O CEO da Disney, Bob Iger, que venceu nesta semana uma disputa com acionistas pelo comando da empresa, rebateu críticas de internautas que afirmam que a empresa faz “lacração” – expressão pejorativa usada por conservadores, que reclamam contra filmes sem protagonistas masculinos, brancos e heterossexuais. Uma suposta agenda “identitária” é frequentemente associada às produções do estúdio, tanto em seus desenhos quanto em produções da Marvel e “Star Wars”. Mas, para Iger, quem diz isso não sabe do que está falando.
Referindo-se à expressão “woke” em inglês, equivalente à “lacração”, ele ironizou numa entrevista com o canal CNBC nesta quinta (4/4): “O termo é usado de forma bastante liberal, sem trocadilhos a esse respeito”. E completou: “Acho que muitas pessoas nem entendem o que isso realmente significa”.
Sob o comando de Iger, a Disney lançou “Pantera Negra”, a maior bilheteria de uma produção estrelada por elenco negro, e “Capitã Marvel”, a maior bilheteria de um filme de super-heroína, mas os fracassos recentes do estúdio fizeram os contrariados contra os primeiros sucessos emergirem nas redes sociais.
Entretanto, o executivo acha que as reclamações estão sendo superadas. “Acho que o barulho está diminuindo. Venho pregando isso há muito tempo na empresa antes de sair e, desde que voltei, nosso objetivo número um é entreter. Nossos filmes e séries precisam ser divertidos, e permitir que a Disney tenha um impacto positivo no mundo. Se for promovendo a aceitação e a compreensão de pessoas de todos os tipos diferentes, ótimo”.