
Divulgação/Netflix
Jerry Seinfeld compara movimento “Palestina Livre” à organização racista Ku Klux Klan
Comediante criticou apoiadores da causa palestina durante palestra em universidade americana e gerou forte repercussão
Declarações em evento universitário
Jerry Seinfeld provocou controvérsia ao criticar apoiadores da causa palestina durante uma participação na Duke University, na Carolina do Norte, na terça-feira (9/9). Em um discurso sobre Israel e a guerra em Gaza, o humorista comparou o movimento “Palestina Livre” à organização racista americana Ku Klux Klan.
“Palestina Livre é, para mim, apenas — você é livre para dizer que não gosta de judeus”, afirmou, segundo o The Chronicle, jornal estudantil da universidade. “Ao dizer ‘Palestina Livre’, você não está admitindo o que realmente pensa. Então, comparado à Ku Klux Klan, eu penso que o Klan é até um pouco melhor aqui porque eles podem dizer abertamente: ‘Nós não gostamos de negros, não gostamos de judeus’. Isso é honesto.”
Com quem Seinfeld dividiu o palco?
O comediante esteve acompanhado de Omer Shem Tov, israelense sequestrado pelo Hamas durante o festival Nova em 7 de outubro de 2023 e mantido em cativeiro por 505 dias. Seinfeld relatou também sua viagem a Tel Aviv, onde se reuniu com familiares de reféns, ação que definiu como uma tentativa de ampliar a visibilidade do tema.
Reação da universidade e silêncio do artista
Um porta-voz de Duke declarou ao The Chronicle: “Duke não antecipa as falas dos convidados que traz ao campus, e o convite a palestrantes não implica em endosso a seus comentários”. Procurado, o representante de Seinfeld não se pronunciou.
Histórico de posicionamentos
Seinfeld já havia manifestado apoio a Israel em outras ocasiões, embora com tom mais contido. Durante a divulgação de seu filme da Netflix “A Batalha do Biscoito Pop-Tart”, disse à revista GQ: “Eu não prego sobre [o conflito]. Tenho sentimentos pessoais que discuto em privado. Não é parte do que posso fazer como comediante, mas meus sentimentos são muito fortes”.
No mesmo período, em um show em Sydney, na Austrália, foi interrompido por um manifestante que o acusou de ser “apoiador de genocídio”. Em resposta irônica, Seinfeld afirmou: “Temos um gênio, senhoras e senhores. Ele resolveu o Oriente Médio. Ele resolveu! São os comediantes judeus, é com eles que temos que lidar”.
Entretanto, em fevereiro deste ano, durante evento que celebrou os 50 anos do “Saturday Night Live”, um influenciador pediu que repetisse a frase “Palestina Livre” em um selfie. Segundo o site The Hollywood Reporter, Seinfeld respondeu: “Eu não me importo com a Palestina”.