Gostou de “Bailarina”? A história lembrou outro filme? Ou apenas gostaria de ver mais produções do gênero? O lançamento de cinema ambientado no universo de “John Wick”, que coloca Ana de Armas no papel de uma dançarina transformada em arma letal, faz parte de uma longa tradição cinematográfica. Do clássico francês “Nikita: Criada para Matar” a produções de ação asiáticas e blockbusters de Hollywood, o subgênero já rendeu protagonistas icônicas e cenas marcantes de vingança, traição, autonomia feminina e… balé. Confira abaixo uma seleção dos filmes que ajudaram a consolidar esse perfil nas telas e inspiram histórias como “Bailarina”.
NIKITA: CRIADA PARA MATAR | Looke
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Anne Parillaud interpreta Nikita, uma jovem criminosa à beira da execução após assassinar um policial durante um assalto. Em vez de morrer, Nikita recebe uma proposta do governo francês: trocar a sentença de prisão perpétua por treinamento intensivo em uma agência secreta de assassinos profissionais. Transformada em agente letal, ela ganha uma nova identidade e cumpre missões de execução a mando do Estado, mas passa a lutar contra os próprios superiores ao tentar retomar a própria vida. O longa de 1990 de Luc Besson se tornou o maior expoente do subgênero e foi a principal inspiração para diversos remakes, séries e derivados, criando o padrão da assassina rebelde que desafia o sistema que a criou.
KILL BILL: VOLUME 1 E 2 | Prime Video
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Uma das obras mais cultuadas do cinema de ação dos anos 2000, “Kill Bill” acompanha a jornada de vingança da Noiva, interpretada por Uma Thurman, uma ex-assassina profissional traída pelo próprio grupo e deixada à beira da morte no dia de seu casamento. Após acordar de um coma, ela parte em busca dos antigos companheiros da Deadly Viper Assassination Squad, liderados por Bill (David Carradine), para eliminar todos os responsáveis pela tragédia. Dividido em dois volumes, o épico dirigido por Quentin Tarantino em 2003 combina artes marciais, western e cultura pop asiática, com cenas de luta coreografadas e personagens icônicos. A saga de redenção e justiça de uma mulher contra a organização que a criou e destruiu, consagrou a Noiva como referência máxima no subgênero das assassinas vingativas.
COLOMBIANA: EM BUSCA DE VINGANÇA | Netflix | Prime Video
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Aos 9 anos, Cataleya testemunha o brutal assassinato de seus pais por mafiosos em Bogotá. Após escapar, ela é enviada aos Estados Unidos para viver com seu tio Emilio, um criminoso que a treina como assassina profissional. Quinze anos depois, Cataleya ganha interpretação de Zoe Saldaña e executa alvos sob as ordens do tio, mas nunca abandona seu objetivo principal: vingar a morte de seus pais. Deixando uma orquídea colombiana como assinatura em cada cena de crime, ela desafia seus superiores e as autoridades, embarcando em uma jornada pessoal de vingança. O filme de 2011, dirigido por Olivier Megaton e coescrito por Luc Besson, combina ação intensa com uma narrativa emocional, destacando a luta de uma mulher contra o sistema que a moldou.
HANNA | Prime Video
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Ainda adolescente em 2011, Saoirse Ronan deu vida à Hanna, criada por seu pai (ex-agente da CIA) para ser uma assassina perfeita, longe da civilização. Ao fugir para o mundo real, Hanna é caçada pela agência governamental que financiou seu treinamento. O longa explora tanto cenas de ação quanto o desenvolvimento de uma adolescente à procura de identidade, marcando um cruzamento entre conto de fadas sombrio e ação de espionagem. Assim como Nikita, deu origem a uma série (disponível completa na Prime Video).
A VILÃ | Prime Video
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Kim Ok-bin interpreta Sook-hee, uma mulher criada desde a infância para matar sob o comando de uma organização criminosa na Coreia do Sul. Treinada como arma viva após testemunhar o assassinato do pai, ela é usada como instrumento de vingança alheia. Quando tenta se libertar, Sook-hee passa a ser caçada por seus antigos chefes e por agentes do governo, desencadeando uma escalada de violência e traição. O longa de 2017 se destaca pelas sequências de ação em primeira pessoa e pela densidade dramática, modernizando o padrão “Nikita” para o cinema asiático contemporâneo.
OPERAÇÃO RED SPARROW | Disney+
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Jennifer Lawrence interpreta Dominika Egorova, uma bailarina do balé Bolshoi cuja carreira é interrompida após um acidente devastador. Sem opções, ela é recrutada para a escola de “pardais”, um programa secreto do serviço de inteligência russo que transforma jovens em agentes treinados para seduzir, manipular e eliminar alvos. Dominika mergulha em um mundo de espionagem brutal, intrigas políticas e violência, sendo obrigada a cumprir missões para o Estado russo, mas logo começa a desafiar seus controladores em busca de autonomia. O longa de 2018, dirigido por Francis Lawrence, explora os limites entre espionagem e assassinato, abordando manipulação, identidade e resistência, com cenas de tensão e brutalidade que marcam o subgênero das mulheres fatais do cinema de ação.
