A programação de streaming/" class="tag-link" title="Ver mais sobre Estreias de streaming">estreias de streaming destaca os primeiros sucessos do cinema brasileiro em 2025, “Vitória”, estrelado por Fernanda Montenegro na Globoplay, e “Homem com H”, cinebiografia de Ney Matogrosso na Netflix. A lista também traz a minissérie de suspense adolescente “Mentirosos” na Prime Video e o novo drama criminal “O Pier” na Netflix. Entre os filmes, há o elogiado “Tempo de Guerra” e nada menos que três produções de terror. São 15 opções ao todo, selecionadas entre os diversos lançamentos da semana, para assistir até sábado que vem (21/6) nas principais plataformas.

AGORA

🎞️ TEMPO DE GUERRA | Prime Video

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O drama bélico recria um confronto real da Guerra do Iraque ocorrido em 2006, quando uma unidade de Navy SEALs foi encurralada por insurgentes em Ramadi. A narrativa é conduzida quase em tempo real, com foco na tensão psicológica, no caos tático e nas decisões morais enfrentadas pelos soldados durante a tentativa de sobrevivência até o resgate.

A direção é compartilhada entre Alex Garland (“Guerra Civil”) e Ray Mendoza, ex-militar que atuou como consultor e corroteirista. A parceria busca combinar o rigor técnico das operações de guerra com a linguagem cinematográfica. Mendoza, que viveu experiências semelhantes à retratada, introduziu elementos documentais nos diálogos e na representação da missão, enquanto Garland imprime uma construção visual intensa e imersiva.

O elenco é formado por atores em ascensão, como Joseph Quinn (“Stranger Things”), Noah Centineo (“Para Todos os Garotos que Já Amei”), Will Poulter (“Midsommar”), Cosmo Jarvis (“Xógum”), Kit Connor (“Heartstopper”) e o brasileiro Henry Zaga (“Novos Mutantes”), que interpretam os integrantes do pelotão, com destaque para o trabalho físico e emocional exigido pelos papéis. Filmado com câmeras portáteis e som ambiente amplificado, o longa aposta no realismo e evita cenas de heroísmo hollywoodiano. Elogiadíssimo pela crítica, atingiu 93% de aprovação no Rotten Tomatoes como um dos retratos mais cruéis e verossímeis da guerra, ainda que tenha dividido opiniões por sua neutralidade quanto ao contexto político do conflito.

🎞️ UNTIL DAWN – NOITE DE TERROR | VOD*

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Inspirado no popular jogo de terror do PlayStation, o filme marca a volta do diretor David F. Sandberg às suas origens, após dirigir dois títulos da franquia “Shazam!”. O cineasta sueco ganhou notoriedade no terror com os sucessos de “Quando as Luzes se Apagam” (2016) e “Annabelle 2: A Criação do Mal” (2017).

A produção não é uma adaptação literal. Em vez disso, usa a própria estrutura típica do videogame para criar um looping de repetição. Um ano após o desaparecimento misterioso de sua irmã, Clover e seus amigos se dirigem ao vale remoto onde ela sumiu, em busca de respostas. Ao explorar um centro de visitantes abandonado, eles se veem perseguidos por um assassino mascarado e acabam brutalmente assassinados um a um… apenas para recomeçar o tormento no início da mesma noite. Presos no vale, eles são forçados a reviver e morrer repetidamente – refletindo a experiência do game, onde a morte faz o usuário reiniciar o desafio. Só que, a cada vez que retornam à vida, o pesadelo é diferente, sempre mais aterrorizante que o anterior. Para piorar, o grupo logo percebe que tem um número limitado de vidas restantes, e a única maneira de escapar é sobreviver até o amanhecer.

O roteiro é assinado por Gary Dauberman, responsável por sucessos como “Annabelle”, “A Freira” e “It: A Coisa”, em parceria com Blair Butler, que trabalhou em “Convite Maldito” e “Morte Instantânea”. O tom mistura referências ao horror dos anos 2000 com metalinguagem, gore estilizado e reviravoltas absurdas.

