Escalação de ator cis como personagem trans em “Round 6” gera críticas nas redes sociais

Criador da série diz que faltam atores transexuais e representatividade LGBTQ+ na Coreia do Sul

Divulgação/Netflix

Polêmica sobre a escalação

A estreia da 2ª temporada de “Round 6” na Netflix tem gerado intensas discussões nas redes sociais, principalmente em relação aos novos integrantes do elenco. Enquanto há elogios para um rapper real vivendo o rapper fictício da trama, um dos pontos de maior controvérsia é a escalação do ator cis Park Sung-hoon para interpretar uma personagem trans.

Park Sung-hoon, de 34 anos, é bastante econhecido por sua participação em doramas como “A Lição” (2022) e “Rainha das Lágrimas” (2024). Na nova temporada da série, ele interpreta a jogadora 120, uma mulher trans que foi dispensada das Forças Armadas da Coreia e entrou nos jogos mortais para arrecadar dinheiro para sua cirurgia de redesignação sexual.

Nas redes sociais, internautas criticaram a decisão de escalar um ator cis para um papel trans, apontando a falta de representatividade e a oportunidade perdida de incluir atores da comunidade LGBTQ+.

Justificativa do criador

Em meio as críticas, Hwang Dong-hyuk, diretor e criador de “Round 6”, defendeu a escolha do elenco, citando a escassez de atores trans no mercado de entretenimento sul-coreano.

“Quando pesquisamos na Coreia, não há quase nenhum ator que seja abertamente trans, muito menos abertamente gay, porque infelizmente na sociedade coreana atualmente a comunidade LGBTQ+ ainda é marginalizada e negligenciada, o que é de partir o coração”, afirmou ele à revista americana TV Guide.