Estreias | As 15 principais novidades do streaming na semana

Programação destaca estreia de "The Acolyte", final de "Sweet Tooth" e a chegada de "Godzilla Minus One" na Netflix

Divulgação/Disney+

As dicas da programação do streaming da semana destacam oito filmes e sete séries, com ênfase para grandes produções com efeitos visuais, como a estreia de “The Acolyte”, o final de “Sweet Tooth” e a chegada de “Godzilla Minus One” na Netflix. Confira a relação abaixo.

 

SÉRIES

 

THE ACOLYTE | DISNEY+

 

A nova atração do universo “Star Wars” explora a mitologia dos Sith, os grandes vilões de “Star Wars”, mostrando como eles operam nas sombras e manipulam eventos para desestabilizar a Ordem Jedi. A trama se passa durante a era da Alta República, um período de paz e prosperidade na galáxia distante, antes dos eventos de “A Ameaça Fantasma”, o Capítulo 1 da franquia. A história começa com um mistério sombrio, centrado em uma série de assassinatos de mestres Jedi e eventos perturbadores que indicam a presença de uma ameaça oculta. A narrativa segue uma jovem aprendiz da Força, que é perseguida após ser identificada por testemunhas dos assassinatos.

Os personagens centrais são a padawan vivida por Amandla Stenberg (“Morte Morte Morte”) e seu antigo mestre, interpretado por Lee Jung-jae (“Round 6”), que precisam confiar um no outro, contra todas as aparências e ordens, após serem colocados em lados opostos. O elenco ainda conta com Dafne Keen (“Logan”), Manny Jacinto (“The Good Place”), Jodie Turner-Smith (“Queen & Slim”), Rebecca Henderson (“Inventando Anna”), Charlie Barnett (“Boneca Russa”), Dean-Charles Chapman (“1917”) e Carrie-Anne Moss (“Matrix”). Cada personagem traz uma perspectiva única sobre a crescente ameaça e os desafios da história.

Criada por Leslye Headland (a criadora de “Boneca Russa” na Netflix), a série chama atenção por sua combinação de mistério noir com a ação característica de “Star Wars”, além de lutas longas e coreografadas, que lembram filmes clássicos de artes

 

SWEET TOOTH 3 | NETFLIX

 

A saga do menino veado chega ao fim. Baseada nos quadrinhos de mesmo nome da DC Comics, a série acompanha Gus (Christian Convery), um menino com chifres de veado, que faz parte de uma nova raça de crianças híbridas humano-animais nascidas após uma epidemia fatal, todas imunes à infecção. Perseguido por milícias, caçadores de recompensas e seitas apocalípticas, ele tenta chegar num refúgio distante com ajuda de Jeep (Nonso Anozie), um andarilho pouco amistoso que acaba se transformando em uma figura paterna.

Ao descobrir pistas do paradeiro da mãe de Gus no Alasca, no final da 2ª temporada, os protagonistas agora embarcam numa viagem rumo ao norte, acompanhados pela humana conhecida como Ursa (Stefania LaVie Owen) e sua irmã híbrida Wendy (Naledi Murray).

O elenco da 3ª e última temporada também destaca Adeel Akhtar (como o cientista obcecado por Gus, Dr. Aditya Singh), Amy Seimetz (Birdie, a cientista “mãe” de Gus) e Rosalind Chao (a nova vilã Mrs. Zhang), além de duas novidades da temporada: Cara Gee (“The Expanse”) e a estreante Ayazhan Dalabayeva.

 

HIERARCHY | NETFLIX

 

As intrigas e crimes das escolas de elite agora também têm abordagem sul-coreana. A trama se passa na prestigiada Jooshin High School, uma instituição frequentada pelos filhos da alta sociedade sul-coreana, onde apenas alunos escolhidos desde o nascimento podem estudar. A série aborda temas como hierarquia social, poder, e os conflitos internos e externos que surgem nesse ambiente privilegiado.

