James Gunn diz no Rio que nova dupla de “Superman” traz “eletricidade” à tela

Equipe de “Superman” faz coletiva no Rio e destaca química do elenco

Após visitar o Cristo Redentor na noite de domingo (22/6), James Gunn, David Corenswet e Rachel Brosnahan atenderam a imprensa nacional em uma entrevista coletiva. A passagem pelo Rio faz parte da divulgação global de “Superman”, produção que inaugura o novo universo da DC Studios. O trio participou do encontro com os jornalistas em Santa Teresa, com vista para o Pão de Açúcar.

James Gunn elogiou a cidade já no início do evento: “Essa cidade é tão bonita”, disse o cineasta, antes de relembrar o medo que sentiu no alto do Corcovado. “É lindo, mas quase me mijei.” Gunn, que também assina o roteiro, é co-CEO da DC Studios ao lado de Peter Safran e lidera a reformulação do universo cinematográfico dos super-heróis da editora. “Eu já tinha começado a escrever ‘Superman’ antes de ser contratado para o DC Studios. Tínhamos outros projetos em andamento, mas sabia que precisávamos de uma plataforma de lançamento do DCU. E o Superman é o super-herói original”, explicou.

Como o novo filme se diferencia?

Segundo Gunn, o maior desafio foi encontrar o tom certo para equilibrar novidade e fidelidade ao personagem. “Demorou um tempo até que eu encontrasse o ritmo do que eu achava que esse Superman poderia ser — algo interessante, que não fosse só uma repetição do que já foi feito, mas que ao mesmo tempo fosse fiel ao personagem e à história dele. Acho que o verdadeiro desafio foi esse equilíbrio: encontrar a novidade, aquilo que me empolgava (e, com sorte, empolgaria o público também), e ao mesmo tempo ser fiel a quem o Superman é e aos seus valores”, afirmou.

O papel do herói coube ao americano David Corenswet, de “Pearl” (2022) e “Twisters” (2024), que destacou o lado humano do novo Superman: “O Superman sempre foi muito criticado por ser difícil de se identificar. Ele é superpoderoso, ele não teve uma infância difícil. No filme, demos ênfase na humanidade do personagem”, explicou. “Quando comecei a ler o roteiro, logo nas primeiras páginas ele aparece na situação mais vulnerável que se pode imaginar: sangrando. Ele precisa de ajuda naquele momento, precisa ser resgatado. Então, começar por aí foi algo muito empolgante. Começar assim e, a partir disso, ver sua força, sua confiança, sua capacidade de aparecer e salvar o dia — construir isso passo a passo. Foi um ótimo jeito de começar. Foi inesperado e realmente empolgante.”

Qual é a dinâmica do casal principal?

Rachel Brosnahan, vencedora do Emmy por “Maravilhosa Sra. Maisel”, ressaltou a preparação para dar vida a uma Lois Lane multifacetada. “Sou uma nerd de pesquisas. Passo muitas horas me preparando, tive a oportunidade de conversar com repórteres investigativos. Aprecio muito o trabalho que os jornalistas fazem e passei a ter ainda mais respeito ao me preparar para o filme”, contou. “A primeira cena que vimos desse roteiro foi uma entrevista longa entre Lois e Clark. Eu adoro essa cena porque ela mostra tantas facetas, não só dos personagens, mas também do relacionamento deles. Em apenas dez minutos, dá pra ver a ternura, a paixão que eles têm um pelo outro e também por seus pontos de vista sobre o mundo.”

A química entre Corenswet e Brosnahan foi celebrada por Gunn: “É difícil explicar o que é química. Já trabalhei com outros casais românticos na tela que simplesmente não tinham isso e você precisa acertar na montagem. Mas os dois já vieram com química, ela já estava lá, parecia eletricidade”, afirmou. “Foi incrível ver a Rachel como Lois deixando o Superman sem chão. Foi naquele momento que eu pensei: ‘Meu Deus, agora entendo por que o homem mais poderoso do mundo está apaixonado por essa mulher’.”

Quais novidades o novo “Superman” traz?

O filme apresenta Clark Kent logo após deixar Smallville e em seus primeiros dias como repórter em Metrópolis, ao mesmo tempo em que começa sua jornada como Superman. Entre as novidades do universo DC está o supercão Krypto, inspirado no cachorro de Gunn. “Krypto é baseado em meu cachorro. Não quis trazer um personagem só por trazer. Vivia um período que meu cachorro estava me atormentando e eu simplesmente fiquei feliz pensando: que bom que ele não tem superpoderes. Inserindo um personagem como o Krypto você bagunça o cenário”, comentou o diretor. “As pessoas acham fofo porque não convivem com ele, ele é horrível (risos).”

O elenco ainda conta com Nicholas Hoult (“Mad Max: Estrada da Fúria”) no papel de Lex Luthor, mas o ator, que também era esperado no Brasil, cancelou a viagem por razões pessoais.

“Superman”, dirigido por James Gunn, estreia oficialmente nos cinemas brasileiros em 10 de julho, mas já terá sessões de pré-estreia a partir do dia 8.