ANNA: O PERIGO TEM NOME | Netflix
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O criador de “Nikita” voltou ao subgênero em 2019 para acompanhar uma nova assassina: Anna Poliatova, jovem modelo russa cuja beleza esconde um passado sombrio. Capturada e recrutada à força pela KGB, a personagem vivida por Sasha Luss é treinada para executar missões de assassinato a sangue-frio. À medida que avança em sua carreira, Anna passa a manipular as duas organizações que disputam seu talento — a KGB e a CIA —, com um plano de vingança pessoal e desejo de liberdade, numa estrutura que remete diretamente ao clássico “Nikita”. A personagem feminina calculista e letal de Luss, combinada à assinatura visual de Luc Besson, insere o filme no cânone das assassinas que desafiam quem as controla.
COQUETEL EXPLOSIVO | Prime Video
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Karen Gillan é Sam, assassina profissional de uma organização criminosa chamada “A Firma”. Após desobedecer ordens para proteger uma criança, Sam se torna alvo de seus próprios empregadores, contando com a ajuda de sua mãe (Lena Headey) e outras veteranas do submundo do crime (incluindo Michelle Yeoh). A produção de 2021 aposta em violência estilizada e reviravoltas de lealdade, homenageando os clássicos do subgênero com linguagem visual moderna e influência de “John Wick”.
KATE | Netflix
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Mary Elizabeth Winstead vive Kate, uma assassina profissional de elite que é envenenada durante uma missão em Tóquio, restando-lhe apenas 24 horas de vida. Decidida a encontrar o responsável antes que o tempo acabe, ela embarca em uma caçada frenética pelas ruas da cidade, enfrentando mafiosos e agentes duplos. No processo, Kate se aproxima de Ani (Miku Martineau), filha de uma de suas vítimas, e a parceria improvável adiciona tensão à busca por vingança. Com direção de Cedric Nicolas-Troyan, o longa de 2021 aposta em ação estilizada, ambientação neon e combates coreografados, com destaque para a performance física de Winstead.
VIÚVA NEGRA | Disney+
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A versão Marvel da trama clássica traz Scarlett Johansson como Natasha Romanoff, a Viúva Negra, ex-espiã treinada desde a infância na temida Sala Vermelha, onde foi transformada em arma viva a serviço da KGB. Entre as habilidades exigidas durante o treinamento estão técnicas de espionagem, combate, manipulação e… balé clássico. O longa de 2021 mostra Natasha enfrentando seu passado e buscando destruir o próprio sistema que a criou, em aliança com outras “viúvas” sobreviventes do programa. O filme mistura ação típica do universo Marvel com temas clássicos do gênero: controle estatal, lavagem cerebral e a luta pela autonomia feminina.
KILL BOKSOON | Netflix
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Gil Boksoon é uma assassina profissional de reputação impecável, além de mãe solteira de uma adolescente. Considerada a melhor em seu ramo, ela trabalha para uma organização que regula e controla matadores de aluguel na Coreia do Sul. Quando Boksoon se recusa a cumprir uma missão específica, acaba se tornando alvo da própria agência e precisa usar toda sua habilidade para sobreviver, proteger a filha e enfrentar aliados e rivais do submundo. Lançado em 2023, o thriller ao estilo de “John Wick” mistura cenas de ação elaboradas e dilemas familiares, com destaque para a atuação intensa de Jeon Do-yeon e uma abordagem que combina crítica social e espetáculo visual.
ATRAVÉS DAS SOMBRAS | Netflix
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Nomi, codinome 13, é uma assassina treinada por uma organização secreta conhecida como “A Sombra”. Após uma missão malsucedida no Japão, ela é suspensa e enviada para Jacarta. Lá, conhece Monji, um garoto de 11 anos cuja mãe foi assassinada por um sindicato do crime local. Quando Monji é sequestrado, Nomi desafia sua mentora e toda a organização para salvá-lo, desencadeando uma série de confrontos violentos. Com direção de Timo Tjahjanto, cineasta indonésio cultuado por sua abordagem extrema de ação, o filme de 2024 traz cenas brutais e eletrizantes, coreografadas com maestria, e uma narrativa intensa, que explora temas de lealdade, redenção e a luta contra sistemas opressivos.
BÔNUS
BLACK CAT: PROGRAMADA PARA MATAR | Blu-ray
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Jade Leung interpreta Catherine, presa após um crime e “ressuscitada” por uma agência secreta, que a transforma em assassina sob o codinome Black Cat. Fortemente inspirada em “Nikita”, a trama de ação de Hong Kong acompanha a luta da protagonista para se libertar dos comandos de seus criadores. O filme de 1991 é marcado por defeitos especiais e coadjuvantes amadores, mas se destaca pela intensidade das cenas de luta de Jade Leung e pelo suspense da busca da protagonista pela própria identidade. Seu sucesso local marcou o início de uma série asiática cult, com uma continuação lançada no ano seguinte.