A Netflix está sendo processada por Fiona Harvey, que afirma ser a inspiração para a personagem Martha, interpretada por Jessica Gunning na série “Bebê Rena”. Harvey acusa a plataforma de streaming de difamá-la ao retratá-la como uma perseguidora condenada duas vezes e sentenciada a cinco anos de prisão por agressão sexual, algo que nunca teria acontecido com ela na vida real.
“Bebê Rena” acompanha Donny Dunn (interpretado por Richard Gadd), um comediante que encontra Martha no bar onde trabalha e acaba vendo sua amizade se transformar numa perseguição perigosa por parte da mulher. A trama é apresentada como uma história real e Richard Gadd confirmou, em entrevistas, que tudo o que foi retratado aconteceu de verdade com ele.
A acusação contra a série
O processo aberto em um tribunal federal da Califórnia destaca que a produção mostra Martha como uma criminosa condenada que passou cinco anos na prisão por perseguir Gadd e outra mulher, além de um policial. Harvey afirma que nunca foi condenada por qualquer crime e nega ter perseguido ou agredido Gadd sexualmente, como mostra a série.
Ela ainda diz que seu nome verdadeiro não foi usado na série, mas vários detalhes a tornaram identificável, o que facilitou sua localização por parte do público, gerando ameaças e abusos online.
Harvey alega que a empresa não verificou as afirmações apresentadas no programa e que essas “mentiras” foram contadas para criar uma história mais atraente. Ela busca uma compensação de pelo menos US$ 120 milhões por danos morais, incluindo os lucros obtidos pela Netflix com a série.
Entretanto, como o nome de Harvey não foi usado em “Bebê Rena”, isso pode dificultar a comprovação de difamação.