Os personagens principais incluem Jeong Jae Yi (Roh Jeong-eui, de “Em Ruínas”), a herdeira da Jaeyool Group e uma figura central na escola; Kim Ri An (Kim Jae-won, de “Sorriso Real”), o herdeiro do conglomerado Jooshin Group; Yoon He Ra (Ji Hye-won, de “O Som da Magia”), filha mais nova de uma poderosa empresária comercial; e Lee Woo Jin (Lee Won-jung, de “My Perfect Stranger”), filho de uma família política influente. Esse grupo seleto é abalado pela chegada de Kang Ha (Lee Chae-min, de “Intensivão de Amor”), um estudante transferido com um passado misterioso, que começa a desestabilizar a ordem estabelecida, criando tensões e revelando segredos.

Escrita por Chu Hye-mi (“About Time”), conhecida por sua habilidade em criar narrativas envolventes, a produção é uma mistura dos ingredientes tradicionais desse subgênero teen, com romance, mistério e drama, explorando as complexas relações entre os estudantes e os desafios que enfrentam.

 

CLIPPED | STAR+

 

A minissérie dramática baseada em eventos reais detalha a queda do proprietário do Los Angeles Clippers, Donald Sterling, após a revelação de declarações racistas. Os roteiros da criadora Gina Welch (“Em Nome do Céu”) são baseados no podcast “The Sterling Affairs” da ESPN e giram em torno de dois principais acontecimentos: a luta do Los Angeles Clippers para vencer um campeonato de basquete sob a liderança do técnico Doc Rivers, e o escândalo que envolve Donald Sterling, o controverso proprietário da equipe.

A narrativa mostra o Los Angeles Clippers, uma equipe da NBA com um histórico de fracassos, tentando se reinventar e alcançar o sucesso no campeonato. Doc Rivers (interpretado por Laurence Fishburne, de “John Wick”) é contratado como técnico para liderar essa transformação. Em meio a esses esforços, gravações de Donald Sterling (Ed O’Neill, de “Modern Family”) fazendo comentários racistas vêm à tona, causando um grande tumulto na mídia e na liga.

Shelly Sterling (Jacki Weaver, de “Olá Amanhã”), esposa de Donald, também desempenha um papel crucial na série, tentando salvar a imagem pública da família enquanto lida com suas próprias questões pessoais e legais, incluindo a amante do marido, V. Stiviano (Cleopatra Coleman, de “Rebel Moon”), que ostenta luxo enquanto tenta se meter na direção do time.

 

MAYOR OF KINGSTOWN 3 | PARAMOUNT+

 

A 3ª temporada marca a volta de Jeremy Renner (“Gavião Arqueiro”) à ativa, após superar o acidente grave do começo de 2023, quando foi atropelado por um veículo limpador de neve, teve o tórax afundado e ficou entre a vida e a morte. De forma sombria, a prévia da 3ª temporada começa com um enterro e destaca a visita do protagonista a um cemitério.

Cocriada por Taylor Sheridan e Hugh Dillon (criador e ator de “Yellowstone”, respectivamente), “Mayor of Kingstown” é uma das séries de maior sucesso da Paramount+. A trama acompanha a família McLusky, negociantes de poder em Kingstown, Michigan, onde o negócio da prisão é a única indústria próspera. Renner interpreta Mike McLusky, um ex-presidiário que se torna um intermediador das relações entre policiais e prisioneiros da cidade. Nos novos episódios, uma série de explosões abala Kingstown e seus cidadãos, enquanto uma nova face da máfia russa se estabelece na cidade e uma guerra às drogas se intensifica dentro e fora dos muros da prisão. A pressão recai sobre Mike McLusky para acabar com a guerra, mas as coisas ficam complicadas quando um rosto familiar de seu passado ameaça minar as tentativas do “prefeito” de manter a paz entre todas as facções.

