Bilheteria: “Bailarina” tropeça na estreia e “Lilo & Stitch” mantém liderança nos EUA

Live-action da Disney alcança US$ 772 milhões globalmente enquanto o derivado de “John Wick” decepciona em seu lançamento nos cinemas

Divulgação/Disney

Disney mantém domínio com “Lilo & Stitch”

O remake live-action “Lilo & Stitch”, da Disney, consolidou seu domínio no mercado norte-americano pelo terceiro fim de semana seguido. O filme arrecadou US$ 32,5 milhões em 4.185 cinemas, elevando seu faturamento total nos Estados Unidos para US$ 335,8 milhões. Mundialmente, a produção já acumula US$ 772,6 milhões, com US$ 436,8 milhões vindos de mercados internacionais. O longa, que ultrapassou US$ 300 milhões no mercado doméstico na última quinta-feira, deve se tornar o primeiro filme a atingir US$ 1 bilhão em 2025 nos próximos dias.

“Bailarina” fica abaixo do esperado

O sucesso de “Lilo & Stitch” foi facilitado pelo desempenho abaixo do esperado de “Bailarina”, primeiro spin-off da franquia “John Wick”, que estreou em 2º lugar com US$ 25 milhões em 3.409 salas — resultado inferior às expectativas do estúdio Lionsgate, que previa pelo menos US$ 30 milhões no mercado doméstico. No exterior, “Bailarina” somou US$ 26 milhões em 82 países, totalizando US$ 51 milhões no lançamento mundial. A baixa procura é um sinal de alerta, já que o longa custou US$ 90 milhões e deveria ser o primeiro de uma série de spin-offs de “John Wick”.

A produção da Lionsgate traz Ana de Armas no papel principal, com Keanu Reeves fazendo apenas uma participação especial, apesar dos trailers enfatizarem sua presença. Até então, a franquia vinha em trajetória de crescimento desde a estreia do primeiro “John Wick” em 2014 (abertura de US$ 14 milhões). As sequências elevaram a arrecadação de lançamento: US$ 30,4 milhões para “John Wick: Um Novo Dia para Matar” (2017), US$ 56,8 milhões em “John Wick 3: Parabellum” (2019) e US$ 73,8 milhões no recorde de “John Wick 4: Baba Yaga” (2023).

Mesmo com avaliações positivas do público (nota A- no CinemaScore) e 75% de aprovação no Rotten Tomatoes, “Bailarina” não mobilizou a base de fãs. A estratégia de Lionsgate de compensar eventuais prejuízos com vendas internacionais (prática comum no estúdio, que cobre até dois terços dos custos fora dos EUA) pode não ser suficiente neste caso, já que o universo expandido ainda precisa consolidar interesse fora do personagem principal. A continuidade dos derivados dependerá do engajamento nos próximos lançamentos: o estúdio já prepara um spin-off com Donnie Yen (Caine) e um prelúdio animado, além de criar expectativas para um “John Wick 5”.

O resto do Top 5

Entre as demais produções, “Missão: Impossível – O Acerto Final” caiu para o 3º lugar, com US$ 15 milhões em sua terceira semana de exibição. O thriller de ação estrelado por Tom Cruise soma US$ 149 milhões nos EUA e US$ 450 milhões no mundo, mas enfrenta dificuldades para recuperar seu orçamento elevado de US$ 400 milhões.

Karate Kid: Lendas”, que marca o retorno da franquia aos cinemas após 15 anos, arrecadou US$ 8,7 milhões em sua segunda semana, totalizando US$ 35 milhões nos EUA e US$ 74 milhões mundialmente. O resultado é modesto diante do orçamento de US$ 45 milhões e não repete o sucesso dos títulos anteriores.

Em contraste, “Premonição 6: Laços de Sangue” fecha o top 5 com US$ 6,4 milhões e já é o capítulo mais lucrativo da franquia de terror. O terror da Warner Bros. tem US$ 123 milhões arrecadados nos Estados Unidos e US$ 257 milhões globalmente, confirmando o apelo contínuo do gênero no cinema comercial.