Milton Neves venceu um processo judicial contra um ex-funcionário que trabalhou com seu “braço direito” por 18 anos. O jornalista esportivo afirmou ter sofrido golpes financeiros que somariam R$ 17 milhões, e conseguiu comprovar com notas o desvio de R$ 860 mil.
Em primeira instância, o Tribunal de Justiça de São Paulo condenou o ex-funcionário à prisão em regime semiaberto por cinco anos e dois meses, além de ter que ressarcir o valor ao comunicador. A decisão ainda cabe recurso.
O processo diz que o réu tinha acesso às contas e senhas de Milton, pois era responsável por realizar pagamentos e fechar acordos com empresas. O comentarista tinha confiança no profissional, que era seu conterrâneo de Muzambinho (MG) e foi apadrinhado por ele, então assinava os documentos sem ler seus termos.
Os serviços eram pagos com notas frias ou superfaturadas, e o valor majoritário era desviado para a conta do ex-funcionário de Milton, que se deu conta do prejuízo por meio de comprovantes, depoimentos e confissão de outra pessoa envolvida no crime.
Decisão do juiz
A defesa do homem afirmou que os valores extras eram referentes a outros serviços que não haviam sido registrados em notas fiscais. A Justiça não aceitou as alegações e entendeu como agravante o fato de o jornalista esportivo ter mais de 60 anos.
O juiz Marcos Vieira de Morais, por sua vez, destacou que existe uma grande prova documental que comprova os pagamentos realizados pela empresa de Milton Neves diretamente a outra empresa no nome do acusado.
“Não há dúvidas de que o acusado, diretor financeiro e homem de confiança da vítima Milton Neves, aproveitou-se do acesso que tinha às contas bancárias da empresa para efetuar pagamentos de notas fiscais ‘frias’, emitidas com o intuito de mascarar os desvios que fazia”, afirmou o magistrado, em sua decisão.
