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Elon Musk diz que o X está sob ataque cibernético “massivo e coordenado”
Plataforma de mídia social registrou múltiplas quedas ao longo da segunda-feira, em meio a ataques físicos contra a Tesla
Instabilidade na plataforma
Elon Musk afirmou que o X foi alvo de um ataque cibernético de grandes proporções nesta segunda-feira (10/3). O bilionário disse que a ofensiva foi maior do que as registradas rotineiramente pela plataforma.
“Há (ainda está acontecendo) um ataque cibernético massivo contra o X”, escreveu Musk. “Somos atacados todos os dias, mas este envolveu muitos recursos. Um grande grupo coordenado e/ou um país está por trás disso.”
Elon Musk afirmou que ataque partiu da Ucrânia. Entretanto, foi um grupo pró-Palestina que assumiu autoria. A organização hacker Dark Storm Team afirmou em seu canal do Telegram que foram os “primeiros a derrubar o X”, e ainda provocou Elon. “Como está, Elon Musk? Espero que tenha gostado da nossa visita”, publicaram.
O serviço ficou fora do ar em diferentes momentos do dia. A primeira queda aconteceu de madrugada, em Los Angeles, e durou cerca de 45 minutos. O site apresentou instabilidade novamente por volta de 6h30 no horário do Pacífico e sofreu uma nova interrupção às 8h.
Relatórios de instabilidade
O site Downdetector registrou 17 mil notificações de queda do X nos Estados Unidos na primeira interrupção do dia. Na segunda falha, esse número saltou para 40 mil, e no terceiro incidente, foram registrados 35 mil relatos de usuários sobre problemas na plataforma.
Diversas pessoas no Brasil também reclamaram por problemas na navegação e uso do X ao longo do dia.
Contexto do ataque
A suposta ofensiva cibernética aconteceu após uma série de ataques físicos contra lojas da Tesla nos Estados Unidos e na Europa no último fim de semana. A montadora, que já foi referência no setor de veículos elétricos, tem enfrentado queda nas vendas devido à rejeição crescente de consumidores à marca, impulsionada pela associação de Musk a pautas conservadoras e alinhamento político com a extrema direita mundial.
Nos últimos meses, o bilionário se tornou uma figura polarizadora nos Estados Unidos e em outras partes do mundo. Ele declarou apoio ao presidente Donald Trump e assumiu a liderança do controverso Departamento de Eficiência Governamental (Doge), criado para reduzir gastos públicos e cortar empregos no setor público.