O elenco inclui Ella Rubin (“The Chair”), Michael Cimino (“Com Amor, Victor”), Odessa A’zion (“Grand Army”), Ji-young Yoo (“Pachinko”), Belmont Cameli (“Saved by the Bell”), Maia Mitchell (“Os Fosters: Família Adotiva”) e Peter Stormare (“Fargo”), que interpretava um psiquiatra no game e faz uma participação como figura enigmática, reforçando o vínculo com o material original.

🎞️ DEPOIS DO APOCALIPSE | Telecine

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Nicolas Cage (“O Homem dos Sonhos”) interpreta Anthony, um pai que tenta sobreviver com seus dois filhos adolescentes, Joseph (Jaeden Martell, “It: A Coisa”) e Thomas (Maxwell Jenkins, “Perdidos no Espaço”), em uma fazenda remota no pós-apocalipse, enquanto a noite traz criaturas aterrorizantes. O drama se instala quando Thomas se arrisca após o pôr do sol e Anthony precisa intervir para resgatá-lo — criando uma tensão emocional que se prolonga até o desfecho.

O segundo longa de Benjamin Brewer (responsável pelos efeitos visuais do vencedor do Oscar “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo”) volta a juntar o diretor e Nicolas Cage após a colaboração no thriller de assalto “A Sacada” (2016). Evocando sucessos de terror pós-apocalíptico como “Um Lugar Silencioso”, “Eu Sou a Lenda” e “Não Solte!”, o cineasta busca equilibrar intimismo familiar e horror noturno, e aposta no mistério ao esconder detalhes visuais das criaturas, revelando apenas fragmentos do design grotesco.

🎞️ O GRANDE GOLPE DO LESTE | VoD*

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A comédia alemã se passa nos dias agitados que antecederam a reunificação da Alemanha, em 1990, revelando com humor e sagacidade as oportunidades e absurdos que emergiram naquele momento histórico. O filme marca a estreia na direção de Natja Brunckhorst – ex-atriz célebre por protagonizar o cult “Eu, Christiane F.” (1981) – , que demonstra um olhar bem-humorado para as heranças do passado socialista. A história se inicia na Berlim Oriental às vésperas da queda do muro. Em um bunker militar abandonado, uma família faz uma descoberta estonteante: pilhas e pilhas de cédulas de ostmarks (a moeda da RDA) armazenadas e esquecidas. O problema? Em questão de dias, aquele dinheiro se tornará papel sem valor devido à unificação monetária com o marco ocidental. Surge, então, um plano maluco: Maren (vivida por Sandra Hüller, de “Toni Erdmann”), seu marido Robert (Max Riemelt, conhecido pela série “Sense8”) e o amigo de infância dela, Volker (Ronald Zehrfeld, de “Phoenix”), decidem recolher o máximo possível do dinheiro e correr contra o relógio para convertê-lo em algo útil antes que seja tarde demais.

A sinopse evolui em ritmo acelerado, típico de filmes de golpe (heist movies) misturado a sátira política. O trio de protagonistas rapidamente envolve a comunidade inteira do prédio onde moram numa empreitada coletiva: sob o lema de solidariedade comunista, eles dividem a montanha de ostmarks entre os vizinhos para que todos possam gastá-la a tempo. Inicialmente, os estratagemas lembram uma comédia de erros engenhosa: os personagens saem pelas ruas comprando eletrodomésticos e qualquer bem durável de vendedores que ainda aceitam a moeda antiga, num esforço quase surreal de transformar papel em produtos tangíveis. Em seguida, surge a ideia mais audaciosa: localizar ex-funcionários do regime comunista (diplomatas e militares) que, por lei, teriam prazos especiais para trocar ostmarks por marcos ocidentais mesmo após o prazo regular. Paralelamente a essas peripécias financeiras, Maren, Robert e Volker precisam despistar autoridades e explicar a origem do súbito enriquecimento – o que rende cenas hilariantes de improviso e mentiras deslavadas. A dinâmica do trio é apimentada por tensões pessoais: Maren e Volker têm um passado mal resolvido, criando um leve triângulo amoroso que se desenrola em meio ao caos.

