Fiona Harvey, que inspirou a personagem Martha em “Bebê Rena”, anunciou que está se preparando para processar a Netflix, alegando difamação e uso indevido de sua imagem. Em uma declaração contundente, ela afirmou que a série causou danos significativos à sua saúde, reputação e perspectivas de emprego.
Declarações fortes
Harvey disse estar trabalhando com uma equipe legal para tomar medidas contra todos que “mentiram sobre mim e usaram minha imagem para lucrar”. Segundo Harvey, ela foi identificada como a verdadeira Martha poucos dias após a estreia da série de Richard Gadd.
Gadd descreveu sua obra como uma “história real” que retrata Martha como uma perseguidora condenada e autora de abusos sexuais. Harvey nega essas acusações. A declaração foi emitida por Chris Daw, advogado que está auxiliando Harvey na preparação de sua ação legal.
Harvey mencionou evidências apresentadas por Benjamin King, chefe de políticas da Netflix no Reino Unido, a uma comissão parlamentar britânica, que afirmou que “Bebê Rena” era uma “história real do abuso horrível” sofrido por Gadd “nas mãos de uma perseguidora condenada.” John Nicolson, deputado do Partido Nacional Escocês, solicitou à Netflix provas das alegações feitas na série.
“Ninguém nunca me procurou para comentar sobre a precisão de ‘Baby Reindeer’ ou sobre a grave acusação de que sou uma criminosa condenada, com um histórico criminal sério, que passou tempo na prisão,” afirmou Harvey.
Próximos passos
Assim que tiver uma equipe legal formada, ela emitirá um comunicado adicional para delinear os próximos passos que tomará para lidar com as consequências do “retrato desonesto e falso” apresentado na série e na mídia. Após uma entrevista recente com Piers Morgan, pediu que a imprensa respeitasse sua privacidade, afirmando não ser capaz de lidar com o assédio constante dos jornalistas.
“Baby Reindeer” tem sido um sucesso no streaming, acumulando quase 65 milhões de visualizações desde sua estreia em 11 de abril.