Juiz derruba ação bilionária contra Blake Lively e Ryan Reynolds
Em decisão divulgada nesta segunda-feira (9/6), a Justiça Federal de Nova York anulou integralmente o processo de US$ 400 milhões movido por Justin Baldoni e a Wayfarer contra a atriz Blake Lively. O caso envolvia acusações de difamação e extorsão após Lively denunciar suposto assédio sexual nos bastidores do filme “É Assim que Acaba”. Entre os réus também estavam o ator Ryan Reynolds, marido de Lively, a empresária Leslie Sloane e o jornal The New York Times.
A sentença do juiz Lewis J. Liman reconheceu que as alegações feitas por Lively estavam amparadas por proteção legal e, portanto, não poderiam ser alvo de processo. “Mesmo que acabem se mostrando desnecessárias, um funcionário pode exigir proteções no ambiente de trabalho contra assédio sexual sem ser acusado de extorsão. Se um empregador concorda, não pode depois se declarar vítima de ameaça indevida”, destacou Liman em sua decisão.
O que disseram os advogados de Blake Lively?
Após o anúncio da decisão, os advogados da atriz, Esra Hudson e Mike Gottlieb, afirmaram: “A decisão de hoje é uma vitória total e uma completa vindicação para Blake Lively, assim como para todos que Baldoni e a Wayfarer envolveram em sua ação retaliatória, incluindo Ryan Reynolds, Leslie Sloane e o The New York Times. Como dissemos desde o início, esse processo de US$ 400 milhões era uma farsa, e o tribunal enxergou isso imediatamente.”
Hudson e Gottlieb informaram ainda que pretendem buscar ressarcimento judicial contra Baldoni e seu sócio Steve Sarowitz, incluindo honorários advocatícios, danos em triplo e punições por conduta abusiva.
Processo pode ser reapresentado?
O juiz Liman autorizou que Baldoni e a Wayfarer possam apresentar uma nova ação restrita apenas a eventuais descumprimentos contratuais, mas descartou completamente qualquer alegação de difamação ou extorsão com base nas denúncias de assédio sexual feitas por Lively. Em relação ao contrato para promoção do filme, Liman destacou: “Não há alegação de que Lively tivesse obrigação contratual de promover o filme; se não houver, não existe base para presumir que seu comprometimento com a divulgação foi algo além de uma negociação justa pela utilização de sua versão da obra.”
Os representantes de Baldoni não comentaram a decisão até o momento, mas o espaço segue aberto para atualizações com a manifestação da parte derrotada.