernal” (2014), papel retomado numa pequena participação em “Vingadores: Ultimato” (2019).

Antes de se aposentar oficialmente, ainda estrelou “O Velho e a Arma” (2018), baseado na história real de Forrest Tucker, ladrão de bancos com uma longa carreira criminosa. O filme foi anunciado como sua despedida dos papéis principais, celebrando a persona charmosa e ambígua que cultivou ao longo de décadas. De quebra, ofereceu uma espécie de reflexo tardio de “Butch Cassidy”, quase meio século depois, retomando a figura do fora da lei que reconhece o fim do caminho, mas mantém a mesma aura de ousadia que o consagrou desde o início.

Seu último trabalho diante das câmeras ocorreu em 2023, em uma participação especial na série “Dark Winds”, da AMC, na qual também atuou como produtor executivo.

Pai do novo cinema independente

Além da carreira como ator e diretor, Robert Redford teve papel fundamental como produtor. Em 1972, fundou a Wildwood Enterprises, empresa responsável por viabilizar projetos pessoais e filmes de forte impacto político, entre eles “Todos os Homens do Presidente” (1976). O investimento de Redford foi decisivo para transformar o livro de Bob Woodward e Carl Bernstein em um dos marcos do cinema político dos anos 1970.

Com o passar dos anos, Redford diversificou essa atuação e se envolveu em títulos de alcance internacional. Esteve ligado a “Central do Brasil” (1998), de Walter Salles, longa indicado ao Oscar de Melhor Filme Internacional e que deu a Fernanda Montenegro a indicação ao prêmio de Melhor Atriz. Poucos anos depois, repetiu a parceria com o cineasta brasileiro em “Diários de Motocicleta” (2004), cinebiografia do jovem Che Guevara que disputou o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado e venceu a estatueta de Melhor Canção Original. Os dois títulos simbolizaram a ponte que Redford ajudou a construir entre o cinema latino-americano e o mercado global, reafirmando sua vocação de estimular narrativas de forte conteúdo social.

Ainda nos anos 1980, ampliou sua atuação nos bastidores ao criar o Sundance Institute, centro dedicado a formar novos cineastas e apoiar produções independentes. O instituto deu origem ao Festival de Sundance, realizado em Utah, que se transformou no principal espaço de exibição do cinema independente americano. De lá emergiram nomes como Quentin Tarantino, Steven Soderbergh, Kevin Smith, Ava DuVernay, Irmãos Coen, Jim Jarmusch, Spike Lee, Darren Aronofsky, Paul Thomas Anderson, Richard Linklater, Kathryn Bigelow, Ryan Coogler, Damien Chazelle e Christopher Nolan, consolidando Redford como mentor de várias gerações de realizadores fora do circuito dos grandes estúdios.

Ao longo das décadas, Sundance não apenas revelou talentos, mas também se tornou um polo de debate político e cultural no cinema, refletindo o olhar crítico e experimental que Redford sempre buscou preservar. Sua imagem acabou tão vinculada ao festival quanto a seus papéis clássicos, a ponto de o nome Sundance — herdado de seu personagem em “Butch Cassidy” — se tornar sinônimo de resistência artística em Hollywood.

Família e perdas

Redford teve quatro filhos com a primeira esposa, Lola Van Wagenen, com quem foi casado até 1985. Sofreu a perda do filho Scott, ainda bebê, e do filho Jamie, em 2020. Desde 2009, era casado com a artista alemã Sibylle Szaggars. Deixa duas filhas, Shauna e Amy.

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