
Divulgação/Universal
Live-action de “Como Treinar o Seu Dragão” lidera bilheteria mundial e quebra recordes
Remake da animação da Universal estreia com US$ 197,8 milhões e tira "Lilo & Stitch" do 1º lugar no fim de semana
Remake de “Como Treinar o Seu Dragão” faz estreia histórica
Seguindo a estratégia bem-sucedida da Disney, a Universal colheu resultados expressivos com seu primeiro remake live-action de uma animação. “Como Treinar o Seu Dragão” estreou com US$ 83,7 milhões no mercado doméstico — o melhor desempenho da franquia — e US$ 197,8 milhões no total mundial, segundo estimativas do estúdio.
No cenário internacional, o México liderou a estreia com US$ 14 milhões, seguido pelo Reino Unido (US$ 11,4 milhões) e China (US$ 11,2 milhões). No país asiático, o filme superou “Lilo & Stitch” ao registrar o maior dia de abertura para uma adaptação live-action dos últimos cinco anos. Nos EUA, a produção também obteve o melhor lançamento de uma sexta-feira fora de feriado em 2025. Além disso, o salto entre a arrecadação de sexta para sábado marcou o maior crescimento do ano nas bilheterias da América do Norte.
O lançamento também superou a abertura de maior sucesso da franquia da DreamWorks Animation, “Como Treinar o Seu Dragão 3”, que havia registrado US$ 55 milhões no mercado doméstico em 2019.
Recepção do público e efeito geracional
O remake recebeu avaliações extremamente positivas: nota A no CinemaScore e 98% de aprovação do público no Rotten Tomatoes. A crítica se entusiasmou um pouco menos, com 77% no mesmo Rotten Tomatoes, mas a nota se manteve positiva. O sucesso não se limitou ao público familiar de pais e filhos: metade dos espectadores que assistiram ao filme na sexta-feira eram jovens entre 13 e 24 anos, demonstrando o apelo da franquia junto à Geração Z. Não por acaso, a Universal já anunciou uma sequência para 2027.
O orçamento da produção foi de US$ 150 milhões, sem contar os custos de marketing. Dean DeBlois, diretor original da animação, retornou à direção neste remake, estrelado por Mason Thames (“O Telefone Preto”) no papel do jovem viking Soluço, que desafia o pai (Gerard Butler) ao fazer amizade com um temido dragão Fúria da Noite, Banguela.
O desempenho de “Lilo e Stitch”
Depois de liderar as bilheteiras por três semanas e bater diversos recordes, “Lilo & Stitch” caiu para o 2º lugar nos EUA, somando US$ 15,5 milhões em 3.675 salas e outros US$ 31,1 milhões no exterior. O filme superou a marca de US$ 850 milhões em todo o mundo, com US$ 366,4 milhões arrecadados nos EUA e US$ 492 milhões no exterior, totalizando US$ 858,4 milhões globalmente.
O live-acton da Disney já é a segunda maior bilheteria do ano, atrás apenas de “Um Filme Minecraft” (US$ 950 milhões). No fim de semana, “Lilo & Stitch” também ultrapassou as bilheteiras totais na América do Norte de outros remakes bem-sucedidos da Disney: “Mogli: O Menino Lobo” (US$ 364 milhões), “Aladdin” (US$ 356 milhões) e “A Pequena Sereia” (US$ 298 milhões).
O resto do Top 5
O drama “Amores Materialistas”, dirigido por Celine Song (“Vidas Passadas”), estreou em 3º lugar nos EUA e Canadá com US$ 12 milhões em 2.844 salas — a terceira maior estreia da história da A24, atrás de “Guerra Civil” (US$ 25,5 milhões) e “Hereditário” (US$ 13,5 milhões). O filme estrelado por Dakota Johnson (“Madame Teia”) mostra uma casamenteira nova-iorquina dividida entre dois amores, interpretados por Chris Evans (“Capitão América: Guerra Civil”) e Pedro Pascal (“The Last of Us”). Embora tenha recebido críticas positivas, com 88% de aprovação no Rotten Tomatoes, a nota B- no CinemaScore e o índice de 70% do público do próprio Rotten Tomatoes indicam recepção morna dos espectadores. A estreia no Brasil vai acontecer apenas em 31 de julho.
“Missão: Impossível – O Acerto Final” perdeu a ocupação das salas Imax, onde reinou durante três semanas, para “Como Treinar o Seu Dragão”. Mesmo assim, o filme estrelado por Tom Cruise caiu apenas 31% em seu quarto fim de semana, arrecadando US$ 10,3 milhões em 2.942 salas e elevando o total doméstico para US$ 166,3 milhões. No exterior, a produção somou mais US$ 21 milhões, chegando a US$ 340,5 milhões internacionalmente e US$ 506,8 milhões em todo o mundo.
O thriller de ação “Bailarina”, derivado do universo “John Wick”, fecha o Top 5 com dificuldades nos EUA. No segundo fim de semana, o longa estrelado por Ana de Armas (“007 – Sem Tempo para Morrer”) caiu 62% e arrecadou US$ 9,4 milhões, atingindo US$ 41,8 milhões em dez dias. No mercado internacional, somou US$ 13,5 milhões em 84 países, chegando a US$ 49,7 milhões fora dos EUA e a US$ 91,5 milhões globalmente. O orçamento foi de US$ 90 milhões, sem contar o marketing. Por conta disso, apesar de críticas positivas e boa recepção do público, o resultado abaixo do esperado coloca em dúvida os planos da Liongate de explorar spin-offs da franquia sem a presença de Keanu Reeves como protagonista.