O cineasta Oliver Stone, que nos últimos anos tem se especializado em documentários sobre figuras políticas latino-americanas, como Fidel Castro e Hugo Chávez, volta suas lentes para o Brasil. Seu novo trabalho aborda o período de prisão do ex-presidente Lula, entre 2018 e 2019, e seu subsequente retorno ao poder.
Ao falar sobre o filme, ele apontou para a utilização da Operação Lava Jato para impedir Lula de concorrer à Presidência e ajudar Jair Bolonaro a se eleger. “Acho que o conceito de perseguição judicial se expandiu por todo o mundo, e tem sido usado para fins políticos, como uma arma. Foi o que fizeram com Lula”, disse Stone à agência de notícias AFP.
“Puseram o Lula na cadeia, ele foi libertado e ganhou as eleições. É uma história boa, mas as pessoas não a conhecem, exceto no Brasil”, completou. Lula ficou preso por quase 18 meses, condenado por corrupção pelo juiz Sergio Moro, que em seguida foi virou Ministro da Justiça no governo Bolsonaro, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) posteriormente anulou as condenações.
A filmagem deste documentário durou meses, e Stone acompanhou o Presidente do Brasil durante esse período.
Stone é um visitante frequente do Festival de Cannes, onde já apresentou várias de suas obras. O edição deste ano do festival francês ano acontece entre os dias 14 e 25 de maio.