O elenco também destaca Kyle Chandler (“Godzilla vs. Kong”), Dianne Wiest (“A Mula”), Taylor Handley (“Vegas”), Aidan Gillen (“Game of Thrones”), Tobi Bamtefa (“Tin Star”), Michael Reventar (“See”) e o próprio roteirista Hugh Dillon, entre outros.

Além desta atração, Sheridan também é o produtor/criador de “Yellowstone”, “1923”, “1883”, “Tulsa King”, “Operação Lioness”, “Lawmen: Bass Reeves”, da vindoura “Landman” e de uma próxima atração derivada de “Yellowstone” estrelada por Matthew McConaughey (“Clube de Compra de Dallas”).

 

NÃO NOS CALAREMOS | NETFLIX

 

O drama espanhol explora a violência sexual entre adolescentes. A trama centra-se nas consequências da denúncia de um caso de estupro na escola. A protagonista, interpretada por Nicole Wallace (“Minha Culpa”), é uma jovem de 17 anos que decide lutar por justiça após ser vítima de agressão. Com a ajuda de sua amiga, vivida por Clara Galle (“Através da Minha Janela”), elas enfrentam desafios e buscam expor a verdade sobre o ocorrido.

A história começa a se desenrolar quando uma foto de Alma é publicada nas redes sociais com a legenda: “Esta sou eu no dia antes de ser estuprada”. No dia seguinte, ela pendura um cartaz na fachada da escola com a mensagem: “Cuidado. Aí dentro se esconde um estuprador”. A denúncia abala toda a comunidade escolar e provoca uma série de reações entre os estudantes e professores. Mas Alma decide enfrentar a situação, expondo as injustiças e a cultura de silêncio que permitiu que a violência ocorresse.

Criada por Miguel Sáez Carral (“Apaches”), a série é composta por oito episódios e se destaca por seu compromisso com o realismo. Por isso, muitos consideram que a trama foi baseada numa história verdadeira, mas, na verdade, é adaptação de um best-seller espanhol. A trama mergulha nas profundezas do mal-estar adolescente e traz à tona discussões relevantes sobre a violência de gênero e o impacto psicológico em jovens vítimas.

 

OS PARÇAS | GLOBOPLAY

 

Após o sucesso dos filmes, “Os Parças” virou série, voltando a reunir o elenco original. Nos episódios, Ray Van (Whindersson Nunes) é sequestrado por engano e seus amigos Toinho (Tom Cavalcante), Pilôra (Tirullipa) e Romeu (Bruno De Luca) precisam se unir para salvá-lo.

Os filmes originais já tinham um ar televisivo, apresentados como sucessões de esquetes ao estilo “Zorra Total”, com muitos convidados famosos – entre eles, Neymar. A série segue o padrão, trazendo Paulo Miklos e Jojo Todynho como vilões. O ex-integrante dos Titãs interpretará Carlinhos Cochabamba, um ameaçador chefe do crime organizado que ostenta sua riqueza e se envolve com a criminosa Julião, interpretada por Jojo Todynho.

A atração tem dez episódios com redação final de Felipe Flexa (“Os Suburbanos”) e direção de Marcelo Zambelli (“Segundo Sol”). Assim como nos longas, a produção é da Formata.

 

FILMES

 

GODZILLA MINUS ONE | NETFLIX

 

A Netflix lançou de surpresa, sem aviso prévio, o fenômeno japonês que venceu o Oscar 2024 de Melhores Efeitos Especiais. Espécie de filme de origem, a produção celebra o 70º aniversário do icônico kaiju, resgatando o Godzilla assustador e poderoso dos primeiros lançamentos. A produção se destaca pelas sequências de ação bem coreografadas e efeitos visuais impressionantes, apesar de seu orçamento relativamente modesto. Além disso, sua trama também revive os elementos que inspiraram o surgimento da franquia, como a obliteração de Hiroshima e Nagazaki por bombas atômicas no fim da 2ª Guerra Mundial. O caos criado por Godzilla era originalmente uma metáfora para a devastação da guerra e as armas nucleares. No filme, ele destrói cidades inteiras numa alusão direta às tragédias japonesas.