Natja Brunckhorst ambienta “O Grande Golpe do Leste” num cenário de transformação social profunda, e o filme aproveita esse contexto para fazer comentários perspicazes. A reconstituição de época é meticulosa: figurinos, veículos e objetos trazem de volta o visual da Alemanha Oriental no fim dos anos 1980, enquanto a direção de arte contrasta os ambientes sóbrios e modestos do leste com o brilho consumista das vitrines ocidentais que começavam a dominar. Essa transição fica evidente quando personagens adentram lojas para gastar as cédulas – a euforia de finalmente poder acessar bens de consumo antes inacessíveis se mistura à melancolia de ver sua cultura material desaparecer.

Em termos de estilo, Brunckhorst adota um tom leve e nostálgico, lembrando clássicos como “Adeus, Lênin!” (2003), outra comédia que lidou com a reunificação, e evocando até o humor despretensioso das comédias inglesas da Ealing Studios (a premissa de encontrar dinheiro prestes a perder valor remete a filmes como “O Quinteto da Morte”). Ao concluir com uma nota agridoce (nem todos os planos saem como esperado, mas há ganho em solidariedade), o filme reafirma sua mensagem sutil sobre união comunitária e reinvenção diante do fim de uma era.

📺 PABLO E LUISÃO | Globoplay

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Uma das melhores séries brasileiras de comédia dos últimos tempos, “Pablo e Luisão” transforma as histórias reais do pai de Paulo Vieira em uma sucessão de episódios calorosos e cheios de imprevistos. As histórias revisitadas pelo comediante revelam as trapalhadas de Luisão (Aílton Graça) e de seu amigo Pablo (Otávio Müller), que têm sempre planos mirabolantes — e quase sempre desastrosos — para ajudar a família, especialmente a mãe Conceição (Dira Paes) e os filhos, Paulo e Neto (Yves Miguel e João Pedro Martins). As confusões variam desde a construção de uma cerca elétrica que vira problema para todo o bairro até empréstimos com agiota para vender salgados e a chegada de um galo que causa caos na casa.

O tom humorístico se equilibra com afeto familiar. A narrativa cresce em profundidade ao abordar temas como amizade masculina, responsabilidade com os filhos e solidariedade em situações absurdas — características ressaltadas pela voz do próprio Paulo Vieira, que assume o papel de narrador. Mas o destaque é a atuação de Aílton Graça (“Mussum – O Filmis”) e Otávio Müller (“Galeria Futuro”), que imprimem química única, enquanto Dira Paes (“Pantanal”) fortalece o núcleo familiar com sua presença. O elenco também inclui participações especiais de nomes como Miguel Falabella (“Sai de Baixo”), Lima Duarte (“O Outro Lado do Paraíso”) e Karine Teles (“Manhãs de Setembro”), que enriquecem o clima de improviso e leveza que permeia cada episódio.

TERÇA

HOMEM COM H | Netflix

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Um dos grandes sucessos do cinema nacional em 2025, ainda em cartaz, o filme retrata a vida de Ney Matogrosso, ícone da música e da cultura brasileira. Sob direção de Esmir Filho (“Os Famosos e os Duendes da Morte”), a cinebiografia percorre a juventude tímida de Ney até sua transformação em símbolo de liberdade artística e sexual no Brasil dos anos 1970.

