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Instagram/Kleber Mendonça Filho

Filme|24 de maio de 2025

Wagner Moura e Kleber Mendonça Filho vencem Cannes com “O Agente Secreto”

Cinema brasileiro tem vitória dupla no festival com prêmios de Melhor Ator e Direção para "O Agente Secreto"

h2>Vitória do cinema brasileiro em Cannes

O Brasil foi o grande destaque no Festival de Cannes 2025, do começo ao fim. Além de ser o país homenageado no Marché du Film, o cinema nacional roubou os holofotes na cerimônia de encerramento do evento, com dois troféus importantes neste sábado (24/5). Kleber Mendonça Filho e Wagner Moura ganharam os prêmios de Melhor Direção e Melhor Ator, respectivamente, pelo filme “O Agente Secreto”.

Foi a primeira vez que um ator brasileiro venceu Cannes – após duas atrizes, Fernanda Torres por “Eu Sei que Vou Te Amar” (1986) e Sandra Corveloni por “Linha de Passe” (2008). Já a vitória de Kleber Mendonça Filho pôs fim a um hiato de 56 anos, desde que Glauber Rocha (1939-1981) foi escolhido por “O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro” em 1969. Para conquistar estes reconhecimentos, os dois romperam a tradição do festival, que restringe múltiplas vitórias para um mesmo filme nas categorias principais.

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1 Por que o júri decidiu dar um prêmio duplo para “O Agente Secreto”?
2 Qual a história do filme?
3 Quem ficou com a Palma de Ouro?
4 Quem mais venceu no Festival de Cannes 2025?

Por que o júri decidiu dar um prêmio duplo para “O Agente Secreto”?

De acordo com as regras do festival, um filme só pode receber duas premiações se forem combinadas entre Prêmio do Júri e atuação, ou Melhor Roteiro e atuação. A escolha do júri por Melhor Direção e Melhor Ator foi explicada em coletiva pelo cineasta sul-coreano Hong Sang-soo: “Wagner Moura é um ator que gostamos muito e que mostra muita sensibilidade no papel. Nós gostamos muito do filme e decidimos dar dois prêmios”. O ator Jeremy Strong acrescentou: “Foi nossa escolha”.

Além disso, “O Agente Secreto” ainda recebeu o prêmio da crítica internacional (Fipreci) de Melhor Filme e o prêmio de Cinema de Arte, da Associação Francesa de Cinemas de Arte e Ensaio. Os dois importantes troféus não oficiais reforçam o destaque da produção brasileira entre a forte seleção do festival.

Qual a história do filme?

Ambientado no Recife em 1977, o longa acompanha o retorno de um homem aparentemente comum à sua cidade natal após a morte da esposa. Tentando se reaproximar do filho, ele encontra uma cidade marcada por crimes, disputas e tensão durante o Carnaval, sob o contexto da ditadura militar. O enredo apresenta personagens sombrios, mortes misteriosas, a presença de um antigo rival de universidade que contrata matadores profissionais e uma lenda sobre uma perna encontrada no estômago de um tubarão.

Quem ficou com a Palma de Ouro?

Aparentemente, “O Agente Secreto” só não venceu a Palma de Ouro por conta de uma decisão política do júri. A maior honraria do festival foi entregue a “It Was Just An Accident”, do iraniano Jafar Panahi, no que pode ser considerada uma escolha para marcar posição. O primeiro filme do diretor desde sua libertação da prisão em 2023 faz um ataque direto ao regime autoritário do Irã. O thriller acompanha um ex-prisioneiro político que sequestra o homem que acredita ser seu torturador e, junto a outros dissidentes, debate se deve matá-lo ou perdoá-lo.

Panahi, que além de preso chegou a ser proibido de filmar por 20 anos, retornou triunfalmente a Cannes, recebendo a Palma de Ouro das mãos da presidente do júri Juliette Binoche (“Acima das Nuvens”). Junto da estrela francesa, também votaram os atores americanos Jeremy Strong (“Succession”) e Halle Berry (“A Última Ceia”), e a atriz italiana Alba Rohrwacher (“Feliz como Lázaro”). Os cineastas do júri incluem o congolês Dieudo Hamadi (“Mamãe Coronel”), o sul-coreano Hong Sang-soo (“A Mulher Que Fugiu”), a indiana Payal Kapadia (“Tudo o que Imaginamos como Luz”) e o mexicano Carlos Reygadas (“Luz Silenciosa”), além da escritora franco-marroquina Leïla Slimani, autora de “Canção de Ninar”.

Quem mais venceu no Festival de Cannes 2025?

Os filmes americanos foram completamente ignorados. Entre os prêmios principais, Nadia Melliti foi eleita Melhor Atriz por “The Little Sister”, superando a elogiada (pela imprensa americana) Jennifer Lawrence em “Die, My Love”. Melliti impressionou no filme dirigido pela francesa Hafsia Herzi (“A Boa Mãe”), que apresenta a história de amadurecimento de uma jovem muçulmana lésbica. O prêmio de Melhor Roteiro, por sua vez, foi concedido aos irmãos Jean-Pierre e Luc Dardenne pelo drama social belga “Young Mothers”.

Considerado favorito pela crítica americana, “Sentimental Value”, do dinamarquês Joachim Trier, levou o Grande Prémio do Júri, o segundo lugar do festival. Na disputa pelo bronze, a diretora alemã Mascha Schilinski venceu o Prêmio do Júri por “Sound of Falling”, apenas seu segundo longa, um drama familiar épico ambientado ao longo de quatro gerações em uma mesma fazenda rural. O prêmio foi compartilhado com o espanhol Oliver Laxe, diretor de “Sirat”, drama apocalíptico com influências tecnológicas, passado no deserto de Marrocos.

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