O Hospital e Maternidade Brasil, administrado pela Rede D’Or, foi condenado a pagar R$ 200 mil em indenização por vazamento de informações confidenciais de Klara Castanho em 2022. Na época, a imprensa expôs que ela colocou um filho para adoção após ter sido vítima de um estupro.
O Tribunal de Justiça de São Paulo afirmou que o processo tramita em sigilo, mas a condenação do hospital particular de Santo André foi confirmada nesta quarta-feira (20/3) pelo jornal O Globo.
Relembre o caso
O caso ganhou repercussão nacional em junho de 2022, depois que Klara Castanho confirmou as informações veiculadas por jornalistas de fofoca, como Leo Dias e Matheus Baldi. Na época, a atriz afirmou ter sido chantageada por uma enfermeira, que pretendia “vazar” o parto do bebê.
“Ela fez perguntas e ameaçou: ‘Imagina se tal colunista descobre essa história’. Eu estava dentro de um hospital, um lugar que era para supostamente para me acolher e proteger”, ela desabafou no Instagram. “Quando cheguei no quarto já havia mensagens do colunista, com todas as informações. Ele só não sabia do estupro. Eu ainda estava sob o efeito da anestesia. […] Ele prometeu não publicar. Um outro colunista também me procurou dias depois”.
Decisão judicial
O Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) abriu uma investigação após a repercussão do caso, mas arquivou o processo por falta de provas na participação de enfermeiros no vazamento de dados privados. O órgão não quis se pronunciar sobre a decisão da Justiça.
O juiz Alberto Gentil de Almeida Pedroso, responsável pela sentença, alegou que houve violação dos “direitos da personalidade da vítima” e garantiu que a indenização é o “suficiente para reparar o sofrimento da autora e servir de alerta ao réu”.