Jesuíta Barbosa (“Praia do Futuro”) impressiona ao dar vida ao artista, explorando sua construção performática e enfrentamentos diante dos preconceitos sociais. A narrativa se estrutura a partir da formação do Secos & Molhados, fenômeno que estourou em 1973 ao unir poesia, teatralidade e maquiagem andrógina, e que catapultou Ney para a fama nacional. Ao mesmo tempo em que vivia o auge artístico, o cantor enfrentava perseguições políticas e repressão sexual, num país sob censura e vigilância constante ditadura. A trama aborda ainda sua decisão de seguir carreira solo a partir de 1975, assumindo controle criativo sobre sua imagem e repertório, e também o romance com Cazuza nos anos 1980, destacando a interpretação do novato Jullio Reis no papel.

Além de registrar a trajetória musical de Ney Matogrosso em recriações de shows históricos, o filme ainda serve de manifesto LGBTQIA+, ao destacar a atitude afrontosa do artista diante da repressão sexual que sofreu ao longo da carreira, transformando-o num exemplo de rebelião contra o conservadorismo. Não por acaso, o título do longa é baseado numa das músicas mais irônicas de sua discografia, que brinca com a imagem pública do cantor e desafia estereótipos de masculinidade.

🎞️ ASTEROID CITY | Netflix

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O longa de Wes Anderson transporta o público para uma cidade desértica fictícia da década de 1950, palco de uma competição astronômica. A narrativa episódica acompanha personagens peculiares, como Woodrow Steenbeck (Jake Ryan, de “Oitava Série”), um jovem astrônomo cujo pai, Augie (Jason Schwartzman, de “Quiz Lady”), guarda as cinzas de sua esposa em um recipiente Tupperware. Augie é um fotógrafo de guerra, que se sente atraído por Midge Campbell (Scarlett Johansson, de “Vingadores: Ultimato”), uma atriz glamourosa cuja filha, Dinah (Grace Edwards, de “Disque Jane”), tem uma conexão especial com Woodrow. A chegada de um visitante extraterrestre desencadeia um bloqueio militar na cidade, adicionando um elemento de tensão à trama.

No fundo, “Asteroid City” é uma celebração do estilo único do diretor de “A Crônica Francesa”, “O Grande Hotel Budapeste” e “A Vida Marinha com Steve Zissou”. O filme é um verdadeiro catálogo dos maneirismos de Anderson, como as cores pastéis, as imagens centralizadas, o humor seco e irônico, e o desfile de atores famosos.

O elenco grandioso também inclui Bryan Cranston (“Breaking Bad”), Jason Schwartzman (“A Crônica Francesa”), Edward Norton (“O Incrível Hulk”), Adrien Brody (“O Pianista”), Tilda Swinton (“Era Uma Vez um Gênio”), Jeffrey Wright (“Westworld”), Tom Hanks (“Elvis”), Willem Dafoe (“O Farol”), Jeff Goldblum (“Jurassic Park”), Margot Robbie (“Barbie”), Steve Carell (“The Office”), Maya Hawke (“Stranger Things”) e os cantores Seu Jorge (“Marighella”) e Jarvis Cocker (“Harry Potter e o Cálice de Fogo”).

QUARTA

📺 MENTIROSOS | Prime Video

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A adaptação do best-seller de E. Lockhart mergulha no clima ensolarado de uma ilha exclusiva em New England, onde a jovem Cadence Sinclair Eastman passa férias ao lado da família milionária, até sofrer um acidente que a traumatiza. Emily Alyn Lind (“Gossip Girl”) interpreta a protagonista e conduz a trama por meio de sua busca fragmentada por respostas sobre o acidente que alterou sua vida e apagou parte de suas memórias. Ao voltar ao local, ela tenta reconstruir o que ocorreu no verão anterior, mas se depara com silêncios e omissões do círculo familiar, que buscam preservar segredos antigos e o peso das tradições.

