Filho do criador de “Chaves” diz que fez terapia após série sobre o pai, que estreia na Max

“Chespirito: Sem Querer Querendo” revela conflitos, bastidores e polêmicas da vida e carreira de Roberto Gómez Bolaños

Divulgação/Max

Polêmicas do criador de “Chaves”

A série “Chespirito: Sem Querer Querendo” estreia nesta quinta-feira (5/6) na Max, inspirada na vida e no legado de Roberto Gómez Bolaños. A produção retrata episódios polêmicos da trajetória do criador de “Chaves” e “Chapolin Colorado”, incluindo seu início na televisão, momentos de intimidade e conflitos com outros atores do elenco. Entre os temas mais controversos está o início do relacionamento de Bolaños com Florinda Meza enquanto ele ainda era casado, além de brigas nos bastidores envolvendo integrantes clássicos do grupo.

A trama, ambientada entre as décadas de 1950 e 1980, percorre desde a infância de Bolaños até o auge da carreira. O romance com Florinda Meza é abordado em detalhes, mostrando que o relacionamento começou nos anos 1970, quando Bolaños ainda era casado com a mãe de seus filhos.

Como reagiram família e elenco à produção?

Roberto Gómez Fernández, filho do criador e dono do Grupo Chespirito, relatou em coletiva de imprensa que buscou terapia para lidar com o impacto da série. “A série me fez conhecer detalhes da vida íntima do meu pai. Tive que reconstruir a ideia que eu tinha do meu pai e conheci ele de outra forma. Precisei até fazer terapia e da ajuda de um psicólogo para entender o desenvolvimento da vida do meu pai desde a infância. Foi muito interessante”, declarou Fernández.

A série também reacendeu as disputas familiares. Florinda Meza criticou publicamente a produção, dizendo nas redes sociais: “Nesta biografia não há respeito pela minha pessoa e muito menos pela verdade. Isso causaria grande dor ao Roberto [Bolaños]”. Ela, que esteve casada com Bolaños até 2014, nunca teve boa relação com os filhos do criador e ficou de fora do projeto. Fernández preferiu não comentar o conflito: “São questões que não posso falar. Nenhum dos meus amigos pode falar sobre esse tema. É uma questão importante e sensível”.

Conflitos nos bastidores repercutem na série

“Chespirito: Sem Querer Querendo” também dedica espaço especial aos bastidores e desentendimentos entre o elenco de “Chaves”, com destaque para a rivalidade com Carlos Villagrán, o Quico. No roteiro, o personagem inspirado no ator declara: “Roberto acha que é a grande estrela e não me deixa brilhar”. O embate motivou a saída de Villagrán, que buscou carreira solo nos anos 1980.

Entre os poucos integrantes vivos do elenco original, Maria Antonieta de las Nieves (Chiquinha) teria colaborado com a produção e Edgar Vivar (Seu Barriga, Nhonho) participa interpretando Agustín P. Delgado, diretor de cinema responsável pelo apelido Chespirito. Vivar também contribuiu com informações para a criação da série.

Já Florinda Meza e Carlos Villagrán não participam nem como personagens, sendo representados por criações fictícias, chamadas Margarita Ruíz (papel de Bárbara López) e Marcos Barragán (Juan Lecanda).