Não por acaso, a trama é ambientada em 1946, em meio aos destroços da 2ª Guerra Mundial, e segue Koichi Shikishima (interpretado por Ryunosuke Kamiki), um piloto kamikaze desonrado. Após se negar a cumprir sua missão suicida, Koichi enfrenta o monstro icônico, que ameaça destruir Ginza e Tóquio. O filme explora a culpa do sobrevivente e sua busca por redenção, enquanto tenta reunir um grupo para combater o monstro gigante.

A ação combina cenas emocionantes de ação com melodrama patriótico, capturando com eficácia o sofrimento e a resiliência dos personagens em meio à devastação pós-guerra. A história é intensificada por uma forte carga emocional, tornando cada confronto com o kaiju não apenas um espetáculo visual, mas também um momento de catarse coletiva. Mais que um simples filme de monstro, a obra oferece uma celebração da resistência humana e da capacidade de superar adversidades inimagináveis.

O cineasta Takashi Yamazaki é considerado um gênio dos efeitos visuais, tendo trabalho no game “Onimusha 3” (2003), na adaptação live-action do anime cult “Patrulha Estelar” (2010) e no filme anterior do monstro, “Shin Godzilla” (2016). Como diretor, ele é mais conhecido por assinar animações, como “Friends: Aventura na Ilha dos Monstros” (2011), “Lupin III: O Primeiro” (2019) e os dois “Stand by Me Doraemon” (2014 e 2020).

 

GUERRA CIVIL | VOD*

 

Filme mais caro do estúdio independente A24 (vencedor do Oscar 2023 com “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo”), a produção de US$ 50 milhões foi considerada uma aposta arriscada por dar protagonismo a um ator estrangeiro, o brasileiro Wagner Moura, e por lidar com um tema espinhoso: a polarização política dos Estados Unidos.

Na trama, Texas, Flórida e Califórnia se separaram da União, formando um exército de Forças que avançam contra o poderio militar do governo dos EUA. Reflexo da divisão real criada no país durante o governo de Donald Trump, o filme acompanha um grupo de jornalistas tentando cobrir o avanço de militares contra a capital do país. Alvos de tiros e bombas, os jornalistas são vividos por Wagner Moura (“Narcos”), Kirsten Dunst (“Melancolia”), Cailee Spaeny (“Priscilla”) e Stephen McKinley Henderson (“Beau Tem Medo”). Correspondentes de guerra num país dividido, eles captam de forma assustadora o significado da guerra civil, quando as pessoas já não sabem pelo que estão a lutar, apenas que estão a lutar. Roteiro e direção são de Alex Garland, cineasta de ficções científicas premiadas como “Ex-Machina” e “Aniquilação”.

O investimento compensou. “Guerra Civil” se tornou a segunda maior bilheteria da história da A24 e foi elogiadíssimo pela crítica, conquistando 83% de aprovação no Rotten Tomatoes. O elenco também inclui Jesse Plemons (“Assassinos da Lua das Flores”), Nick Offerman (“The Last of Us”), Jefferson White (“Yellowstone”) e Sonoya Mizuno (“A Casa do Dragão”).

 

ABIGAIL | VOD*

 

O novo terror dirigido pela dupla Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett, conhecidos por seu trabalho na franquia “Pânico”, mantém a marca registrada dos cineastas, que desde “Casamento Sangrento” (2019) se notabilizaram por combinar cenas sangrentas com humor doentio. Desta vez, eles acompanham criminosos contratados por uma fortuna para cometer um sequestro, numa acordo que se revela uma armadilha fatal.