O elenco juvenil ainda reúne Subham Maheshwari (“O Talentoso Ripley”), Esther McGregor (“Big Boys”) e Joseph Zada, que ganha destaque após integrar o elenco da nova adaptação de “Jogos Vorazes”. Entre os adultos, estão Caitlin FitzGerald (“Succession”), Mamie Gummer (“The Good Wife”), Candice King (“The Vampire Diaries”), Rahul Kohli (“A Queda da Casa de Usher”) e David Morse (“The Chair”).

Com criação de Julie Plec (“The Vampire Diaries”) e Carina Adly MacKenzie (“Roswell, New Mexico”), responsáveis também pelo roteiro e produção executiva, a série desenvolve o suspense juvenil com doses de drama familiar, ambição e trauma.

📺 OS BUCANEIROS 2 | Apple TV+

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A 2ª temporada mantém o charme histórico e a atmosfera de conflito cultural que marcaram a estreia. Adaptação da obra homônima e inacabada de Edith Wharton (1862-1937), a série se passa nos anos 1870 e acompanha cinco jovens americanas endinheiradas que, buscando ascender socialmente, atravessam o Atlântico rumo à sociedade londrina para encontrar maridos aristocratas. Nesse contexto, o casamento de Conchita Closson (Alisha Boe, de “13 Reasons Why”) com Lord Richard Marable (Josh Dylan, de “Mamma Mia! Lá Vamos Nós de Novo”) é apenas o início de uma série de eventos que colocam em cheque as normas culturais e sociais da época.

A trama retoma com as americanas Nan, Conchita, Jinny, Lizzy, Mabel e Honoria já estabelecidas no cenário britânico. Nan (Kristine Froseth, “Quem É Você, Alasca?”) assume o título de duquesa, Conchita se destaca como líder de jovens americanas, enquanto Jinny (Imogen Waterhouse, “The Outpost”) enfrenta as consequências da gravidez e de um casamento turbulento. A chegada de uma nova personagem, Nell, interpretada por Leighton Meester (“Gossip Girl”), adiciona tensão pessoal: ela chega como a mãe biológica de Nan, ampliando o drama familiar e explorando temas como identidade e pertencimento.

Desenvolvida por Katherine Jakeways (“Tracey Ullman’s Show”), a série tem uma abordagem moderna, ao estilo de “Bridgerton”, e vai além do romance de época, mostrando a luta das jovens por autonomia e aceitação em um contexto de rigidez social. A presença delas na alta sociedade britânica causa alvoroço e admiração, e suas experiências vão desde a descoberta de identidades sexuais até a confrontação de violências domésticas, num retrato que supera o padrão do gênero com um tom moderno e feminista – e trilha sonora contemporânea.

QUINTA

🎞️ VITÓRIA | Globoplay

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O drama que se tornou a maior bilheteria de cinema de Fernanda Montenegro (“Central do Brasil”), levando mais de 700 mil pessoas ao cinema, narra a história real de uma senhora de 80 anos que, diante de balas perdidas e a presença ostensiva de traficantes em sua rua, sem nenhuma ação da polícia, decidiu gravar da janela de seu apartamento o tráfico de drogas que acontecia impunemente. As imagens feitas em Copacabana, no Rio de Janeiro, foram parar na imprensa e impressionaram o país, fazendo a polícia agir para acabar com o crime.

O caso de Dona Vitória foi revelado em reportagem do jornal Extra em 2005 e também rendeu o livro “Dona Vitória da Paz”, de Fábio Gusmão, que serviu de base para a obra cinematográfica. Aflita com a violência no bairro, ela fez muitas denúncias, mas nada foi feito. Então, decidiu documentar o que acontecia ali com uma câmera. A ação da senhorinha levou cerca de 30 pessoas à prisão, incluindo traficantes e policiais corruptos envolvidos no esquema. Pela denúncia, Dona Vitória entrou no Programa de Proteção à Testemunha e viveu escondida por 17 anos. Seu nome verdadeiro, Joana Zeferino da Paz, e sua identidade só foram revelados após a sua morte, aos 97 anos, em fevereiro de 2023, em Salvador, na Bahia. Foi então que se descobriu que a verdadeira Vitória era uma mulher negra.

