Estreias | Novo “Planeta dos Macacos” é principal novidade nos cinemas

Sci-fi conta história inédita, passada várias décadas após a última trilogia, e é único lançamento com distribuição ampla na semana

O novo filme da famosa franquia sci-fi, “Planeta dos Macacos: O Reinado”, é o único lançamento amplo desta quinta (9/5). Com os cinemas lotados de blockbusters recentes, os demais títulos viraram opções para o circuito limitado. A lista inclui três produções brasileiras, com destaque para “Vermelho Monet”, drama “europeu” de Halder Gomes, mais conhecido pela comédia “Cine Holliúdy”.

 

PLANETA DOS MACACOS: O REINADO

 

A saga sci-fi volta ao cinema após sete anos, mas se passa vários anos depois da última trilogia, num futuro mais próximo da trama clássica do escritor Pierre Boulle (1912-1994), que foi levada aos cinemas em 1968. Na verdade, há muitos paralelos entre a nova produção e a história original do astronauta Taylor (Charlton Heston nas telas).

O admirável mundo da continuação acompanha macacos evoluídos que andam a cavalo, brigam entre si e reinam sobre as ruínas destruídas da antiga humanidade, enquanto humanos se escondem de seus predadores. Nesse mundo, os humanos perderam a capacidade da fala. Por isso, o novo líder símio tirânico (Kevin Durand, de “Locke & Key”) persegue de forma implacável uma mulher, vivida por Freya Allan (“The Witcher”), que usa roupas e é capaz de falar. Sua inteligência surpreende um jovem chipanzé (Owen Teague, de “It: A Coisa”) que se arrisca para salvá-la e o leva a questionar tudo o que sabia sobre o planeta em que vivem, iniciando uma jornada com a humana e um velho orangotango (Peter Macon, de “The Orville”) em busca de respostas.

A trama é escrita por Josh Friedman (“Avatar: O Caminho da Água”) e Rick Jaffa (“Planeta dos Macacos: A Origem”) e a direção está a cargo de Wes Ball (“Maze Runner”).

 

VERMELHO MONET

 

Conhecido por comédias populares cearenses, como “Cine Holliúdy” (2012), “O Shaolin do Sertão” (2016) e “Bem-vinda a Quixeramobim” (2022), o diretor Halder Gomes parte para o drama europeu nesta coprodução com Portugal. No filme, Chico Díaz (“Noites Alienígenas”) interpreta Johannes Van Almeida, um pintor especialista em arte de corpos femininos, que acabou de sair da prisão após acusações de falsificações e segue para terras lusófonas tentando recomeçar a vida.

No entanto, tudo muda quando a marchand de arte Antoinette (Maria Fernanda Cândido, de “O Traidor”) e a atriz internacional em crise Florence Lizz (a estreante Samantha Heck Müller) entram em sua vida. Em busca de criar sua obra-prima, Johannes vê na atriz de cabelos vermelhos uma fonte de inspiração intensa. Mas além do pintor, a negociante de arte, que sabe reconhecer uma obra de grande valor, também não tira os olhos da atriz, criando um triângulo complicado entre arte, negócios e paixão.

 

FORAM OS SUSSURROS QUE ME MATARAM

 

Estrelado por Mel Lisboa, o thriller psicológico brasileiro explora os temas de narcisismo, realities e fake news. A história gira em torno de Ingrid Savoy (Mel Lisboa), uma celebridade prestes a entrar em um reality show. Confinada em um quarto de hotel, ela se vê envolvida em uma série de eventos misteriosos e perturbadores. À medida que a trama se desenrola, Ingrid começa a questionar sua própria sanidade e a realidade ao seu redor.

O destaque do filme dirigido pelo estreante Arthur Tuoto é a performance de Mel Lisboa, que explora a complexidade e fragilidade da personagem, mas o filme dividiu opiniões da crítica. O longa fez uma controversa opção pelo artificialismo – diálogos verborrágicos e não naturais, cenário com cara de cenário, etc – que o distanciam do grande público.

 

DIÁLOGOS COM RUTH DE SOUZA

 

O documentário reflete a trajetória de Ruth de Souza (“Se Eu Fechar Os Olhos Agora”), que inaugurou a existência de atrizes negras em palcos, televisão e cinema no Brasil a partir dos anos 1940. O filme utiliza como fio narrativo conversas da atriz, falecida em 2019, com a diretora Juliana Vicente (“Racionais: Das Ruas de São Paulo Pro Mundo”), também uma mulher negra, e inclui materiais de arquivos da vida e carreira da estrela.