O alvo dos criminosos é uma menina de 12 anos, filha de uma figura importante do submundo. Após seu sequestro, realizado sem muitas dificuldades, eles precisam apenas manter a jovem vigiada durante a noite, enquanto as negociações de seu resgate de US$ 50 milhões acontecem. Só que a menina revela-se uma vampira e eles se veem trancados com ela em seu local de caça, sem chances de fugir. Surpresos pela reviravolta, os bandidos tentam criar uma estratégia de sobrevivência baseando-se em diferentes concepções de vampiros no cinema, que logo se provam inúteis.

O filme conta com um elenco de destaque, incluindo Melissa Barrera, que trabalhou com Bettinelli-Olpin e Gillett em “Pânico VI”, além de Dan Stevens (“Legion”), Kevin Durand (“The Strain”), Kathryn Newton (“Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania”), William Catlett (“Raio Negro”), Giancarlo Esposito (“Better Call Saul”) e o falecido Angus Cloud (“Euphoria”) num de seus últimos papéis, além de Alisha Weir (estrela de “Matilda: O Musical”) como Abigail.

 

SOB AS ÁGUAS DO SENA | NETFLIX

 

Apesar da premissa, este filme de tubarão solto em Paris não é uma produção trash ao estilo de “Sharknado”. Ao contrário, trata-se de um suspense dramático bem sério, com efeitos e fotografia de qualidade, e um dos melhores títulos do subgênero desde o começo da tendência nos anos 1970.

A produção francesa destaca uma atriz indicada ao Oscar no papel principal, Bérénice Bejo (de “O Artista”) como Sophia, cientista que descobre um grande tubarão branco nadando no rio Sena. Para evitar uma catástrofe, ela tenta fazer com que as autoridades cancelem uma competição de triatlo nas águas que cortam Paris. Mas assim como no filme de Steven Spielberg que inaugurou a era dos blockbusters em 1975, ninguém lhe dá ouvidos e o público é contemplado com cenas impactantes.

A direção é de Xavier Gens, um especialista em terrores ultraviolentos, que marcou época com o extremo “(A) Fronteira” (2007). Aqui, ele combina cenas intensas de perseguição e combate ao tubarão com temas ecológicos e comentários sociais.

 

THE ROYAL HOTEL | PRIME VIDEO

 

O suspense violento traz Julia Garner (“Ozark”) e Jessica Henwick (“Punho de Ferro”) como duas mochileiras que decidem trabalhar em um bar na Austrália para financiar suas viagens, mas se veem enredadas em uma situação tensa e ameaçadora. Após decidirem viajar de forma impulsiva para uma região remota, elas se veem sem dinheiro e obrigadas a assumir trabalhos mal remunerados como garçonetes em uma cidade mineradora isolada no Outback. A nova função as coloca diante de moradores machistas e hostis que as assediam e ameaçam, criando um ambiente de perigo iminente.

O longa-metragem é a mais recente obra da cineasta australiana Kitty Green, conhecida pelo drama aclamado “A Assistente”, inspirado nos abusos sexuais de Harvey Weinstein e também protagonizado por Julia Garner. Green coescreveu o roteiro com o ator e roteirista Oscar Redding (“Van Diemen’s Land”), e o elenco ainda conta com o experiente ator australiano Hugo Weaving (“Matrix”), além de Toby Wallace (o Steve Jones da série “Pistol”), Herbert Nordrum (“A Pior Pessoa do Mundo”) e Ursula Yovich (“Austrália”).

O filme teve sua première mundial no fim de 2023 no Festival de Telluride e na ocasião atingiu 92% de aprovação crítica no Rotten Tomatoes. Além disso, venceu o troféu Otra Mirada, dedicada ao Melhor Filme de temática feminina no Festival de San Sebastián.

