Os advogados de Donald Trump estão tentando impedir a distribuição filme “O Aprendiz” (The Apprentice) nos Estados Unidos, enviando uma carta de cessar e desistir aos cineastas. O filme estreou sob aplausos nesta semana no Festival de Cannes, com bastante elogios para a performance do ator Sebastian Stan (“Falcão e o Soldado Universal”) como a versão jovem do ex-presidente dos EUA.
Mas mesmo com a ação legal, os produtores do filme não parecem dispostos a desistir da busca por distribuição nos EUA. “O filme é um retrato justo e equilibrado do ex-presidente. Queremos que todos o vejam e depois decidam”, disse um representante dos produtores em comunicado.
Estreia em Cannes
O movimento legal da equipe de Trump é uma reação à repercussão do filme, que recebeu uma ovação de pé de oito minutos em Cannes. “Todos falam sobre ele [Trump] processar muitas pessoas – não falam sobre sua taxa de sucesso, sabe?”, comentou o diretor na coletiva de imprensa no festival.
Dirigido pelo iraniano-dinamarquês Ali Abbasi (“Holy Spider”), o longa detalha a trajetória de Trump sob a influência de Roy Cohn, advogado de direita conhecido por suas táticas controversas, vivido na tela por Jeremy Strong (“Succession”). O elenco também destaca Martin Donovan (“Tenet”) como Fred Trump Sr. e Maria Bakalova (“Morte Morte Morte”) no papel de Ivana Trump.
O filme apresenta cenas polêmicas, como o alegado estupro de Ivana por Trump e uma sequência de lipoaspiração, que geraram reações intensas do público presente. O retrato do bilionário, viciado em pílulas dietéticas, é profundamente desfavorável.
Reação de investidores
O ex-presidente dos EUA não é o único irritado com o lançamento. Um dos investidores de “O Aprendiz”, Dan Snyder, ex-proprietário do time de futebol americano Washington Commanders, está supostamente pistola com a representação de Trump no filme e ameaça enviar sua própria carta de cessar e desistir para bloquear um acordo de distribuição nos EUA.
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