Protesto no palco gera sanção diplomática
O governo dos Estados Unidos anunciou a revogação dos vistos de entrada no país para os integrantes da banda punk britânica Bob Vylan. A medida foi tomada após o vocalista do grupo entoar o grito “morte à IDF” durante apresentação no Festival de Glastonbury, no último sábado (29/6).
A sigla IDF refere-se às Forças de Defesa de Israel, o exército do país, que tem sido alvo de denúncias de violações de direitos humanos na Faixa de Gaza, feitas por organizações como Human Rights Watch e Cruz Vermelha.
Declaração oficial e repercussão política
O vice-secretário de Estado norte-americano, Christopher Landau, comentou a decisão em publicação na rede X (antigo Twitter). “Estrangeiros que glorificam a violência e o ódio não são bem-vindos em nosso país”, escreveu.
A medida impede que os músicos da banda ingressem nos Estados Unidos para futuras apresentações ou compromissos profissionais, impactando diretamente a agenda internacional do grupo.
Outros protestos no festival
O episódio com o Bob Vylan não foi o único ato político no festival britânico. O cantor Mo Chara (Liam O’Hanna), integrante do trio de rap irlandês Kneecap, também usou o palco para manifestar apoio à causa palestina. Ele se apresentou com um lenço tradicional da Palestina e declarou solidariedade ao Palestine Action Group.
O grupo ativista ganhou notoriedade na última semana após seus membros invadirem uma base da Força Aérea Real britânica e destruírem dois aviões. O governo do Reino Unido já anunciou que pretende enquadrar a organização na legislação antiterrorista vigente.