 

ESTÁ TUDO BEM COMIGO? | MAX

 

A comédia em que Dakota Johnson (“Cinquenta Tons de Cinza”) descobre relutantemente que é lésbica marca a estreia das atrizes e lésbicas assumidas Tig Notaro (“Star Trek: Discovery”) e Stephanie Allynne (“The L Word: Geração Q”) na direção de um filme. Na trama, Lucy (Dakota) começa a questionar sua vida quando a amiga Jane (Sonoya Mizuno, de “A Casa do Dragão”) decide se mudar para Londres. Ao confrontar sua dificuldade em se relacionar romanticamente com homens, ela é incentivada a experimentar mulheres, tornando-se uma novata em encontros lésbicos aos 32 anos.

O elenco também conta com Jermaine Fowler (“Assassinato no Fim do Mundo”), Kiersey Clemons (“Monarch: Legado de Monstros”), Molly Gordon (“Shiva Baby”), Sean Hayes (“Will & Grace”) e a próparia Tig Notaro (“Star Trek: Discovery”).

 

PEDÁGIO | GLOBOPLAY

 

Com apenas dois longas, a brasileira Carolina Markowicz já é uma diretora reconhecida no circuito internacional. Seu primeiro longa-metragem, “Carvão”, foi selecionado para festivais renomados como Toronto e San Sebastián, estabelecendo sua reputação como uma cineasta inovadora e corajosa, e “Pedágio” repetiu a dose, inclusive com direito a prêmio, o Tribute Award, no Festival de Toronto como talento emergente. A obra emerge como um poderoso drama repleto de angústia e embate familiar, centrado em Suellen, uma cobradora de pedágio na estrada de Cubatão, que busca fazer dinheiro para financiar a participação de seu filho, Tiquinho, em uma controversa terapia de “cura gay”.

O elenco, liderado por Maeve Jinkings (“Os Outros”), traz uma performance notável, capturando a essência de uma mãe dilacerada pelo conflito entre o amor pelo filho e as pressões sociais. O novato Kauan Alvarenga (que trabalhou no curta “O Órfão”, da diretora), por outro lado, dá vida a Tiquinho com uma mistura de vulnerabilidade e força, representando a juventude LGBTQIAP+ que luta por aceitação e amor em uma sociedade hostil, dominada por dogmas religiosos.

“Pedágio” se destaca também por sua abordagem técnica, com cenários que refletem a solidão dos personagens e uma trilha sonora que aprimora a experiência emocional do filme. O elenco ainda inclui Thomás Aquino (também de “Os Outros”), Aline Marta Maia (“Carvão”) e Isac Graça (da série portuguesa “Três Mulheres”).

 

UMA FAMÍLIA FELIZ | VOD*

 

Reynaldo Gianecchini volta a trabalhar com o criador de “Bom Dia, Verônica”, Raphael Montes, neste suspense psicológico, que explora uma série de eventos estranhos relacionados a uma família aparentemente normal.

A trama traz Grazi Massafera (“O Outro Lado do Paraíso”) como Eva, mãe de duas filhas gêmeas que, após dar à luz ao seu terceiro filho, sofre com a depressão pós-parto. Quando as crianças aparecem machucadas, Eva é apontada como principal suspeita. Isolada pela comunidade e questionada até mesmo pelo seu próprio marido (Gianecchini), ela se vê acuada e acaba afastada da própria casa. Tento que superar sua fragilidade para provar sua inocência, ela decide instalar câmeras na residência para provar sua teoria de que o culpado é, na verdade, seu marido. O final, que revela o autor da violência, segue a linha de denúncia seca das obras de Michael Haneke.

O roteiro de Raphael Montes vai além do suspense convencional, ao combinar depressão pós-parto, desconfiança, isolamento, linchamento moral, paranoia e sadismo em sua história. A direção é do premiado José Eduardo Belmonte (“Alemão”).

 

 

* Os lançamentos em VOD (video on demand) podem ser alugados individualmente em plataformas como Apple TV, Claro TV+, Google Play, Loja Prime, Microsoft Store, Vivo Play e YouTube, entre outras, que funcionam como locadoras digitais sem a necessidade de assinatura mensal.