Caso Djidja: Ex-cunhada virou dependente química e ficou em cárcere privado, diz pai

O homem, que preferiu não ser identificado, contou que a filha precisou de internação e disse que um dos netos está fazendo tratamento psicológico

Instagram/Djidja Cardoso

O pai da ex-cunhada de Djidja Cardoso revelou nesta quarta-feira (5/6) que a filha se tornou dependente química e foi salva de cárcere privado após a família procurar a ajuda da polícia de Manaus. A jovem de 27 anos era companheira de Ademar Cardoso, irmão da ex-sinhazinha do Boi Garantido, que está preso preventivamente.

O homem, que preferiu não ser identificado, afirmou que a filha foi internada para tratar a dependência química e que, no auge do consumo de ketamina (também conhecido como cetamina), chegou a ser mantida em cárcere privado por Ademar, que também é investigado por estuprar e provocar aborto de outra ex-companheira. “Ela ficava anestesiada, ficava fora de si. Não sabia quem era”, disse em entrevista à Rede Amazônica, filiada da TV Globo.

A jovem tem dois filhos, uma bebê de oito meses e um menino de quatro anos. Segundo o pai, o filho mais velho presenciou a mãe sob efeito da droga, e estava com ela numa das vezes em que precisou de atendimento médico.

“O menino de 4 anos sofre muito com a falta de atenção da mãe. Até em ver o estado da mãe, ele percebe. Ele já teve a ausência dela nos tratamentos anteriores. Ele está fazendo tratamento psicológico por causa disso. Ele se tornou um menino nervoso e ansioso”, contou o homem.

Intervenção da Polícia

O pai da vítima também relatou que, em outubro do ano passado, a diarista que trabalhava na casa de Djidja Cardoso teria entrado em contato com a família para alertar sobre a situação do casal e das crianças, pois viviam trancados há dias dentro da residência. Foi nesse momento que ele e a esposa decidiram pedir a intervenção da polícia.

“A patrulha se deslocou e o chefe da patrulha bateu na casa. Eles não queriam atender. Em conversas, o chefe da patrulha disse que se a mãe não pudesse falar, caracterizava o cárcere privado e depois do alerta alguém abriu a porta. O menino saiu para a rua e ela veio toda drogada, sem condições quase de andar. Saiu atrás do menino, cambaleando. Aí a patrulha pegou, jogou na viatura, chamou o Samu, levaram pro hospital Platão Araújo”, ele relatou.

Atualmente, as crianças estão sob os cuidados dos avós, enquanto a filha luta contra o vício com auxílio do pai. “Ela não reconhece que é dependente, ainda não chegou nesse estágio. Não sei nem se vai chegar no estágio de reconhecer, porque às vezes as pessoas acabam morrendo. Espero que os fatos que aconteceram recentemente seja motivo para ela se tocar e tomar uma atitude na vida dela. Filha única. É triste, resumindo, é muito triste. É um sentimento de fracasso”, finalizou.