Neste ponto, a produção já tinha começado com Fernandona no papel principal, primeiro com o diretor Breno Silveira (“2 Filhos de Francisco”), que morreu em maio de 2022, de ataque cardíaco fulminante durante as filmagens. Depois disso, o projeto foi retomado no começo de 2023 com o genro de Fernanda Montenegro, o diretor Andrucha Waddington (“Sob Pressão”). O roteiro é de Paula Fiuza (“Sobral: O Homem Que Não Tinha Preço”) e a produção é da Conspiração Filmes e do Globoplay.

📺 O PIER | Netflix

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O drama criminal acompanha a família Buckley, cujo império pesqueiro na Carolina do Norte está prestes a desmoronar. O clã é liderado por Harlan Buckley (Holt McCallany, de “Mindhunter”), que, após dois ataques cardíacos, luta para manter o controle dos negócios antes que as dívidas tomem conta. Sua solução para levantar dinheiro rápido é entrar no crime, usando o porto e embarcações para o tráfico. Sua esposa Belle (Maria Bello, “NCIS”) e o filho Cane (Jake Weary, “Animal Kingdom”) veem o desespero do pai e tentam assumir o controle dos negócios criminosos, enquanto a filha Bree (Melissa Benoist, “Supergirl”) se choca com os rumos da família, ao retornar ao lar com o intuito de reconstruir os laços e enfrentar seus próprios demônios.

A tensão cresce com a chegada de personagens como Grady (Topher Grace, de “That 70’s Show”), um traficante imprevisível que cria um confronto moral com Harlan, além de agentes federais atraídos pela movimentação de drogas na região.

A trama é assinada por Kevin Williamson, criador de “Dawson’s Creek”, “The Vampire Diaries” e da franquia de terror “Pânico”, que se inspirou em eventos reais para contar a história de como a necessidade pode arrastar uma família para operações perigosas. A narrativa equilibra dinâmica familiar, dilemas éticos e clima de suspense à beira-mar, destacando o ambiente costeiro e a espiral de escolhas cada vez mais arriscadas, com consequências que reverberam além do microcosmo familiar.

SEXTA

🎞️ UM FILME MINECRAFT | Max

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O maior blockbuster do ano, inspirado no game mais popular do mundo, acompanha quatro personagens desajustados, que vivem problemas comuns em suas rotinas até serem subitamente transportados por um portal misterioso para o Mundo Superior (Overworld), o universo cúbico onde tudo é feito de blocos. Nesse mundo estranho e criativo, eles conhecem Steve, um construtor experiente e imprevisível, que se torna seu guia para enfrentar os diversos desafios típicos do universo de Minecraft, desde construir abrigo até se defender de criaturas ameaçadoras como Piglins e zumbis.

Jack Black (“Jumanji: Próxima Fase”) lidera o elenco como Steve, enquanto os recém-chegados são vividos por Jason Momoa (“Aquaman”), Emma Myers (“Wandinha”), Danielle Brooks (“Pacificador”) e Sebastian Eugene Hansen (“Lisey’s Story”). Black se destaca em seu estilo energético e até canta, enquanto Momoa interpreta um ex-gamer decadente com carisma suficiente para sustentar a maior parte da ação. Além deles, a produção traz Jennifer Coolidge (“The White Lotus”), Jemaine Clement (“Os Bandidos do Tempo”) e Kate McKinnon (“Barbie”) como coadjuvantes.

O roteiro, assinado por cinco roteiristas diferentes, tenta equilibrar elementos nostálgicos e referências para fãs com uma trama de aventura acessível ao grande público. Mas é visualmente que o filme dirigido por Jared Hess (“Gênios do Crime”) mais acerta, ao transportar o espectador para um universo coerente com a estética pixelada do jogo, mérito da direção de arte de Grant Major e dos efeitos supervisionados por Dan Lemmon.

