Gabriel da Costa, filho único de Gal Costa (1945-2022), deixou a casa em que morava com a mãe e a viúva, Wilma Petrillo. Após completar 18 anos e ficar livre da tutela de Wilma, ele entrou na Justiça para contestar a parte que a ex-empresária pede da herança de Gal. O rapaz afirma que a mulher não era esposa da artista e, por isso, não teria direito aos bens deixados por ela. O herdeiro morava com Gal Costa e Wilma Petrillo em uma casa localizada no Jardim Europa, bairro nobre da zona oeste da capital paulista. Ele não revelou para onde foi, mas seus advogados disseram que Gabriel passará a viver sozinho.
Testamento e Fundação Gal Costa
Uma das advogadas de Gabriel Costa, Luci Ferreira Nunes, afirmou ao jornal Folha de S. Paulo que Wilma sabia que não teria direito a nada. Segundo a defensora, a voz de “Chuva de Prata” assinou um testamento antes de adotar o menino e ditou que todos os seus bens fossem doados para a Fundação Gal Costa. Wilma foi testemunha no dia da assinatura.
Com a morte da cantora, Gabriel ficou sob a guarda temporária de Wilma por ainda ter 17 anos. Em novembro de 2022, ele encontrou os documentos que expressavam os últimos desejos de Gal e aguardou até que chegasse à maioridade para poder abrir uma ação por conta própria.
Ele agora tenta impedir que a viúva pegue a herança da mãe. De acordo com Gabriel Costa, Wilma sempre foi tratada por ele como sua “madrinha”, e ela e a cantora não conviviam como um casal.
Administração dos bens e pedido de união estável
Wilma Petrillo foi nomeada administradora dos bens de Gal Costa logo após sua morte. A ex-empresária iniciou o processo de abertura do inventário com os bens e pediu à Justiça que fosse reconhecida em uma união estável com Gal – caso seu desejo fosse acatado, ela teria, segundo a lei, direito a parte da herança. Gabriel Costa contesta as afirmações dela.
O pedido de união estável feito por Wilma empacou em julho do ano passado por conta dessa contestação de Costa. À época aos 17 anos, ele foi convocado para dar seu parecer sobre o relacionamento, mas se manifestou contrário por meio da Defensoria Pública. Wilma, então, entrou com um novo pedido judicial, mas o juiz determinou que esperassem Gabriel completar a maioridade.