A Justiça paulista condenou seis dos sete denunciados pelo sequestro de Marcelinho Carioca e de Taís Moreira, uma amiga do ex-atleta. O crime ocorreu em dezembro do ano passado na região de Itaquaquecetuba, quando os dois conversavam sobre um show do cantor Thiaguinho.
Em depoimento à polícia, Marcelinho disse que foram rendidos por três homens armados que os levaram encapuzados para um cativeiro, depois de rodarem por cerca de uma hora por São Paulo. O ex-jogador afirmou ter recebido coronhadas na cabeça e no rosto antes de ser reconhecido pelos sequestradores.
O ex-atleta também relatou ter ouvido, em determinado momento, um dos criminosos dizendo que estava preocupado com a situação: “Caralh*, olha lá quem é, fode*. É o cara, é o Marcelinho”. Na sequência, lhe ofereceram água e comida.
Na manhã seguinte, os criminosos notaram a presença de policiais pela região e então obrigaram Marcelinho a gravar um vídeo para despistá-los, falando que havia sido sequestrado após sair com uma mulher casada, que seria a Taís. Em liberdade, o ex-atleta desmentiu a versão dos fatos, explicando que estava “com uma arma apontada na cabeça”.
Sentenças
O juiz Sérgio Cenado entendeu a situação de Marcelinho Carioca e afirmou que “as consequências do delito são nefastas, traumatizando as vítimas de forma irreversível”. Na sentença, ele aplicou penas distintas aos acusados.
Para os acusados que renderam a dupla e os levaram para o cativeiro, o juiz determinou uma pena de 28 anos e cinco meses de prisão para Caio Pereira da Silva, enquanto Jones Ferreira recebeu 24 anos e quatro meses de prisão.
Já Thauannata Lopes dos Santos e Camily Novais da Silva, que seriam as responsáveis por contatar amigos e familiares das vítimas para a extorsão, receberam uma punição de 21 anos e quatro meses de prisão cada uma.
Por fim, o magistrado determinou que Wadson Fernandes Santos e Eliane Amorim, que teriam fornecido as contas bancárias para transferências, terão sentenças similares as de Jones Ferreira com condenações de 24 anos e quatro meses de prisão.
O sétimo denunciado, Matheus Cândido Costa, que seria o terceiro homem armado que rendeu as vítimas, será julgado em outro momento. O caso foi desmembrado, pois ele estava foragido e acabou sendo preso apenas em agosto deste ano.
Os réus negam as acusações e ainda podem recorrer da condenação.