🎞️ CUCKOO | Prime Video

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Inédito nos cinemas brasileiros, o filme estrelado por Hunter Schafer (“Euphoria”) combina terror psicológico com cenas assustadoras. Schafer interpreta Gretchen, uma jovem de 17 anos que deixa sua casa nos Estados Unidos para morar com o pai nos Alpes alemães, junto com a nova família dele. Atormentada por ruídos estranhos desde sua chegada, ela desperta o interesse do chefe de seu pai e é convidada a trabalhar na recepção do resort da cidade, onde estranha o fato de ninguém ficar no local após as 10 horas da noite. Na ocasião em que se atrasa para sair do local, ela é perseguida pela figura sombria de uma mulher, que corre para derrubá-la de sua bicicleta. Machucada pelo ataque, Gretchen começa a questionar se os fatos bizarros do local fazem parte de algo mais sinistro e orquestrado.

Roteiro e direção são do alemão Tilman Singer (“Luz”) e o elenco também destaca Dan Stevens (“Godzilla e Kong: O Novo Império”), Jessica Henwick (“Matrix Resurrections”), Marton Csókás (“O Protetor”), Greta Fernández (“30 Moedas”) e Astrid Bergès-Frisbey (“Rei Arthur: A Lenda da Espada”). Após a première elogiadíssima no Festival de Berlim, tornou-se um dos filmes de terror mais bem avaliados deste ano, com 80% de aprovação no Rotten Tomatoes.

📺 OLYMPO | Netflix

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A série espanhola explora os limites da alta performance esportiva, com corpos levados ao extremo e desafios de superação que atingem limites éticos e emocionais. Criada por Jan Matheu, Laia Foguet e Ibai Abad, o drama esportivo se passa em um centro de treinamento olímpico, onde a nadadora artística Amaia Olaberria, capitã exigente da equipe nacional, vê suas marcas serem batidas pela melhor amiga, Núria, que supera seu desempenho de forma inexplicável. Ao investigar o ocorrido, Amaia encontra um dilema que vai além da piscina: até onde os atletas estão dispostos a ir para manter a liderança e sustentar a ambição esportiva

“Olympo” se insere no estilo de série teen provocadora de “Elite”, mas transfere o palco para um ambiente de competição atlética intensificada, com tensão emocional, rivalidade e representatividade LGBTQIA+

No elenco, Clara Galle assume o papel de Amaia, depois de se destacar na trilogia “Através da Minha Janela”, enquanto María Romanillos (“Paraíso”) vive Núria, sua rival e amiga. Também estão presentes Nuno Gallego (“Elite”) e Agustín Della Corte (“A Sociedade da Neve”), entre outros.

SÁBADO

🎞️ STING – ARANHA ASSASSINA | Prime Video

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Uma pequena vila australiana é tomada pelo caos quando uma aranha geneticamente modificada escapa de um laboratório e cresce de forma descontrolada, ameaçando os moradores. Num resgate do tema das criaturas mutantes gigantes, que foi tendência nos anos 1950, a obra de Kiah Roache-Turner (“Wyrmwood”) também se destaca pelo uso de efeitos práticos, criando uma atmosfera claustrofóbica que utiliza o isolamento geográfico como elemento essencial da trama. O elenco, liderado por Jermaine Fowler (“Um Príncipe em Nova York 2”), Penelope Mitchell (“Hemlock Grove”), Ryan Corr (“A Casa do Dragão”) e a menina Alyla Browne (“Furiosa: Uma Saga Mad Max”), sustenta a narrativa com performances intensas.

* Os lançamentos em VoD (Video on Demand) podem ser alugados individualmente em plataformas como Apple TV, Claro TV+, Loja Prime, Microsoft Store, Vivo Play e YouTube, entre outras que funcionam como locadoras digitais sem a necessidade de assinatura mensal.